domingo, 25 de agosto de 2013

Ex-Prefeito chama PSDB de "frouxo". Jornal critica gratuitamente ato acertado do Prefeito.


Ex-Prefeito chama PSDB de "frouxo".

O ex-Prefeito Sidnei Rocha, participando de uma reunião do diretório municipal do PSDB, seu partido, mais uma vez assumiu o papel que mais gosta, de "prima-dona", ou seja, sempre aberto a bajulações da trupe que comanda e chamando a atenção dos holofotes para si. Na ocasião, criticou seus pares, segundo noticiou o jornal Comércio da Franca, sob o título "Sidnei nega candidatura e critica PSDB: 'frouxo'." (p.4-A,21.08.13).
Sidnei, nos últimos tempos, sempre foi a atração do PSDB, aproveitando os cupinchas que sempre lhe acompanharam, aquinhoados nos diversos comissionamentos em seus governos à frente da Prefeitura Municipal, para mandar e desmandar no partido. Inclusive, raposa velha, também colocou elementos de sua confiança em outros partidos para obter coligações eleitorais com facilidade.
Daí se julgar no direito de humilhar os componentes do PSDB em sua própria casa.
Provavelmente, desta vez, acertou na mosca, uma vez que foram aqueles que criticou que, há poucos dias, lhe proporcionaram uma homenagem na Câmara Municipal.
Sua frase, destacada na reportagem, quando negou ser candidato a deputado, retrata fielmente o que a população já sentiu com a atuação dos representantes do partido na Câmara: "Aliás, se fosse sair candidato a deputado, não seria pelo PSDB. O partido está frouxo".
Ou seja, se o líder do PSDB em Franca não acredita no partido que representa, quem irá acreditar nas próxima eleições?
Há uma outra leitura: consciente da fragilidade do PSDB no Estado de São Paulo, adepto de José Serra que ameaça bandear para o PPS ou PSD, que lhe acenam vaga de candidato a Presidente, Sidnei certamente visa acompanhar seu guru e postular uma vaga na Assembleia Legislativa, contra seu desafeto Roberto Engler, que tem cadeira cativa no PSDB.

Jornal critica gratuitamente ato acertado do Prefeito.

Foi com surpresa que, lendo jornal de maior circulação da cidade, nesta semana, deparei com crítica ao atual prefeito de Franca, porque, simplesmente, advertiu os funcionários do setor da Saúde, os quais, contratados para serviço público mediante concurso, não estão cumprindo a carga horária semanal de trabalho de 40 horas, e sim 30 horas.
Ou seja, no caso, o prefeito simplesmente está cumprindo sua atividade de administrador, qual seja de fazer cumprir a lei, evitando prejuízos ao erário e agindo com moralidade, princípio básico da Administração Pública, previsto na Constituição Federal. Será que a redação do jornal ignora tal preceito da Lei Maior?
Quanto ao mérito da questão, é evidente que se o funcionário trabalha 30 horas e foi contratado para 40 horas, a prefeitura deve efetuar uma auditoria e pleitear a devolução das importâncias pagas em valor maior. Para tal, temos a Câmara Municipal e o Ministério Público que pode ajuizar a ação civil pública competente, ambos com o dever de defender o erário municipal.

domingo, 18 de agosto de 2013

Mestres do Renascimento. Obras-primas italianas. Nuvens negras na advocacia francana. Difusão do ciclismo de lazer.

Mestres do Renascimento. Obras-primas italianas.

Sob o título acima, realiza-se na capital paulista, sob o patrocínio do Ministério da Cultura e o Banco do Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112, Centro, São Paulo), de 13 de julho a 23 de setembro, de quarta a segunda, das 10h às 22h) uma exposição, com seleção inédita de 57 obras-primas de grandes mestres de um dos mais influentes movimentos artísticos da humanidade, provenientes de coleções da Itália.
Trata-se de oportunidade imperdível para aqueles que se interessam pela cultura, especificamente a pintura. São obras que dificilmente saem do país de origem, sendo expostas apenas nos museus. Assim, não há como deixar de visitar a mostra, num local belíssimo que é o Centro Cultural Banco do Brasil.
Particularmente, gosto de apreciar pinturas do período. Como salienta o crítico Robson Santiago: "Na pintura renascentista, as figuras eram dispostas numa composição estritamente simétrica, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitiram criar distâncias e volumes que pareciam ser copiados da realidade. A reprodução da figura humana, a expressão de suas emoções e o movimento ocuparam lugar igualmente preponderante. Os temas a representar continuavam sendo de caráter estritamente religioso, mesmo que, com a inclusão de um novo elemento, a burguesia, que queria ser protagonista da história do cristianismo. Não é de admirar, portanto, que as pessoas se fizessem retratar junto com a família numa cena do nascimento de Cristo, ou ajoelhadas ao pé da cruz, ao lado de Maria Madalena e da Virgem Maria."
E, mais: "O artista do Renascimento não via mais o homem como simples observador do mundo que expressava a grandeza de Deus, mas via como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo era pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada."
Na mostra, os visitantes têm oportunidade de se deslumbrarem com afrescos de autoria de Rafael, considerado o maior pintor do Renascimento, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Boticelli, Ticiano, e outros grandes da época, dividida em módulos, com a intenção de mostrar o percurso do movimento Renascentista em toda a Itália, e não somente o núcleo florentino, mais conhecido do público em geral.
Como lembra a curadora da mostra, Cristina Acidini: "esta mostra não apenas propõe uma viagem no tempo, para a descoberta dos mestres e suas obras-primas, como é um convite para que se conheça a Itália, suas cidades, igrejas, palácios e os ciclos de afrescos, aqui ilustrados num sugestivo vídeo."
No local, temos a primazia de observar telas impressionantes como a Madonna com bambino e San Giovanni Battista (1495), o Cristo Benedicente, 1506, de Rafael, Morte di Lucrezia, 1525-1530, de Giovanni Antônio Bazzi, dito Il Sodoma, Maddalena,1521, de Ticiano, San Giovanni Battista, 1438, de Donatello (maravilhosa!).
Enfim, ninguém pode perder a oportunidade de apreciar a Mostra "Mestres do Renascimento. Obras-primas italianas". É puro carinho aos olhos e reverência à grandeza de Deus!

"Não sei que paisagista doidivanas
  Mistura os tons... acerta... desacerta...
   Sempre em busca de nova descoberta,
   Vai colorindo as horas quotidianas..." (Mário Quintana. A rua dos cataventos).

Nuvens negras na advocacia francana.

No mês do advogado, onde se comemora os 186 anos da fundação dos cursos jurídicos (Olinda e São Paulo), no ano do julgamento do mensalão, onde se digladiam ministros do STF, uns lutando pela grandeza da Justiça, outros tentando vilipendiá-la, com manobras ou chicanas, temos o desprazer de ver constantes reportagens no jornal Comércio da Franca, como a de hoje, noticiando atos indignos de profissionais da área. Está passando da hora de a Subseção da OAB francana se posicionar em defesa das centenas de membros que sempre trabalharam com honestidade e respeito a uma profissão que sempre participou das maiores conquistas da Nação.

Difusão do ciclismo de lazer.

A medida adotada pela Prefeitura de Franca, com a recente implantação de pista na Avenida Presidente Vargas para ciclistas se exercitarem no fim de semana, deve ser louvada e incentivada. A experiência deve ser expandida em outras áreas e algumas sugestões podem ser adotadas, como, por exemplo, alguma empresa ou mesmo o município, montar locação de bikes para aqueles que não as possuem e outras providências que estimulem a prática do ciclismo de lazer.

domingo, 11 de agosto de 2013

Dia do advogado e o STF atual.

Dia do advogado e o STF atual.

Além da comemoração pelo Dia dos Pais, tradicionalmente de maior divulgação e motivo de júbilo em todos os lugares, coincidentemente, neste ano, temos a comemoração do Dia do Advogado, na data da criação dos primeiros cursos jurídicos no país, há 186 anos, em São Paulo e Olinda (PE).
Trata-se de uma classe de enorme importância na história do Brasil, tendo em conta sua participação nas maiores lutas e conquistas obtidas pelo povo brasileiro.
A advocacia conta com 800.000 advogados no Brasil e cerca de 300.000 no Estado de São Paulo.
Neste dia, lembro-me de Sobral Pinto, talvez o mais emblemático advogado no período da Revolução de 1964. Durante o período de exceção que se seguiu, com a ditadura militar, ninguém melhor do que ele para bem representar a classe, na defesa de presos políticos, sempre com coragem e brilho. Tive a felicidade de vê-lo no período, em uma tarde de julgamento na Justiça Militar em São Paulo e fiquei realmente impressionado pela sua figura e carisma.
Os tempos mudaram e, atualmente, poucos profissionais têm a estatura moral e intelectual de Sobral Pinto e a OAB chega a defender ideais não compartilhados por toda a classe.
De outro lado, a Justiça, como um todo, está numa situação delicada deixando todos insatisfeitos com o desenrolar do julgamento do Mensalão, onde a morosidade na definição vem causando profundo mal-estar.
Se o julgamento em si foi protagonizado por embates entre a turma de Joaquim Barbosa e a de Ricardo Lewandowski, a primeira lutando pela condenação dos criminosos e a segunda defendendo o abrandamento ou absolvição, agora, com a chegada de dois novos ministros, escolhidos a dedo por Dilma, tudo parece levar à verdadeira frustração dos anseios dos brasileiros.
O julgamento do senador Ivo Cassol, pelo STF, na quinta-feira, demonstrou uma mudança de critérios, tendo em conta que Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki se juntaram aos quatro outros ministros vencidos nas condenações anteriores e adotaram o entendimento contrário sobre formação de quadrilha, absolvendo Cassol e acenando para uma modificação em relação a José Dirceu e Cia. Ltda. A partir de quarta-feira vindoura com a retomada dos julgamentos dos embargos do Mensalão, teremos oportunidade de constatar qual tese prevalecerá.
Enfim, vamos torcer para que o pior não ocorra. Os brasileiros, principalmente aqueles que há pouco protestaram contra todos os problemas nacionais, incluídos aí a corrupção, certamente irão reagir contra uma possível mudança em relação à condenação anterior dos mensaleiros pelo STF.
Que no Dia do Advogado saibamos renovar os ideais sagrados da Justiça, afastando as nuvens cinzentas que teimam em escurecer e abafar conquistas duramente obtidas!

domingo, 4 de agosto de 2013

Revitalizar os protestos no Brasil. Pizza que incomoda a Câmara de Franca.

Revitalizar os protestos no Brasil.

A onda de protestos que apareceu por volta de junho no Brasil seguia uma vertente inexorável. Brotada do seio mais puro dos anseios populares, assustou os políticos profissionais, que rechaçados pelos ativistas, ficaram à parte dos movimentos.
Muitas reivindicações foram obtidas, tendo incialmente o mote dos R$0,20 das tarifas de transportes, e estendendo-se a pleitos mais interessantes. De uma hora para outra, o Congresso Nacional (Câmara e Senado) tomou-se de brios e tirou da gaveta projetos antes marginalizados pela incúria parlamentar que corrói a Instituição legítima do povo.
A visita do Papa Francisco deixou o país numa felicidade tamanha e numa atenção magnífica aos ensinamentos do Pastor chefe da Igreja, amainando a onda de protestos.
A seguir, novos movimentos acenderam a chama popular, tendo em conta o desaparecimento de Amarildo, um pobre morador de favela do Rio de Janeiro, alvo de possível atentado policial até agora não esclarecido. O indefectível Sérgio Cabral, astro mor de exemplo do mau político, tornou-se a "bola da vez" das manifestações, levando consigo Geraldo Alckmin, em São Paulo.
Lamentavelmente, um grande grupo de mascarados ameaça turvar os legítimos reclamos da população, uma vez que se excede agredindo jornalistas e dando preferência à destruição de prédios públicos e privados. Sente-se a possível infiltração de pessoas interessadas em prejudicar as legítimas manifestações, criando um clima de desgosto da população em relação aos reais ativistas.
É necessário que os verdadeiros líderes das manifestações justas identifiquem aqueles que procuram destruir o que já foi obtido, efetuando uma revitalização dos futuros protestos no sentido de que os meios legais e pacíficos prevaleçam sobre os propósitos de badernas organizadas por interesseiros escusos de plantão.
Hoje, no jornal Estado de S.Paulo, na coluna Opinião, há interessante artigo de lavra de Fernando Henrique Cardoso, com uma análise pontual sobre a situação brasileira, onde o ex-presidente alerta, com razão:

"O Brasil quer e precisa mudar. Chegou o momento de as vozes oposicionistas se comprometerem com um novo estilo de política e de assim procederem. Escutando e interpretando o significado do protesto popular. Sendo diretas e sinceras. Basta de corrupção e de falsas manias de grandeza. Enfrentemos o essencial da vida cotidiana, dos transportes à saúde, à educação e à segurança, não para prometer o milagre da solução imediata, mas a transparência das contas, das dificuldades e dos propósitos."

É isto aí. Que os mascarados infiltrados nas manifestações públicas não estraguem legítimas reivindicações de um Brasil ávido por mudanças radicais!


Pizza que incomoda a Câmara de Franca.

A Câmara Municipal de Franca mais uma vez protagoniza cenas hilárias. Na última sessão, um cidadão, revoltado pela atuação de uma CEI, criada para averiguar irregularidades na licitação do viaduto D.Quita, cujos fatos nem precisariam da dita CEI, já que de conhecimento geral, tamanhas as aberrações cometidas, arremessou duas pizzas no plenário.
Ao invés de procurar entender a revolta do arremessador e cidadão francano, os vereadores liderados pelo presidente da Casa, solicitaram um BO à Polícia Civil para a devida investigação e punição.
Isto se chama: não atenção aos reclamos populares!  Embora não cause qualquer efeito imediato aos protagonistas do descaso público, a reação popular poderá aparecer nas eleições vindouras, única plataforma viável para que a insatisfação seja efetivada, tendo em conta que, infelizmente, ainda não contamos com o necessário "recall" eleitoral que já existe nos EUA.
Enquanto isto, temos que aturar, logo em seguida a tais fatos, uma "homenagem" ao ex-prefeito, justamente aquele que deu origem à CEI do viaduto, por ninguém menos do que os dignos vereadores da Câmara Municipal. E com direito a discursos inflamados dos puxa-sacos de sempre. Só vivendo para crer!