1. Vaidades no STF.
Com um cronograma estudado antecipadamente, o STF, no julgamento do mensalão, tende a ter seu desenvolvimento projetado dificultado por confrontos entre ministros.
Como se viu, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski esgrimam por posições antagônicas quanto à forma do julgamento, provocando discussões inócuas e que contam com a ajuda de Marco Aurélio Mello para acentuar as fagulhas.
Para quem está de fora, parece mais uma guerra de egos onde a vaidade dos protagonistas supera o objetivo maior que se espera de um órgão colegiado da estirpe do STF. Aliás, o exagero nas atitudes dos ministros deu margem a excelente artigo da jornalista Eliane Cantanhêde, intitulado "Jardim de infância", da Folha de S.Paulo deste domingo (p.A-2), onde é retratada de forma feliz a situação, inclusive com comentários sobre a escolha e particularidades dos ministros, com a conclusão: "Discordar é preciso, argumentar é fundamental, mas bater boca, fazer birra e rodar a toga parecem coisa de jardim de infância, não da mais alta corte do país decidindo sobre a reputação e o destino de 38 cidadãos."
É verdade. A expectativa popular pela atuação do STF no julgamento que foi chamado "do século", não pode ser frustrada por interesses menores inculcados nas idiossincrasias dos julgadores.
2. Eleições francanas delineiam favoritos.
As eleições deste ano prometem grandes emoções em relação à disputa pela prefeitura. As primeiras notícias sobre o comportamento inicial dos candidatos comprovam os resultados das pesquisas iniciais, bem como o perfil de cada um. Não restam dúvidas de que, no momento, a candidata Graciela (PP) vem correspondendo às expectativas, além de superar seus adversários no primeiro debate ocorrido na TV local. Por outro lado, também confirmando expectativas, o desempenho do candidato indicado pelo prefeito atual é pífio. Ubiali (PSB) e Pelizaro (PT) se constituem nos adversários que têm mais condições de modificarem a situação atual.
As entrevistas a serem realizadas pelo jornal Comércio da Franca a partir da próxima semana poderão confirmar ou alterar o jogo político.
3. Utilização com privilégios no horário político.
Os partidos políticos dão grande importância ao uso do horário de propaganda nos meios de comunicação, sendo tal motivo o empenho realizado na formação das coligações, muitas delas até espúrias, onde partidos com programas totalmente diferenciados se unem e se sujeitam às mesmas.
Neste sentido, situações estranhas ocorrem. Noticiou-se, em coluna política do jornal Comércio da Franca que, em razão da cassação do mandato do vereador Marco Garcia (ex-PP), seu partido atual (PPS) iria conceder ao mesmo maior parte do tempo destinado ao partido para que tentasse se explicar a seus eleitores, em prejuízo dos demais postulantes. Isto sabendo-se que o candidato tem bem menos tempo de filiação que os demais candidatos.
Tal situação, por outro lado, deve ser fiscalizada e combatida em outros partidos pelos postulantes, para que os chamados "caciques" não desfrutem de privilégios semelhantes.
Aliás, a propósito, o jornal Folha de S.Paulo, em seu editorial deste domingo, sob o título "Novo horário eleitoral", faz consistente crítica sobre o tema, reclamando mudanças, mesmo porque o dinheiro que cobre tais inserções é publico e deve obedecer a critérios melhores. Sugere, ainda, que : "passo importante nessa direção é o combate às legendas de aluguel, que transformam o tempo de TV em capital político e o utilizam apenas como moeda de troca."
4. Truculência da guarda civil municipal contra protestos.
Noticiou-se que, nesta semana, manifestantes contrários às novas tarifas impostas pela empresa S.José, detentora da concessão dos tranportes urbanos da cidade, foram rechaçados de maneira violenta e desnecessária pela guarda civil municipal, com a utilização das novas armas denominadas "teasers" que, acionadas, aplicam choques nas pessoas.
O episódio foi lamentável, mostrando a truculência inerente ao atual governo municipal que quase nunca se dispõe a ouvir as reivindicações populares.
Aos reprimidos cabe reclamação à Justiça e ainda aguardar a oportunidade mais democrática que se avizinha, qual seja a de mostrar sua opinião através do voto contrário aos adeptos da utilização de tais medidas e métodos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário