domingo, 26 de agosto de 2012

Incógnita no futuro do STF. Franca bate recordes de criminalidade. Ausência de educação.

1. Incógnita no futuro do STF.

O julgamento do mensalão, a continuar pelo que vem ocorrendo, tende a marcar a trajetória do maior tribunal do país para um mar de incertezas. Tanto é verdade que, os confrontos entre Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski não se limitam a guerra das vaidades, mas prometem abalar seriamente as colunas do tribunal com o julgamento final que, se absolver os grandes protagonistas dos crimes, irá confirmar a incredulidade do cidadão quanto a certeza da impunidade.
Por outro lado, a iminente aposentadoria compulsória de Cezar Peluso e Ayres Britto, respectivamente, em setembro e novembro, assim como a provável aposentadoria de Celso Mello, por iniciativa própria, com o surgimento de três novas vagas, possibilitará ao governo petista a indicação de novos ministros de sua total confiança, o que, com a situação já existente, tornará o tribunal com maioria absoluta de homens da confiança do partido. O Senado, que poderia impedir tal desfecho em suas sabatinas, não age imparcialmente na atividade que lhe é incumbida pela Constituição, o que aumenta o temor.
Na visão do historiador Marco Antonio Villa (UFSCAR), em artigo publicado no setor Opinião-Espaço Aberto, do Estado de S.Paulo deste domingo, sob o título "O STF corre perigo", se tal possibilidade vier a se confirmar: "Poderemos ter nas duas próximas décadas, independentemente de que partido detenha o Poder Executivo, um controle petista do Estado brasileiro por intermédio do STF, que poderá agir engessando as ações do Presidente da República."
Ou seja, se agora já está um caos, imaginem dentro de pouco tempo.

2. Franca bate recordes de criminalidade.

O jornal local Comércio da Franca, em sua edição de sábado, sob o título "Franca é vice-campeã no índice de criminalidade" (p.A-7), informa sobre as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, confirmando, de maneira oficial, o que os francanos estão cansados de conviver.
Além disso, no ítem "furtos", a cidade é campeã absoluta no Estado. O delegado titular em exercício da Delegacia Seccional de Franca informou ao jornal, por outro lado, "que a população acredita na polícia" através de comunicados das ocorrências, o que aumentaria a estatística. Não poderia existir maior tergiversação que esta!

3. Ausência de educação.

Um dos maiores problemas brasileiros é a ausência de educação.
A educação se molda na família e através de atos do Estado.
No Brasil, família e Estado são omissos e, no dia a dia, sofre toda a população com a influência que tal ausência provoca.
Assim, a falta da educação impede maior controle sobre a saúde, com doenças que poderiam ser evitadas e que existem pela ignorância que prepondera em alguns segmentos.
De outro lado, a falta de educação se reflete nas infrações administrativas ou criminais, seja pela falta de cumprimentos básicos de convivência, seja por atentados ao meio ambiente, trânsito, etc.
Nos locais públicos, a falta de educação se reflete também, nos mínimos comportamentos, como por exemplo em cinemas, onde pessoas não sabem sequer se sentarem corretamente, ou colocar lixo nos locais apropriados, além de manterem silêncio durante a projeção. E, ainda, em igrejas, assiste-se pais que levam filhos de colo sistematicamente e não impedem suas estripulias e choros atrapalhando as celebrações e aos demais que almejam participação tranquila.
Por outro lado, a educação não é meta de nenhum político nacional, pois, como se sabe, quanto mais ignorante for o povo, melhor e maior o tempo no poder, uma vez que sem educação não se forja cidadãos interessados em mudanças.

domingo, 19 de agosto de 2012

Vaidades no STF. Eleições francanas delineiam favoritos. Demais destaques.

1. Vaidades no STF.

Com um cronograma estudado antecipadamente, o STF, no julgamento do mensalão, tende a ter seu desenvolvimento projetado dificultado por confrontos entre ministros.
Como se viu, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski esgrimam por posições antagônicas quanto à forma do julgamento, provocando discussões inócuas e que contam com a ajuda de Marco Aurélio Mello para acentuar as fagulhas.
Para quem está de fora, parece mais uma guerra de egos onde a vaidade dos protagonistas supera o objetivo maior que se espera de um órgão colegiado da estirpe do STF. Aliás, o exagero nas atitudes dos ministros deu margem a excelente artigo da jornalista Eliane Cantanhêde, intitulado "Jardim de infância", da Folha de S.Paulo deste domingo (p.A-2), onde é retratada de forma feliz a situação, inclusive com comentários sobre a escolha e particularidades dos ministros, com a conclusão: "Discordar é preciso, argumentar é fundamental, mas bater boca, fazer birra e rodar a toga parecem coisa de jardim de infância, não da mais alta corte do país decidindo sobre a reputação e o destino de 38 cidadãos."
É verdade. A expectativa popular pela atuação do STF no julgamento que foi chamado "do século", não pode ser frustrada por interesses menores inculcados nas idiossincrasias dos julgadores.

2. Eleições francanas delineiam favoritos.

As eleições deste ano prometem grandes emoções em relação à disputa pela prefeitura. As primeiras notícias sobre o comportamento inicial dos candidatos comprovam os resultados das pesquisas iniciais, bem como o perfil de cada um. Não restam dúvidas de que, no momento, a candidata Graciela (PP) vem correspondendo às expectativas, além de superar seus adversários no primeiro debate ocorrido na TV local. Por outro lado, também confirmando expectativas, o desempenho do candidato indicado pelo prefeito atual é pífio. Ubiali (PSB) e Pelizaro (PT) se constituem nos adversários que têm mais condições de modificarem a situação atual.
As entrevistas a serem realizadas pelo jornal Comércio da Franca a partir da próxima semana poderão confirmar ou alterar o jogo político.

3. Utilização com privilégios no horário político.

Os partidos políticos dão grande importância ao uso do horário de propaganda nos meios de comunicação, sendo tal motivo o empenho realizado na formação das coligações, muitas delas até espúrias, onde partidos com programas totalmente diferenciados se unem e se sujeitam às mesmas.
Neste sentido, situações estranhas ocorrem. Noticiou-se, em coluna política do jornal Comércio da Franca que, em razão da cassação do mandato do vereador Marco Garcia (ex-PP), seu partido atual (PPS) iria conceder ao mesmo maior parte do tempo destinado ao partido para que tentasse se explicar a seus eleitores, em prejuízo dos demais postulantes. Isto sabendo-se que o candidato tem bem menos tempo de filiação que os demais candidatos.
Tal situação, por outro lado, deve ser fiscalizada e combatida em outros partidos pelos postulantes, para que os chamados "caciques" não desfrutem de privilégios semelhantes.
Aliás, a propósito, o jornal Folha de S.Paulo, em seu editorial deste domingo, sob o título "Novo horário eleitoral", faz consistente crítica sobre o tema, reclamando mudanças, mesmo porque o dinheiro que cobre tais inserções é publico e deve obedecer a critérios melhores. Sugere, ainda, que : "passo importante nessa direção é o combate às legendas de aluguel, que transformam o tempo de TV em capital político e o utilizam apenas como moeda de troca."

4. Truculência da guarda civil municipal contra protestos.

Noticiou-se que, nesta semana, manifestantes contrários às novas tarifas impostas pela empresa S.José, detentora da concessão dos tranportes urbanos da cidade, foram rechaçados de maneira violenta e desnecessária pela guarda civil municipal, com a utilização das novas armas denominadas "teasers" que, acionadas, aplicam choques nas pessoas.
O episódio foi lamentável, mostrando a truculência inerente ao atual governo municipal que quase nunca se dispõe a ouvir as reivindicações populares.
Aos reprimidos cabe reclamação à Justiça e ainda aguardar a oportunidade mais democrática que se avizinha, qual seja a de mostrar sua opinião através do voto contrário aos adeptos da utilização de tais medidas e métodos.

domingo, 12 de agosto de 2012

Pais e advogados. Eleições francanas. Demais destaques.

1. Pais e advogados.

Neste final de semana tivemos duas datas comemorativas importantes. Uma, a relacionada ao Dia dos Pais. Este ano, como se viu, os logistas tentaram equiparar a comemoração alusiva aos pais à das mães, onde as vendas se tornam essencialmente lucrativas para os mesmos.
Independente do lado comercial do evento, o que importa é que trata-se de data importante e que deve ser analisada pelo lado essencial. Assim, é de se destacar palavras sábias do texto "A vocação de ser pai", do Cardeal Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno Assis, quando afirma: "Infelizmente, vivemos uma crise na família. Muitas crianças nascem e crescem sem conhecer ou mesmo sem saber quem é o seu pai. A presença do pai é muito importante para o desenvolvimento e amadurecimento afetivo dos filhos e para a formação de sua identidade e de seu caráter. A figura paterna não pode ser substituída, pois cada um - pai e mãe - tem seu papel específico no lar. Tamanha a importância da família constituída entre um homem e uma mulher que Deus, ao enviar seu Filho ao mundo, quis que Ele nascesse no seio de uma família: escolheu para Ele um pai e uma mãe.
A Sagrada Família é modelo da família cristã: a imagem de pai está intimamente ligada a São José, assim como a imagem de mãe está ligada a Maria."
De minha parte, quero, na oportunidade reverenciar a memória de meu pai, Alfredo Palermo, que foi exemplo de pai e cidadão, deixando exemplos inesquecíveis e imensa saudade!
A outra comemoração, foi a do Dia do Advogado, figura especial na Nação e indispensável na democracia.
Aliás, sobre o dia 11 de agosto, Dia do Advogado e da criação dos cursos jurídicos no Brasil, Marcos Costa, atual Presidente da OAB- Seção de São Paulo, em sua mensagem aos 300 mil advogados inscritos, salientou: "Na sua longa trajetória a advocacia brasileira produziu uma rica história de lutas, sempre balizadas pela defesa intransigente da administração, distribuição e disseminação da justiça, condição essencial para o exercício da plena cidadania e construção de um país democrático, equânime e justo."
Parabéns, portanto, à classe dos advogados!

2. Eleições francanas.

As campanhas eleitorais começam a tornar-se mais efetivas, com candidatos se esforçando para divulgarem seus projetos, embora não consigam esconder suas ambições pessoais, fato que o eleitor, sabiamente, não deixa de perceber.
Assim, como não poderia deixar de acontecer, pululam folhetos onde cinicamente seus responsáveis discriminam currículos com realizações falsas, apoios de pessoas ou políticos de destaque, sem se saber se os mesmos autorizaram tais assertivas. E, pasmem, não são somente os candidatos de primeira eleição que se utilizam de artifícios pouco éticos, mas políticos veteranos, conhecidos por suas artimanhas e que não se pejam de utilizarem métodos pouco honestos para viabilizarem, a qualquer preço, suas eleições ou reeleições. Que Deus nos livre da eleição ou reeleição destas figuras nocivas! Que o eleitor pondere sobre o caráter, passado e presente do candidato, bem como de suas adesões aos que detém o poder, no sentido de seu benefício e não do da comunidade, como é comum de se ver. E, que fique atento àqueles que, de repente, passam a cumprimentá-lo, com sorrisos e simpatias dantes nunca existentes!
Também, é necessário atenção para métodos e utilizações não autorizadas pela lei eleitoral, os quais, felizmente, vêm sendo vigilantemente afastados pelo Ministério Público Eleitoral que, desde o início, já vem mostrando sua capacidade de eliminar os excessos cometidos.
Neste sentido, como noticiou o jornal Comércio da Franca, do dia 10 de agosto, p.A-4, na notícia intitulada "Justiça obriga candidato a vereador a recolher adesivos", o promotor Claudemir Oliveira entrou com representação na Justiça com a finalidade de notificar um candidato que se utilizava de adesivos de forma ilegal. Assim, segundo a nota: "Os adesivos utilizados pelo candidato, que é delegado de Polícia Civil, são bastante parecidos com o emblema oficial da Polícia Federal. Segundo  legislação, o "uso na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista constitui crime." Tais adesivos, além do dúbio sentido, apresentavam também certo aspecto intimidatório, podendo criar dúvidas em pessoas mais simples.
O povo, certamente, será o maior fiscal dos excessos porventura perpetrados, devendo, em tais casos, comunicar a Justiça Eleitoral via Ministério Público.

3. Demais destaques.

Futebol decepciona na final da Olimpíada.

Embora tenha sido surpresa para muitos, não foi para alguns, a derrota do Brasil no futebol, para a equipe do México.
O Brasil começou mal, desde o início, sua preparação para a Olimpíada. A escolha do técnico Mano Menezes, imposta por Andres Sanchez, desde o tempo do ex-presidente Teixeira da CBF, foi errada.
Mano, há muito na Seleção principal, mostrou-se um técnico pouco afeito a táticas e muito mais chegado a empresários do futebol, convocando jogadores sem qualquer qualidade para promovê-los ou usando de critérios do compadrio. Falhou como técnico nos jogos do Brasil contra as melhores seleções do mundo, onde sua criatividade, quando exigida, não apareceu.
Em relação ao time para a Olimpíada, não tinha condições de treiná-lo, uma vez que quem melhor conhecia a parte técnica e tática dos jogadores era Nei Franco (atual técnico do São Paulo), por longo tempo treinador dos jovens das equipes de base do Brasil e que foi preterido em razão da má política dos dirigentes da CBF.
Por outro lado, o México tem uma equipe de jovens que vêm atuando juntos há muito tempo, tendo participado e vencido outras grandes competições, com um futebol de esquema organizado e muito bem executado. Deu no que deu!
Vamos torcer para que Mano, pessoalmente, saia da direção técnica, ou que os dirigentes tenham o bom senso de demiti-lo para que o Brasil não colha novos vexames na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, em 2013 e 2014, respectivamente.

Outras decepções na Olimpíada.

O Brasil teve, também, além do futebol masculino, outras decepções nos esportes coletivos, como no futebol feminino, vôlei masculino, handebol feminino.
Coincidência ou não, parece que a manifestação de Dilma no início dos jogos, cobrando melhor atuação dos atletas em disputas individuais, fez piorar a atuação dos esportes coletivos. Ou seja, Dilma, como Lula, é pé frio! Por outro lado, felizmente, atletas em competições individuais tiveram atuações surpreendentes, como o espetacular Arthur Zanetti. Ou seja, quando não há intervenção maléfica, tudo dá certo!

Encerramento bonito da Olimpíada.

Os ingleses coroaram a excelente organização da Olimpíada com um espetacular show, onde houve apresentações primorosas e canções de astros da música inglesa. Vamos aguardar que, no Brasil, Dilma não consiga estragar a festa com sua "escola de samba"!

Excelente comentário de um leitor da Folha sobre as greves dos funcionários públicos.

Este comentário do leitor da Folha de S.Paulo (Paulo Ribeiro de Carvalho Jr. de São Paulo, SP), publicado no Painel do Leitor deste domingo (p.A-5) retrata bem um sentimento geral:
"Na 'República dos Funcionários Públicos', inchada e cevada por Lula, quem paga a conta, para variar, somos nós, os contribuintes, reféns dessa horda de parasitas do dinheiro público."

domingo, 5 de agosto de 2012

Padroeira em Franca. Destaques da política e da semana.

1. Padroeira em Franca.

Franca está feliz e honrada com a chegada, neste sábado, da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida. Em visita à região, a imagem da Padroeira do Brasil chegou às 17h00 deste sábado (04.08.12) e foi recebida com ovações e carreata pelos católicos até a Catedral, onde foi realizada uma celebração com a presença de vários bispos e do Núncio Apostólico D. Giovanni D'Aniello, representante do Papa no Brasil.  Dentro das comemorações atinentes, houve, no Pedrocão, a Festa da Família, às 15h30 deste domingo, com missa celebrada pelo Núncio e onde a imagem também esteve presente.
Durante a segunda-feira a imagem poderá ser visitada em Franca e, posteriormente, irá para outra cidade.

2. Destaques da política e da semana.

Pesquisa eleitoral do GCN.

Nova pesquisa mantém inalterado o quadro nas eleições francanas: Graciela (PP) está na liderança com 29% de intenções, Ubiali (PSB) tem 19,7%, Pelizaro (PT) tem 15,7% e o candidato do prefeito, Alexandre Ferreira (PSDB), tem 10%.
Ou seja, ainda no começo da campanha, aparentemente, o eleitorado está dividido entre Graciela, Ubiali e Pelizaro, mostrando que o prefeito não transferiu sua popularidade para o candidato que impingiu ao partido e que não consegue emplacar.

Pesquisa retrata realidade francana.

Por outro lado, os constantes problemas existentes nas áreas da saúde e segurança que dominam as preocupações dos francanos, sem qualquer movimentação das autoridades a eles ligados, entrelaçados à administração atual e aos candidatos, impedem qualquer manifestação de apoio ao candidato da situação.

Até o secretário se manifesta contra.

Aliás, interessante a entrevista no Comércio da Franca deste domingo, de Sebastião Ananias, secretário do governo atual, membro do PSDB e que salientou as divergências existentes no partido com a escolha de seu candidato. Além disso, mostrou-se inclinado a apoiar Graciela que, assim como Ubiali e Pelizaro, já o teriam convidado para integrar o governo, caso um deles venha a ser eleito.

 Prefeito prepara saída honrosa.

Outro fato interessante ocorreu quando da visita do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que veio a Franca demonstrar apoio a Ubiali. Na ocasião, Sidnei Rocha (PSDB) recebeu o governador, alheio à situação de ato político de apoio a Ubiali. Pode ser um indicativo de que, em havendo segundo turno e ficando fora o candidato do PSDB, Sidnei se bandeie para Ubiali.


Mensalão em sua primeira fase.

Após a fase inicial, com discussões havidas entre o relator e o revisor do processo do mensalão, aconteceu a manifestação do Procurador-Geral, com a acusação relatada em cinco horas. Duras e técnicas as palavras do Procurador-Geral. Na verdade, foram reiterações das acusações da peça inicial, mas claramente destinadas à quadrilha que comandava o primeiro governo petista de Lula, destinando verbas vultosas em troca de apoio politico.
Por outro lado, segundo comentários na imprensa, a segunda parte dos trabalhos, destinada à manifestação dos advogados de todos os acusados, será toda no sentido de desqualificar a acusação do MPF com alegações de que não há provas suficientes para comprovar o teor das acusações. Será, também, uma oportunidade para que os representantes das maiores bancas de advogados do país exercitem suas habilidades de descobrirem as eventuais falhas processuais que inviabilizem condenações, uma vez que os ministros do STF, mais do que ninguém, estão obrigados a respeitar os estritos termos das leis existentes e vigentes, não se deixando levar pelas paixões que dominam processos de tal porte.

Excelente artigo de Ferreira Gullar retrata desilusão brasileira.

O maior poeta vivo do Brasil e excelente articulista Ferreira Gullar, em sua coluna dominical desta semana, no artigo intitulado "A exceção e a regra" (Folha de S.Paulo, 05.08.12, p.E-10), comenta a situação atual do Brasil, com a corrupção dominante e os altos salários dos políticos, servidores federais, etc., em contraste com a penúria do cidadão comum, mostrando sua desilusão com a impossiblidade de mudança no quadro, tendo em conta que são os próprios beneficiários das mordomias que poderiam impedi-las e, assim, não há esperanças. No mesmo comentário, cita a situação oposta que ocorre no Uruguai, onde o atual Presidente e sua esposa, senadora, destinam quase todos seus proventos dos cargos para entidades de caridade, sendo que o presidente tem um fusca e uma pequena propriedade rural como bens, apesar de longa carreira pública.