domingo, 7 de outubro de 2012

Eleições francanas: o suspense continua.

Eleições francanas: o suspense continua.

Franca realizou suas eleições e, diante dos prognósticos das pesquisas, apresentou resultado diverso. Por elas, Graciela teria maioria e Alexandre ficaria em segundo. O resultado mostrou o contrário: Ferreira ficou em primeiro e Graciela ficou em segundo.
O segundo turno se apresenta como uma incógnita. Todos se perguntam como serão as futuras alianças: Ubiali (PSB), terceiro colocado, Pelizaro, quarto e Pimentel, quinto, irão apoiar Ferreira (PSDB) ou Graciela (PP)? Ao final do pleito, Graciela, ouvida pela Rádio Difusora, após reclamar das hostilidades sofridas quanto à destruição de sua propaganda eleitoral e de boatos assacados contra sua pessoa, se mostrou otimista e interessada no apoio dos demais candidatos que não lograram ir para o segundo turno. Já, Ferreira, também ouvido pela rádio, mostrou sua habitual confiança sidneiniana, demonstrando indiferença por eventuais apoios, embora não os tenha rechaçado. Além disso, questionado na sede do GCN sobre o papel fundamental de Sidnei na campanha, Ferreira tergiversou mas concordou ser o atual prefeito o artífice de seu sucesso parcial.
Ou seja, conforme bem salientou o jornalista Corrêa Neves Junior, enquanto se discutir Sidnei Rocha nas eleições, como ocorreu no primeiro turno, poucas modificações podem ocorrer. O que realmente importa é o direcionamento da campanha questionar o potencial real de Alexandre (até o presente ignorado, tendo em conta sua fraca participação no atual governo) e não do de Sidnei, que, embora tenha cometido sérios erros (compra do "esqueleto", construção do viaduto com nome de sua progenitora, construção de um museu para Regina Duarte, contra outras prioridades, licitações sob suspeita, Feac criticada, ausência de medidas contra o caos do transporte, saúde em situação péssima, etc.) tem grande avaliação popular.
Franca, no meu entender, fica em situação de definição. Duas opções se lhe apresentam. O candidato da situação tem como lema principal, além de ausência de projetos, "a continuidade". Já Graciela, a quem caberá somar a oposição, tem propostas que atendem as necessidades francanas, tendo como mote: "Franca não quer continuidade, Franca quer evoluir, melhorar." Ou seja, será que o povo francano quer a "continuidade" de uma saúde mal gerida, transportes em caos, gastos excessivos com compras absurdas como o esqueleto, que só beneficiam interesses privados, compadrios, excesso de comissionamentos de apaniguados, ou entende que se impõe uma administração séria, pautada pelo profissionalismo, sem protecionismos, realmente interessada em solucionar os problemas urgentes que aí estão e que não podem ter "continuidade".
De antemão, com a vitória no primeiro turno, a coligação que apoiou o candidato do PSDB conseguiu eleger grande número de vereadores, o que poderá causar embaraços na administração, caso Graciela reverta a situação e saia vitoriosa no segundo turno. Além disso, infelizmente, ainda não foi desta vez que nossa Câmara teve renovação total de seu quadro. Caciques, com redutos fiéis, conseguiram se manter.
No entanto, resta a esperança que, no segundo turno, os eleitores possam aquilatar a real necessidade de renovação que Franca almeja, sendo afastado o horizonte sombrio que se apresenta, fazendo com que a seriedade e o trabalho vençam a arrogância e o desrespeito aos interesses públicos.

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