domingo, 25 de setembro de 2011

Guarda municipal: manter ou extinguir. F1: tédio. Falta de criatividade: entrevista desnecessária. Excesso de criatividade: jornal The New York Times.

1. Guarda Municipal: manter ou extinguir.

Nesta semana, em depoimento de secretário municipal ao jornal Comércio da Franca, ficou evidenciado o dilema do governo municipal no sentido da manutenção ou extinção da Guarda Municipal. Segundo contou o secretário, os problemas criados pela Guarda Municipal à Administração vão desde a ausência pura e simples de sua importância, uma vez que, atualmente, se limita a prestar serviços somente aos bens públicos e repartições, até aos inúmeros contratempos devidos às inúmeras reclamações trabalhistas propostas contra a Prefeitura. Foi ventilado que o pequeno grupo de pouco mais de 50 membros protocolou o dobro de ações trabalhistas, propondo-se a obter vantagens que a legislação trabalhista, protecionista por excelência, faculta aos trabalhadores em geral.
Particularmente, há muito tempo não vejo o porquê da existência desta organização que, visivelmente, deixa muito a desejar. Não seria o caso de se estudar a contratação de empresas de segurança, a exemplo do que é feito pelas entidades financeiras, para a fiscalização e cuidado dos bens públicos e vigilância das repartições? Evitar-se-ia dispêndio desnecessário com as reclamações trabalhistas, o pessoal seria mudado, constantemente, trabalhando com motivação, e quem sairia ganhando seria o público em geral e a Administração em especial.

2. F1: tédio.

As corridas de Fórmula 1, antigamente tão esperadas e comentadas, atualmente tornaram-se tediosas. Vettel, o alemão voador da atualidade, ganha todas as corridas. Não há opositores à altura. E, as corridas se sucedem num marasmo total. Até as transmissões televisivas têm mostrado um Galvão Bueno e o comentarista totalmente desmotivados, com comentários cansativos e desnecessários.
Por outro lado, para os brasileiros, não há qualquer expectativa de mudanças no futuro: Massa, Barrichello e Seninha, são muito fracos e não demonstram o apetite e a capacidade de vencer que Fittipaldi, Piquet e Airton Sena tinham de sobra.

3. Falta de criatividade: entrevista desnecessária.

É incrível como a falta de criatividade campeia na mídia em geral. Neste domingo, o jornal Comércio da Franca, apresentou, em local de destaque, denominado "Entrevista de Domingo", p.A-20, sob o título "Em Franca, 'Rainha do Bumbum' diz que vai se aposentar", um exemplo disto. Como é que se perde tempo e papel (página inteira) com entrevista de uma "sobrinha da Gretchen". Será que não há assuntos e pessoas mais interessantes a serem pautados?

4.  Excesso de criatividade: jornal The New York Times.

Ao contrário do comentário acima, quem leu a coluna do excelente Gilberto Dimenstein, "Um jornal está fazendo escola", da Folha de S.Paulo deste domingo, p.C-13, tomou conhecimento de que, em sentido contrário, muitas propostas educativas vêm surgindo, oriundas da criatividade do famoso jornal. Dimenstein conta sobre a experiência do The New York Times que proporciona cursos à distância, alguns em parceria com universidades, atraindo estudantes por todo o mundo, "cuidando de temas variados como música erudita, vinhos da Califórnia, câncer, diabetes, funcionamento do cérebro, criação de blog, energia nuclear, história da arquitetura asiática, arte africana, comércio eletrônico ou urbanismo." O jornalista emenda que, além dos professores universitários, "as aulas são ministradas pelos jornalistas e colaboradores do jornal".
Os comentários de Dimenstein são pontuais: "minha suspeita é de que estamos diante de uma nova fronteira do conhecimento: a fusão das linguagens da educação com comuniccação." E, para mim, ilustrando o comentado no tópico anterior, sábias palavras : "Em meio à abundância vertiginosa de dados, cresce a demanda de seleção sobre o que é relevante. Aí reside a fronteira entre a informação e o conhecimento".
Se nada mais de qualidade tivesse publicado a Folha de S.Paulo, bastaria apenas esta coluna de Dimenstein para justificar a importância de assuntos a se tratar em jornais de qualidade.
Parabéns!

domingo, 18 de setembro de 2011

É melhor não ter deputado federal. A Câmara não muda. Política e valor.

1. É melhor não ter deputado federal.

A cidade de Franca, à época das eleições, se mobiliza e até entidades de classe fazem campanhas, no sentido da conquista de representantes políticos nas esferas estadual e federal. De minha parte, sempre defendi a necessidade de representantes, desde que de qualidades. Tê-los apenas para figurarem como enfeites, não me parece correto.
Nas últimas eleições, a cidade teve dois candidatos figurando na lista de suplentes, sendo que um deles, que pleiteava reeleição, por contingências políticas, obteve permanência em Brasília, embora o povo tenha, sabiamente, nas urnas, rejeitado tal situação.
Agora, após uma notícia estampada no jornal Comércio da Franca, de 14 de setembro, p.A-4, sob o título "Ubiali propõe regulamentar a guarda de animais de estimação", temos a certeza de que, para ter representante apresentando tal tipo de projeto, que afronta o bom senso, é melhor não ter nenhum. A cidade fica conhecida, nacionalmente, mas, infelizmente, pelo lado negativo.
Para o deputado, ao justificar o projeto, e segundo a notícia do jornal, "os animais não podem ser mais tratados como objetos em caso de separação conjugal. Devem ser estipulados critérios objetivos em que se deve fundamentar o juiz ao decidir sobre a guarda, tais como cônjuge que costuma levá-lo ao veterinário ou para passear." É hilário, mas real. Tivesse o parlamentar assessoria consistente, ou melhor se infomasse, já que possui nível superior de ensino, haveria de se preocupar com assuntos mais importantes ligados ao Direito de Família, bastando ouvir entidades como o IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), que lutam por modificações realmente necessárias no âmbito e têm projetos aguardando aprovação. Além disso, a região e o país têm prioridades maiores a serem atendidas. Fica, no entanto, o desalento. Para aqueles que se revoltaram e criticaram a eleição de Tiririca, fica claro que há abalos de qualidade legislativa a preocuparem, além da corrupção que é um mal que não acaba nunca!

2. A Câmara não muda.

Franca padece de qualidade política. Nesta semana, curiosamente no mesmo dia da notícia acima, houve outra que assustou, em que se soube das manobras políticas dos vereadores locais no sentido de aumentarem o número de vereadores (de 15 para 23), férias em julho e aumento dos próprios subsídios. No órgão representativo municipal, assim como nos da órbita estadual e federal, parece que os componentes vivem em outro mundo, não sabem as reais reivindicações e necessidades da população, preocupando-se apenas com assuntos em causa própria. É bom lembrar que as eleições se aproximam e, se o povo tiver juízo, impõe-se renovação total e geral.

3. Política e valor.

Normalmente, as pessoas, para obterem o título de doutor em qualquer universidade, têm de passar por árduas provas e apresentação de alentado currículo que, por sua vez, não se faz da noite para o dia.
No entanto, quando a política se mistura com a educação, coisa boa não surge. Existe o costume, internacional, de se outorgar o título de "Doutor Honoris Causa" a pessoas que se distinguem por  atos praticados no decorrer da vida pública e que beneficiem causas ou objetivos nobres. Espera-se, no entanto, que os outorgantes analisem minuciosamente os predicados mínimos dos outorgados. No entanto, não é o que ocorre, como por exemplo, na notícia de que, no dia 27 próximo, o Instituto de Ciências Políticas de Paris ("Sciences Po") irá outorgar tal mérito a Lula. Aquele mesmo que sempre se orgulhou e se manifestou publicamente sobre o fato de não ter ensino superior e, ainda assim, ter sido presidente do país.

domingo, 11 de setembro de 2011

Roberto, um show! Reformas e mudanças. Panificadoras.

1. Roberto, um show!

O show de Roberto Carlos em Jerusalém, exibido pela Rede Globo na noite de sábado, foi espetacular. O maior ídolo romântico do país arrasou numa apresentação muito bem feita, desde o cenário, passando por esmerada escolha de músicas, destacando-se interpretação da excelente música de Tom e Vinicius ( Eu sei que vou te amar), assim como conhecidos sucessos antigos e uma canção em hebraico, aliados à simpatia irradiante do cantor. Aos 70, o velho ídolo está em grande forma!

2. Reformas e mudanças.

Tendo ficado alguns anos fora da urbe, minha esposa e eu fomos obrigados a fazer algo que não aconselho a ninguém: locação de imóvel. Tudo começou mal, desde a escolha da imobiliária, e a consequente má escolha do locatário. Ambos péssimos! Não poderia acontecer outra coisa senão prejuízos e aborrecimentos, ligados à falta de ética, honestidade e profissionalismo ainda existentes nos dias atuais. Como, apesar de demorada, a estiagem sempre tem um fim, após o recebimento tardio do imóvel, em sofrível estado, demos início à reforma devida ao tsunami ocorrido durante o período da locação e a devolução insatisfatória. E aí, novos problemas, tendo em conta a grande dificuldade de obter profissionais qualificados, da construção civil, na cidade. Realmente, a mão de obra relacionada a serviços de pedreiros, eletricistas, pintores, encanadores é muito difícil. Quanto aos últimos, nem queiram saber, não há encanadores de qualidade disponíveis e entre os existentes, contratempos são constantes. Por outro lado, as lojas de materiais para construção, como tudo em Franca, pertencentes a cartéis, vendem a mercadoria que querem e não a que você necessita. Para os neófitos, um conselho: façam uma lista do necesssário e rodem 80 km para a vizinha Ribeirão Preto: a satisfação será maior, além do custo menor.
Terminada a reforma, outro problema: a mudança. Como bem salientou a cronista Danuza Leão, em sua matéria de hoje no jornal Folha de S.Paulo, a mudança está entre as três situações mais estressantes existentes. Além da confusão, objetos danificados, móveis idem, finalmente, você se depara com uma infinidade de caixas que, após a longa transferência de um local para o outro, ficam para você organizá-las nos dias que se seguem. Enfim, a vida continua e, apesar dos sacrifícios, o retorno ao lar sempre é reconfortante e as lições aprendidas em todo o transcorrer do período servem como experiência e informações para amigos não sofrerem as mazelas que sofremos. Daí que, a partir de agora, me disponibilizo a dar informações, sobre imobiliárias, locatários, construtores, arquitetos, pedreiros, eletricistas, encanadores, lojas de materiais para construção e prestadores de serviços em geral, principalmente sobre aqueles que não devem ser procurados!

3. Panificadoras.

Descendente de italianos e portugueses, tenho comigo grande interesse em produtos de panificação. Daí que, dentro das possibilidades, sempre procuro conhecer panificadoras e seus produtos, desde as célebres como a Confeitaria Colombo, no Rio, Bela Paulista, Benjamin Abrahão, Barcelona, Aracajú, em São Paulo, até as mais modestas de nossa região. Uma de minhas frustrações é não encontrar o modesto "pãozinho francês" de qualidade em Franca. Aqui, quase todas as panificadoras fazem um produto semelhante e de pouca qualidade, quando não com muito bromato na massa. Assim, para amenizar o gosto a forma escolhida é a constante procura e aquisição de cada produto em panificadoras diferentes. Para meu gosto, indico como melhor pãozinho francês o existente na Padaria Rossato, no Jardim Consolação, onde é encontrado, também, o melhor "ciabata". Já  a tradicinal Padaria Estrela tem a "rosca Rainha" de melhor qualidade, além de salgadinhos decentes. Na Padaria  no Jardim Lima (Trigale), encontra-se o melhor pão de queijo da cidade. Na Padaria Pão Delícia, encontra-se a melhor massa de pizza, que, aliás, é terceirizada. Uma panificadora inaugurada há pouco tempo não proporcionou, ainda, nenhum produto destacável, além de, infelizmente, apresentar falho sistema de atendimento, com pessoal não treinado e sem direção.
Mas, não perco meu otimismo, e aguardo de pés juntos o aparecimento de um estabelecimento que possua um autêntico pãozinho francês ou português, além dos quitutes daí decorrentes, e que, de preferência, ainda disponibilize um local para a degustação de um legítimo café da Alta Mogiana.