domingo, 11 de setembro de 2016

Temer, a política e o impasse a ser extinto.

Temer, a política e o impasse a ser extinto.

O impeachment de Dilma, agora concluído, foi o tema mais discutido nos últimos tempos e a razão que motivou a população brasileira a lutar por sua concretização.
Ao final do processo de impeachment, os brasileiros foram traídos por uma trama urdida por Renan Calheiros, Katia Abreu e Ricardo Lewandowski, auxiliados por dois experts em tramoias regimentais, um do Senado e outra do STF. Este conluio afrouxou, com o auxílio de senadores fracos, os efeitos do impeachment, ao possibilitar que Dilma Rousseff mantivesse seus direitos políticos incólumes, em flagrante atentado ao artigo 52 da Constituição Federal.
A população esperava dias melhores com a posse definitiva de Temer no exercício do cargo. No entanto, as promessas de rápidas medidas a serem tomadas para o início da retomada do país ao seu ritmo normal estão sendo boicotadas por excessivas manifestações criadas pelos petistas que pretendem criar um clima de intranquilidade que atrapalhe o desenvolvimento normal da administração.
De seu lado, Temer hesita, esquecendo-se dos bons conselhos do Marquês de Maricá, que dizia: "em política os remédios brandos agravam frequentes vezes os males e os tornam incuráveis."
Como bem salientou o jornal "O Estado de S.Paulo", deste domingo, em seu editorial intitulado "Guerra de comunicação", (fls.A3) há necessidade de o presidente comunicar urgentemente seus planos: "embora a boa administração seja essencial para a conservação da capacidade de governar, é evidente que, numa democracia, os líderes devem se sustentar também na opinião pública, que será tanto mais compreensiva com o dirigente quanto maior for a capacidade deste de demonstrar a legitimidade de seus planos e atos."
Ou seja, os brasileiros aguardam medidas firmes de Temer, bem como a atuação dos Poderes constituídos, dando uma firme resposta aos atos de terrorismo que se tornam frequentes por parte dos inconformados pelo impeachment. Do Judiciário também se espera mais agilidade e presteza nas decisões contra os crimes e criminosos da Lava Jato, especialmente tendo-se em conta que entre os acusados encontram-se os principais artífices das manifestações ora em profusão.
Enfim, o país necessita seguir seu curso normal. Isto porque em um mês teremos eleições municipais e uma grande oportunidade para que os brasileiros iniciem uma era de mudança total nos protagonistas políticos, concretizando as sábias palavras do escritor Eça de Queiroz: "os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão."