domingo, 28 de outubro de 2012

Povo ignora julgamento do mensalão. Resultado final em Franca demonstra mais uma derrota de Graciela do que uma vitória de Alexandre. Privilégio à custa do sossego da população.



Povo ignora julgamento do mensalão.

Embora a maioria dos brasileiros conscientes tenha se mostrado satisfeita com os rumos do julgamento do mensalão, onde grandes caciques do PT foram condenados e execrados, um resultado como o de São Paulo demonstra que a massa que realmente decide uma eleição não se abalou e sufragou candidato indicado por Lula (presidente petista à época dos fatos do mensalão). Isto confirma aquilo que alguns analistas julgam ser projeto de Lula de início de uma nova geração petista que veio para continuar o domínio e substituir os antigos, alguns deles mensaleiros.
Fica, porém, evidente que a grande maioria dos cidadãos brasileiros não faz ponderações na hora da escolha melhor para seus interesses, levando a crer que ignora fatos concretos e criminosos, fartamente ilustrados pela mídia e punidos pelos tribunais.
Assim, pessoas com carisma, como Lula, obtêm sucesso na indicação feita, ainda que o indicado seja pessoa pouco conhecida na política.

Resultado em Franca demonstra mais uma derrota de Graciela do que uma vitória de Alexandre.

O resultado final nas eleições francanas demonstrou, na verdade, que Graciela não soube aproveitar a fragilidade de seu oponente, candidato pela primeira vez, sem experiência, sem currículo e tendo apenas como handicap o apoio do prefeito Sidnei.
A campanha de Graciela, que contou com poucos recursos financeiros, teve orientação fraca, não sabendo explorar as fraquezas do oponente, além de não realizar apresentação convincente em seus programas televisivos, mostrando fragilidade na assessoria.
Embora o apoio do deputado Gilson de Souza tenha sido importante, tendo em conta seu prestígio popular, o grupo de candidatos a vereadores não colaborou eficientemente, tanto é verdade que o resultado das eleições para os mesmos foi aquém do esperado, sem contar que, assim como Alexandre, o vice de Graciela, Gilson Jr., não tem experiência e nem prestígio próprio.
Portanto, ganhar de Alexandre não seria tarefa difícil, ainda que a luta fosse contra Sidnei, sobre quem pouco se explorou com relação a falhas no decorrer da sua administração.
Sidnei fez um jogo de risco e, surpreendentemente, teve sucesso.
Aos francanos, agora, resta esperar que o candidato eleito aprenda a governar governando e não fique, como na campanha, sob o manto protetor de Sidnei. E, ainda que tristemente, aceitar a "continuidade " e  conviver com saúde mal gerenciada, transporte caro com monopólio, prevalência de apadrinhamentos políticos, segurança caótica, maioria de vereadores da situação que inviabiliza qualquer fiscalização, etc.

Privilégio à custa do sossego da população.

Neste final de semana ocorreu mais uma edição de um evento musical, ao lado do Franca Shopping, em local cedido para tal realização, imaginando-se devidamente autorizado pela Prefeitura Municipal. Nele, o bom gosto musical é olvidado, superado por sons que privilegiam o excessivo barulho que reverbera não só no bairro Residencial Amazonas, local do evento, como nos demais mais próximos, causando a perturbação do sossego dos moradores.
Fica a pergunta: quem é que, em sã consciência, irá querer residir num bairro que, no início, se afigurava como bom lugar para investimento e construção de moradia, com ampla avenida, proximidade do shopping e de acesso fácil a rodovia e que, em pouco tempo, está a se prestar para realização de eventos do tipo deste último, onde não há limite para o som, além de, regularmente, ocorrerem temporadas circenses e até festivais de venda de automóveis, onde o som alto também prepondera?
À custa do privilégio de poucos, os donos dos imóveis utilizados para tais eventos, sob a vista grossa das autoridades, estão na realidade inviabilizando o bairro, além de causarem o desassossego dos bairros confrontantes.
Em Franca, parece que as promoções culturais estão presas apenas a shows de qualidade duvidosa, em benefício de poucos, esquecendo-se de eventos realmente proveitosos e educacionais onde a bebida não seja o fim último e a maioria da população realmente seja beneficiada.

domingo, 21 de outubro de 2012

Política rasteira define pesquisa. Ubiali arrisca futuro. Enfim um projeto que atende a população francana. Fusão Unimed Regional esbarra no CADE.

Política rasteira define pesquisa.

As eleições em Franca, no início, demonstravam larga vantagem da candidata Graciela Ambrósio sobre os demais candidatos, ficando o atual líder nas pesquisas, Alexandre, num modesto quarto lugar. Sidnei, criador de Alexandre, de imediato, retirou de seu arsenal político todas as artimanhas que aprendeu em sua longa carreira. Pessoalmente, passou a atacar sistematicamente a pessoa de Graciela, assacando contra a mesma a responsabilidade por dificuldades na aprovação de seus projetos, tendo em conta que Graciela não era submissa aos seus objetivos, alguns, como se sabe,  danosos aos interesses da coletividade. Graciela, como vereadora, nunca se submeteu a Sidnei, realizando belo papel, na visão constitucional de fiscalização das atividades do Executivo, ao contrário daqueles que, vassalos, se submetiam às determinações do suserano.
Sidnei, com sua arrogância, não aceita opiniões divergentes. Tanto é que nos programas partidários da campanha de Alexandre, no segundo turno, fez questão de atacar virulentamente Graciela, usando de artifícios de político dinossáurico, esquecendo propostas e atacando pessoas. E o que é o pior, com inverdades, segundo informa a coluna "Opinião. Bastidores", do jornal "Comércio da Franca", deste domingo, P.2,  sob o subtítulo: "Como assim, Sidão?", segunda a qual Sidnei afirmou no horário eleitoral que Graciela teria votado contra um pacote de projetos no dia 20 de junho de 2010, que era um domingo e não houve reunião da Câmara.
Se o método não é honrado, o objetivo foi alcançado e, segundo pesquisas do Ibope/EPTV, Alexandre passou a ter considerável aumento nos índices de pesquisa eleitoral.
Ainda há uma semana para as eleições, mas somente um desempenho consistente nos últimos embates poderá proporcionar uma reviravolta. A menos que as pesquisas estejam erradas ou que ocorra uma reflexão melhor dos eleitores.

Ubiali arrisca futuro.

Criticado por todos os candidatos no primeiro turno e, de forma mais contundente, por Alexandre, Ubiali preferiu esquecer as ironias assacadas contra sua pessoa, além de olvidar seus ataques anteriores a Alexandre, a quem denominou "marionete" e responsável pelos problemas na saúde, para passar a apoiá-lo no segundo turno.
Demonstrou, mais uma vez, ser político sem qualquer visão e idealismo, preferindo atos oportunistas.
Corre sério risco de, em sendo derrotada Graciela, ter de enfrentá-la nas eleições para a Câmara, reduzindo drasticamente suas chances, ainda mais se tiver outros concorrentes de peso na cidade.
Enfim, só alguma razão muito especial, atrativa a suas ambições, pode justificar a posição assumida. Só o futuro dirá se tinha razão ou se cometeu mais um erro estratégico que poderá encerrar sua curta carreira parlamentar.

Enfim um projeto que atende a população francana.

Segundo informa a coluna "Opinião. Bastidores", do jornal "Comércio da Franca", de 20.10.12, P-4, há um projeto de lei, na Câmara Municipal de Franca, de autoria do vereador pastor Otávio (PTB), do grupo aliado ao PSDB, que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em postos de combustível e lojas de conveniência e imediações dos postos de gasolina, com possibilidade de ser votado, apesar do pedido ter entrado "há um ano". Trata-se de antiga reivindicação dos francanos, especialmente daqueles que residem nas imediações dos postos de gasolina onde se concentram alguns dos frequentadores que lá estacionam seus veículos dotados de possantes autofalantes e tornam insuportável o repouso dos moradores.
Ou seja, enfim um projeto de lei que atende a população. Resta saber se a maioria dos vereadores, alguns já em fim de carreira, irá se sensibilizar e, finalmente, aprovar algo benéfico.

Fusão Unimed / Regional esbarra no CADE.

Segundo informa o jornal "Comércio da Franca" de sábado (20.10), em manchete: "CADE recomenda reprovação da compra do Regional pela Unimed", numa primeira análise, foi rejeitada pela superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a fusão (aquisição) da Unimed e do Hospital Regional, sob a alegação de que "poderá causar prejuízos aos usuários, ao mercado privado de convênios médicos e ao sistema público de saúde da cidade". A decisão final caberá à maioria dos membros do Conselho, em data ainda não estabelecida.
De qualquer forma, fica a lição para um negócio que, parece, não levou em conta a importância da situação inflingida aos contratantes dos dois seguros de saúde dos hospitais que foram unidos, atendendo apenas interesses privados e sem anuência dos usuários, contrariando as normas que regulam a concentração de empresas, gerando monopólio e colocando em risco a qualidade do atendimento.
O que assusta é que, mesmo sem a autorização do CADE, a união já está em andamento, com comunicados na imprensa sobre novos locais de atendimento, e sob forte crítica dos usuários, alguns manifestando-se lesados e insatisfeitos pela medida tomada.

domingo, 14 de outubro de 2012

Eleições: teria Pelé razão? Cotas: mais uma medida demagógica!

Eleições: teria Pelé razão?

Há mais de quarenta anos, em plena ditadura militar, Pelé, manifestando-se sobre o voto no país, disse uma de suas muitas decalarações absurdas: "O povo brasileiro não sabe votar!" Foi, naturalmente, massacrado pela mídia.
Hoje, tal afirmação não parece distante da realidade.
Com o descrédito dos partidos políticos, sobrou para a escolha do eleitor a pessoa física do candidato. E, este, já não mais dependendo do vínculo partidário, muda propostas como um camaleão, pendendo seu discurso para aquilo que mais lhe convém.
O resultado se materializa em resultados inesperados. Na capital paulista, ninguém poderia imaginar um segundo turno em que ficariam Serra e Haddad, tendo em conta o vertiginoso caminho inicial traçado por Russomano. Em Franca, todas as pesquisas indicavam Graciela na frente, tendo Ferreira em segundo lugar. O que se viu, no final do primeiro turno, foi o contrário.
Além disso, o grande número de abstenção, votos brancos e nulos impressiona, mostrando o desprezo ou falta de opção do eleitor.
O segundo turno que se vislumbra mostra candidatos apelando para as mais diversas artimanhas. Em São Paulo, a guerra entre Serra e Haddad, PSDB X PT, já mostra lances medíocres da má política com ataques pessoais violentos, e enorme empenho de Lula e Dilma com a finalidade de encobrirem os efeitos danosos do resultado do julgamento do mensalão em que o PT foi desmistificado, passando a ser sinônimo de partido corrupto.
Em Franca, o início da campanha para o segundo turno mostra, no início, lances degradantes. Se, de um lado, o PT, sempre criticado, mostra coerência e apoia sem exigências a candidatura de Graciela, o PV de Cassiano fica "em cima do muro", optando pela neutralidade. Por seu turno, o PSB, apesar de alguns membros aderirem ao candidato Ferreira, Ubiali, o líder, optou por fazer suspense e definir sua posição mais adiante, embora todos saibam que antes das eleições já havia feito conchavos com Sidnei.
Já no horário eleitoral, Graciela manteve seu posicionamento sóbrio, enquanto Sidnei Rocha fez ataques à mesma definindo-a, pasmem, como "desequilibrada", adjetivo que toda a população francana sabe pertencer mais ao mesmo, como se viu em episódios como o do "chute aos cones", ou à agressão aos funcionários da Cometa no Terminal Rodoviário, amplamente noticiados pela imprensa à época.
Assim, levando-se em conta o fato de que, durante todo o mandato dos atuais vereadores, a população não parou de criticá-los veementemente, e, ao final, ainda foi capaz de reeleger alguns deles, além do resultado parcial para prefeito, constante da supreendente votação do primeiro turno atribuída a Alexandre, muito embora a população tenha sofrido, nos últimos anos com o abandono da saúde, ausência de transportes decentes, falta de segurança pública, falta de investimentos em educação, em saneamento básico (falta d'água em muitos bairros, pela inépcia de cobranças à Sabesp), além de outros problemas como aquisições indevidas de imóveis (esqueleto e Casa de Regina Duarte) e suspeitas em licitações, cabe a pergunta: estaria Pelé com a razão? Se o resultado do segundo turno confirmar o do primeiro, na minha modesta opinião, Pelé, em Franca, estaria coberto de razão!

Cotas: mais uma medida demagógica.

A aplicação de ações afirmativas, no Brasil, sempre foi equivocada, exagerada e demagógica.
Agora, não bastassem as muitas opções no âmbito universitário, Itamarati e outros órgãos públicos, vem a notícia alarmante estampada em manchete da Folha de S.Paulo deste domingo: "Dilma prepara cotas raciais para servidor" .
Na nota há a informação da decisão de Dilma de incluir cotas para negros no funcionalismo federal, preenchendo cargos por concurso e nomeação.
Embora haja quem saia em defesa desta medida, chegará o dia em que, no Brasil, haverá o império da discriminação contra a raça branca, a permanecer a onda dominante.

domingo, 7 de outubro de 2012

Eleições francanas: o suspense continua.

Eleições francanas: o suspense continua.

Franca realizou suas eleições e, diante dos prognósticos das pesquisas, apresentou resultado diverso. Por elas, Graciela teria maioria e Alexandre ficaria em segundo. O resultado mostrou o contrário: Ferreira ficou em primeiro e Graciela ficou em segundo.
O segundo turno se apresenta como uma incógnita. Todos se perguntam como serão as futuras alianças: Ubiali (PSB), terceiro colocado, Pelizaro, quarto e Pimentel, quinto, irão apoiar Ferreira (PSDB) ou Graciela (PP)? Ao final do pleito, Graciela, ouvida pela Rádio Difusora, após reclamar das hostilidades sofridas quanto à destruição de sua propaganda eleitoral e de boatos assacados contra sua pessoa, se mostrou otimista e interessada no apoio dos demais candidatos que não lograram ir para o segundo turno. Já, Ferreira, também ouvido pela rádio, mostrou sua habitual confiança sidneiniana, demonstrando indiferença por eventuais apoios, embora não os tenha rechaçado. Além disso, questionado na sede do GCN sobre o papel fundamental de Sidnei na campanha, Ferreira tergiversou mas concordou ser o atual prefeito o artífice de seu sucesso parcial.
Ou seja, conforme bem salientou o jornalista Corrêa Neves Junior, enquanto se discutir Sidnei Rocha nas eleições, como ocorreu no primeiro turno, poucas modificações podem ocorrer. O que realmente importa é o direcionamento da campanha questionar o potencial real de Alexandre (até o presente ignorado, tendo em conta sua fraca participação no atual governo) e não do de Sidnei, que, embora tenha cometido sérios erros (compra do "esqueleto", construção do viaduto com nome de sua progenitora, construção de um museu para Regina Duarte, contra outras prioridades, licitações sob suspeita, Feac criticada, ausência de medidas contra o caos do transporte, saúde em situação péssima, etc.) tem grande avaliação popular.
Franca, no meu entender, fica em situação de definição. Duas opções se lhe apresentam. O candidato da situação tem como lema principal, além de ausência de projetos, "a continuidade". Já Graciela, a quem caberá somar a oposição, tem propostas que atendem as necessidades francanas, tendo como mote: "Franca não quer continuidade, Franca quer evoluir, melhorar." Ou seja, será que o povo francano quer a "continuidade" de uma saúde mal gerida, transportes em caos, gastos excessivos com compras absurdas como o esqueleto, que só beneficiam interesses privados, compadrios, excesso de comissionamentos de apaniguados, ou entende que se impõe uma administração séria, pautada pelo profissionalismo, sem protecionismos, realmente interessada em solucionar os problemas urgentes que aí estão e que não podem ter "continuidade".
De antemão, com a vitória no primeiro turno, a coligação que apoiou o candidato do PSDB conseguiu eleger grande número de vereadores, o que poderá causar embaraços na administração, caso Graciela reverta a situação e saia vitoriosa no segundo turno. Além disso, infelizmente, ainda não foi desta vez que nossa Câmara teve renovação total de seu quadro. Caciques, com redutos fiéis, conseguiram se manter.
No entanto, resta a esperança que, no segundo turno, os eleitores possam aquilatar a real necessidade de renovação que Franca almeja, sendo afastado o horizonte sombrio que se apresenta, fazendo com que a seriedade e o trabalho vençam a arrogância e o desrespeito aos interesses públicos.