domingo, 26 de janeiro de 2014

Mainardi X Luiza. Dilma passeia em Lisboa.



Mainardi X Luiza.




Numa das últimas edições do programa televisivo Manhattan Connection aconteceu uma polêmica entre o jornalista Diego Mainardi e a empresária Luiza Rodrigues, do Magazine Luiza, onde o assunto girou sobre pontos de vista diversos: Luiza, defendendo uma economia cor de rosa e um Brasil maravilhoso e, Mainardi, alertando sobre a crise do comércio e a situação crítica da economia brasileira. Logo, defensores de Luiza, alguns órgãos de imprensa e petistas fanáticos, somaram críticas a Mainardi, notório crítico do PT, Lula e Cia., há muito tempo, nas páginas da revista Veja.
Não é segredo para ninguém que Luiza é defensora arraigada dos governos petistas, não tanto por possuir algum conhecimento de política, mas, principalmente, por ter sido sua empresa beneficiada pelos programas demagógicos dos governos petistas, seja no que retirou o IPI de alguns eletroeletrônicos e, posteriormente, naquele criando um crédito aos consumidores para a aquisição dos mesmos. Logo, seus argumentos não podem ser levados a sério.
Já, Mainardi, como bom jornalista que é, estava no seu papel, de tentar obter da entrevistada alguma confirmação sobre suas alegações, que não tinham nada de absurdo.
O que não se pode conceber é a tomada de posição de alguns órgãos de comunicação que constantemente são beneficiados com a inserção de mídia pela empresa da entrevistada, além, é claro, de críticas de petistas infiltrados em órgãos que apoiam o governo, que não perdem oportunidade de atacar Mainardi, há muito tempo considerado uma pedra no sapato de Lula, Dilma e Cia.


Dilma passeia em Lisboa.


Após discurso demagógico em Davos (Suíça), onde solicitou investimentos de outros países, Dilma deixou cair o véu e agiu como nos bons momentos da era petista. Tinha volta com parada em Cuba, onde às custas do dinheiro público, patrocinou a construção de um porto (via BNDES), pela construtora  Odebrecht (sempre ela)  para os amados "companheiros". Mas, segundo relata o jornal Folha de S.Paulo, deste domingo, na nota "Sem registro na agenda oficial, Dilma vai a Lisboa" (p. A
10), sob a desculpa de sua aeronave não possuir autonomia técnica para viajar de Davos a Cuba, foi efetuada a estadia em Lisboa, ficando no Ritz Lisboa, com diárias de até 8.265 euros (R$27 mil) e demais membros no Hotel Tivoli, sendo que a comitiva total ocupou mais de 30 quartos dos dois hotéis. O jornal informa ainda que a presidente "aproveitou a parada e saiu para jantar em um tradicional restaurante da capital portuguesa".
Esta é a presidente, candidata à reeleição que diz trabalhar para maior inclusão de brasileiros e que, particularmente, age de maneira frontalmente contrária ao que prega.
Não nos esqueçamos destes fatos em outubro próximo.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Destaques da semana: Nome a viaduto fantasma. Rolezinhos. Calçadas. Ganhos notariais.

Destaques da semana:
1. Nome a viaduto fantasma.



A notícia curiosa da semana foi estampada no jornal Comércio da Franca deste domingo, sob o título: "Vereadores batizam viaduto ainda inexistente" (p.9 A), de autoria do repórter Edson Arantes, conhecedor dos bastidores da Câmara Municipal. No texto, há a informação de que, embora o ano legislativo não tenha iniciado, os vereadores teriam sido convocados para uma sessão extraordinária na segunda-feira, para análise de sete "importantes" projetos, sendo cinco de "homenagens". E a curiosidade se dá pela preciosidade proposta pelo vereador Marco Garcia, da base do Prefeito, que apresentou projeto para indicar nome de Osvaldo Bernardini Coral (?) a um futuro viaduto a ser construído, sem previsão de data, no cruzamento das avenidas Alonso Y Alonso com Champagnat, um sonho faraônico do ex-prefeito Sidnei Rocha, para completar a obra iniciada com o já construído "D. Quita". Na mesma nota, há a informação de que, na mesma sessão, serão discutidos projeto de abono de R$300,00 para os servidores da Câmara e a criação de cargos comissionados de diretor-geral e diretor-jurídico, para, segundo o articulista: "aposta de Jépy Pereira (PSDB) para ter sob seu controle os funcionários 'rebeldes' ". Realmente, o ano promete, com tanta energia dos nobres vereadores para assuntos nem tão nobres.




2. Rolezinhos.




Subitamente, a sociedade brasileira se depara com nova prática: o "rolezinho", atitude de grupos de jovens que, em shopping centers, provocam aglomerações e movimentações bruscas, especialmente em escadas rolantes, no sentido de perturbar a tranquilidade dos frequentadores e especificamente dos lojistas ali estabelecidos. É claro que alguns atos de rebeldia sempre são vistos aqui e acolá nos centros de compras. No entanto, neste caso, os movimentos são programados via redes sociais, à semelhança das artimanhas de quadrilhas organizadas para práticas de delitos.
Num primeiro momento, a imprensa dos grandes órgãos, especialmente a Folha de S. Paulo, passou a criticar a repressão efetuada pelos seguranças civis e militares, acoimando a reação como ato discriminatório racial. Vários segmentos ligados aos direitos humanos logo se colocaram à frente como defensores dos "pobres oprimidos" participantes dos "rolês".
Alguns shoppings procuraram se cercar de garantias e até fecharam suas portas à iminência de  "rolês" anunciados.
Acontece que, até o momento, não há um entendimento uniforme sobre as motivações do rolê e até a Folha de S. Paulo, através de seu "ombudsman", Suzana Singer, neste domingo, sob o título "Enrolados" (p.A6) critica as análises precipitadas e o recuo dos jornalistas.
Estou de acordo com um leitor da própria Folha que, no Painel do Leitor (opinião p.A3) assim resumiu a questão: "Rolezinho combinado nas redes sociais para doar sangue, limpar escolas ou visitar um asilo ninguém faz, não é?".




3. Calçadas.




Após o anúncio da Prefeitura Municipal de Franca, relacionado à fiscalização sobre as calçadas, em campanha por ela iniciada, comentamos neste Blog sobre a necessidade de a Municipalidade dar o exemplo e citamos a área das cercanias do Poliesportivo como um exemplo de falta de calçamento.
Felizmente, nesta última sexta-feira, para surpresa nossa, presenciamos a movimentação de funcionários dando início ao calçamento da parte existente no portão principal do Poliesportivo.
Bom sinal.




4. Ganhos notariais.




Não é de hoje que o cidadão brasileiro se espanta com o poder inatacável e os ganhos estratosféricos de nossos cartórios (tabelionatos e registros públicos). A Constituição Federal de 1988 deu um passo nas mudanças pretendidas pelo povo, exigindo concurso público para o preenchimento dos cargos de comando dos cartórios. No entanto, como se sabe, ainda hoje, muitos cartórios mantêm suas chefias por força de liminares judiciais afrontando a exigência de concursos para o preenchimento dos cargos para os quais os mesmos ainda não foram realizados. E como o lobby notarial é forte na Câmara dos Deputados já há projeto visando regularizar a situação daqueles que não fizerem concursos.
Agora, vários órgãos da imprensa, como Veja, Globo e a publicação Migalhas (publicação jurídica) noticiaram os vultosos rendimentos obtidos por cartórios nacionais, publicando a lista daqueles que mais auferem. O jornal O Globo, deste domingo, fez inclusive extensa matéria, sob o título "Cartórios faturam 1 bilhão por mês no Brasil", que detalha a questão.
Como não poderia deixar de acontecer, as notícias provocaram a reação imediata dos notários que, em redes sociais, atacam a mídia.
No meu modo de ver, há muito tempo, não entendo como o governo abre mão da receita auferida pelos cartórios. Deveria haver um esforço para uma mudança legislativa no sentido de se manter o concurso para os cargos, passando para a órbita pública a gestão, com as rendas revertidas para o Município e os funcionários percebendo remuneração fixada.
Até hoje, no Brasil, se exige reconhecimento de firma de determinados documentos (vultosa receita dos cartórios), quando em outros países, como na França, uma simples declaração de próprio punho do interessado é aceita como documento, uma vez que se falsa, o autor responderá por ilícito penal. E todos respeitam.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Calçadas francanas na pauta. Praças ignoradas.

Calçadas francanas na pauta.

Franca é, tradicionalmente, uma das cidades que apresentam as piores calçadas das cidades paulistas.
Há certo tempo, a Prefeitura Municipal anunciou o Projeto Calçada Segura, que almeja regularizar o problema. O anúncio ficou em banho-maria. Agora, o jornal Comércio da Franca, em sua manchete de sábado (04.01) faz reportagem intitulada "Prefeitura vai multar imóveis sem calçada ou com pavimento ruim". Além da fiscalização sobre os imóveis já existentes e em situação irregular quanto às calçadas, adianta-se que aqueles novos não terão o habite-se se não apresentarem calçamento regular. Na matéria há a informação de que a Prefeitura irá dar o exemplo regularizando o calçamento dos bens públicos.
Custa a crer. No entanto, vamos acompanhar para ver se a Prefeitura, cumprindo sua parte, efetua o calçamento de todo o entorno do Poliesportivo e das principais praças públicas. Se tal ocorrer, já será um bom início. Quanto aos imóveis dos cidadãos, melhor seria começar por aqueles que têm grandes áreas não construídas em terrenos baldios repletos de matagal, objetos de especulação imobiliária, outro problema crônico do município.

Praças ignoradas.

A propósito, não deve a Prefeitura se preocupar apenas com o estado das calçadas públicas. Outra grande carência local diz respeito a nossas praças públicas. Como todos verificam, nossas principais praças públicas estão em total abandono e não se criam novas, apesar de existirem diversos espaços aguardando providências.
Desde a época da Dra. Olga Toledo, há boas décadas, não aparece profissional inspirado no cultivo ao embelezamento e cuidado das praças. Basta ver as duas mais centrais: Praça N. S. Conceição e Barão, exemplos de falta de atenção e criatividade, com plantas visivelmente abandonadas.
Parece que nossos administradores, embora sejam adeptos de viagens a outras plagas, não cultivam o hábito de apreciarem os bons exemplos de cidades congêneres e não dão o devido valor a esta parte saudável e necessária ao convívio humano.