domingo, 31 de março de 2013

Mais bem votados de Franca ignoram ética. Páscoa.

Mais bem votados de Franca ignoram ética.

No início da semana, o jornal Comércio da Franca informou que os três vereadores mais bem votados nas últimas eleições francanas teriam usado abusivamente de verbas públicas para viagem à São Paulo, local da solenidade de entrega de medalhas aos mesmos. Na sexta-feira, a edição do Comércio da Franca completou a informação na reportagem intitulada "Corregedoria da Câmara vai apurar a 'farra das medalhas' "(p.A-4). O imbróglio, propiciado pelos vereadores Valéria Marson (PSDB), Pastor Otávio (PTB) e Nirley de Souza (DEM), foi realmente muito estranho pois, conforme relata a notícia: "No mês de fevereiro, os três vereadores foram a um seminário na Capital, onde receberam a medalha 'Ulisses Guimarães Mérito Eleitoral' pelo desempenho obtido nas urnas. Segundo o instituto promotor do evento, o certificado de participação acompanhado da medalha custou R$397 para os 'homenageados' ". O pior foi que, segundo a nota: "os três vereadores participaram do seminário nos mesmos dias, horário e local, mas prestaram contas com valores diferentes: Nirley de Souza declarou uma despesa de R$587,19; Valéria Marson, R$ 947,09; e Pastor Otávio, R$ 1.408,30." Este último, apesar de apresentar o maior valor, teria viajado de ônibus!
O caso, segundo o jornal, foi parar na Corregedoria da Câmara. O mínimo que se espera é a devolução das importâncias.
Já na edição deste domingo, o jornal Comércio da Franca volta ao assunto e dá mais informações sob o título "Falta de controle permite 'farra das viagens' "(p.A-4), esclarecendo que "o dinheiro que sobra da diária paga aos vereadores não precisa ser devolvido aos cofres públicos", demonstrando que há abusos há muito tempo e total desrespeito ao dinheiro público.
Do episódio resta a conclusão de que o jogador e filósofo Pelé, em sua única declaração feliz, mais uma vez teve sua frase confirmada, quando, em outra época, afirmou que "o povo brasileiro não sabe votar".
Ulisses Guimarães, notável político já falecido e que dá nome à honraria, que os aquinhoados pagaram com dinheiro público, deve estar se revirando no túmulo com mais esta arranhada na ética e no decoro parlamentar.

Páscoa.

Páscoa significa passagem, e vem do hebraico Pessach. Páscoa é uma celebração da religião católica, que simboliza a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte, após ter sido crucificado. A Páscoa é uma data móvel, que varia o dia a cada ano.
Os espanhóis chamam a data de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques. A Páscoa é o dia mais importante para os católicos, e é cheio de símbolos que marcam gerações. As famílias judaicas fazem um jantar especial, que geralmente dura oito dias.
Um dos símbolos atuais da Páscoa é o coelhinho. O animal tornou-se símbolo porque, em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração era exatamente no fim do inverno e o início da primavera, quando os animais apareciam novamente, pássaros cheios de ovos, então os pastores e camponeses se davam de presente.
Comemorando a data, normalmente, as famílias costumam se reunir e, no Brasil, o prato preferido servido é o bacalhau, nas mais variadas receitas, figurando as portuguesas como as preferidas. Na  oportunidade, costuma haver troca de presentes à base de chocolate, especialmente no formato de ovos.
Apesar do significado religioso e familiar de congraçamento desta festa, é profundamente estranho que um jornal como a Folha de S.Paulo não tenha dado qualquer destaque à comemoração, sequer pequena nota, na edição deste domingo.
Assim, desejamos a todos os leitores deste blog uma Feliz Páscoa e que a Ressurreição se faça presente em cada coração.



domingo, 24 de março de 2013

Arrogância prevê outro viaduto para Franca. Insegurança pública na cidade. Lei Seca não pode ser esquecida.

Arrogância prevê outro viaduto para Franca.

A construção do viaduto da Avenida Major Nicácio, nomeado "Dona Quita", para homenagear a mãe do prefeito que o idealizou, não só desafiou todas as infrações possíveis (moralidade administrativa aí sobrepujando), população contrária, parte técnica, falta de planejamento, projeto grotesco, omissão da Câmara, custo sobrevalorizado, como se apresenta como o início de uma série que, anunciada pelo novo prefeito, se estenderá para a Avenida Champagnat. É isto mesmo: não satisfeito com os problemas causados pelo viaduto recém construído, Alexandre Augusto (nome de Imperador), seguindo as pegadas do ex-prefeito, promete construir novo viaduto na Avenida Champagnat.
Sidnei, que na inauguração do viaduto "Dona Quita", desdenhou dos críticos, chegando a menosprezar a atuação do engenheiro que fez vistoria a mando do MP, além de achincalhar promotor e políticos, realmente deixou seguidores. Pobre Franca!

Insegurança pública na cidade.

A manchete do jornal Comércio da Franca, deste domingo, destaca a insegurança do cidadão francano com o aumento da criminalidade. Assim, nas páginas A-14 e 15, sob o título "Reféns do medo", há ampla reportagem sobre a situação crítica a que chegou a cidade, fruto da omissão dos políticos e autoridades ligadas ao setor. A situação é desanimadora, uma vez que há depoimento de um dos delegados responsáveis pelo setor, Dr. Radaeli, que inclusive faz parte da nova Câmara de Vereadores, o qual não projeta sinais futuros de melhorias.
Assim, a cidade que há muito tempo vem reelegendo Alckmin, Sidnei, Engler, Gilson, e agora Alexandre, todos do PSDB, membros do partido que governa o Estado, não consegue, à exemplo da saúde que agoniza, obter investimentos e procedimentos concretos visando a  melhoria da segurança do cidadão.

Lei Seca não pode ser esquecida.

Ainda abordando assunto conexo à segurança pública, gostaria de salientar que as autoridades, principalmente a Polícia Militar, não deveriam afrouxar o controle do uso indiscriminado de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência que as comercializam nos postos de gasolina da cidade. Neste domingo, pude constatar em uma loja de conveniência de um posto que diversos veículos estacionavam defronte o local e seus proprietários permaneciam por lá consumindo abertamente bebidas, sem qualquer fiscalização. Se apenas uma viatura da polícia se posicionasse nos locais de venda de bebidas, muita gente seria flagrada infringindo a lei que proíbe dirigir após consumação de pequena dose de bebida.
Até quando?

domingo, 17 de março de 2013

Revolução na advocacia, processo digitalizado preocupa. O novo Papa. Um capricho que dará muito o que falar.

Revolução na advocacia, processo digitalizado preocupa

Criado há alguns anos, no meio Judiciário, o processo por meios eletrônicos, agora já adotado por grande número de Tribunais, sendo frequente na Justiça do Trabalho e Federal, tornou-se uma realidade à qual os advogados, às duras penas, se veem na urgência de assimilar.
Para o Presidente da OAB-SP, Marcos da Costa: "o processo digital é uma realidade cada dia mais presente na rotina do Judiciário e a advocacia paulista precisa estar preparada para participar de mais essa revolução." Para tal, a OAB-SP disponibilizou cursos, palestras e cartilhas tutoriais para que os advogados possam usar a nova tecnologia.
Sexta-feira, um palestrante enviado pela direção da Seccional paulista ministrou uma aula sobre o peticionamento eletrônico a um auditório repleto na OAB de Franca. A maioria dos participantes, jovens advogados, embora perplexos como os colegas veteranos, não pareceu se preocupar com as inúmeras dificuldades expostas pelo palestrante, exímio e experiente em informática, o qual alertou que a nova era importará, pelas dificuldades operacionais, na exclusão de grande número dos 300.000 mil inscritos na OAB-SP, além da aposentadoria de um grande número de servidores do Judiciário, entre eles juízes com tempo de serviço compatível à mesma, e consequentemente, numa possível "pane" no funcionamento normal do sistema.
À primeira vista, parece que foram olvidados os problemas cruciais de um país como o Brasil, onde a internet tem muitos problemas, as conexões são falhas, as pessoas não têm grande poder aquisitivo para adquirirem máquinas modernas e que são de alto custo.
De acordo com o programado, a partir de setembro de 2013, o Fórum da Justiça Comum passará a aceitar somente processos sob a via eletrônica, ficando apenas aqueles já processados pela via tradicional sob o esquema anterior, via papel.
Num primeiro momento, é previsto um caos. Esperamos que, com o decorrer dos trabalhos, advogados, juízes, funcionários e demais participantes do sistema possam conseguir se adaptar e o principal destinatário do processo, ou seja, o cidadão, não seja o maior prejudicado.

O novo Papa.

Finalmente, o conclave da Igreja chegou a um consenso e elegeu o cardeal Jorge Mário Bergoglio, argentino, como novo pontífice. Os que esperavam a eleição do cardeal Odilo Scherer, brasileiro, foram surpreendidos pela escolha de Bergoglio, o qual informou ter tido o apoio de seu amigo brasileiro, o cardeal D. Cláudio Hummes, que inclusive o inspirou na escolha do nome "Francisco", em homenagem a São Francisco de Assis, conhecido pela sua dedicação às pessoas pobres e humildes. Tanto é verdade que, nas suas primeiras declarações, justificou a escolha do nome Francisco, por desejar a "igreja pobre e para os pobres". Entre outras novidades, o novo Papa, falando especificamente aos jornalistas, mostrou sua intenção de não excluir ninguém, seja a qual religião pertença, entendendo todos como "filhos de Deus", ao mencionar: "Como muitos de vocês não pertencem à Igreja Católica, e outros não têm fé, dou de coração uma benção, em silêncio, a todos. Respeitando a consciência de cada um, mas sabendo que todos são filhos de Deus."
Foi um bom começo. Apesar de alguns críticos, aqueles habituais que sempre procuram uma falha no currículo da pessoa que se destaca, o Papa Francisco foi muito bem acolhido pela maioria dos fiéis e por muitos exigentes jornalistas. Assim, Carlos Heitor Cony, escritor e jornalista da Folha, ex-seminarista e posteriormente, comunista, em sua crônica deste domingo, intitulada "A Igreja está caindo", foi muito feliz, abordando a comparação entre São Francisco de Assis e aquele que o homenageou com o nome escolhido para ser Papa. Segundo Cony, São Francisco estava rezando numa pequena Igreja quando ouviu a voz do Senhor: "Francisco, a igreja está caindo". Apavorado, Francisco se afastou assustado. Foi preciso um tempo, para que o Senhor se explicasse melhor a Francisco que não era a igrejinha que estava prestes a cair, mas a própria Igreja como um todo, que atravessava uma crise. Era necessário alguém que modificasse a situação, "fazendo a igreja voltar a seus valores essenciais de amor, humildade e pobreza." E não havia ninguém mais capaz de fazê-lo do que Francisco, o qual "já renunciara às pompas do mundo, para recuperar a mensagem fundamental do cristianismo". Francisco criou uma ordem e daí para frente ficou conhecido.
Cony conclui: "O recado que o último conclave recebeu foi bastante claro: a igreja está precisando de alguém para consertar as coisas."
Por outro lado, completando a posição dos críticos sobre o novo Papa, há interessante comentário de Elio Gaspari, colunista da Folha, neste domingo, intitulado "Uma caridade para Francisco, leia seu livro", onde, entre muitos elogios, indica a obra escrita pelo cardeal Jorge Bergoglio (Papa Francisco) intitulada "Sobre el Cielo y la Tierra", de 215 páginas, publicada no início do ano passado, com versão e-book, à venda na Amazon americana por US$ 6,99. Para Gaspari, a obra é "coisa inteligentíssima". Lendo-a, teremos oportunidade de conhecer melhor seus ensinamentos e posicionamentos, muitos próximos aos do santo inspirador de seu nome.
É o que todos nós esperamos com fervor!

Um capricho que dará muito o que falar.

O viaduto já denominado "Dona Quita", em homenagem à mãe do prefeito idealizador da obra, com inauguração prevista para esta semana, teve sua construção envolvida por polêmicas, a maioria delas calcada em argumentos contrários à sua real necessidade, além da previsão de possíveis problemas para a população que não foi consultada e que teve grande número de contestadores.
O jornal "Comércio da Franca", edições de sábado e domingo, desta semana, descreve as irregularidades, figurando na manchete de sábado: "Prefeitura e Câmara sabiam de falhas no projeto do viaduto desde novembro", e no domingo: "Viaduto da Major Nicácio: uma história recheada de polêmicas" (p.A-10).
Com uma enchente ocorrida no mês de março, comprovou-se que a construção do viaduto ignorou a necessidade de alargamento do leito do rio, e com a inundação, ocorreu a paralisação do Fórum, causando imensos prejuízos à população, além de danos às faculdades vizinhas.
A inauguração do viaduto será motivo de festa somente para o ex-prefeito Sidnei e seus familiares e de pesar para toda a população que se viu prejudicada por uma capricho pessoal na construção mal planejada de uma obra sem sentido e que vindo para melhorar, somente irá piorar o trânsito no local.
Com maioria de edis na Câmara, aliados à situação, dificilmente responsabilidades serão apuradas. Resta, somente, a iniciativa do Ministério Público.

domingo, 10 de março de 2013

Santa Casa de Franca: a opinião do povo. Torcidas organizadas prejudicam clubes. Um novo Papa.

Santa Casa de Franca: a opinião do povo.

Em comentário efetuando anteriormente neste blog, salientei o papel marcante da imprensa na denúncia e comentários das mazelas populares.
No palpitante assunto relacionado à precária situação da Santa Casa de Franca, volto a insistir no fato de que, na coluna "Cartas dos leitores", do jornal local Comércio da Franca, são encontradas pérolas de análises que, na maioria das vezes, sobrepujam as reportagens por conterem o "néctar da verdade", nem sempre encontrado na exposição pelo jornalista da ocasião.
A reiterada crise por que passa a instituição de saúde popular francana, como todos sabem, é na verdade um amontoado de omissões, seja do Poder Público, que sempre é solicitado para cobrir déficits, seja da entidade privada mal gerida e que, infelizmente, não recebe uma posição mais contundente do Ministério Público, órgão legalmente responsável pela fiscalização das fundações.
Na referida coluna, deste domingo, entre outras excelentes missivas, uma me pareceu abordar cirurgicamente o assunto, a intitulada "preciso cobrar" de autoria de Hernando da Costa, de Franca-SP (p.A-2): "A repetição dessa história deixa claro duas questões: 1) os gestores do hospital são incompetentes e aprenderam a extorquir dinheiro público com ameaças. 2) O governo é mais incompetente: afinal, patrocina extorsões com dinheiro público e não exige da gestão do hospital uma solução efetiva para tais problemas. Simplesmente deposita o dinheiro e daqui 60 dias eles ameaçam novamente parar e voltam a exigir mais dinheiro. Quem sofre com isso é a população carente que precisa do atendimento da Santa Casa. A solução é a seguinte: o governo traça um plano de metas e de gestão: a partir daí libera as verbas desde que o hospital cumpra o plano estabelecido."
É verdade. Quem assistiu à manifestação dos funcionários da Santa Casa, nesta quinta-feira, proporcionando um "abraço" em volta do prédio, portando faixas exigindo respeito do governo à instituição, fica perplexo em saber que a população há muito sabe o que deve ser feito e, no entanto, Prefeito, vereadores, deputados, governador, continuam embromando o desfecho sob desculpas de reuniões e promessas vãs, além de uma irritante demora de providências legais enérgicas por parte do Ministério Público. Até quando?

Torcidas organizadas prejudicam clubes.

Há muito tempo, principalmente no Estado de São Paulo, existe um movimento no sentido de coibir a violência protagonizada pelas torcidas organizadas dos grandes clubes, tendo em conta diversos casos policiais ocorridos e que geraram vítimas.
Embora a atuação do Ministério Público em determinada época tenha surtido algum efeito, houve uma pausa no combate e, recentemente, dois episódios vieram a exigir que medidas mais fortes devam ser tomadas: o episódio triste da Bolívia, onde membros da Gaviões da Fiel são acusados da morte de um garoto boliviano atingido por um sinalizador, em jogo da Libertadores e, agora, a agressão a jogadores do Palmeiras no aeroporto argentino, após uma derrota do time em jogo também da Libertadores.
No caso do Corinthians, não há explicação plausível pelo ato, já que o time vinha ganhando todos os torneios nos quais participara em 2012, inclusive o Mundial do Japão.
Já o Palmeiras, vem amargando a desventura de possuir uma das piores torcidas organizadas já criadas, a qual, nos momentos mais difíceis só serve para piorar o ambiente, como no último campeonato brasileiro em que, mercê de sua ira, fez o time perder vários mandos de jogos e ser empurrado para o rebaixamento mais facilmente. Antes disso, por atos de agressão, a equipe veio a perder grandes jogadores, como Diego Souza, Vagner Love, Kleber, Luan, que preferiram mudar de ares a enfrentar a violência.
O atual presidente do Palmeiras, em pronunciamento, já pediu apoio dos demais grandes clubes e de políticos, no sentido de se combater este tipo de torcida.
Vamos aguardar que uma ação conjunta dos clubes, autoridades e torcedores contrários à violência, consiga afastar do futebol brasileiro esta chaga, que é a torcida organizada e que se tornou uma vergonha, ameaçando o brilho da Copa do Mundo que se aproxima.

Um novo Papa.

Terça-feira próxima tem início o conclave que irá apontar o novo Papa. Atormentada por um turbilhão de acusações, crises econômicas e queda de fiéis, a Igreja Católica aposta na eleição de uma pessoa carismática para ocupar o cargo de líder e que venha alavancar a religião que tem o segundo maior número de adeptos no mundo, a maioria deles no Brasil.
Aliás, por conta desse aspecto, surgem nas especulações as figuras do Cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, juntamente com o Cardeal Angelo Scola, arcebispo de Milão, como os papáveis que teriam as maiores chances de serem escolhidos entre os 115 cardeais votantes.
Seria muito bom que o novo Papa fosse brasileiro, fato que aumentaria mais a crença daqueles que defendem a tese de que Deus é brasileiro!

domingo, 3 de março de 2013

O valor da imprensa: quando uma denúncia surte efeito. Eleições na maçonaria.

O valor da imprensa: quando uma denúncia surte efeito.

Há uma semana, o jornal Comércio da Franca, em uma reportagem, denunciou os abusos cometidos por jovens, aí incluídos menores de idade, na rua Vicente Richinho (Distrito Industrial). Foram relatados volume excessivo de som, uso de drogas, mulheres seminuas e outros excessos.
A repercussão da matéria lembrou às autoridades suas obrigações e um esquema montado pela Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar, Guarda Municipal e setor de fiscalização da Prefeitura, realizou uma "blitz" na madrugada de sábado, não só naquele local, como também em outros pontos onde há constantes algazarras, como um posto de gasolina situado entre as avenidas Wilson S. Mello e Severino Tostes Meirelles, também no Distrito Industrial e, ainda, no posto Select (Av. Alonso Y Alonso) e em uma boate na Avenida Champagnat.
Não é preciso dizer que várias irregularidades foram encontradas, como venda de bebidas a menores, uso de drogas e até recuperação de um carro furtado.
A operação, pelo visto, surtiu efeito. E há promessa de continuidade de novas "blitz".
Ou seja, quando há vontade das autoridades responsáveis pela segurança e tranquilidade da cidade, o cidadão recebe aquilo que almeja do Poder Público.
Pena que, como em outros setores, as instituições necessitem serem cobradas pela imprensa para realizarem seus deveres.

Eleições na maçonaria.

O jornal Folha de S.Paulo deste domingo publica interessante reportagem sobre as próximas eleições da maçonaria, com curiosas informações sobre esta entidade secreta e cheia de rituais e simbolismos ("A Maçonaria", p.A-8).
Segundo a matéria "no próximo dia 9, cerca de 40 mil homens que frequentam rituais secretos semanais, usam códigos para reconhecimento mútuo e se tratam socialmente como 'irmãos' irão às urnas para escolher seu líder máximo. Em quase 3.000 lojas maçônicas pelo país, os maçons que ostentam o título de 'mestre' do Grande Oriente (GOB) - o maior ramo da maçonaria brasileira - irão escolher seu próximo soberano grão-mestre geral."  E mais: "Cheia de simbolismos, a organização reproduz internamente a hierarquia institucional da República, com deputados, juízes, governadores e outros. Dentro da instituição, e guardadas as proporções, o cargo em disputa equivale ao da presidente Dilma Roussef."
Curiosamente, conhecida ao longo dos anos por exercer grande influência nas decisões importantes e empenho corporativista em defesa de seus componentes, é retratada pelo jornal como "um clube que reúne 'homens livres e de bons costumes', patrióticos e engajados em promover os princípios do lema "liberdade, igualdade e fraternidade." (lema da Revolução Francesa).
Em pleno século XXI é surpreendente a existência de um instituição deste naipe onde se cultivam trajes cerimoniais pretos, alcunhas como Grão-Mestre, Venerável, exclusão do sexo feminino e de deficientes físicos(!!!) como membros, tradições "herdadas da Idade Média", como esclarece a reportagem. Talvez por isso os candidatos à chefia da maçonaria nacional defendam a bandeira da modernização e, o que é mais importante: a volta a ser influente nas grandes decisões, sejam elas de que natureza forem.