sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Recordando Alfredo Palermo.

Há dois anos faleceu meu pai, Alfredo Palermo. Há pouco, participamos, Fernanda e eu, além de alguns parentes e amigos, da celebração eucarística na Catedral de N. S. da Conceição, atinente aos dois anos de sua morte.Trata a presente, pois, de um comentário próprio para meu Blog, um espaço restrito a abordagens sociais e certamente lido por um pequeno círculo de amigos, os quais estão acostumados ao teor das manifestações. Um poema de Antônio Cícero, intitulado "Guardar" (in Os cem melhores poemas brasileiros do século. Seleção: Ítalo Moriconi. São Paulo: Objetiva, 2001. p.337), explica esta necessidade que sinto ao lembrar de meu pai, neste dia:

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que um pássaro sem vôos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

Justamente, no dia de hoje, o tema da celebração tratava da Sagrada Família. Além disso, abordava o sentido exato de um dos mandamentos, que é honrar pai e mãe ! Quem conheceu de perto meu pai, sabe que ninguém foi tão dedicado à família, no seu sentido correto, além de exercer dignamente as atividades laborais, a ponto de ser a maior liderança intelectual em seu tempo. Sem falso cabotinismo, sua trajetória foi marcante: na área educacional exerceu por longos anos a cátedra da disciplina de português, em escola pública, cativando seus alunos pela maneira culta e objetiva que dominava a matéria. Também, na área educacional tornou-se a pessoa que mais contribuiu para a difusão do ensino universitário da cidade. Senão, lembremos: criou, junto à uma escola particular, da qual foi sócio (o Ateneu Francano), o curso de Ciências Econômicas, que foi o embrião da atual UNIFACEF; criou os cursos de Estudos Sociais e Letras, os quais foram embriões para o início da Unifran. Foi, ainda, quem instalou os cursos da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Franca, instituto estadual isolado, a qual veio e se tornar o atual campus da Unesp-Franca. Não bastasse isso, foi o segundo diretor da Faculdade de Direito de Franca, órgão municipal, sendo em suas gestões consolidada a faculdade com a construção do atual prédio em que funciona, propiciando ainda a mesma se tornar uma da melhores do Estado de São Paulo. Para culminar, é lembrado com carinho e admiração na cidade de Ribeirão Preto, pelo longo período em que lecionou disciplina jurídica nas Universidades Mauá, Moura Lacerda e Unaerp. Sua ligação cultural com Ribeirão possibilitou ser membro atuante da Academia Ribeirãopretana de Letras. E, ainda, anos depois, fez parte do grupo que fundou a Academia Francana de Letras, da qual também foi membro atuante.
Não parou por aí, sua fome de cidadania permitiu ser uma dos mais fervorosos componentes do Rotary Club de Franca, do qual também foi Governador.
Na área jornalística foi redator por um período e colaborador durante mais de 60 anos do jornal Comércio da Franca, uma de suas paixões e do qual foi das figuras mais destacadas, dando brilho especial nas suas crônicas.
Foi, ainda, por um período, deputado federal, destacando-se na tribuna da Câmara em época de ouro, onde figuravam políticos de estirpe como Carlos de Lacerda, Franco Montoro, Juarez Távora, etc.
Na área jurídica, mercê de sua oratória e cultura, foi brilhante em defesas memoráveis no Tribunal do Júri.
É o autor da letra do Hino da Franca. E, também, do Hino da Padroeira, N. S. da Conceição.
Ou seja, uma legenda cultural e histórica da cidade que tanto amou.
E é essa pessoa que, passados dois anos, ainda está viva em minha memória e que guardo com carinho pela honra de tê-lo como pai e mestre, em todas as fases de minha vida e a quem, novamente, presto minhas homenagens.
Isto me faz lembrar um poema de Mário de Andrade:

Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Os magistrados devem ou não ser intocáveis? O presente de Natal do prefeito e da Câmara.

1. Os magistrados devem ou não ser intocáveis ?

Trata-se sem dúvida de assunto controvertido. Órgão relativamente novo, O CNJ foi criado para efetuar o controle administrativo do Judiciário, ou conforme anotado em seu site (http://www.cnj.jus.br/sobre-o-cnj): 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é um órgão voltado à reformulação de quadros e meios no Judiciário, sobretudo no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. O CNJ foi instituído em obediência ao determinado na Constituição Federal, nos termos do art. 103-B.
Criado em 31 de dezembro de 2004 e instalado em 14 de junho de 2005, o CNJ é um órgão do Poder Judiciário com sede em Brasília/DF e atuação em todo o território nacional, que visa, mediante ações de planejamento, à coordenação, ao controle administrativo e ao aperfeiçoamento do serviço público na prestação da Justiça.

Exercendo tais atribuições, a ministra Eliana Calmon, atual Corregedora do CNJ, continuando gestões iniciadas pelo ministro Gilson Dipp, seu antecessor, solicitou a órgão responsável (COAF) que prestasse informações sobre movimentações financeiras de alto valor realizadas por magistrados, de caráter interno. Tal pedido foi atendido e em resposta ficou constatado que ocorreram inúmeras movimentações financeiras de altos valores e, ainda que, especificamente em relação ao TJ de São Paulo, cerca de 45% dos seus membros não haviam apresentado declarações de imposto de renda em exercícios anteriores e atinentes às tais movimentações. Tudo dentro da legalidade, respeitando-se os sigilos dos envolvidos. No entanto, como paralelamente se dicutia o alcance das atribuições do CNJ, no último ato do ministro Marco Aurélio foi deferida uma liminar que proibe o CNJ de realizar tais investigações. Ao mesmo tempo, foi noticiado que os ministros do STF, Peluso e Lewandoski, ex-membros do TJSP, teriam recebido importâncias vultosas referentes ao período em que exerceram suas funções naquele tribunal, relacionadas a auxílio moradia. Tal benefício seria devido a todos os desembargadores, mas apenas 17 teriam efetivamente recebido a verba, incluídos os dois do STF.
Para completar, Lewandoski proibiu que o CNJ continuasse suas investigações até decisão final sobre a legalidade do procedimento.
Tudo isso causou um constrangimento desnecessário nos meios jurídicos. E aumentou quando associações de classe de magistrados (Ajufe, Anamatra e AMB) decidiram entrar com pedido de investigações junto à Procuradoria da República contra os atos de Eliana Calmon, pedindo correição sobre atos da Corregedora. Ou seja, um absurdo.
Ora, o Brasil vive um período onde grassa a corrupção em todos os setores. Vários ministros de Estado foram afastados por suspeitas de envolvimento em atos desabonadores. Por outro lado, há pouco tempo tivemos escândalos que envolveram um juiz federal (Rocha Matos) que inclusive foi condenado, e, também, aquele que se notabilizou como corrupto na construção de um Tribunal (Nicolau dos Santos Neto) e que também foi condenado, após julgamento.
Assim, quem primeiro deve dar exemplo, é justamente o Poder Judiciário, que não deve batalhar para se tornar imune a investigações sobre quaisquer denúncias que forem apresentadas. Pelo contrário, deve colocar à disposição da Justiça e do povo todos os dados sobre ações relacionadas com suas atividades, no sentido de sobrepor a clareza e retidão dos atos por si perpetrados, assim como é exigido normalmente de todo cidadão comum.
Na verdade, a tradição do STF é a de rechaçar qualquer controle de órgão autônomo, como esclarece Alexandre de Moraes (Direito Constitucional. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2003. p.456), lembrando que  alguns autores, como Michel Temer, atual vice-presidente, constitucionalista e professor, também se posicionam radicalmente contra a existência do CNJ.
Mas, hoje os tempos são outros. Urge um combate visceral contra a corrupção, doa a quem doer.
Se a Corregedora do CNJ for coibida de investigar, por serem os envolvidos magistrados, a Justiça nacional irá cair em descrédito maior junto à população e aí teremos sim, grave desequilibrio institucional.


2. O presente de Natal do prefeiro e da Câmara.

Leio que, após recentes divergências com a Câmara, o prefeito, no estertor do ano, resolve, num ato magnânimo, efetivar um abono de Natal, no valor de mil reais para cada um dos funcionários públicos.
Em reunião extraordinária, pois o assunto era especial, os diligentes vereadores, não sem antes proporcionarem cenas de quase pugilato, imediatamente aprovaram o desejo do alcáide, estendendo também o mimo aos funcionários da casa de leis.
O "presente" que os nobres políticos decidiram, à revelia da opinião popular, alcança a mísera importância de quase R$4 milhões de reais.
A perplexidade é enorme, não por julgar que os funcionários públicos não mereçam tal abono, mas pelo simples fato de se saber que instituições como a Santa Casa, em situação pré-falimentar, necessitam muito mais de tais verbas para proporcionarem alívio às dores e aflições a tanta gente que está em fila de espera para cirurgias de urgência. E, ainda, pela manchete estampada no jornal "Comércio da Franca" deste sábado: "4 mil vivem o Natal dos excluídos". Na nota a informação sobre: "o grupo de 3.639 francanos que vivem na linha da extrema pobreza e tentam sobreviver com menos de R$70 por pessoa no mês". Tudo com o conhecimento do secretário da Ação Social de Franca e, por conseguinte, do prefeito.
São as incoerências políticas. Existem prioridades eleitoreiras, ou seja, aquelas que dão votos e prestígio político e as verdadeiras prioridades, as sociais, que não dão.
Feliz Natal?

domingo, 18 de dezembro de 2011

Posição correta da Câmara e reação errada do Prefeito. O basquete francano na berlinda e os ataques de um ex-jogador. Santos sucumbe ao melhor futebol.

1. Posição correta da Câmara e reação errada do Prefeito.

A Câmara dos Vereadores de Franca, sempre criticada por suas trapalhadas, quando acerta é incompreendida. Desta vez, ao rejeitar corretamente pedido do Prefeito para aquisição de imóvel particular pelo alto valor de quase sete milhões, foi atacada pelo alcáide que, inconformado, sugeriu uma "ditadura da minoria" para o desfecho trágico de suas pretensões. Aliás, mais uma pretensão estranha. E ditadura, pelo que se sabe, é não reconhecer e contestar a decisão dos representantes do povo.
Anteriormente, o Prefeito já havia adquirido dois imóveis: um para criar um museu para homenagear a atriz Regina Duarte e outro sob a desculpa de utilização de nova sede para a Secretaria da Educação. Ambos, em circunstâncias estranhas, beneficiando particulares em detrimento do dinheiro público, sendo importante salientar que, até o momento, nenhum dos dois recebeu o destino que norteou suas aquisições. Neste último caso, a desculpa seria a construção de uma creche. Na coluna "Cartas dos leitores" do jornal Comércio da Franca, do dia 17.12, p.A-2, o ex-prefeito Gilmar Dominici colocou mais um esclarecimento contra a pretensão do Prefeito: o Ministério da Educação já teria autorizado 4 unidades de creches, com possibilidades de outras, o que evitaria gastos do orçamento municipal. Ou seja, muito se falou sobre o assunto, mas infelizmente, a mídia francana se desvirtuou do jornalismo investigativo, deixando de pesquisar sobre os trâmites da negociação do pleiteado prédio e os alertas ficam por conta dos leitores, às vezes, com experiência como a do do ex-prefeito.

2. O basquete francano na berlinda e os ataques de um ex-jogador.

O basquete francano, vivendo a pior fase de sua história, após mais uma derrota em casa, recebeu críticas contundentes de um ex-jogador: José Vargas. Em entrevista no jornal Comércio da Franca deste domingo, p.A-24, sob o título "Vargas diz que Hélio Rubens está ultrapassado e deveria ser demitido", há comentários interessantes oriundos de pessoa que até pouco tempo conviveu com a comissão técnica e os bastidores do clube. Veio reforçar os constantes apelos da torcida em alentadas críticas na coluna "Carta dos Leitores" do mesmo jornal, que clamam há tempos por modificações e encontram dirigentes e patrocinadores silentes e amorfos.
As revelações contidas na reportagem ganham repercussão, principalmente quando o texto informa que o entrevistado "disputou as eleições para vereador em 2008 e recebeu pouco mais de 800 votos, número insuficiente para se eleger. Avalia a possibilidade de se candidatar novamente no ano que vem. É filiado ao PPS, partido que apoia o prefeito Sidnei Rocha (PSDB). Ocupa o cargo de diretor de esportes."
Resta saber se o Prefeito, chefe do diretor de esportes, endossa todo o conteúdo da entrevista, uma vez que a municipalidade é um dos patrocinadores do basquete e em outra ocasião já tinha ameaçado "chutar o balde"!

3. Santos sucumbe ao melhor futebol.

Não adiantou o Brasil inteiro (menos os corintianos) torcer para a vitória santista no Mundial de Clubes, no Japão. O Barcelona, mais uma vez, superou o obstáculo final, que desta vez era o Santos.
Não dá para comparar. A diferença de técnica e conjunto é brutal. O Barcelona não é só Messi, o melhor do mundo, mas um todo, com craques em todas as posições. O Santos, apesar de ser o melhor da América do Sul, tem um futebol limitado, com dois craques (Neymar e Ganso) e cinco ou seis bons jogadores. Isto individualmente, porque coletivamente falta muito ao elenco santista. Já o Barça é uma orquestra muito bem treinada pelo maestro Guardiola, com todos os elementos executando fielmente suas funções, fazendo fluir um futebol majestoso e impecável, sob a perfomance de um solista magistral: Lionel Messi!
Assim, no jogo de hoje, só um time jogou: o Barcelona, com quase oitenta por cento de posse de bola!
Não devemos lamentar a derrota santista, mas degustar a "aula de futebol" que nos foi proporcionada.
Aula esta que, admiravelmente, reconheceu Neymar ao final do espetáculo.
E, ainda, é bom prepararmos um excelente time para a Copa do Mundo, pois, hoje, a Espanha, que tem quase todo o time do Barcelona, se afigura como favorita e dificilmente será batida. Com o futebol apresentado pelo Brasil nos últimos jogos, muita coisa deve ser modificada se quisermos fazer frente ao nível alcançado pelo futebol espanhol destes dias.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Emoção na missa matutina em comemoração ao aniversário da padroeira. O Pará e seu plebiscito. O basquete francano ganha uma, finalmente. O novo Presidente da Câmara dos Vereadores e suas promessas.

1. Emoção na missa matutina em comemoração ao aniversário da padroeira.

 Dia 8 de dezembro, data da comemoração da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição, como de hábito, minha esposa e eu fomos à missa matutina na Catedral, às 10h00, sob o comando do Pe. Marcio. Missa especial, sempre envolta no brilho que faz jus, teve a enaltecer seu transcorrer e finalização o belo Hino, que alguns desconhecem (por falta de divulgação melhor), de autoria de meu pai, Alfredo Palermo. Foi um momento de muita emoção e gratas recordações, especialmente pelo fato de que, além de ter sido o autor da letra do Hino da Franca, meu pai coroou seu acervo cultural com a bela letra do Hino da Padroeira, duas letras que imortalizaram sua vasta herança cultural dedicada à cidade que tanto amou. Em vida, sempre que ouvia a apresentação do Hino da Padroeira, seus olhos mostravam um brilho especial e, nesta missa, recordamos tal vibração.

2. O Pará e seu plebiscito.

Os paraenses, neste domingo, foram às urnas para decidirem sobre o desmembramento do Estado em Carajás, Tapajós e Pará.  Para os defensores, tal permissão acarretaria melhor presença do poder público em áreas isoladas e sem desenvolvimento econômico. Além disso, tais áreas teriam maior representatividade no Congresso e os investimentos federais seriam maiores. Os contrários argumentam que a separação deixaria o Pará remanescente deficitário, tendo em conta que os principais recursos vem das regiões separatistas. Além disso, a criação de novos Estados acarretaria grandes despesas com duas novas Assembleias, novos Tribunais e sedes para os novos Executivos. E, finalmente, a separação beneficiaria apenas uma pequena elite política das regiões, não mudando a situação das populações das novas regiões.
As informações da mídia, por ocasião da redação desta nota, davam conta que o pretendido plebiscito seria contrário aos separatistas. Ou seja, o povo, sempre que se pretende lesá-lo reage e, desde vez, parece que acertadamente.

3. O basquete francano ganha uma, finalmente.

Após uma série de derrotas humilhantes, o basquete francano alcançou, finalmente, uma vitória sobre a equipe da cidade de Sorocaba. Em outros tempos, nada disso seria comemoração, eis que seria apenas uma obrigação, dada a fragilidade do oponente.
No entanto, é bom não comemorar o feito. O time é fraco e mal dirigido. Apenas procura-se adiar medidas há muito esperadas pela torcida, que não aguenta mais sofrer e ser ignorada pelos "donos" do basquete francano.

4. O novo Presidente da Câmara dos Vereadores e suas promessas.

Em entrevista dada ao jornal Comércio da Franca deste domingo, na página A-24, sob o título "A Câmara será respeitada de um jeito ou de outro", o novo Presidente da Câmara, Valter Gomes, "promete endurecer na relação com o Executivo e aproximar a Câmara da sociedade".
Tomara que seu intento se realize, uma vez que, nos últimos tempos, a referida Instituição travou grandes batalhas com a população, insatisfeita com os trabalhos da edilidade e totalmente direcionada a realizar uma renovação total nas próximas eleições. Um objetivo polêmico, almejado pela Prefeitura, qual seja a aquisição de um prédio da antiga fábrica Charm, poderá ser a primeira prova sobre o real desejo da presidência da Câmara. Trata-se de mais um ato que contraria os interesses públicos, semelhante ao das criticadas aquisições dos imóveis destinados ao museu de Regina Duarte e, ainda, o imóvel conhecido como "esqueleto", adquirido sob a desculpa de transferência da Secretaria da Educação, os quais , à época, não mereceram repúdio dos edis, totalmente submissos ao Prefeito.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Basquete francano: não há limites para humilhação! Dilma, como Lula, não respeita decisões do Conselho de Ética, mas Lupi se demite ao final. Corrupção por todo o lado. O todo poderoso Prefeito.Corinthians, campeão como a Globo e a CBF planejaram.

1. Basquete francano: não há limites para humilhação!

O basquete francano atravessa a pior fase de sua história. Portador de grandes e polpudos patrocinadores, incluindo a Prefeitura Municipal, acaba de sofrer sua quarta derrota seguida no campeonato da NBB. Trata-se de uma situação já esperada, tamanhas as falhas existentes seja na organização, direção e plantel. Os poucos torcedores, que ainda resistem em assistir atônitos a fulgurante queda, têm mandado cáusticas e consistentes críticas à mídia, esperando que alguém tome uma medida para barrar situação tão humilhante, uma vez que, os principais responsáveis (diretoria, comissão técnica e jogadores) insistem em não assumir responsabilidades e, como o esperado, afastarem-se, dando lugar a pessoas realmente capazes! Como diria Cícero : "Quousque tandem abutere Catilina patientiam nostra"!(Até quando abusará Catilina de nossa paciência?)

2. Dilma, como Lula, não respeita decisões do Conselho de Ética, mas Lupi se demite afinal.

Dilma ignorou a sugestão da Comissão de Ética da Presidência da República, no sentido da imediata exoneração do ministro Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, resolvendo mantê-lo e pedindo explicações à Comissão. Em 2007, o então presidente Lula também não acolheu sugestão da Comissão de Ética, no sentido da exoneração do mesmo Lupi, pelo fato de o mesmo acumular a direção do PDT e ser ministro. Ou seja, a Comissão, criada em 1999, para fiscalizar atitudes aéticas de membros do governo, vê novamente sua existência ser questionada pelo desrespeito de mais um presidente a normas constitucionais. E, diga-se de passagem, a Comissão de Ética é presidida por Sepúlveda Pertence, pessoa altamente ligada a petistas.
Hoje, finalmente, às 20h00, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que Lupi não aguentou e se demitiu. Felizmente, este ato salva o Conselho de Ética de desmoralização e aumenta a coleção de ex-ministros corruptos do mandato de Dilma. 

3. Corrupção por todo o lado!

É incrível como a corrupção campeia neste país! Em Franca, a população ficou perplexa nesta semana com a divulgação da prisão de 15 policiais rodoviários acusados de receberem propinas referentes a veículos encaminhados ao pátio dos guinchados.
Também, nesta semana, divulgou-se sobre a corrupção nas farmácias locais, atingindo o programa Farmácia Popular, no qual o governo distribui gratuitamente remédios à população, destinados principalmente àqueles portadores de medicação para problemas cardíacos. O MP federal, agindo há algum tempo, desmascarou várias farmácias que vinham se locupletando do dinheiro público, forjando a entrega de remédios a pessoas inexistentes e até já falecidas!
Por outro lado, o programa Fantástico da Rede Globo vem anunciando, para esta noite, a divulgação de corrupção de fiscais da receita federal, acusados de propinas e desvio de condutas.

4. O todo poderoso Prefeito.

Embora tenha, reiteradamente, nestes últimos dias, sofrido derrotas na Câmara Municipal (a última foi a relativa à eleição do presidente), além de diminuição nas pesquisas populares, o Prefeito não perde a pose e, na revista alusiva ao aniversário dos 187 anos da cidade, editada pelo jornal Comércio da Franca e colocada em circulação neste final de semana, afirmou categoricamente que "a população me ama"! E, ainda, desaforadamente, disse à reportagem, sobre críticas à sua administração que, quando feitas, diminuem a venda do jornal: "É tão bem aceita que é só vocês criticarem que cai a venda de jornal."
Pois é, vamos ver como irá reagir o povo à época das eleições. Para aqueles que não entenderam atos polêmicos das aquisições dos imóveis para uso do futuro Museu de Regina Duarte, ou do "esqueleto" para a nova sede da secretaria da Educação, gastos excessivos com o basquete francano, além da confusa convivência com a Câmara Municipal, etc., persiste a dúvida quanto à atual arrogância do alcáide em fim de mandato.

5. Corinthians campeão como a Globo e a CBF planejaram.

Como era esperado, o Corinthians sagrou-se campeão brasileiro, em jogo em que foi dominado o tempo todo pelo Palmeiras e ainda contando com a ajuda do juiz que, erradamente expulsou Valdívia, o melhor jogador do Palmeiras, aos 3 minutos do segundo tempo.
Tite armou um time medroso, que ficou o tempo todo na defesa. No final do jogo, Jorge Henrique, que foi o responsável direto pela expulsão errada de Valdívia, provocou os jogadores do Palmeiras e deslustrou o título, com confusão generalizada, agressões recíprocas e mais expulsões.
Ou seja, embora tenha sido campeão em razão do regulamento, não mostrou brilho e talento para tal, tanto é que não conseguiu vencer seu arquirrival.
O melhor time do ano, o Vasco da Gama, que mostrou futebol brilhante, acabou não sendo premiado, uma vez que disputou dois torneios ao mesmo tempo, perdendo ambos pelo cansaço.
O Corinthians, além de mostrar regularidade, contou com o maior patrocínio da Globo e as benesses da CBF, a qual acabou nomeando o presidente do Corinthians diretor de seleções, antes mesmo do final do campeonato.
Valeu o título como homenagem a Sócrates, ex-jogador corintiano, falecido no mesmo dia e que foi um dos maiores talentos do futebol brasileiro e da Seleção.

domingo, 27 de novembro de 2011

Como não deve ser um partido político. Jornal afirma que pesquisa retrata declínio de avaliação pública do prefeito. Nova suspeita. Palmeiras decidirá Campeonato Brasileiro!

1. Como não deve ser um partido político.

É fácil. Um partido político não deve ser como é o PMDB. Nascido em 1980, das cinzas do MDB, surgiu com grandes nomes da antiga sigla. O dia a dia conturbado e a vocação para se apegar a quem estava no Poder fez com que muitos dos seus fundadores saíssem e fundassem outra sigla: o PSDB. Na antiga nau ficaram nomes de peso como Ulisses Guimarães, Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, rodeados de figuras carimbadas de oportunistas como José Sarney, Renan Calheiros, Michel Temer etc.
Atualmente, basta assistir ao programa do partido, no horário da TV, para perceber como ficou realmente o PMDB. Aliás, o mote atual do partido, expressado com orgulho por Michel Temer é "o partido das oportunidades"! E é a pura realidade. Para o partido acabam de chegar Paulo Skaf e Gabriel Chalita, políticos que vêm demonstrando especial interesse em aproveitar as "oportunidades" que vêm surgindo em grande quantidade desde que a sigla passou a apoiar o PT de Lula e Dilma.
Já em 2009, em entrevista polêmica à revista Veja, Jarbas Vasconcelos, senador do PMDB-PE, e exceção à regra no partido, já dizia que "boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção" e, ainda, que "a maioria se move por manipulação de licitações e contratações dirigidas". Concluiu dando a receita para corrigir o partido: "não basta mudar os nomes; é preciso mudar as práticas".
Como se vê pelos últimos atos do PMDB, estamos longe de qualquer mudança, ficando o exemplo de que como não deve ser um partido.

2. Jornal afirma que pesquisa retrata declínio de avaliação pública do prefeito.

O jornal Comércio da Franca, deste domingo, em sua manchete da página principal, destaca que "avaliação positiva do governo de Sidnei Rocha cai pela 1ª vez". É sintomático que a melhor avaliação está ligada ao abastecimento de água, fato que se deve à Sabesp e não ao prefeito. As piores críticas dizem respeito à saúde e à limpeza dos terrenos baldios. E, como se sabe, são serviços ligados aos candidatos do colete do prefeito para as próximas eleições municipais. Na verdade, as últimas derrotas políticas do prefeito, aliadas aos incidentes em que foi protagonista, demonstram a insegurança vivida no momento, bem como a demonstração da insatisfação do eleitor às vésperas de novo pleito. Tal situação, se não administrada razoavelmente pelo PSDB, coloca em risco a permanência tucana no poder, abrindo espaço para a oposição.

3. Nova suspeita.

A notícia do interesse da Administração Pública francana pela aquisição de prédio desativado de indústria de calçados para a implantação de uma nova creche, pelo alto valor de 6,5 milhões, causa espanto . Isto porque, como se sabe, a Municipalidade possui inúmeros terrenos, não necessitando adquirir outro. Por outro lado, anteriormente, duas aquisições efetuadas pela prefeitura foram duramente criticadas pela falta de respeito aos princípios básicos do direito admnistrativo: imóvel onde nasceu Regina Duarte e "esqueleto" do bairro Francal. Ambos, com promessas de funcionamento de um museu e nova sede da Secretaria da Educação, tornaram-se bons negócios para os vendedores e, até a presente data, nada do prometido saiu dos planos. A nova investida merece ser investigada pela Câmara Municipal e pelo Ministério Público para se saber se realmente o dinheiro público está sendo aplicado dentro dos parâmetros legais.

4. Palmeiras decidirá Campeonato Brasileiro!

O Palmeiras, como se esperava, irá decidir o Campeonato Brasileiro. Bastará ganhar do Corintians e o Vasco da Gama vencer o Flamengo. É o que esperam todos os torcedores do Brasil, menos é claro os do Corintians!
Arrisco um palpite: 1 X 0 para o Palmeiras, gol de  Valdívia ! E, se isto ocorrer, o ano estará salvo para o Palmeiras e para todos os outros clubes do Brasil!

domingo, 20 de novembro de 2011

Medicina em Franca e comentários infelizes. Um novo shopping para Franca. Benvinda lei antiálcool

1. Medicina em Franca e comentários infelizes.

A Unifran anunciou dia 18 a autorização, via Diário Oficial, de seu novo curso, para o ano de 2012, o de Medicina. Foi, sem  dúvida, uma vitória para a universidade privada e também para a cidade e região. O principal mote em torno do assunto é a constante escassez de candidatos ao cargo de médico nos concursos públicos abertos em Franca e região. Na verdade, Franca cresceu muito e os hospitais existentes na cidade já se tornaram insuficientes para a demanda. Herdando vícios antigos, as instituições atuais carregam sistemas societários fechados e corporativismos próprios da classe, que dificultam a entrada de novos profissionais vindos de outras plagas, fato que resulta no quadro atual de insuficiência de elementos para o serviço público.
Por outro lado, as famílias francanas e da região terão mais uma opção de estudo para seus filhos que, a partir de agora, poderão usufruir de meios menos onerosos para obterem acesso a curso que demanda muitas dificuldades.
Em meio às inúmeras manifestações de júbilo, causou celeuma o posicionamento contrário de certos profissionais da área médica que chegaram ao absurdo de alegar que o curso não estaria ao alcance de cidadãos que sobrevivem do mercado calçadista. O castigo veio no dia seguinte, quando o jornal Comércio da Franca noticiou a condenação de dois médicos por erro profissional relacionado à morte de jovem de 19 anos. E, como se sabe, nenhum deles formado em Franca.
Ou seja, conforme bem disse um leitor daquele jornal, o bom profissional é premiado pela continuidade, já o mau, o próprio dia a dia se encarrega de eliminar e nem sempre o fato de ter cursado universidade de renome dá garantia de competência a qualquer pessoa.

2. Um novo shopping para Franca.

A cidade de Franca possui dois shoppings, o Franca Shopping e o Shopping do Calçado, este último mantendo comércio segmentado. O primeiro, que já existe há um bom número de anos, não consegue apresentar condições, desenvolvimento, atrações e tudo o mais que de um shopping se espera. A empresa responsável pelo Franca Shopping não desempenha sua administração a contento há bom tempo. Tanto é verdade que não se tem notícias sobre algum shopping de relevo de tal grupo. Consequência disso é a repetição, ano a ano, de promoções medíocres na época do Natal ou, como agora, nenhuma promoção.
Enquanto isto, na vizinha cidade de Ribeirão Preto, a qualidade dos shoppings lá existentes é anos luz maior. Assim, na Folha Ribeirão deste domingo, na p.C-7, há a notícia: "Shoppings sorteiam carros, TVs a até trens elétricos para o final de ano".  No início da nota temos a informação: "Um Jeep Grand Cherokee, três Mercedes-Benz C180, dois Citroen C3 Picasso e um Sportage, todos zero quilômetro, estão entre os prêmios sorteados nos shoppings de Ribeirão Preto nas campanhas de final de ano. Além de carros, televisões LCD 40'', trens elétricos e decorações com árvores gigantes, Papai Noel e bonecos de neve pretendem atrair os consumidores."
Ao final da nota, temos a informação sobre o Franca Shopping, informando inexistir premiação: "neste ano preferiu investir em decoração natalina". É brincadeira. Quem já foi ao Franca Shopping verifica a modesta decoração.
Além do dinamismo doa atuais shoppings de Ribeirão, ainda há a expectativa para a implantação da unidade Iguatemi na cidade, em breve, conforme já se vê na mídia televisiva.
Tuso isto nos leva a desejar, cada vez mais, que um grupo se interesse pela cidade de Franca e traga mais um shopping. E, desta feita, de qualidade.

3. Benvinda lei antiálcool.

Neste final de semana entrou em vigência a nova lei estadual que disciplina a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais. Na verdade, veio em boa hora. Os excessos do consumo de bebidas vêm causando vários problemas, especialmente em relação ao crescente número de acidentes de trânsito e perturbações do sossego público. Franca, como todas as cidades, padece também dos problemas gerados pelo abuso e falta de controle na venda de bebidas alcoólicas.
O jornal Comércio da Franca deste domingo, sob o título "Lei antiálcool multa 2 bares de Franca na primeira noite", p.A-9, mostra que, se realmente aplicada a nova lei, a cidade irá lucrar com a diminuição de acidentes e perturbações do sossego público oriundas das algazarras de fim de semana nas imediações dos postos de gasolina. Esperemos que a fiscalização seja rigorosa e constante.
Além disso, é de ressaltar que o prefeito de São Caetano do Sul sancionou a Lei Municipal nº 5.021 de 25 de agosto de 2011 que proíbe a venda e consumo de bebidas alcoólicas em postos de abastecimento de combustíveis e serviços, nas suas lojas de conveniência ou em trailers instalados no seu perímetro (detalhes da Lei podem ser encontrados em http://www.saocaetanodosul.sp.gov.br/interna.php?conteudo=4104). Tal exemplo poderia ser adotado também em Franca, se os diligentes vereadores souberem utilizar suas faculdades, o que viria completar a lei estadual.

domingo, 13 de novembro de 2011

Influência do prefeito de Franca no próximo pleito. Segurança pública falha.Ocupação da Rocinha e pontos para Cabral. Prazeres da Ligúria.

1. Influência do prefeito de Franca no próximo pleito.

O jornal Comércio da Franca deste domingo estampou manchete em que afirma existir pesquisa apontando que 37,2% dos eleitores francanos votariam em candidato apoiado por Sidnei. E, mais, assinala que o próprio prefeito, ouvido, em mais uma bravata afirmou: "Essa eleição nós já ganhamos. Se a população de Franca quer que o meu trabalho continue, ela vai eleger alguém que conte com o meu apoio". (p.A-5). Embora todos reconheçam a boa administração de Sidnei, é bom ter cautela com o andor.
Na verdade, como se sabe, Sidnei sucedeu a uma das piores administrações surgidas em Franca, onde membros do PT sucatearam o município. Assim, qualquer um que sucedesse à administração petista, se fizesse um governo honesto, seria melhor e traria benefícios à cidade. Sidnei fez o dever de casa. E fez de forma convincente. Por outro lado, no longo período em que exerceu seus mandatos (2) teve vários episódios polêmicos em que nem toda a população comungou com sua vontade. E, além disso, os três prováveis membros da sua preferência, assessores diretos, também se envolveram em atos administrativos discutíveis e passíveis de críticas, estando longe de serem elementos que captem votos com facilidade como Sidnei já provou captar.
Recentemente, Sidnei amargou derrota política na própria Câmara de Vereadores, usualmente servil a seus projetos.
Assim, é muito cedo para se afirmar ter Sidnei os mesmos poderes que Lula teve, ou seja, ungir qualquer pessoa ao cargo que bem lhe aprouver.

2. Segurança pública falha.

Franca continua a conviver com falta de segurança pública. Além dos constantes assaltos a residências e estabelecimentos comerciais, não solucionados, durante todo o ano, trânsito incontrolável e bagunça generalizada em proximidades dos postos de gasolina. Também noticiam os jornais atos de vandalismo em escola pública. Quem circula pelo centro da cidade dificilmente verifica a presença de policiamento ostensivo, o que faculta a circulação dos mais variados marginais e o constante risco à população. Quando é que as autoridades constituídas irão se preocupar com o assunto segurança pública?

3. Ocupação da Rocinha e pontos para Cabral.

Um dos objetivos do governo carioca é o de pacificar as favelas e introduzir UPPs nas mesmas.
Após a invasão da favela do morro do Alemão, ano passado, em espetacular ação militar, até hoje não foi possível a completa instalação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) que, tem o objetivo de combater o tráfico de drogas e possibilitar a segurança dos habitantes. O Exército foi solicitado a permanecer no local até 2012, o que demonstra não ser fácil a implantação das unidades. A Rocinha, com população de 70 mil habitantes, é estratégica, tendo em conta estar próxima dos oito bairros de maior poder aquisitivo do Rio, ou seja, locais ambicionados pelo tráfico. Todo o esforço arquitetado pelo secretário de segurança Beltrame é de sucesso questionado, tendo em conta a corrupção policial, fato difícil de ser exterminado também nos meios da segurança pública.
No entanto, é mais um passo do governador Cabral para possibilitar seja o Rio de Janeiro viável para a próxima Copa do Mundo. Caso consiga seu objetivo, não tenham dúvidas, será um grande nome visando as eleições presidenciais futuras.

4. Prazeres da Ligúria.

A Lígúria é uma estreita região montanhosa da Itália, situada no noroeste, dividida em duas partes: situada ao sul de Gênova, a Riviera do Levante segue margeando a costa até a fronteira com a Toscana; ao norte, a Riviera do Ponente se estende até a França. A região é conhecida por grandes navegadores, e Cristóvão Colombo seu maior representante, e culinária famosa.
Um de seus pratos conhecidos é o "Trenette ao pesto genovês", cuja receita saiu no número 9 da coleção Cozinhas da Itália, da Folha de S.Paulo. Trata-se de excelente massa. O molho pesto, especialidade dos lígures, torna o prato especial. Compensa experimentá-lo, obedecendo-se a receita lá disponível, especialmente com o sabor do manjericão sendo realçado pelo brilho de pinoli (semente do pinheiro-manso nativo do Mediterrâneo), obrigatório na preparação do legítimo pesto.
Para acompanhar, um legítimo tinto toscano, e um bom domingo é quase completo. Falta, apenas, uma vitória do Palmeiras.

domingo, 6 de novembro de 2011

A última bravata do Prefeito: ataques a quem o apóia sempre. O caso do médico acusado de abuso sexual. Ministro do Trabalho: a bola da vez.

1. A última bravata do Prefeito: ataques a quem o apóia sempre.

O Prefeito Sidnei Rocha, de Franca, SP, ficou famoso, antes de ser político, por seu programa radiofônico, "Boca no Trombone", onde criticava todo mundo, de forma agressiva, muito ao gosto das pessoas mais simples. Tal postura lhe permitiu ser vereador e, posteriormente, prefeito pela primeira vez, dando início a uma vertiginosa e rápida carreira de empresário das comunicações. Uma passagem desastrosa pela administração da Vasp lhe rendeu um ostracismo político e críticas ácidas de seus adversários políticos com acusações graves. Dois governos municipais do PT, onde a cidade conheceu seus piores dias, permitiram a volta triunfal do político ao pedestal maior da cidade, culminando com o segundo mandato consecutivo e altos índices de popularidade.
Durante este período, frequentemente, o criador do "Boca no Trombone", hoje proprietário de uma rádio local, volta ao microfone e exercita seus dons de fanfarrão contumaz.
O último ato foi quando chamou os vereadores francanos de "asnos", por conta de uma polêmica sobre o uso de semáforos inteligentes e a rejeição de projeto de sua autoria para a construção de um viaduto em uma avenida, viaduto este que, por sinal, levaria o nome de sua progenitora. Os vereadores, bem ou mal, apenas exerceram sua função constitucional, não cabendo a reação ocorrida.
Como se sabe, o significado de asno, nos dicionários, é: "s.m. mamífero da ordem dos ungulados, família dos equídeos, menor que o cavalo e com orelhas compridas; jumento, burro. Fig. Pessoa ignorante, tolo, cabeçudo."
A injúria causou estranheza, ainda mais porque sempre o Prefeito obteve maioria na Câmara, onde quase nunca é contestado, e tem respeito quase servil da maioria dos membros do atual mandato.
Tanto é verdade que, no dia imediato à injúria, teve mais um projeto seu aprovado e ninguém se atreveu a contestá-lo até o momento.
O fato serviu apenas para mostrar aos munícipes o quanto a atual Câmara é fraca e inoperante, servindo de alerta para a sua total renovação no próximo pleito, para que, enfim, represente o seu verdadeiro papel de fiscal da administração pública e não mero expectador e chancelador de atos do alcáide.

2. O caso do médico acusado de abuso sexual.

Durante a semana que passou, a notícia de que um médico filiado a duas instituições de saúde locais, estava sendo acusado de abuso sexual contra pacientes, acabou sendo o destaque da mídia. Embora as notícias sejam vagas e incompletas, dado o sigilo do processo judicial, um fato não explorado, causa interesse jurídico: por que houve demora na comunicação dos fatos graves? Estariam as pessoas e empresas envolvidas na demora na comunicação também sendo questionadas e respondendo por omissão, fato também penalmente passível?

3. Ministro do Trabalho: a bola da vez.

Mais um ministro do governo Dilma é alvo de denúncias sobre corrupção. A bola da vez é o ministro Carlos Lupi, um fanfarrão que adora os holofotes da mídia, aparecendo mais do que seu partido (PDT) nos programas. A revista Veja, sempre ela, que hoje apresenta mais denúncias do que o próprio MP, em reportagem desta semana, informa que assessores do ministério negociariam comissão com ONGs para resolver 'pendências' em contratos de qualificação, como informa o jornal Folha de S.Paulo de hoje, na notícia "Trabalho cobraria propina, diz revista.", p.A.12.
Se verídicas as acusações, mais um ministro, indicado por Lula, poderá cair, juntando-se aos outros seis já defenestrados anteriormente. Pobre Dilma!

domingo, 30 de outubro de 2011

Basquete francano e entrevista polêmica. A falta de fiscalização na venda de gás. O Prefeito e a Viação Cometa.

1. Basquete francano e entrevista polêmica.

Neste domingo, o jornal Comércio da Franca publicou interessante entrevista com o presidente do Franca Basquete, Luís Carlos Teixeira, intitulada "Presidente do Franca Basquete marca data para a saída de Hélio Rubens", p.A-24. Além da revelação bombástica sobre a saída do técnico, há duas outras afirmações de relevo: a primeira, a de que o orçamento "pouco superior a R$220 mil mensais" é considerado pequeno pelo mesmo, e a segunda, a crítica à Feac (órgão municipal) pelo atraso nas obras de reforma da quadra do Poliesportivo, durante a última competição, chegando a afirmar "considero hoje a administração da Feac um retrocesso nas relações do esporte na cidade."
Em relação à informação da saída do técnico, a partir da próxima temporada, embora não esperada, mas solicitada veementemente pela torcida, fica a constatação de que, se não houvesse a decisão do próprio técnico, nada seria feito pelo diretor, ainda que esta fosse a atitude mais aguardada há tempos pela torcida, tendo em conta os desastrosos resultados nos últimos torneios. Na entrevista, no entanto, não há qualquer perspectiva de escolha de técnicos experimentados e com sucesso comprovado, mas opção pela manutenção do status quo, com a opção sobre a escolha do filho do treinador. Ou seja, o clube não promoveria mudanças necessárias.
Quanto à afirmação sobre a importância considerada pequena de "pouco superior a R$220 mil mensais", trata-se de um absurdo, pois, conforme análise efetuada em artigo do colunista Luiz Neto, ninguém sabe ou é informado sobre as contas do clube, embora haja patrocínio público da Prefeitura Municipal e, portanto, seja assunto de interesse público, inclusive passível de fiscalização pelos vereadores e pelo Ministério Público. Além disso, logo após o fracasso no último torneio, foi publicado que um dos três americanos a serem contratados iria receber cerca de 15 mil dólares. Enfim, falar em pequeno patrocínio e esconder valores pagos a comissão técnica e plantel, mostrando apenas o que se gasta com os americanos, é medida muito temerária e estranha.
Por último, as críticas à Feac são surpreendentes porque, como se sabe, o apoio ao basquete é excessivo, pois além do patrocínio financeiro da Feac, há a cessão exclusiva da quadra de basquete e dependências do Poliesportivo em prejuízo da real finalidade da Feac, qual seja a de apoio ao esporte amador da cidade. E, o basquete, ainda que tenha a áurea de "amador", está longe dessa situação, tendo em conta os valores milionários recebidos pela comissão técnica e jogadores.
Ou seja, a entrevista do presidente do Franca Basquete, antes de ter o efeito de animar a torcida, teve o condão de colocar mais fogo na lareira, tendo em conta que as intenções futuras não são das melhores.

2. A falta de fiscalização na venda de gás.

O jornal Comércio da Franca, no meio da semana, publicou importante reportagem sobre a venda de gás na cidade, com informações sobre vários estabelecimentos que, embora não sendo do ramo, vendem o produto sem as cautelas necessárias.
No entanto, faltou ser dito que, em relação à segurança, há outro fator. Os veículos que fazem a entrega de gás nem sempre estão em condições de segurança para efetuar tal transporte. E o que é pior: há transporte de botijões de gás em motocicletas, sem qualquer proteção, fazendo com que bombas ambulantes coloquem a vida dos cidadãos em perigo. E, como se sabe, também não há fiscalização sobre tal transporte. Já passou da hora das autoridades responsáveis tomarem providência em relação a tal perigo.

3. O Prefeito e a Viação Cometa.

Noticiou-se, nesta semana, a divergência entre funcionários da Viação Cometa e o Prefeito Municipal, tendo em conta a reforma do terminal rodoviário. A troca de gentilezas entre o alcáide e os funcionários da viação teria custado o emprego de dois deles.
No entanto, à cidade não interessa o episódio de caráter policial, mas tão somente a oportunidade perdida pelo Prefeito para, ao invés de defender orgulho próprio, defender os interesses da população, ou seja a exigência de uma prestação de serviços melhor pela Viação Cometa, tendo em conta que, ultimamente, vários ônibus da empresa vêm apresentando defeitos mecânicos, quebrando nas rotas, além de outros problemas, causando desconforto aos usuários, que se ressentem há muito tempo da falta de concorrência no setor.
Melhor faria o Prefeito se se interessasse pela vinda de uma outra empresa para uma concorrência benéfica aos interesses da cidade.
 

domingo, 23 de outubro de 2011

Desembargador Élcio Trujillo. Convenção do PPS em Franca. Mais um capítulo dos túmulos francanos. Decadência dos clubes interioranos.

1. Desembargador Élcio Trujillo.

Notícia auspiciosa para o meio jurídico francano, alunos da Unesp e cidadãos em geral: Dr. Élcio Trujillo que, por vários anos atuou como juiz de direito na Comarca de Franca, estando há algum tempo no Tribunal de Justiça de S. Paulo como Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau (entrância especial), acaba de ser promovido, por merecimento, a Desembargador, em ato do Presidente do Tribunal, Des. José Roberto Bedran, conforme publicação do D.O. de 20.10.2011, caderno 1-Administrativo.
Dr. Élcio, além de notável juiz, encarna perfeitamente o perfil do "juiz do futuro", termo usado pelo Des. José Roberto Nalini em sua obra Formação Jurídica (2. ed. São Paulo: RT, 1999. p.147-148), ou seja: "o juiz do futuro precisa ser o profissional da harmonização. Sem desconhecer a luta pelo direito, dele se espera seja sensível, capaz de condoer-se da sorte de seu semelhante, e, portanto, consciente das consequências concretas de sua decisão. Juiz interessado mais em solucionar os litígios do que mostrar erudição. Empenhado em propiciar a autocomposição, sem pruridos para encaminhar uma saudável conciliação e menos preocupado em dizer a lei". O juiz alcança, merecidamente, o ápice da carreira, orgulhando todos que puderam e podem compartilhar de seus ensinamentos e exemplos, seja no Forum, seja nos bancos escolares onde, igualmente, ponteia como brilhante professor.
Parabéns ao novo Desembargador!

2. Convenção do PPS em Franca.

Na manhã chuvosa deste domingo, nas dependências da Câmara Municipal, realizou-se a Convenção do Diretório Municipal do PPS de Franca.
O atual Presidente do Diretório Municipal de Franca, Prof. Alberto Aggio, abriu os trabalhos convidando novos filiados como Jerônimo Pinto, secretário municipal, e Marco Garcia, Presidente da Câmara de Vereadores, para comporem a mesa e prestou algumas informações básicas aos presentes, tendo em conta a recente filiação de cerca de 50 novos integrantes ao Partido. Em seguida, procedeu ao principal motivo da reunião, qual seja, a eleição dos novos membros dirigentes do diretório municipal local, em número de 15. Aggio foi reeleito, por aclamação, ficando Marco Garcia com a vice-presidência e Jerônimo como secretário-geral. Outra importante deliberação foi a escolha de dois delegados francanos para representarem o diretório na Convenção Estadual do dia 06.11.: Marco Garcia e o prof. Julio Bonatti.
Na oportunidade, o prof. Aggio distribuiu um texto intitulado "PPS, um partido democrático, reformista e de esquerda", um breve resumo dos ideais defendidos pelo partido liderado pelo suplente de senador Roberto Freire, onde alguns posicionamentos refletem a dinâmica moderna a que o partido se propõe: "A modernidade sempre foi um fascínio para os brasileiros. O PPS quer que ela seja vivida a partir da valorização da política para que, de maneira realista, ela seja efetivamente democrática e uma conquista irreversível de todos."
A Convenção francana contou com várias manifestações de partícipes antigos e novos, onde ficou  patente a forte presença, na nova direção, de pessoas da confiança do Prefeito Sidnei Rocha, recém filiadas, fazendo crer que a parceria local deverá ficar mais consolidada.

3. Mais um capítulo dos túmulos francanos.

A imprensa local deu destaque ao novo leilão de túmulos, efetuado pela Prefeitura Municipal, tendo em conta a decisão da ocupação de túmulos antigos, considerados abandonados pelos familiares das pessoas lá enterradas. Como aconteceu no primeiro leilão, fatos curiosos aconteceram, havendo até a participação do Prefeito (através de preposto), noticiando-se que o espaço preferido do mesmo foi arrematado por um empresário, restando ao Prefeito a escolha dentre quatro outras opções arrematadas. Os valores alcançados foram altos, para a maioria da população, que, por isso mesmo ficou, de maneira antidemocrática, afastada do pleito.
Restou, para a história francana, mais um episódio pitoresco, onde a briga por espaços considerados nobres demonstra que aquelas pessoas que muito se importam em figurarem nas colunas sociais e entendem que continuarão a brilhar e figurar no além, se esquecem que, nos umbrais localizados a sete palmos, orbitam vermes que, democraticamente, devoram todos igualitariamente!

4. Decadência dos clubes interioranos.

O jornal Folha de S.Paulo, deste domingo, caderno Ribeirão, p.C 1, sob o título "Academias e condomínios levam clubes à decadência", traz interessante matéria ligada à falência dos clubes sociais da região, citando até o tradicional Clube dos Bagres de Franca.
Realmente, Franca, entre outros clubes sociais, tem além do Clube dos Bagres, outros dois: AEC e Clube de Campo, que por muitos anos se destacaram como clubes de lazer importantes e de destaque. O Clube dos Bagres, além de ter sido excelente clube recreativo, onde milhares de francanos aprenderam os primeiros braços da natação, deu início à história do basquete francano, por muitos anos considerado um dos melhores do país. Hoje, é a verdadeira imagem da decadência. Os outros dois: AEC e Clube de Campo, outrora autores de grandes promoções, sofrem dos mesmos problemas que afligem os demais clubes: o avanço das academias e a proliferação de condomínios onde o lazer é proporcionado. Além disso, sucessivas diretorias que apresentaram gestões fracas colaboraram para o  crepúsculo atual das associações de lazer.

domingo, 16 de outubro de 2011

Renovando energias em família ao som de Clapton. Dia do professor, cada vez mais esquecido. Corrupção acaba com o Brasil.

1.       Renovando energias em família ao som de Clapton.

Assistir a uma apresentação de Eric Clapton era um sonho acalentado há tempos. Com a notícia da vinda do artista ao Brasil, a logística foi estabelecida e, de pronto, em antecipados três meses, reservas de hotel e compra de ingressos providenciados. Até  as previsões do tempo foram várias vezes consultadas, as quais, invariavelmente, apontavam para chuvas no momento do show.

No dia esperado, desde o início, bons ventos sopraram. Sob as bênçãos da Padroeira, no seu dia, chegamos à Capital e, a seguir, teve início uma renovação de energias em família, com uma visita a minha mãe, almoço no festejado Jardin di Napoli do Shopping Pátio Higienópolis, local do melhor “polpetone” e do melhor filé a milanesa de São Paulo, sempre na companhia de Fernanda, dos filhos Daniel e João Wilson, onde momentos agradáveis do convívio prepararam o ambiente antecedente ao show.

Na hora fomos juntos, desta vez com a companhia da Tatiana, para o Estádio do Morumbi, palco do espetáculo. E, para nossa felicidade, facilidade no ingresso e ausência da temida chuva. Quarenta e cinco mil pessoas, num local que só não é bom para os “capos” da Fifa e CBF (para os jogos do Mundial), todos bem acomodados no belo estádio são-paulino.

Antecedendo Eric Clapton apresentou-se o excelente cantor e guitarrista Gary Clark Jr., “blueseiro” dos bons. E, às 21 horas em ponto, britanicamente, Eric Clapton deu entrada no palco e sob  “Key to the highway” deitou e rolou comprovando ser o melhor guitarrista vivo. A seguir, vieram as demais:


Tell The Truth
Hoochie Coochie Man
Old Love
Tearing Us Apart
Driftin' Blues
Nobody Knows You When You're Down and Out
Lay Down Sally
When Somebody Thinks You're Wonderful
Layla
Badge
Wonderful Tonight
Before You Accuse Me
Little Queen of Spades
Cocaine  
(com todo o público cantando junto)

Bis:
Crossroads


Foram momentos eletrizantes e inesquecíveis. Valeu a pena: o show, o convívio familiar e os projetos visando apresentações futuras de ídolos do porte de Eric Clapton.

2.       Dia do Professor, cada vez mais esquecido.

Ontem, comemoração do Dia do Professor, pouco se comemorou. Afinal, o Dia das Crianças é mais lembrado e rende mais para o comércio.

Todos nós temos carinho especial por esta classe fundamental para qualquer país. Embora não sejam muitos os que se lembram destes personagens importantes em nossas vidas, fica a lembrança para aqueles que assim os consideram.  Particularmente, tive a felicidade de ter como primeira professora minha tia querida, Profa. Maria Pia Silva Castro, já falecida e hoje, merecidamente, nome de escola municipal da cidade. Todo mundo sabe da importância do primeiro professor, sendo fundamental sua competência ( e, anos mais tarde, com meu filho, vim a constatar tal importância, já que ele não foi feliz neste sentido). Para quem tem amor aos estudos, o impulso inicial é primordial. Maria Pia tinha o dom para o ensino e, especificamente, para aqueles que estão iniciando. Grande número de pessoas são testemunhas de sua competência. Competência esta que marcou a abertura para o aprendizado.

Além dela, que à época lecionava na Escola Homero Alves, tive, já no Coronel Francisco Martins, mais uma tia e professora competente: Altair de Castro. A seguir, já em outra escola (Torquato Caleiro), tive a felicidade de ser aluno de outra professora especial: Profa. Laura Mello. Daí, para o Colégio Champagnat, sucessivos Irmãos Maristas de qualidade, como Irmão Basílio (que me fez aprender Português, Francês e Latim). Com o retorno ao Torquato Caleiro, onde ponteavam os melhores profesores da época, não posso esquecer as aulas de Alfredo Palermo, meu pai, craque em Português e Valeriano Gomes do Nascimento, craque em Latim.

No curso superior, em duas instituições de ensino (Faculdade de Direito de Franca e Unesp-História) voltei a ser aluno de Alfredo Palermo e de mestres como Alfredo H. Costa, Valeriano  Gomes do Nascimento, Wiliam Salomão, Manuel Nunes Dias e vários outros.

Ou seja, sempre haverá, num recanto de nosso coração, um lugar para aqueles que, em determinados momentos importantes de nossas vidas, contribuíram para moldar nosso caráter. E, por isso, seremos eternamente gratos e reconhecidos.

Particularmente, como sempre tive como mestre meu próprio pai, as emoções são diferentes e mais intensas.  Desta forma, ao ouvir a palavra professor ou mestre, sempre vem à minha memória a figura elegante e competente de meu pai no exercício de tão nobre profissão.

 E. T.

Apenas por curiosidade, porque estamos no Brasil e não nos EUA,  é interessante, sobre o tema comentado, ler artigo do colunista Gilberto Dimenstein (leitura obrigatória aos domingos) intitulado “Professor no paraíso”, do jornal Folha de S.Paulo, deste domingo, p.C17, onde relata experiência efetuada em escola pública (“Summit”)  de pequena cidade da Califórnia, Redwood, perto de San Francisco. Tal escola é autônoma e funciona com recursos provenientes de instituição sem fins lucrativos, cujos objetivos são não só colocar seus alunos nas faculdades, mas, também, ajudá-los a obterem ingresso no mercado de trabalho, através de método renovador onde o melhor aprendizado se dá fora da escola, através da frequência em diversas companhias profissionais onde se possa aprender dança, teatro, música, computação, visitas a laboratórios de empresas e universidades. Além disso, como relata o colunista, outros métodos são aplicados. E o salário anual de um professor tem uma base de R$ 80 mil anuais, sendo acrescido de acordo com o sucesso dos alunos, além do fato de professores de ciências e matemática auferirem importâncias superiores. Lá, ainda, o ensino é em tempo integral.

Ou seja, um sonho, em termos de Brasil!

3.       Corrupção acaba com o Brasil.

É impressionante como o assunto corrupção está entre os mais ventilados no país.

No governo Dilma mais de quatro ministros já foram destituídos de suas funções, sob a pecha da corrupção. Agora, nova bomba estoura e o Ministro do Esporte é acusado, através de reportagem da Revista Veja, de envolvimento em atos de corrupção.

Em todas as capitais movimentos populares manifestam, em passeatas, suas revoltas pelo número crescente de corrupção.

O objetivo é policiar e afastar os elementos corruptos que assolam a nação. O empenho deve ser de todos, não se esquecendo que as armas do povo mais eficientes são através do voto.

Nas próximas e futuras eleições, todos devem se unir para combater tal flagelo. Além disso, há intenção de se estender os parâmetros dos critérios da “Ficha Limpa” para todo ingresso na carreira pública (concursos ou nomeações), o que é um progresso.


domingo, 9 de outubro de 2011

Steve Jobs. Francanos acordam e sentem o poder do povo. Greves e curiosidade.

1. Steve Jobs.

Nunca a morte de um personagem importante teve tanto destaque quanto a do fundador da Apple. As maiores revistas do país, como Veja, Época, em suas publicações semanais, estamparam edições especiais em alusão ao fato. Antes, os principais jornais deram coberturas especiais. Aliás, foi uma notícia tão especial que, insatisfeita, Suzana Singer, ombudsman da Folha, destinou ácida crítica à cobertura do jornal, sob o título: "Saber dizer adeus", deste domingo, p.A8, onde afirma que "uma pessoa tão inspiradora mereceu, na Folha, um obituário frio, incompleto e aquém da sua importância histórica". É verdade. Na mesma matéria, Singer cita o texto do repórter John Markoff, do New York Times (http://nyti.ms/obituariostevjobs), como "um bom exemplo" da arte de fazer um bom obituário. Isto porque, conforme se vê dos textos, Jobs não foi tão somente o "mago da era digital", foi, mais, um exemplo de cidadão, líder e revolucionário de uma era cultural, deixando exemplo para o mundo.

2. Francanos acordam e sentem o poder do povo.

Os vereadores locais tiveram uma surpresa na última sessão da Câmara dos Vereadores. Reunidos para legislarem em causa própria, para aumento do número de edis e, ainda, do número de dias das suas férias, encontraram, no plenário, cidadãos francanos dispostos a manifestarem repúdio. E, como se viu, ao final, todos eles mudaram seus votos, após a pressão do povo.
Talvez este episódio venha marcar, de forma definitiva, o fato de que, daqui para a frente, as pessoas irão fiscalizar e cobrar seriedade dos seus representantes políticos, como é de se esperar sempre.
Aliás, interessante a matéria publicada no jornal Comércio da Franca deste domingo, sob o título "Após essa votação, a sensação do francano é de alma lavada", p.A-20, de autoria do jornalista Edson Arantes, onde há uma entrevista com a jovem Viviane Araújo, uma das mais entusiastas participantes da memorável manifestação cívica onde, encurralados, oe vereadores deixaram de aprovar os absurdos pretendidos. Quem sabe não seja o embrião de um novo tempo em Franca, em que, a partir de agora, jovens, antes alheios à participação partidária, passem a se interessar mais e formem novas lideranças que venham a substituir os velhos caciques que teimam em resistir ao tempo e à infelicidade dos francanos.

3. Greves e curiosidade.

Todos os anos, nesta época, invariavelmente, temos greves dos bancários e dos Correios. E, todos os anos, o desenrolar se faz da mesma maneira. Ao final, com míseros aumentos, os grevistas voltam ao trabalho, ficando os prejuízos das paralisações apenas com as pessoas mais humildes. As autoridades não se preocupam com as greves, sejam elas de atividades importantes, como saúde, economia, transporte e comunicação, sejam de qualquer outra natureza. Não há regras claras para greves de serviços essenciais e, aí, vemos as situações de sempre, como agora. A curiosidade, a meu ver, é em relação aos líderes sindicais. Uma foto estampada em um jornal local aguçou minha curiosidade: a maioria dos membros que lá estavam, como dirigentes sindicais, parecia um tanto quanto "envelhecida", demonstrando que os maiores líderes são pessoas já aposentadas há muito tempo, dando a impressão de autênticos profissionais e não legítimos representantes. Mas, isto não é novidade. A partir de Lula, os sindicatos passaram a receber polpudas verbas do Estado e, aí, lamentavelmente, muitos passaram a se interessarem mais pelos sindicatos e pouco para os sindicalizados.

domingo, 2 de outubro de 2011

Viação Cometa na berlinda. Clima de faroeste. Destaques negativos na política. Projeto de lei hilário tem defensor.

1. Viação Cometa na berlinda.

A cidade de Franca, SP, tem apenas uma opção de transporte rodoviário regular para a Capital. Apenas a Viação Cometa tem concessão para tal. E, como acontece em todo monopólio, os problemas se avolumam. Há muito tempo a empresa não vem prestando serviço à altura para os usuários francanos. Recentemente, amigos tiveram o infortúnio de sofrerem as agruras da quebra de veículos, tanto em horários da ida, como de volta para São Paulo. Além de tudo, pessoas que se utilizaram de veículos cuja tarifa é maior, tiveram o socorro de veículo com tarifa inferior e nada foi feito em relação a eventual compensação de valores pagos. As autoridades locais deveriam se interessar pelo assunto e, além de tentar a entrada de novas empresas no mercado com rota para a Capital, deveriam exigir dos atuais detentores do monopólio melhores condições para os usuários. É bom lembrar que as empresas que se dedicam ao transporte "bate e volta" para compras no Brás, têm aumentado o número de interessados que aproveitam a oportunidade para evitar os problemas da Cometa e tais alternativas vêm comprovar a necessidade de outras operadoras.

2. Clima de faroeste.

Aos sábados, o movimento de pessoas no centro de Franca aumenta consideravelmente. Nas praças centrais, Conceição e Barão e ruas Major Claudiano e Monsenhor Rosa ficam lotadas e, ao lado do povo ordeiro, aparecem figuras perturbadas que não fariam feio em qualquer daqueles filmes clássicos de faroeste. Assim, inteiramente livres, alguns entendem poder extravasar todos os seus sentimentos, surgindo marmanjos gritando deitados no chão, outros fazendo estrepolias em esquinas e escadas dos estabelecimentos bancários, uns poucos usando seus skates e outras farofices mais. Apenas, para completar, nota-se a ausência de John Wayne, o famoso xerife dos filmes clássicos de western americanos. Felizmente, noticiam os jornais, um novo convênio com a Polícia Militar possibilitará a efetiva utilização das câmaras filmadoras existentes naqueles locais e, atualmente, sem controladores. O ideal seria a existência de policiais militares caminhando nos locais e efetuando a prevenção ostensiva.

3. Destaques negativos na política.

Os políticos francanos, especificamente os vereadores da cidade de Franca, foram o destaque negativo da semana que passou. Além de legislarem em proveito próprio, aumentando consideravelmente os subsídios para o próximo mandato, também dobraram os do Prefeito, Vice e secretários municipais. Não satisfeitos com a medida totalmente contrária aos desejos da população, ameaçam aumentar o número de membros da Câmara Municipal , passando dos atuais 15 membros para 23.
Muitos acreditam que tais posicionamentos terão influência no próximo pleito, e que os eleitores irão deixar de votar naqueles que aprovaram as medidas criticadas pela população. Embora queira acreditar em tal propósito, mantenho-me descrente uma vez que, sucessivamente, os principais artífices de tais manobras, e que, constantemente, fazem parte de manobras contrárias aos interesses da população, apesar de tudo, vêm se reelegendo e até com número avantajado de votos. Espero estar enganado e desejo, firmemente, que o próximo pleito traga uma renovação completa no quadro de vereadores da urbe.

4. Projeto de lei hilário tem defensor.

Tudo é possível. Há poucos dias, noticiou a imprensa a ocorrência de um projeto de lei do único deputado federal de Franca, no sentido de se estabelecerem critérios jurídicos aplicáveis nos divórcios, relacionados à guarda de animais de estimação. Com tantos problemas maiores a se preocupar, em todos os setores, e até mesmo nos relacionados ao Direito de Família, as críticas foram contundentes. No entanto, por incrível que possa parecer, houve quem se arvorou como defensor dos mesmos ideais, o que comprova que, assim, como em tudo na vida, gosto não se discute. Tal fato também comprova que, em relação ao comentário anterior, não será difícil a reeleição dos vereadores criticados, porque há, sempre, quem gosta do errado.

domingo, 25 de setembro de 2011

Guarda municipal: manter ou extinguir. F1: tédio. Falta de criatividade: entrevista desnecessária. Excesso de criatividade: jornal The New York Times.

1. Guarda Municipal: manter ou extinguir.

Nesta semana, em depoimento de secretário municipal ao jornal Comércio da Franca, ficou evidenciado o dilema do governo municipal no sentido da manutenção ou extinção da Guarda Municipal. Segundo contou o secretário, os problemas criados pela Guarda Municipal à Administração vão desde a ausência pura e simples de sua importância, uma vez que, atualmente, se limita a prestar serviços somente aos bens públicos e repartições, até aos inúmeros contratempos devidos às inúmeras reclamações trabalhistas propostas contra a Prefeitura. Foi ventilado que o pequeno grupo de pouco mais de 50 membros protocolou o dobro de ações trabalhistas, propondo-se a obter vantagens que a legislação trabalhista, protecionista por excelência, faculta aos trabalhadores em geral.
Particularmente, há muito tempo não vejo o porquê da existência desta organização que, visivelmente, deixa muito a desejar. Não seria o caso de se estudar a contratação de empresas de segurança, a exemplo do que é feito pelas entidades financeiras, para a fiscalização e cuidado dos bens públicos e vigilância das repartições? Evitar-se-ia dispêndio desnecessário com as reclamações trabalhistas, o pessoal seria mudado, constantemente, trabalhando com motivação, e quem sairia ganhando seria o público em geral e a Administração em especial.

2. F1: tédio.

As corridas de Fórmula 1, antigamente tão esperadas e comentadas, atualmente tornaram-se tediosas. Vettel, o alemão voador da atualidade, ganha todas as corridas. Não há opositores à altura. E, as corridas se sucedem num marasmo total. Até as transmissões televisivas têm mostrado um Galvão Bueno e o comentarista totalmente desmotivados, com comentários cansativos e desnecessários.
Por outro lado, para os brasileiros, não há qualquer expectativa de mudanças no futuro: Massa, Barrichello e Seninha, são muito fracos e não demonstram o apetite e a capacidade de vencer que Fittipaldi, Piquet e Airton Sena tinham de sobra.

3. Falta de criatividade: entrevista desnecessária.

É incrível como a falta de criatividade campeia na mídia em geral. Neste domingo, o jornal Comércio da Franca, apresentou, em local de destaque, denominado "Entrevista de Domingo", p.A-20, sob o título "Em Franca, 'Rainha do Bumbum' diz que vai se aposentar", um exemplo disto. Como é que se perde tempo e papel (página inteira) com entrevista de uma "sobrinha da Gretchen". Será que não há assuntos e pessoas mais interessantes a serem pautados?

4.  Excesso de criatividade: jornal The New York Times.

Ao contrário do comentário acima, quem leu a coluna do excelente Gilberto Dimenstein, "Um jornal está fazendo escola", da Folha de S.Paulo deste domingo, p.C-13, tomou conhecimento de que, em sentido contrário, muitas propostas educativas vêm surgindo, oriundas da criatividade do famoso jornal. Dimenstein conta sobre a experiência do The New York Times que proporciona cursos à distância, alguns em parceria com universidades, atraindo estudantes por todo o mundo, "cuidando de temas variados como música erudita, vinhos da Califórnia, câncer, diabetes, funcionamento do cérebro, criação de blog, energia nuclear, história da arquitetura asiática, arte africana, comércio eletrônico ou urbanismo." O jornalista emenda que, além dos professores universitários, "as aulas são ministradas pelos jornalistas e colaboradores do jornal".
Os comentários de Dimenstein são pontuais: "minha suspeita é de que estamos diante de uma nova fronteira do conhecimento: a fusão das linguagens da educação com comuniccação." E, para mim, ilustrando o comentado no tópico anterior, sábias palavras : "Em meio à abundância vertiginosa de dados, cresce a demanda de seleção sobre o que é relevante. Aí reside a fronteira entre a informação e o conhecimento".
Se nada mais de qualidade tivesse publicado a Folha de S.Paulo, bastaria apenas esta coluna de Dimenstein para justificar a importância de assuntos a se tratar em jornais de qualidade.
Parabéns!

domingo, 18 de setembro de 2011

É melhor não ter deputado federal. A Câmara não muda. Política e valor.

1. É melhor não ter deputado federal.

A cidade de Franca, à época das eleições, se mobiliza e até entidades de classe fazem campanhas, no sentido da conquista de representantes políticos nas esferas estadual e federal. De minha parte, sempre defendi a necessidade de representantes, desde que de qualidades. Tê-los apenas para figurarem como enfeites, não me parece correto.
Nas últimas eleições, a cidade teve dois candidatos figurando na lista de suplentes, sendo que um deles, que pleiteava reeleição, por contingências políticas, obteve permanência em Brasília, embora o povo tenha, sabiamente, nas urnas, rejeitado tal situação.
Agora, após uma notícia estampada no jornal Comércio da Franca, de 14 de setembro, p.A-4, sob o título "Ubiali propõe regulamentar a guarda de animais de estimação", temos a certeza de que, para ter representante apresentando tal tipo de projeto, que afronta o bom senso, é melhor não ter nenhum. A cidade fica conhecida, nacionalmente, mas, infelizmente, pelo lado negativo.
Para o deputado, ao justificar o projeto, e segundo a notícia do jornal, "os animais não podem ser mais tratados como objetos em caso de separação conjugal. Devem ser estipulados critérios objetivos em que se deve fundamentar o juiz ao decidir sobre a guarda, tais como cônjuge que costuma levá-lo ao veterinário ou para passear." É hilário, mas real. Tivesse o parlamentar assessoria consistente, ou melhor se infomasse, já que possui nível superior de ensino, haveria de se preocupar com assuntos mais importantes ligados ao Direito de Família, bastando ouvir entidades como o IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), que lutam por modificações realmente necessárias no âmbito e têm projetos aguardando aprovação. Além disso, a região e o país têm prioridades maiores a serem atendidas. Fica, no entanto, o desalento. Para aqueles que se revoltaram e criticaram a eleição de Tiririca, fica claro que há abalos de qualidade legislativa a preocuparem, além da corrupção que é um mal que não acaba nunca!

2. A Câmara não muda.

Franca padece de qualidade política. Nesta semana, curiosamente no mesmo dia da notícia acima, houve outra que assustou, em que se soube das manobras políticas dos vereadores locais no sentido de aumentarem o número de vereadores (de 15 para 23), férias em julho e aumento dos próprios subsídios. No órgão representativo municipal, assim como nos da órbita estadual e federal, parece que os componentes vivem em outro mundo, não sabem as reais reivindicações e necessidades da população, preocupando-se apenas com assuntos em causa própria. É bom lembrar que as eleições se aproximam e, se o povo tiver juízo, impõe-se renovação total e geral.

3. Política e valor.

Normalmente, as pessoas, para obterem o título de doutor em qualquer universidade, têm de passar por árduas provas e apresentação de alentado currículo que, por sua vez, não se faz da noite para o dia.
No entanto, quando a política se mistura com a educação, coisa boa não surge. Existe o costume, internacional, de se outorgar o título de "Doutor Honoris Causa" a pessoas que se distinguem por  atos praticados no decorrer da vida pública e que beneficiem causas ou objetivos nobres. Espera-se, no entanto, que os outorgantes analisem minuciosamente os predicados mínimos dos outorgados. No entanto, não é o que ocorre, como por exemplo, na notícia de que, no dia 27 próximo, o Instituto de Ciências Políticas de Paris ("Sciences Po") irá outorgar tal mérito a Lula. Aquele mesmo que sempre se orgulhou e se manifestou publicamente sobre o fato de não ter ensino superior e, ainda assim, ter sido presidente do país.

domingo, 11 de setembro de 2011

Roberto, um show! Reformas e mudanças. Panificadoras.

1. Roberto, um show!

O show de Roberto Carlos em Jerusalém, exibido pela Rede Globo na noite de sábado, foi espetacular. O maior ídolo romântico do país arrasou numa apresentação muito bem feita, desde o cenário, passando por esmerada escolha de músicas, destacando-se interpretação da excelente música de Tom e Vinicius ( Eu sei que vou te amar), assim como conhecidos sucessos antigos e uma canção em hebraico, aliados à simpatia irradiante do cantor. Aos 70, o velho ídolo está em grande forma!

2. Reformas e mudanças.

Tendo ficado alguns anos fora da urbe, minha esposa e eu fomos obrigados a fazer algo que não aconselho a ninguém: locação de imóvel. Tudo começou mal, desde a escolha da imobiliária, e a consequente má escolha do locatário. Ambos péssimos! Não poderia acontecer outra coisa senão prejuízos e aborrecimentos, ligados à falta de ética, honestidade e profissionalismo ainda existentes nos dias atuais. Como, apesar de demorada, a estiagem sempre tem um fim, após o recebimento tardio do imóvel, em sofrível estado, demos início à reforma devida ao tsunami ocorrido durante o período da locação e a devolução insatisfatória. E aí, novos problemas, tendo em conta a grande dificuldade de obter profissionais qualificados, da construção civil, na cidade. Realmente, a mão de obra relacionada a serviços de pedreiros, eletricistas, pintores, encanadores é muito difícil. Quanto aos últimos, nem queiram saber, não há encanadores de qualidade disponíveis e entre os existentes, contratempos são constantes. Por outro lado, as lojas de materiais para construção, como tudo em Franca, pertencentes a cartéis, vendem a mercadoria que querem e não a que você necessita. Para os neófitos, um conselho: façam uma lista do necesssário e rodem 80 km para a vizinha Ribeirão Preto: a satisfação será maior, além do custo menor.
Terminada a reforma, outro problema: a mudança. Como bem salientou a cronista Danuza Leão, em sua matéria de hoje no jornal Folha de S.Paulo, a mudança está entre as três situações mais estressantes existentes. Além da confusão, objetos danificados, móveis idem, finalmente, você se depara com uma infinidade de caixas que, após a longa transferência de um local para o outro, ficam para você organizá-las nos dias que se seguem. Enfim, a vida continua e, apesar dos sacrifícios, o retorno ao lar sempre é reconfortante e as lições aprendidas em todo o transcorrer do período servem como experiência e informações para amigos não sofrerem as mazelas que sofremos. Daí que, a partir de agora, me disponibilizo a dar informações, sobre imobiliárias, locatários, construtores, arquitetos, pedreiros, eletricistas, encanadores, lojas de materiais para construção e prestadores de serviços em geral, principalmente sobre aqueles que não devem ser procurados!

3. Panificadoras.

Descendente de italianos e portugueses, tenho comigo grande interesse em produtos de panificação. Daí que, dentro das possibilidades, sempre procuro conhecer panificadoras e seus produtos, desde as célebres como a Confeitaria Colombo, no Rio, Bela Paulista, Benjamin Abrahão, Barcelona, Aracajú, em São Paulo, até as mais modestas de nossa região. Uma de minhas frustrações é não encontrar o modesto "pãozinho francês" de qualidade em Franca. Aqui, quase todas as panificadoras fazem um produto semelhante e de pouca qualidade, quando não com muito bromato na massa. Assim, para amenizar o gosto a forma escolhida é a constante procura e aquisição de cada produto em panificadoras diferentes. Para meu gosto, indico como melhor pãozinho francês o existente na Padaria Rossato, no Jardim Consolação, onde é encontrado, também, o melhor "ciabata". Já  a tradicinal Padaria Estrela tem a "rosca Rainha" de melhor qualidade, além de salgadinhos decentes. Na Padaria  no Jardim Lima (Trigale), encontra-se o melhor pão de queijo da cidade. Na Padaria Pão Delícia, encontra-se a melhor massa de pizza, que, aliás, é terceirizada. Uma panificadora inaugurada há pouco tempo não proporcionou, ainda, nenhum produto destacável, além de, infelizmente, apresentar falho sistema de atendimento, com pessoal não treinado e sem direção.
Mas, não perco meu otimismo, e aguardo de pés juntos o aparecimento de um estabelecimento que possua um autêntico pãozinho francês ou português, além dos quitutes daí decorrentes, e que, de preferência, ainda disponibilize um local para a degustação de um legítimo café da Alta Mogiana.

domingo, 28 de agosto de 2011

Babilônia francana. O Chefão brasileiro. Coordenador da Operação Lei Seca dá o mau exemplo. Dimenstein e o nosso "inferno".

1. Babilônia francana.

Um dos significados da palavra babilônia, em hebraico, é "confusão". Daí o título acima para o comentário sobre a liberação sonora na cidade de Franca. Embora haja lei disciplinando publicidades volantes, lei esta incompleta, diga-se de passagem, os abusos em relação ao uso indiscriminado de veículos portadores de possantes altofalantes que circulam folgadamente nas avenidas é assustador e perturbador. As empresas que veiculam este tipo de publicidade (tais "leilões" de veículos), na maioria, optam por fazê-lo aos sábados, de manhã. E, haja paciência! Neste fim de semana, entre outros barulhentos, tivemos o desprazer de ter de suportar o anúncio estridente da "última semana" de um circo, o Napoli, e por incrível que possa parecer, o início de outro circo. E, infeliz coincidência, seu nome: Babilônia. No momento em que se divulga que o Prefeito disciplinou lei atinente a "outdoors", seria oportuno que se dedicasse atenção a este tipo de publicidade que, além de não ter efeito algum, propicia acintosamente perturbação do sossego público.

2. O Chefão brasileiro.

A  revista Veja, desta semana, coloca em sua capa uma foto do político José Dirceu, um dos líderes do PT, atualmente com direitos políticos suspensos em virtude de atos ligados ao "mensalão", e ainda respondendo a processo criminal por corrupção perante o STF. A legenda traz a significativa alusão  a "chefão", fazendo lembrar as falcatruas do célebre filme de Bertolucci na impagável interpretação de Marlon Brando. Na citada reportagem, há a informação de que José Dirceu comanda um gueto político à sombra de Dilma, mas com articulações as mais variadas, nem sempre para bons propósitos e, na maioria das vezes usando e abusando do mau "lobby".
É lamentável que, ao mesmo tempo, se saiba que, por morosidade da Justiça nacional, na próxima quarta-feira, os crimes atribuídos aos "mensaleiros" irão alcançar a prescrição criminal. E, mais uma vez, Dirceu e Cia. Ltda. irão se perpetuar na política brasileira.

3. Coordenador da Operação Lei Seca dá o mau exemplo.

Este acontecimento é incrível. No Rio de Janeiro, o ex-coordenador da Operação Lei Seca, Alexandre Felipe, atropelou quatro pessoas, sendo que uma teve morte cerebral, na quinta-feira, em Niterói. Alexandre é subsecretário de Governo para a região metropolitana e, no dia do atropelamento, além de não ajudar as vítimas, confessou ter ingerido bebida alcoólica. Seria mais uma trágica notícia se, no caso específico, o autor não fosse o ex-coordenador da Operação Lei Seca.

4. Dimenstein e o nosso "inferno".

Gilberto Dimenstein, brilhante jornalista da Folha de S.Paulo, escreve grandes crônicas aos domingos.
A de hoje, intitulada "Meu inferno é mais interessante", é imperdível e aborda comparação entre sua estadia na calma e civilizada cidade de Cambridge, de 100 mil habitantes, ao norte de Boston, EUA, em convívio com Harvard e MIT, para estudos, e sua vinda à descontrolada metrópole de São Paulo onde teve a oportunidade de presenciar fatos policiais lamentáveis, como o do cidadão atropelado por um Land Rover, além de notícias sobre arrastões e assaltos a caixa eletrônicos. Interessante, no entanto, é a conclusão do artigo. Assim, como qualquer brasileiro que tem oportunidade de conhecer outros países e culturas, em locais onde a urbanidade e o respeito aos cidadãos são prestigiados, Dimenstein, como bom brasileiro que é, aludindo ao "inferno" local e o "paraíso" dos alienígenas, assim se expressa, após sentir "desfile de emoções" em seus encontros no Brasil: "Por isso, meu inferno é mais interessante do que o paraíso dos outros. E, tentando chegar ao aeroporto, começo a sentir saudades."
Este é um tipo de patriotismo que o Brasil não pode prescindir. Parabéns, Dimenstein, exemplo de cidadão e de jornalista! Para quem se desilude com os acontecimentos lamentáveis que pipocam no  dia a dia do Município, Estado e País, nada mais alentador!

domingo, 21 de agosto de 2011

Os disputados túmulos de Franca. Outdoors restringidos.

1. Os disputados túmulos de Franca.

Túmulo, segundo Silveira Bueno (Grande Dicionário Etimológico Prosódio da Língua Portuguesa. v.8. Saraiva: São Paulo, 1961. p.4113) significa "sepulcro, tumba, catacumba, cova, do latim tumulus". Já o conceituado Lello Universal (Lello & Irmãos.v.4. Ed. Porto: Portugal, p.1005), ao tratar de sarcófago, ensina ser a palavra "oriunda do grego sarkos (carne), phagein (comer). Ataúde de pedra, no qual os antigos colocavam os cadáveres que não queriam incinerar. No Egito os sarcófagos aparecem desde o tempo do antigo Império nas pirâmides, depois nos poços tumulares e nas necrópoles subterrâneas."
Em outras palavras, o assunto túmulo tinha, em épocas antigas, interesse e grande importância, com conotação religiosa e rituais de acordo com a importância dos mortos, quase sempre imperadores, faraós ou pessoas de igual porte. Portugal, que teve relação direta com o início da civilização brasileira, também se revelou como entusiasta de túmulos que exaltaram o alto valor da arquitetura dos mesmos, especialmente para guardar or restos mortais de seus imperadores e figuras relevantes da corte. Tal costume se estendeu nos primórdios do reinado e império do Brasil, sendo que, em todas a cidades brasileiras encontramos grandes mausoléus. E Franca não foi diferente, havendo, no Cemitério da Saudade, o mais antigo, com túmulos muito bem construídos, especialmente aqueles feitos de mármore, pela família Minervino. Com o passar dos tempos as pessoas passaram a ignorar tal costume, obviamente, sempre encarando o túmulo como um local necessário para o descanso dos restos mortais das pessoas queridas, sem, no entanto, manifestarem exagero em relação à solenidade, caixão, e demais atividades do féretro.
Como o Cemitério da Saudade, antigo e já totalmente ocupado, não permitia o enterro de novos mortos, o Prefeito, preocupado, inclusive com sua situação, teve a ideia de decretar a extinção do direito de ocupação de áreas onde, através de critérios discutíveis, não há aparência de existência de familiares interessados na manutenção da permissão municipal.
Mas, os episódios que se seguiram, em relação ao assunto, são dignos do jornalista, já falecido, Sérgio Porto, que, entre outros personagens, criou a figura de Stanislaw Ponte Preta, autor de crônicas satíricas e críticas contundentes aos costumes da época, assim como o Febeapá (Festival de Besteiras que assola o país).
Em Franca, após a tramitação dos avisos previstos na lei municipal e não havendo o comparecimento de interessados nos prazos estipulados, os primeiros lotes destinados à leilão e cessão municipal foram disponibilizados pela incrível importância inicial de R$19 mil reais, como lance inicial, passando a ser não uma medida democrática (eis que pessoas de pouco poder aquisitivo estão alijadas), mas mais uma medida de benefício a poucos.
Segundo noticiou a imprensa, mais de 150 interessados apareceram, inclusive o Prefeito, todos apresentando suas propostas ao leilão. Mas, o mais cômico foi a descrição das propostas, uma vez que havia disponibilidade para locais onde houvesse árvores frondosas, com sombra disputada e pessoas da alta estirpe francana disputando o direito de se eternizarem através de projetos de sarcófagos de dar inveja aos faraós. Alguns, com alto poder aquisitivo, até se dispondo a adquirir várias áreas.
Este foi mais um capítulo de parte da sociedade francana que, não só se preocupa com a aparência em vida, mas que pretende eternizar a mediocridade infinitamente. Stanislaw Ponte Preta e, atualmente, José Simão, sempre terão assunto para suas crônicas satíricas e, Franca, mais uma vez, fornece subsídios para tal.

2. Outdoors restringidos.

Franca, ultimamente, vinha se notabilizando, entre outras coisas, por intensa poluição visual. As empresas de publicidade, cientes da apatia municipal, inseriram outdoors enormes, muitos sem qualquer criatividade e de péssimo gosto. Neste passo, cresceram as reclamações, pois a cidade estava cada vez mais penalizada com a atuação indiscriminada das empresas de comunicação. Além disso, pessoas que deveriam dar o exemplo, como os deputados (estaduais e federal), passaram a engrossar o mau uso dos outdoors, uma vez que passaram a estampar como suas conquistas atos administrativos  normais dos governos estadual e federal e aumentaram o número de outdoors poluidores.
Agora, segundo dá conta a imprensa local, através de decreto municipal publicado na quarta-feira, os anúncios vão ter que seguir um tamanho padrão e manter distância mínima um dos outros. Além disso, não poderão ser colocados em terrenos edificados ou sobre edificações.
Na verdade, é medida tímida. O povo aguarda maior rigor, uma vez que não se pode regulamentar apenas outdoors. Há instrumentos outros que são utilizados e que transformam o visual da cidade, de maneira a tirar suas belezas naturais e que deveriam constar do decreto e que foram olvidados.
No entanto, como primeira medida, foi muito bem recebida. Agora, embora seja um sonho esperar medida igual a adotada na capital do Estado, resta persistir e afastar aqueles que insistem em praticar o crime de poluição visual.

domingo, 14 de agosto de 2011

Um pai especial. Um juiz especial. Assessores nada especiais.

1. Um pai especial.

Peço licença, para neste espaço, registrar todo meu afeto a um pai especial, o meu, Alfredo Palermo. Falecido há quase dois anos, sua presença espiritual continua marcante assim como sua falta, que torna não só a família desvanecida, como, também, a cidade que tanto amou e versejou no Hino da Franca: "Salve Franca de tardes douradas. Três colinas amenas, ridentes: relembrando tuas glórias passadas. Outras glórias sonhamos presentes!".
Exemplo de pai e cidadão, rendo minhas homenagens, ciente de que, no momento, suas atividades intelectuais continuam a brilhar nas estrelas, espargindo bons exemplos para todos.

2. Um juiz especial.

A notícia de que o Juiz Corregedor Humberto A. Rocha, da Comarca de Franca, determinara que os Cartórios de Registro Civil não realizassem atos de casamento de pessoas do mesmo sexo, ao analisar caso concreto a si dirigido, causou celeuma em alguns segmentos da sociedade, tendo em conta a exploração da mídia e o assunto polêmico. Tudo por conta da decisão anterior do STF, no entender de alguns juristas equivocada, de reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Segundo as notícias, o magistrado, entre outros argumentos, se baseou no Código Civil que determina que casamento é a união entre homem e mulher. E, de fato, diversos artigos do Código Civil são explícitos quanto à caracterização dos partícipes (arts.1.514, 1.517, 1.565, 1.567, etc).
Na verdade, há um equívoco em entender-se que um magistrado deva obedecer, irrestritamente, a normas legais ou entendimentos jurisprudenciais. Carlos Maximiliano, o maior especialista nacional de Hermenêutica, em sua obra clássica Hermenêutica e aplicação do direito (11. ed. Forense: Rio de Janeiro, 1991. p.61 e 62) ensina sobre a relativa amplitude da autonomia judicial, em face dos textos, concluindo que "antes o arbítrio regulado, circunspecto e tímido, de magistrados, sujeito a revisão por um tribunal superior, do que o apelo a um poder independente, político e mais ou menos apaixonado. A autonomia do pretório, no aplicar a lei, prevaleceu como um penhor de celeridade e retitude na distribuição da justiça." .
Ou seja, não importa que um  magistrado de Jacareí e, posteriormente, outras cidades, tenha o entendimento favorável ao casamento civil de pessoas do mesmo sexo, lastreados numa forçada analogia do artigo 1.726 do Código Civil, que permite a conversão de união estável em casamento, a pedido dos companheiros. O que importa é que, como inúmeros juristas, o juiz entendeu que não seria o caso e, ainda, pelo conceito tradicional de que casamento se dá entre pessoas de sexo diverso.
Se, posteriormente, o Tribunal, se acionado, modificar a decisão de primeiro grau, não importa. O que importa é o magistrado exercer sua livre convicção e decidir segundo seus critérios pessoais. Critérios esses que são muito válidos. Particularmente, posiciono-me contra a decisão do STF, pois, para mim, não são os Ministros infalíveis, como bem se viu da desastrosa e ilegal decisão no caso Battisti que maculou o Tribunal. Assim, antes da decisão do STF, em artigo de minha autoria, intitulado "A desconstrução do casamento tradicional e as novas formas familiares" (LEX-Revista do Direito Brasileiro. São Paulo, n.36, 2008. p.23), fazendo um paralelo entre a situação nacional e a legislação americana, concluí que "não havendo preocupação em se modificar entidades já consagradas, como casamento, união estável, monoparentais, o surgimento das novas formas familiares como as homoafetivas e outras pode proporcionar convivência normal com as demais, obedecidas as características próprias de cada uma, não havendo necessidade de equivalência conceitual para serem aceitas ou respeitadas."
Juristas de estirpe, como Álvaro Vilaça, para quem casamento só diz respeito a heterossexuais, vão além e entendem inviável a concessão de status de união estável aos casais homossexuais, tendo em conta a interpretação do art. 226, §3º da CF.
Já o constitucionalista Ives Gandra Martins, crítico do ativismo judicial do Supremo, é incisivo em relação ao tema: "Pessoalmente, sou contra a união. A união pode ser feita e tem outros tipos de garantias, como as patrimoniais. Minha posição doutrinária, sem nenhum preconceito contra os homossexuais, é que o casamento e a constituição de família só pode acontecer entre homem e mulher. Mas o Supremo é que manda e sou só um advogado."("A Constituição 'conforme' o STF", Folha de S.Paulo, 20.05.11).
Aliás, em interessante artigo intitulado "Casamento homossexual: impossibilidade lexicogramatical" (Jus Navigandi.Teresina, ano 16, n.2870, 11.maio.2001), o advogado Ricardo A. A. Ferreira pondera que "resta plenamente insubsistente a possibilidade léxica, gramatical e histórica de existir um casamento que não seja de um macho com uma fêmea, seja na Natureza, seja nas sociedades humanas. Por conclusão, a união de pessoas de mesmo sexo é plenamente possível sob os ditames subjetivos (escolhas pessoais) e objetivos (doutrina, legislação e jurisprudência), porém jamais sob a expressão 'casamento homossexual' pelo fato de ser contrária às normas léxicas das línguas faladas no mundo desde sua antiga semântica, constituindo-se tal expressão um grave e irremediável erro gramatical".
Concluindo, a decisão do magistrado da Comarca de Franca é plenamente defensável, não sendo justa a polêmica em torno do assunto, muito embora a tendência, tendo em conta a posição do STF, ser a de que, em breve, os tribunais passem a adotar o posicionamento equivocado da equiparação entre casamento heterossexual e homossexual.
O que importa, no caso, é que posicionamentos como os do juiz Humberto têm, a seu lado, juristas do porte de Ives Gandra Martins, que, no artigo citado assim se expressa: "Sinto-me como o pensamento de Eça (de Queirós) em 'A Ilustre Casa de Ramires', quando perdeu as graças do monarca: 'Prefiro estar bem com Deus e minha consciência, embora mal com o rei e com o reino'."

3. Assessores nada especiais.

Embora tenha bom IBOPE com a população e com a mídia em geral, o governo Sidnei Rocha, assim como o governo de seu antecessor, padecem de assessores muito fracos. Assim é que, a título de exemplos, temos duas situações ocorridas na semana. A primeira delas foi a malsucedida comemoração do "Dia do Estudante", patrocinada pela Prefeitura e que resultou em atos de vandalismo em plena Praça N. Sa. da Conceição, que escandalizaram a cidade em patente comemoração mal programada.
A segunda é relacionada a permissão pela Prefeitura de espetáculos circenses (dois) em bairro residencial (Amazonas) sem qualquer fiscalização de trânsito (pessoas andando em calçada estreita e estacionamento em fila dupla em plena Avenida Alonso Y Alonso, e até às margens do córrego), som alto e demais inconvenientes. Aliás, cantado em prosa e verso como um modelo de bairro residencial, o Residencial Amazonas, mal planejado, além dos espetáculos circenses, permite e patrocina espetáculos de música sertaneja numa chamada Arena, ao lado do Franca Shopping, em total desacordo com comezinhas medidas urbanas e de bom senso. Está fadado a se tornar mais um bairro desinteressante para se morar.