O valor da imprensa: quando uma denúncia surte efeito.
Há uma semana, o jornal Comércio da Franca, em uma reportagem, denunciou os abusos cometidos por jovens, aí incluídos menores de idade, na rua Vicente Richinho (Distrito Industrial). Foram relatados volume excessivo de som, uso de drogas, mulheres seminuas e outros excessos.
A repercussão da matéria lembrou às autoridades suas obrigações e um esquema montado pela Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar, Guarda Municipal e setor de fiscalização da Prefeitura, realizou uma "blitz" na madrugada de sábado, não só naquele local, como também em outros pontos onde há constantes algazarras, como um posto de gasolina situado entre as avenidas Wilson S. Mello e Severino Tostes Meirelles, também no Distrito Industrial e, ainda, no posto Select (Av. Alonso Y Alonso) e em uma boate na Avenida Champagnat.
Não é preciso dizer que várias irregularidades foram encontradas, como venda de bebidas a menores, uso de drogas e até recuperação de um carro furtado.
A operação, pelo visto, surtiu efeito. E há promessa de continuidade de novas "blitz".
Ou seja, quando há vontade das autoridades responsáveis pela segurança e tranquilidade da cidade, o cidadão recebe aquilo que almeja do Poder Público.
Pena que, como em outros setores, as instituições necessitem serem cobradas pela imprensa para realizarem seus deveres.
Eleições na maçonaria.
O jornal Folha de S.Paulo deste domingo publica interessante reportagem sobre as próximas eleições da maçonaria, com curiosas informações sobre esta entidade secreta e cheia de rituais e simbolismos ("A Maçonaria", p.A-8).
Segundo a matéria "no próximo dia 9, cerca de 40 mil homens que frequentam rituais secretos semanais, usam códigos para reconhecimento mútuo e se tratam socialmente como 'irmãos' irão às urnas para escolher seu líder máximo. Em quase 3.000 lojas maçônicas pelo país, os maçons que ostentam o título de 'mestre' do Grande Oriente (GOB) - o maior ramo da maçonaria brasileira - irão escolher seu próximo soberano grão-mestre geral." E mais: "Cheia de simbolismos, a organização reproduz internamente a hierarquia institucional da República, com deputados, juízes, governadores e outros. Dentro da instituição, e guardadas as proporções, o cargo em disputa equivale ao da presidente Dilma Roussef."
Curiosamente, conhecida ao longo dos anos por exercer grande influência nas decisões importantes e empenho corporativista em defesa de seus componentes, é retratada pelo jornal como "um clube que reúne 'homens livres e de bons costumes', patrióticos e engajados em promover os princípios do lema "liberdade, igualdade e fraternidade." (lema da Revolução Francesa).
Em pleno século XXI é surpreendente a existência de um instituição deste naipe onde se cultivam trajes cerimoniais pretos, alcunhas como Grão-Mestre, Venerável, exclusão do sexo feminino e de deficientes físicos(!!!) como membros, tradições "herdadas da Idade Média", como esclarece a reportagem. Talvez por isso os candidatos à chefia da maçonaria nacional defendam a bandeira da modernização e, o que é mais importante: a volta a ser influente nas grandes decisões, sejam elas de que natureza forem.
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