domingo, 16 de novembro de 2014

Ombudsman da Folha explica demissões. As fatias partidárias da corrupção.


Ombudsman da Folha explica demissões.


Na semana passada, no auge das notícias sobre corrupção, e poucos dias após as eleições, o jornal Folha de S.Paulo, sem quaisquer explicações, demitiu dois de seus mais destacados jornalistas: Fernando Rodrigues e Eliane Cantanhêde, o primeiro com 27 anos de casa e a segunda com 17. Não fosse o brilho dos mesmos, o que causou estranheza maior foi o fato de que durante o pleito os jornalistas manifestaram comentários contrários aos interesses do Planalto, embora até então a equipe de jornalistas se dividisse naqueles que atacavam Dilma e nos que a endeusavam como Jânio de Freitas e Rogério Cézar de Cerqueira Leite, ambos do Conselho Editorial.
Ora, a Folha sempre se pautou pela liberdade de manifestação dada a seus jornalistas, fato que lhe grangeou os milhares de leitores que a seguem há décadas. Para completar, no domingo após as demissões, não foi publicada a coluna Ombudsman, sem qualquer explicação.
Muitos se indignaram, inclusive este que lhes escreve. Assim, como os outros, manifestei meu descontentamento, como leitor, diretamente à Ombusdman, Vera Guimarães Martins, a qual gentilmente me respondeu, via e-mail, no dia 12.11, ajuntando que, neste domingo, daria as explicações que faltaram no domingo passado, quando a coluna não foi publicada.
Pois bem, hoje, a explicação foi dada à Ombudsman, que a repassou. E, quem leu, percebe que, embora a alegação da empresa jornalística tenha sido de que as demissões se deram pela conjuntura econômica, remanejamento de profissionais, etc., não convenceu a ninguém, nem mesmo à Ombusdsman que assim se expressou: "Foram muitas dezenas de mensagens, a maioria movidas pelo mesmo espírito: espanto com o fato, indignação com a forma e revolta com o descaso. A demissão de Fernando Rodrigues e Eliane Cantanhêde foi uma operação desastrosa, não só pela perda que impôs aos leitores, mas principalmente pela falta de sensibilidade na condução do processo. O jornal ignorou aquele a quem serve - o leitor."
É lamentável a atitude da Folha de S.Paulo. A história jornalística da empresa não merecia esta mácula. O ato se assemelhou ao daqueles periódicos interioranos onde o dono do jornal só publica aquilo que lhe convém, censura o que não lhe interessa e trata seus colunistas como mero fantoches.


As fatias partidárias da corrupção.


Neste final de semana, mais uma vez a Polícia Federal mostrou-se como o grande órgão público que ainda vem executando com galhardia sua função constitucional: prendeu duas dezenas de empresários ligados à Operação Lava-Jato, em continuidade à delação premiada de Yosseff e Paulo Costa diretamente ligados ao maior caso de corrupção na história do Brasil.
Divulgou-se, com segurança, aquilo que se suspeitava: as empreiteiras fatiavam propinas divididas entre os partidos PT, PMDB e PP, cada qual recebendo de uma área específica nas concorrências da Petrobrás.
Assim, o próximo passo, será conhecer e prender os políticos ligados àqueles partidos e que se beneficiaram de valores de toda a sociedade brasileira. Está na hora de se dar um basta ao que o jornal Folha de S.Paulo, em seu editorial deste domingo, qualificou, no sentido de que "governo, estatal e Congresso mantêm inércia próxima da conivência."
Mas, o que a maior parte da Nação aspira é, sem dúvida, a responsabilização daquela que sempre vem se esquivando, a presidente Dilma, recém reeleita num clima de desconfiança sobre fraude eleitoral e outras irregularidades.
Como sugeriu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, está na hora do povo "sair às ruas".

domingo, 28 de setembro de 2014

Marina e o caráter nacional.

Marina e o caráter nacional.


Marina apareceu na disputa presidencial em virtude do trágico acidente sofrido pelo candidato Eduardo Campos, da qual era vice na chapa e se tornou substituta nesta disputa.
Marina que já havia disputado a eleição presidencial anterior, embora não vitoriosa, já conquistara 20 milhões de eleitores e se apresentava com boas condições de carregar o ideal de Campos. À época que assumiu o encargo deixado por Eduardo Campos, a dupla amargava o terceiro lugar nas pesquisas de opinião. E, em uma semana a nova postulante encostou na primeira colocada, tornando-se um tsunami político e preocupando Dilma e Aécio, atônitos com a situação.
A reação dos dois veio com ataques furiosos à pessoa de Marina atingindo-a por insistentes propagandas difamatórias tanto no horário eleitoral como nas redes sociais. Dilma, a mais prejudicada nos índices de preferência das pesquisas, foi quem mais usou de técnicas sujas e o resultado foi eficiente.
Se verdadeiros os dados das pesquisas, atualmente Dilma voltou a liderar, com folga sobre Marina e Aécio, no primeiro turno. No segundo turno, se ocorrer, a situação embora indefinida, ainda coloca Dilma como vitoriosa.
Tudo isso nos leva a crer que, mesmo o Brasil encontrando-se no período mais prolífico de corrupção e na maior crise econômica, no governo Dilma, a população mostra-se insensível a mudanças, levando a crer que aos estudos sistemáticos sobre o caráter do brasileiro, tão bem delineados por Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr., Euclides da Cunha e, mais recentemente, Dante Moreira Leite (O caráter nacional brasileiro, Ed. Unesp, 2002), e muitos outros, irá se somar aqueles que se incluem aos de sociabilidade, conformismo, apatia, cordialidade: o da ausência total de amor à política e à moral. Neste sentido cabe lembrar as lições de Bobbio, Matteucci e Pasquino (Dicionário de Política. v.2. Brasília: Universitária, 1995. p.962 , sobre o contraste entre moral e política, entendido como o contraste entre ética individual e ética do grupo: "A afirmação de que Política é a razão do Estado encontra perfeita correspondência na afirmação de que a moral é a razão do indivíduo. São duas razões que quase nunca se encontram: é até desse contraste que se tem valido a história secular do conflito entre moral e Política".
Ora, o Brasil, após 12 anos de governo petista, encontra-se à bancarrota, o período foi o de ocorrência de maiores corrupções, principalmente ligadas ao PT e seus dirigentes, do qual a atual presidente faz parte e almeja a reeleição e, mesmo surgindo alternativas como Marina e Aécio, as pesquisas apontam Dilma como a preferida dos eleitores.
Ou seja, vencendo Dilma, como apontam as pesquisas, estaremos realmente comprovando que no Brasil mais dois aspectos perfazem o perfil nacional, outrora analisado pelos estudiosos dos aspectos sociais citados: ausência total do amor à política e à moral!

domingo, 17 de agosto de 2014

Campos: a sinfonia inacabada?



Campos: a sinfonia inacabada?


A súbita e inesperada morte de Eduardo Campos abalou tragicamente o cenário político nacional. O dia 13 de agosto de 2014 soou como um corte abrupto numa sinfonia harmoniosa que o então maestro ceifado pela morte prematura ensaiava para o porvir de nossa nação.
Sim, Eduardo Campos, embora marcado em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais das eleições presidenciais, na qualidade de jovem promissor na política, e no entanto já veterano em seu estado natal Pernambuco, vitorioso em dois mandatos governamentais e com gestões exemplares, tal como um fênix na política, surgiu, brilhou e foi levado, não por uma estrela cadente, mas por uma falha não esclarecida em seu último voo de campanha na cidade paulista de Santos.
O Brasil, judiado por governos petistas durante mais de uma década, com crescimento zero e economia claudicante, teria em Eduardo Campos, se eleito, a chance de retornar aos trilhos do progresso.
Faço tal afirmação porque acompanho a trajetória de Eduardo Campos desde 2008, quando em Washington, D.C., tive oportunidade de assistir uma palestra dele, em um instituto americano destinado a estudos brasileiros. Naquela oportunidade, o jovem governador pernambucano, de DNA socialista (neto de Miguel Arraes), perante uma plateia composta de embaixadores e autoridades americanas, inflamado, falou das vantagens em se investir em Pernambuco e mais especificamente, mostrando seu inconformismo quanto a não existência de voos frequentes entre Recife e os EUA, mesmo existindo naquele estado a maior fábrica de Coca Cola fora dos EUA.
Naquele momento percebi a chama do estadista em ebulição e o carisma que envolvia Eduardo Campos. Terminada a palestra, estava eu a conversar com seu assessor de imprensa quando o governador se aproximou e sabendo ser eu brasileiro e tendo elogiado sua palestra, aproximou-se e num abraço sincero agradeceu minhas palavras com a simplicidade dos grandes. Ali, naquele momento, não havia nenhuma conotação demagógica. Era um ato sincero.
De lá para cá, venho acompanhando os passos de Campos, sempre comprovando minhas previsões de que algo maior estava para vir. Quando se candidatou, logo me manifestei favorável a sua eleição, por estar convicto de que seria a melhor opção entre uma Dilma incapaz e um Aécio que nunca convenceu, além de oferecer uma opção ao eleitor cansado da polarização PT/PSDB. Suas ideias e programas batiam com minha visão socialista moderna, fato que Eduardo encampava com maestria. Inclusive, a revista Veja, informa que, em entrevista realizada três dias antes da morte, Eduardo Campos, inquirido sobre seu socialismo com vertentes capitalistas, explicou com facilidade:
"O senhor é socialista? Claro que sou socialista. Mas à medida que o mundo avança, o socialismo vai tendo releituras. O que é ser socialista no século XXI, no Brasil de hoje? É defender a educação em tempo integral, um sistema de saúde pública que funcione, uma política de segurança que proteja jovens e negros da periferia, passe livre e um sistema de transporte público de qualidade" (in "Eduardo Campos, um socialista com métodos capitalistas", Veja).
Pois sim. Esta ideia de sobrepujar a educação como prioridade de governo, apesar de tão óbvia no Brasil, cantada em versos e prosa pela maioria dos políticos tradicionais, nunca foi alçada a primeiro plano, a não ser por outro bom político, por sinal também pernambucano, Cristóvão Buarque, que sempre procurou destacá-la. Eduardo Campos vinha defendendo a educação integral para todas as classes sociais, sonho daqueles que entendem ser esta a única solução para a transformação do país.
Sua morte precoce e trágica interrompe as esperanças de um horizonte político de grande porte, no entanto, fica na memória de todos aqueles que o reconheciam como o maior líder político brasileiro da atualidade, uma de suas últimas frases proferidas na última entrevista dada na Rede Globo quando, insistentemente atacado por perguntas idiotas feitas pelo arrogante William Bonner, terminou dizendo de forma otimista: "Não desistam do Brasil!"
O episódio da morte de Eduardo Campos é marcante na vida de todos nós. A mim se assemelha à morte do filósofo grego Sócrates, um defensor intransigente da ética do coletivo sobre a ética do individual que, pelo ideal, caráter, deixou de fugir da aplicação da pena de morte (impedindo que seus discípulos o auxiliassem e acobertassem para manter-se fiel a ética e ao respeito às leis).
Na obra "Curso de Filosofia do Direito" (Bittar, Eduardo C.B; Almeida, Guilherme Assis de. São Paulo: Atlas, 2001.p.62-62) há significativa explicação sobre a ideia de morte para Sócrates, que se aplica na tragédia ocorrida:
"Para Sócrates, a morte representa apenas a passagem, uma emigração, e a continuidade há de ensinar quais valores são acertados, quais são errôneos. Se a vida é uma passagem, é porque a morte não interrompe o fluxo das almas, que preexistem e subsistem ao corpo. Não é a efêmera vida o começo e o fim de tudo, mas apenas parte de um trajeto. Ao homem é lícito especular a respeito, porém a certeza do que será somente os deuses possuem."
É o que esperamos. Que a morte de Eduardo Campos não seja em vão. Que seja o começo de um novo Brasil.
Assim acontecendo, poderíamos concordar com o mesmo Sócrates quando afirmou:
"Renascer, se existe um regresso da morte à vida, é realizar esse regresso. Por este motivo nos persuadiremos de que os vivos nascem dos mortos, como estes daqueles, prova incontestável de que as almas dos mortos existem em algum lugar, de que retornam à vida." (Platão, Fédon, trad., 1999, p.134) in (op.cit., p.63, nota 2).
Que a sinfonia, ao contrário da "Patética" de Tchaikovsky (Sinfonia n.6 em si menor Op.74,1893), que retratava a tristeza do compositor prestes a morrer e considerada pelos críticos como "inacabada" por fugir à regra, não seja considerada inacabada e que os seguidores de Eduardo Campos saibam levantar a bandeira e continuar a trajetória tão bem delineada pelo mesmo.

domingo, 29 de junho de 2014

A Copa continua para o Brasil. Conseguiram fragilizar o STF.

A Copa continua para o Brasil.




Em partida emocionante e nervosa o Brasil conseguiu passar pela excelente equipe do Chile e a Copa continua para nossa felicidade e de todos os brasileiros.
O jogo, em que o Brasil não esteve bem, foi marcado por lances polêmicos tendo em conta a desastrosa atuação do juiz que anulou gol legítimo do Brasil, além de não marcar pênalti em outro lance, por sinal ambos protagonizados pelo melhor jogador em campo, Hulk.
Ao final, com a decisão se dando através de pênaltis, quem brilhou foi o goleiro Júlio César que teve a felicidade de segurar duas cobranças.
Agora, é aguardar o próximo adversário, ocasião em que o nosso time, criticado severamente pelos cronistas esportivos da Folha: Tostão, Juca Kfouri e PVC, deverá melhorar muito seu desempenho se não quiser ficar fora precocemente.




Conseguiram fragilizar o STF.




Recentes decisões do STF, a partir da última quarta-feira e quinta, tornando possível que José Dirceu, Delúbio Soares, Jacinto Lamas, Valdemar Costa Neto e Pedro Correia possam trabalhar fora do presídio, fragilizam a maior corte nacional. Com a saída de Joaquim Barbosa da relatoria da Ação penal 470 (mensalão), em virtude de seu incidente com o advogado de José Dirceu, o Plenário decidiu atribuir ao ministro Luis Roberto Barroso, novo relator, a decisão sobre liberações dos condenados para trabalharem fora do presídio, seguindo jurisprudência do STJ e do próprio STF.
Independente da jurisprudência, a liberação dos condenados pelo crime do mensalão, que envolveu toda a Nação ansiosa por Justiça, acarreta decepção àqueles que esperavam cumprimento austero das penas aplicadas, mesmo porque os condenados cometeram crimes que, por suas características, se não punidos exemplarmente, acarretarão descrédito das novas gerações quanto ao Poder Judiciário.
Infelizmente, com a saída de Joaquim Barbosa, a Corte que já sofria com a nova formação com a chegada de Teori Zavascki e Luis Roberto Barroso, passa a ter o domínio numérico dos membros nomeados por Lula e Dilma e a primeira consequência disso já desanima. Daqui para frente, o horizonte passa a ser mais sombrio, pois a saída de Barbosa permitirá novo integrante escolhido por Dilma. Enfim, num país onde a população não acredita nos Poderes Executivo e Legislativo, a fragilização do STF elimina as esperanças do mais otimista cidadão.

domingo, 1 de junho de 2014

A Copa vai prevalecer.

A Copa vai prevalecer.




A poucos dias do início da Copa do Mundo, não restam dúvidas de que a nação irá participar ativamente do evento, seja assistindo aos jogos, seja torcendo pela equipe brasileira.
As ameaças expressadas pelos radicais black blocs, pessoas revoltadas, basicamente anarquistas-socialistas que não têm coragem de mostrar a cara e se escondem em máscaras para depredar e agitar, maneira totalmente superada de protestar, serão seguramente reprimidas pelas autoridades que já têm esquema preparado. Ainda mais com a notícia estampada no jornal O Estado de S. Paulo, de que os black blocs contam com o apoio do PCC para as manifestações programadas.
É evidente que ninguém ignora os problemas que enfrentam os brasileiros. As administrações petistas nos últimos anos levaram o país à condição de pré-insolvência.
No entanto, os problemas do Brasil não justificam os protestos contra a Copa do Mundo. Como bem lembrou o ex-jogador e atual cronista esportivo Tostão: "Obviamente vai ter Copa. Se, na época da decisão de realizá-la no Brasil, em 2007, todos soubessem que haveria tantos problemas graves, um grande protesto talvez pudesse inviabilizar o Mundial. Hoje não."
Os gastos, que deverão superar U$15 bilhões, assustam diante dos sérios problemas que o Brasil enfrenta nas áreas de saúde, educação, transportes e segurança. A FIFA, organizadora da Copa, submete a soberania de uma país, com sua Lei Geral da Copa, e no Brasil, colocou "em suspenso" várias leis e até o CDC. É considerada uma organização "quase mafiosa que só pensa nos lucros, e não no interesse dos países, das pessoas e do futebol.", como sugere o escritor Miguel Sousa Tavares na reportagem "Onze escritores em campo" (Folha de S.Paulo, p.4, Ilustríssima, 25.05.14). No entanto, como justifica outro escritor, mexicano, Juan Villoro: "Agora que gastaram os tubos, quero ver os jogos, não curto essa ilusão de achar que o Mundial resolveria os problemas de um país, assim como não o arruína.!"
Ou seja, esta é a realidade. O que se acredita, como salienta Tostão é que "a maioria dos torcedores que protesta contra a CBF e contra os gastos públicos vai vibrar com a seleção."
Neste momento o Brasil todo calça as chuteiras e parte irmanado para a conquista que todos almejam qual seja do sexto título mundial porque, como bem afirmou o colunista Antônio Prata, da Folha de S.Paulo, em sua artigo "Vai ter toldo" (caderno de esportes, p. D 33): "se privar de viver essa experiência, seja nos estádios, nas praças, nos bares, em casa ou mesmo durante uma justíssima manifestação, pela internet do celular, não fará o Brasil melhor, só deixará sua vida mais chata."

domingo, 18 de maio de 2014

Pequenas notas. Aumento do salário rejeitado. Consumo de energia através de sistema pré-pago. Índia e saneamento básico. Comemoração indigesta.

Pequenas notas.


Aumento do salário rejeitado.


Pois é. O fato ocorreu nestes dias. O país: Suíça. Ao ser propalado um aumento do salário mínimo que atingiria, em reais, cerca de R$10.000,00, o povo suíço, através de referendo, rejeitou o projeto. O número de contrários foi de cerca de 70%.  O motivo, como era natural, seria evitar o aumento inflacionário e o aumento do desemprego. País civilizado, com índice de educação formidável, só poderia escolher tal caminho. Exemplo para todos nós.




Consumo de energia elétrica através do sistema pré-pago.




Alquimistas de plantão sugeriram e pretendem implantar no Brasil um sistema de energia pré-paga, em que o consumidor efetuaria a aquisição de um montante de créditos que julgasse suficiente para suas necessidades mensais. Instalar-se-ia um relógio em cada local, que marcaria o consumo e alertaria sobre a necessidade de mais créditos. É incrível. Pretende-se tornar o consumidor mais estressado do que já é. Aumentar o número de usinas, trabalhar na economia popular com gasto responsável, ninguém se preocupa. No Brasil faltam administradores e sobram locupletadores!




Índia e saneamento básico.




Em reportagem assustadora, o jornal Folha de S.Paulo deste domingo, sob o título "Trabalho sujo", p.A 22, expõe a miséria da Índia, um país que é considerado uma potência, tendo mandado foguete a Marte, e que de forma contrastante, " tem 1,3 milhão de catadores de excrementos, responsáveis por limpar as fezes de 15 milhões de pessoas". Não por acaso, informa-se que o Banco Mundial, através de seus dados, declara que "uma em cada dez mortes da Índia se deve à falta de saneamento básico - ou seja, cerca de 780 mil indianos por ano". Além disso, informa-se que o maior empregador de catadores de excrementos da Índia é o sistema ferroviário. Os 178 mil vagões de trens lá existentes permitem que as pessoas despejem os excrementos sobre os trilhos para que os catadores os recolham.


Comemoração indigesta.


Na inauguração do Itaquerão, obra do novo estádio do Corinthians, sob o beneplácito de Lula, quem fez a festa foi o Figueirense. Só podia acontecer com o Corinthians. E aconteceu. Para a alegria geral dos não corintianos. E viva o futebol!

domingo, 4 de maio de 2014

A lucidez do poeta e a política nacional.




Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem.
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar, talvez o maior poeta vivo do Brasil, assina uma coluna dominical no jornal Folha de S. Paulo, onde, com maestria e lucidez aos 84 anos, mostra sua faceta brilhante de articulista e comenta assuntos ligados à política e arte em geral. No último domingo, seu texto, intitulado "Arte de enganar pobres" (p. E10, Ilustrada) aborda  a falência do socialismo na América Latina, e o surgimento daquele ao qual atribui o nome de neopopulismo, destinado a diferenciá-lo do populismo original próprio dos regimes de direita como peronismo, varguismo, e que tem no chavismo exemplo maior, com seguidores no lulismo,  e petismo de modo geral, órfãos do falido regime soviético e que, por não poderem mais se apresentar como tal, criaram uma "contrafação do projeto revolucionário". Assim, após sucessivas derrotas, Lula se aliou ao capitalismo para chegar ao poder e, tão logo o alcançou, adotou um regime assistencialista com o Bolsa Família e outras medidas econômicas para aumentar o consumo pelos menos favorecidos.
O bastão foi entregue a Dilma e o sistema persiste. Como insiste Gullar, o uso da máquina do Estado não serve para obter o bem-estar do país, mas, sim, "crescer politicamente". E, continua: "o neopopulismo é isso: distribuir benesses às camadas mais pobres da população para ganhar-lhe os votos e manter-se indefinidamente no poder." Gullar conclui que o povo continua pobre, sem perspectivas de melhorias, apesar de não morrer de fome, o país não se desenvolve, fica estagnado e lamenta que o dinheiro gasto com o Bolsa Família e outras medidas populistas não seja destinado à educação, saneamento e problemas de infraestrutura, possibilitando "melhores condições profissionais ao trabalhador e possibilitando o crescimento econômico."
Sábias palavras e, penso, o que sente todo brasileiro sensato.
Aliás, é oportuno informar que, confirmando este abandono da educação no Brasil, a revista Veja informou sob o título "É muita falta de educação", no dia 01.05., em sua versão para internet, que a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em ranking sobre educação de 36 países, o Brasil ficou em 35º ! Esta avaliação é posterior a outra feita há pouco tempo em que o Pisa (sigla, em inglês, para Avaliação Internacional de Alunos) informou que em 2013 o Brasil ficou em 58ª posição num ranking de 65 países no quesito educação. Para se ter uma ideia melhor, um aluno chinês (país que ocupa o 1º lugar no ranking) de 10 anos tem o mesmo desempenho de seu colega brasileiro de 15 anos, o mesmo acontecendo com o coreano de 11, o americano de 12 e o tailandês de 14.
Portanto, aqueles que comungam com o pensamento de Gullar devem se unir para lutar para a mudança no poder político atual, substituindo o neopopulismo lulista por candidato que se apresente como transformador da situação atual, priorizando como nunca a educação, alicerce para as demais conquistas sociais! Não por acaso, Eduardo Campos, um dos postulantes ao cargo máximo brasileiro já se antecipou, colocando a educação como sua prioridade governamental.


P.S. Enquanto rabisco estas notas, fico assombrado com o volume de pessoas que atravancam o trânsito na rua Major Claudiano, Praça do Cemitério, em frente a uma banca de jornais, todos unidos na bucólica "troca de figurinhas" de jogadores de futebol da Copa do Mundo ! Isto, em frente à construção da Casa da Cultura e da Arte de Franca! Só um psiquiatra para explicar tamanho desatino num país faminto de educação!

domingo, 13 de abril de 2014

O feito do Ituano e o alívio da Francana. O Viaduto mal planejado e o prejuízo para os cofres municipais.

O feito do Ituano e o alívio da Francana.


Hoje o Ituano conquistou o Campeonato Paulista, com honras e glórias. A pequena estância turística, distante 100 km da Capital, e apenas 157.000 habitantes, dá exemplo de como gerir corretamente o esporte numa cidade.
A equipe que hoje venceu brilhantemente o certame, diante do Santos e seus craques, fez por merecer a láurea pois, além de realizar campanha espetacular, ficou livre do Corintians, afastou Botafogo, São Paulo e Palmeiras e bateu o Santos na final.
E não é a primeira vez. Em 2002, sem a participação do clubes chamados grandes da Capital, que estavam participando de um torneio Rio-São Paulo, também se sagrou campeão paulista.
Os analistas comentam que tudo se deve à organização e preparo fora do campo.
Já aqui, na nossa Franca do Imperador Alexandre, por muito pouco não amargamos o rebaixamento para a 4ª Divisão! Apesar de não fazer a sua obrigação, perdendo o jogo, a Francana se safou porque o Sancarlense, da cidade de São Carlos, foi pior e perdeu dentro de seus estádio.
É muito triste. A cidade, por seu porte, já deveria ter um representante no Paulistão.
Não é possível que as autoridades e pessoas influentes da cidade continuem a permitir tamanho pouco caso com a tradicional equipe verde e branca. Há muito tempo a administração municipal deveria abraçar a causa da Francana e procurar alçá-la ao lugar de destaque que merece. Parece que só se tem olhos para o basquete que, apesar de vultosas importâncias destinadas pela Prefeitura, todos os anos, continua a perder sucessivos campeonatos. Até quando?


O Viaduto mal planejado  e o prejuízo para os cofres municipais.


O jornal local Comércio da Franca, em seu noticiário deste domingo, informa, sob o título "Prefeitura decide corrigir erro e deve gastar R$4 mi para alargar córrego no viaduto". A notícia reacende a polêmica que vem ocorrendo desde que o ex-prefeito Sidnei, por um capricho próprio, resolveu construir o viaduto que, por sua obra e graça, levou o nome de sua progenitora, contrariando toda a ética e princípio da moralidade inerente à administração pública. Já na conclusão do viaduto, foi constatada a incúria no projeto que, desprezando o motivo maior, qual seja, o de evitar as enchentes que lá ocorriam, priorizou apenas o trânsito, que, para sua solução, pedia apenas sinalização correta e não construção de viaduto. A vaidade venceu o interesse público e, hoje, anuncia-se um gasto extra de R$ 4 milhões para ser feito aquilo que já deveria ter sido feito, ou seja, alargar o leito do córrego, mas que, agora, será realizado na forma de um remendo porque, com o viaduto, não será possível efetuar a obra ideal. Dificilmente, algum vereador irá cobrar do ex-prefeito o erro cometido. Apenas a história irá registrar que Franca teve um Prefeito que, por capricho, construiu um viaduto inútil e causou enormes prejuízos à população. Esperemos que, no futuro, Franca saiba escolher melhor seus representantes na administração pública e na vereança.



domingo, 16 de março de 2014

Dilma e farsa da conta de energia. Madames no celular. Baixa política.

Dilma e a farsa da conta de energia.


Não faz muito tempo e a presidente Dilma colocou toda a mídia a postos para anunciar redução na conta de energia para todos.
Não durou muito. Bastou cair a farsa da administração pífia do setor energético para, agora, virem os responsáveis pelo Ministério da Energia anunciar que, fatalmente, ocorrerão aumentos na conta de energia, ficando a culpa para as intempéries climáticas. Mas, para que não afete a eleição da senhora Dilma, o aumento cairá no colo dos brasileiros em 2015.
Vale a pena ler o artigo de Elio Gaspari, na Folha de S.Paulo, deste domingo, sob o título: "Eletrocutada, a inépcia vira empulhação." Tudo isto nos conclama a unir forças com a oposição, no sentido de mudar a cara do país, mudando de vez a administração petista que acabou com o país.


Madames no celular e suas atitudes infracionais.


É incrível como cada vez mais, e sem fiscalização de nenhuma autoridade, mais pessoas insistam em dirigir falando nos celulares, colocando em risco não só os próprios como, também, os que os circulam.
O uso é genérico, tanto de homens como de mulheres. Mas, algumas, sofisticam. Assim, uma das inúmeras ruas francanas com absurda mão dupla, a Rua dos Pracinhas, imediações do Poliesportivo, vem constantemente sofrendo abusos de pessoas que deixam seus familiares numa escola de basquete denominada Chuí Chuá. Pude presenciar, na última quinta-feira, às 10h00, o ato infracional de uma madame, dirigindo uma Ecosport branca, simplesmente estacionar o veículo, na contramão e no meio da via, deixando seus filhos na escola e, ainda, com celular à mão, enquanto pronunciava palavras de despedida, deter-se em conversar no aparelho, enquanto, no sentido contrário os demais esperavam o término de seu abuso.
Quando se fala que o maior problema do país é educação, não é exagero, é pura verdade.


Baixa política.


Enquanto pululam críticas na cidade contra a fraca administração do atual prefeito, vê-se crescer, dia a dia, a preponderância daqueles que adotam uma política baixa. Politica baixa no sentido de integrarem os quadros de apoio à situação mas, longe, minarem as bases do prefeito, com críticas que agradam à população, sempre visando interesses próprios e não os da cidade. São aqueles que, antes mesmo de se candidatarem a qualquer cargo eletivo nas próximas eleições, já ameaçam bandear e passam a inserir propaganda subliminar na internet. Olho neles. São piores dos que aí estão!

domingo, 2 de março de 2014

Carnaval vermelho. Prefeito da Franca X ACIF. Vivo e o patrocínio do basquete.

Carnaval vermelho


O Estadão de hoje noticia sob o título " 'Carnaval vermelho' tem 21 fazendas invadidas", a mais nova ação do movimento dos "sem terra", relacionada à dissidência do grupo FNL, liderado por José Rainha Junior, no oeste do estado de São Paulo, com a finalidade de pressionar o governo a estabelecer novos assentamentos.
Trata-se de jogo de cena, uma vez que Dilma, assim como Lula anteriormente, apoia o grupo, apesar de não assumir. Típico comportamento petista. Uma das fazendas invadidas, na cidade de Marabá Paulista, pertence à Igreja Católica, diocese de Presidente Prudente, tradicionalmente defensora do movimento dos sem terra (MST).


Prefeito de Franca X ACIF


Na queda de braço entre o prefeito francano e a ACIF, entidade do comércio e indústria local, mais um round. O prefeito, acusando a ACIF de "leviana" e recebendo, em troca, a acusação de "despreparado". Infelizmente, para o cidadão francano, os dois lados estão errados. O prefeito porque não soube demonstrar liderança e ter recuado na medida ligada à proibição de estacionamento em ruas do centro, de grande movimento. O recuo não ajudou ninguém, pelo contrário, enfraqueceu a fiscalização e a implantação da medida necessária ao trânsito. Já a ACIF, que costuma lutar apenas pelo seu interesse, ignorando as necessidades da população, boicotando comerciantes de fora e outros absurdos, deveria, antes de criticar, apontar solução melhor. O que nunca fez.


Vivo e o patrocínio do basquete


No decorrer da semana, o jornal Comércio da Franca informou que a empresa Vivo não será mais patrocinadora do basquete local, interrompendo uma parceria de 6 anos.
Trata-se de uma medida já aguardada, tendo em conta os resultados pífios apresentados pelo time de basquete nos últimos tempos.
Caso não apareça novo patrocinador, o basquete terá de sobreviver apenas com a verba da Prefeitura de Franca que, apesar de volumosa, não será suficiente para cobrir a milionária folha de pagamento destinada aos jogadores e ao exagerado número de membros da comissão técnica.
O correto, se os valores despendidos continuarem a ser públicos, seria montar equipe de jovens valores e apostar no desenvolvimento dos mesmos, fato que demandaria recursos moderados e redundaria em melhores resultados a médio prazo.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Prédio do Fórum francano: não serve para um, mas serve para outro? Lula perde oportunidade de ficar quieto.


Prédio do Fórum: não serve para um, mas serve para outro?



Coisas estranhas acontecem na Administração Pública. Sob a desculpa de constantes inundações na região, o Tribunal de Justiça autorizou e avalizou a mudança das instalações da Justiça Estadual local, do atual prédio da Avenida Ismael Alonso Y Alonso, para outro locado pelo estratosférico aluguel mensal de R$90.000,00, na Avenida Presidente Vargas. Isto, sabendo-se que o município doou área para a construção de uma Cidade Judiciária e cujo investimento equivaleria ao montante a ser gasto nos cinco anos de contrato estabelecidos no imóvel locado.
Agora, segundo notícia do jornal Comércio da Franca, deste domingo, com a manchete "Polícia Civil de Franca quer criar 'super DP' no prédio do Fórum" (p. 11-A), reacende-se polêmica sobre a necessidade de mudança de local do Fórum. Afinal, o prédio não serve para a Justiça local, mas serve para receber toda a estrutura policial do município? Os problemas causados por inundações poderiam ser atenuados com obras para a Polícia, mas não para a Justiça?
Como um Estado administrado pela oposição (PSDB) permite atos que são condenados por aqueles que querem lisura e transparência nos atos da Administração Pública?


Lula perde oportunidade de ficar quieto.


Lula continua o mesmo. Com suas tiradas de deixar Pelé ficar corado, soltou mais uma pérola na cidade de Ribeirão Preto. Inconformado com a condenação de seus parceiros do PT, no julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão), e procurando sair do ostracismo em que deveria permanecer, chamou a atenção da imprensa para afirmar: "ministros do STF não deveriam fazer política". Segundo noticia o jornal Folha de S. Paulo deste domingo, em evento de agronegócios afirmou: "O papel do ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não ficar falando para a televisão o que ele pensa. Se quer fazer política, entre num partido político e seja candidato". E disse mais: "Quando você indica alguém (para o STF), você está dando um emprego vitalício. O cidadão, se quiser fazer política, que diga: "Não aceito ser ministro, vou ser deputado, vou entrar num partido político e mostrar a cara."
Pois é, este cidadão foi presidente do país por dois mandatos e, até hoje, não aprendeu nada sobre democracia. Além disso, deveria dar graças a Deus de não ter sido incluído na lista dos julgados pelo Mensalão, onde estaria melhor inserido.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Petista não tem limite. Advogadas acuadas na Câmara Municipal.

Petista não tem limite.


Temos convivido com constantes atos de autoria de políticos petistas que demonstram o quanto nutrem o sentimento de arrogância e desmerecimento às autoridades constituídas. Há poucos dias, a presidente Dilma, voltando de Davos na Suíça, onde fez figuração nas discussões, deixou atônitos os brasileiros ao determinar que sua aeronave fizesse uma parada técnica em Lisboa, a caminho de Cuba, hospedando-se num luxuoso hotel com diária de 26 mil reais, além de estender as benesses à grande comitiva que lhe acompanhava, a qual também se beneficiou de acomodações em hotéis de luxo. Além disso, foi vista com sua equipe jantando no restaurante mais luxuoso de Lisboa e seus acompanhantes foram fotografados com garrafas de vinho na mão ao saírem do restaurante. Na volta, ignorou as críticas e informou que fez e fará novamente porque pagou de seu bolso suas despesas, assim como teriam feito seus assessores. Ou seja, a velha mistura de ética, lei e moral, necessária para confundir leigos.
Pois não é que, agora, em "Carta aberta ao ministro Joaquim Barbosa", outro petista, João Paulo Cunha, nas páginas do jornal Folha de S. Paulo, deste domingo (opinião, p. A 5), repete a notória arrogância petista e afronta o Presidente do STF, com críticas contundentes à sua atuação na ação Penal 470, da qual o deputado condenado fez parte como um dos mensaleiros.
Sua petulância foi tão extrema que se esqueceu de que foi condenado pelos ministros do STF e não somente pelo relator ministro Joaquim Barbosa.
Ou seja, petistas condenados, na prisão, criam campanhas na internet para arrecadarem vultosas quantias para quitarem seus débitos processuais, contando com o beneplácito de doadores inconsequentes ou com rabos presos também, presidente faz o que quer e gasta como quer e, agora, um condenado pelo mais alto Tribunal do país, se julga no direito de afrontar publicamente a maior autoridade da Justiça! Até onde os petistas entendem poder ir?


Advogadas acuadas na Câmara Municipal.


Ampla reportagem intitulada "Advogadas da Câmara acusam Jépy de ignorar dignidade e decoro", do jornal local Comércio da Franca (p.22 A), deste domingo, narra fatos estarrecedores que vêm ocorrendo na edilidade francana, impedindo que as profissionais concursadas exerçam dignamente suas atividades.
Pelo que consta na publicação, trata-se de assunto entregue aos meios judiciais e, também ao órgão de classe, no caso a OAB.
Espera-se um final justo para o episódio, pois Franca há muito anseia por uma Câmara que mereça respeito da população.
Como se viu acima, no Brasil atual, os políticos não respeitam limites éticos/morais e legais. Somente um Poder Judiciário firme e rápido pode dar um fim aos abusos que se cometem no dia a dia.
A velha divisão de Poderes de Montesquieu, limitando Executivo, Legislativo e Judiciário, cada um exercendo sua função e os três fiscalizando os demais ainda é válida nos dias atuais e, especialmente, nossos membros do Executivo e Legislativo deveriam conhecê-la e aplicá-la sempre.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Mainardi X Luiza. Dilma passeia em Lisboa.



Mainardi X Luiza.




Numa das últimas edições do programa televisivo Manhattan Connection aconteceu uma polêmica entre o jornalista Diego Mainardi e a empresária Luiza Rodrigues, do Magazine Luiza, onde o assunto girou sobre pontos de vista diversos: Luiza, defendendo uma economia cor de rosa e um Brasil maravilhoso e, Mainardi, alertando sobre a crise do comércio e a situação crítica da economia brasileira. Logo, defensores de Luiza, alguns órgãos de imprensa e petistas fanáticos, somaram críticas a Mainardi, notório crítico do PT, Lula e Cia., há muito tempo, nas páginas da revista Veja.
Não é segredo para ninguém que Luiza é defensora arraigada dos governos petistas, não tanto por possuir algum conhecimento de política, mas, principalmente, por ter sido sua empresa beneficiada pelos programas demagógicos dos governos petistas, seja no que retirou o IPI de alguns eletroeletrônicos e, posteriormente, naquele criando um crédito aos consumidores para a aquisição dos mesmos. Logo, seus argumentos não podem ser levados a sério.
Já, Mainardi, como bom jornalista que é, estava no seu papel, de tentar obter da entrevistada alguma confirmação sobre suas alegações, que não tinham nada de absurdo.
O que não se pode conceber é a tomada de posição de alguns órgãos de comunicação que constantemente são beneficiados com a inserção de mídia pela empresa da entrevistada, além, é claro, de críticas de petistas infiltrados em órgãos que apoiam o governo, que não perdem oportunidade de atacar Mainardi, há muito tempo considerado uma pedra no sapato de Lula, Dilma e Cia.


Dilma passeia em Lisboa.


Após discurso demagógico em Davos (Suíça), onde solicitou investimentos de outros países, Dilma deixou cair o véu e agiu como nos bons momentos da era petista. Tinha volta com parada em Cuba, onde às custas do dinheiro público, patrocinou a construção de um porto (via BNDES), pela construtora  Odebrecht (sempre ela)  para os amados "companheiros". Mas, segundo relata o jornal Folha de S.Paulo, deste domingo, na nota "Sem registro na agenda oficial, Dilma vai a Lisboa" (p. A
10), sob a desculpa de sua aeronave não possuir autonomia técnica para viajar de Davos a Cuba, foi efetuada a estadia em Lisboa, ficando no Ritz Lisboa, com diárias de até 8.265 euros (R$27 mil) e demais membros no Hotel Tivoli, sendo que a comitiva total ocupou mais de 30 quartos dos dois hotéis. O jornal informa ainda que a presidente "aproveitou a parada e saiu para jantar em um tradicional restaurante da capital portuguesa".
Esta é a presidente, candidata à reeleição que diz trabalhar para maior inclusão de brasileiros e que, particularmente, age de maneira frontalmente contrária ao que prega.
Não nos esqueçamos destes fatos em outubro próximo.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Destaques da semana: Nome a viaduto fantasma. Rolezinhos. Calçadas. Ganhos notariais.

Destaques da semana:
1. Nome a viaduto fantasma.



A notícia curiosa da semana foi estampada no jornal Comércio da Franca deste domingo, sob o título: "Vereadores batizam viaduto ainda inexistente" (p.9 A), de autoria do repórter Edson Arantes, conhecedor dos bastidores da Câmara Municipal. No texto, há a informação de que, embora o ano legislativo não tenha iniciado, os vereadores teriam sido convocados para uma sessão extraordinária na segunda-feira, para análise de sete "importantes" projetos, sendo cinco de "homenagens". E a curiosidade se dá pela preciosidade proposta pelo vereador Marco Garcia, da base do Prefeito, que apresentou projeto para indicar nome de Osvaldo Bernardini Coral (?) a um futuro viaduto a ser construído, sem previsão de data, no cruzamento das avenidas Alonso Y Alonso com Champagnat, um sonho faraônico do ex-prefeito Sidnei Rocha, para completar a obra iniciada com o já construído "D. Quita". Na mesma nota, há a informação de que, na mesma sessão, serão discutidos projeto de abono de R$300,00 para os servidores da Câmara e a criação de cargos comissionados de diretor-geral e diretor-jurídico, para, segundo o articulista: "aposta de Jépy Pereira (PSDB) para ter sob seu controle os funcionários 'rebeldes' ". Realmente, o ano promete, com tanta energia dos nobres vereadores para assuntos nem tão nobres.




2. Rolezinhos.




Subitamente, a sociedade brasileira se depara com nova prática: o "rolezinho", atitude de grupos de jovens que, em shopping centers, provocam aglomerações e movimentações bruscas, especialmente em escadas rolantes, no sentido de perturbar a tranquilidade dos frequentadores e especificamente dos lojistas ali estabelecidos. É claro que alguns atos de rebeldia sempre são vistos aqui e acolá nos centros de compras. No entanto, neste caso, os movimentos são programados via redes sociais, à semelhança das artimanhas de quadrilhas organizadas para práticas de delitos.
Num primeiro momento, a imprensa dos grandes órgãos, especialmente a Folha de S. Paulo, passou a criticar a repressão efetuada pelos seguranças civis e militares, acoimando a reação como ato discriminatório racial. Vários segmentos ligados aos direitos humanos logo se colocaram à frente como defensores dos "pobres oprimidos" participantes dos "rolês".
Alguns shoppings procuraram se cercar de garantias e até fecharam suas portas à iminência de  "rolês" anunciados.
Acontece que, até o momento, não há um entendimento uniforme sobre as motivações do rolê e até a Folha de S. Paulo, através de seu "ombudsman", Suzana Singer, neste domingo, sob o título "Enrolados" (p.A6) critica as análises precipitadas e o recuo dos jornalistas.
Estou de acordo com um leitor da própria Folha que, no Painel do Leitor (opinião p.A3) assim resumiu a questão: "Rolezinho combinado nas redes sociais para doar sangue, limpar escolas ou visitar um asilo ninguém faz, não é?".




3. Calçadas.




Após o anúncio da Prefeitura Municipal de Franca, relacionado à fiscalização sobre as calçadas, em campanha por ela iniciada, comentamos neste Blog sobre a necessidade de a Municipalidade dar o exemplo e citamos a área das cercanias do Poliesportivo como um exemplo de falta de calçamento.
Felizmente, nesta última sexta-feira, para surpresa nossa, presenciamos a movimentação de funcionários dando início ao calçamento da parte existente no portão principal do Poliesportivo.
Bom sinal.




4. Ganhos notariais.




Não é de hoje que o cidadão brasileiro se espanta com o poder inatacável e os ganhos estratosféricos de nossos cartórios (tabelionatos e registros públicos). A Constituição Federal de 1988 deu um passo nas mudanças pretendidas pelo povo, exigindo concurso público para o preenchimento dos cargos de comando dos cartórios. No entanto, como se sabe, ainda hoje, muitos cartórios mantêm suas chefias por força de liminares judiciais afrontando a exigência de concursos para o preenchimento dos cargos para os quais os mesmos ainda não foram realizados. E como o lobby notarial é forte na Câmara dos Deputados já há projeto visando regularizar a situação daqueles que não fizerem concursos.
Agora, vários órgãos da imprensa, como Veja, Globo e a publicação Migalhas (publicação jurídica) noticiaram os vultosos rendimentos obtidos por cartórios nacionais, publicando a lista daqueles que mais auferem. O jornal O Globo, deste domingo, fez inclusive extensa matéria, sob o título "Cartórios faturam 1 bilhão por mês no Brasil", que detalha a questão.
Como não poderia deixar de acontecer, as notícias provocaram a reação imediata dos notários que, em redes sociais, atacam a mídia.
No meu modo de ver, há muito tempo, não entendo como o governo abre mão da receita auferida pelos cartórios. Deveria haver um esforço para uma mudança legislativa no sentido de se manter o concurso para os cargos, passando para a órbita pública a gestão, com as rendas revertidas para o Município e os funcionários percebendo remuneração fixada.
Até hoje, no Brasil, se exige reconhecimento de firma de determinados documentos (vultosa receita dos cartórios), quando em outros países, como na França, uma simples declaração de próprio punho do interessado é aceita como documento, uma vez que se falsa, o autor responderá por ilícito penal. E todos respeitam.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Calçadas francanas na pauta. Praças ignoradas.

Calçadas francanas na pauta.

Franca é, tradicionalmente, uma das cidades que apresentam as piores calçadas das cidades paulistas.
Há certo tempo, a Prefeitura Municipal anunciou o Projeto Calçada Segura, que almeja regularizar o problema. O anúncio ficou em banho-maria. Agora, o jornal Comércio da Franca, em sua manchete de sábado (04.01) faz reportagem intitulada "Prefeitura vai multar imóveis sem calçada ou com pavimento ruim". Além da fiscalização sobre os imóveis já existentes e em situação irregular quanto às calçadas, adianta-se que aqueles novos não terão o habite-se se não apresentarem calçamento regular. Na matéria há a informação de que a Prefeitura irá dar o exemplo regularizando o calçamento dos bens públicos.
Custa a crer. No entanto, vamos acompanhar para ver se a Prefeitura, cumprindo sua parte, efetua o calçamento de todo o entorno do Poliesportivo e das principais praças públicas. Se tal ocorrer, já será um bom início. Quanto aos imóveis dos cidadãos, melhor seria começar por aqueles que têm grandes áreas não construídas em terrenos baldios repletos de matagal, objetos de especulação imobiliária, outro problema crônico do município.

Praças ignoradas.

A propósito, não deve a Prefeitura se preocupar apenas com o estado das calçadas públicas. Outra grande carência local diz respeito a nossas praças públicas. Como todos verificam, nossas principais praças públicas estão em total abandono e não se criam novas, apesar de existirem diversos espaços aguardando providências.
Desde a época da Dra. Olga Toledo, há boas décadas, não aparece profissional inspirado no cultivo ao embelezamento e cuidado das praças. Basta ver as duas mais centrais: Praça N. S. Conceição e Barão, exemplos de falta de atenção e criatividade, com plantas visivelmente abandonadas.
Parece que nossos administradores, embora sejam adeptos de viagens a outras plagas, não cultivam o hábito de apreciarem os bons exemplos de cidades congêneres e não dão o devido valor a esta parte saudável e necessária ao convívio humano.