domingo, 30 de dezembro de 2012

Imprensa "tieta" Sidnei. Câmara rejeita proposta absurda. Texto traduz anseios.

Imprensa "tieta" Sidnei.

Ao término de seu mandato, o prefeito Sidnei Rocha não poderia almejar mais: foi "tietado" várias vezes pelo jornal Comércio da Franca (sábado e domingo) e pelo caderno Folha Ribeirão (Folha de S.Paulo) deste domingo, em uma entrevista dada.
Tendo sucedido prefeitos que tiveram fracas administrações, Sidnei aproveitou, no início de seu mandato, o dinheiro da renovação da concesssão da Sabesp, abiscoitou 30 milhões e recapeou a cidade, que apresentava a malha viária como um queijo suiço, mercê dos péssimos governos que lhe antecederam. Isto lhe rendeu a simpatia da população, que olvidou demais necessidades.
Radialista de origem, teve nas rádios apoios incondicionais e da imprensa escrita tratamento diferenciado, o que lhe proporcionou navegar em mar tranquilo, uma vez que o Poder Legislativo sempre esteve em suas mãos, aprovando todos os seus projetos.
Antes de sair, fez seu sucessor, o qual, antes de tomar posse, já manteve o mesmo secretariado, confirmando a proposta de campanha da "continuidade", o que permite prever que a cidade continuará com os mesmos problemas que metade da população questionou, não apoiando o candidato vitorioso.
Para aqueles que entendem que a saúde, o trânsito, a segurança, o transporte, o meio ambiente encontram-se mal geridos, restará o conformismo.
A política francana fica na esperança de que, um dia, novas lideranças apareçam e transformem o cenário político atual que, como tudo na cidade, depende do monopólio de poucos!

Câmara rejeita proposta absurda.

Um dos últimos intentos do prefeito foi, surpreendentemente, rejeitado pela Câmara dos Vereadores, nos estertores do mandato.
O alcáide, astutamente, pretendia aprovar medida que autoriza a Administração ceder funcionários municipais ao Forum, mais especificamente à Vara da Fazenda Estadual. O motivo seria o elevado número de execuções fiscais ajuizadas pelo município e que tornam o processamento mais moroso em razão do reduzido número de funcionários do cartório.
A medida, aparentemente com o intuito de aumentar a recuperação dos créditos municipais, padecia de dupla conduta antiética: funcionários públicos municipais trabalhando em processos de interesse da própria administração; e, possibilidade de se acomodarem funcionários comissionados visando interesses políticos.
Evidentemente que, se aprovada, a medida estaria sujeita à impugnação do Ministério Público, ou de qualquer interessado eventualmente prejudicado.

Texto traduz anseios.

Texto intitulado "2012, o ano que não terminou", do jornalista Gaudêncio Torquato, do Estadão deste domingo, reflete corretamente anseios nacionais, especialmente as considerações finais:

"Espraia-se o sentimento de que o copo da política poluída transborda. Há visível descompasso entre dois Brasis, o que abre os olhos e o que dorme em berço esplêndido. De um lado se posta um cidadão exigente, um eleitor crítico, um consumidor de serviços consciente, ao lado de um grupamento ainda amarrado ao tronco da secular árvore do patrimonialismo. A esperança é que a força da racionalidade consiga inundar os pulmões da sociedade com o oxigênio de novos padrões. E que todos, margens, centro e topo, possam proclamar, a uma só voz, o brado do profeta Zaratustra: 'Novos caminhos sigo, nova fala me empolga; como todos os criadores, cansei-me das velhas linguagens. Não quer mais o meu espírito caminhar com solas gastas.' "



domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal

NATAL

Soneto de Natal.
(Machado de Assis)

Um homem, – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, -
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto… A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”

No verso conhecido de Machado de Assis, a última estrofe é significativa: "Mudaria o Natal ou mudei eu?"
O período natalino, com os dias que o antecedem e os preparativos de todas as famílias, tem significado diverso e especial para cada um de nós. No meu caso, guardo lembranças inesquecíveis, a maioria delas proporcionada pelo meu pai que, infelizmente, há 3 anos, não se encontra fisicamente conosco.
No mês de dezembro, o clima que antecede à festa maior da cristandade, qual seja a do nascimento do Menino Jesus, meu pai criava expectativa e uma aura diferente em todos que o circundavam, desde as visitas que recebia, até as que fazia e que nos levava consigo.
Assim, todos os anos recebíamos costumeiramente, nos dias que antecediam o Natal, inicialmente a visita do industrial Wilson Sábio de Melo, ex-presidente da empresa Samello, da qual meu pai foi advogado por um tempo e amigo de Rotary, que trazia um "scotch" de presente e relembrava casos passados. A seguir, minha tia Elza, junto do esposo Hermantino, também efetuava sua visita trazendo ora um "scotch" ora um legítimo vinho italiano. Também costumava visitar-nos Leandro, outro irmão de meu pai, residente em Ribeirão Preto, palmeirense roxo e pessoa agradabilíssima. Por último, outro irmão, Nelson Palermo, também vinha confraternizar e trazer novo "scotch". Além dos bons papos, o estoque de uísque era renovado nesta ocasião. Também, na véspera do Natal, meu pai recebia uma especial e bem sortida cesta de natal do jornalista Corrêa Neves, com os votos de felicidades.
Mas situação inesquecível e imperdível era a visita à Tia Maria, italiana da gema e esposa de Alcides Franchini, exímia elaboradora dos melhores quitutes italianos, que nos recebia com sua bondade e carisma, na véspera do Natal, oferecendo a melhor pizza que já conheci, acompanhada de  "rospis" (bolinho frito, recheado com alici - anchovas) e doces como "rosetta" (círculos fritos com cobertura de mel), "struffoli" (bolinhas fritas, amontoadas e cobertas com mel e frutas cristalizadas), tudo acompanhado de um bom vinho italiano e agradáveis bate-papos. Era uma festa! E um desafio aos deuses da culinária!
Finalmente, no dia 24, no círculo familiar mais próximo e alguns amigos, havia a "ceia" onde, antecipadamente, meu pai escolhia os melhores vinhos (italianos, franceses, húngaros) que iriam acompanhar o peru, carneiro, tender, frutas secas e tortas doces deliciosas preparadas para a ocasião. Isto era apenas um "aperitivo" para o almoço do dia de Natal, onde ponteava a tradicional lasanha de Estraburgo, especialmente preparada por minha mãe, ao lado de novos pratos e frutas secas, acompanhados de vinhos especiais e o fecho de ouro com champanhes ou astis italianas.
Bons tempos!
Atualmente, restam a saudade e as lembranças de um Natal que não volta jamais, uma vez que meu pai com seu entusiasmo e amor à família tornava a festa algo especial e inigualável. O Natal, para ele, significava, além da festa maior do nascimento de Jesus, o ápice do congraçamento familiar, por ele bem entendido como "ternura familiar". Este dom foi adquirido, como manifestou em uma de suas mais belas crônicas, intitulada "Crônica familiar" (Letras avulsas e ritmos proscritos. 2. ed. ampl. Franca: Ribeirão Gráfica e Editora, 2002. p.131), de sua mãe Maria Teresa a qual "deixara, em abundância e em legado, as sementes da ternura familiar, que misturaria no sangue e na alma de seus filhos e netos".
Hoje, o Natal não tem aquela característica que a presença e atuação paterna moldavam e que o relato acentuou.
Daí a lembrança dos versos de Machado: "Mudaria o Natal ou mudei eu?"
 

domingo, 16 de dezembro de 2012

A marca da violência de uma nação. Na reta final, frustração? Lei em causa própria. Poliesportivo: paraíso dos cães. Lula e Dilma aprovados pelo povo?

A marca da violência de uma nação.

A última chacina ocorrida na pequena cidade de Newtown, nos EUA, onde dezenas de crianças foram assassinadas por um jovem, equipado com diversas armas de guerra, reforça a pecha de país onde a violência é uma característica do povo. Tudo, aparentemente, ligado à formação bélica dos cidadãos que, além do patriotismo acirrado, nascem orientados para o uso das armas como objeto normal para defesa pessoal e familiar. A venda livre de armas sofisticadas, em diversos estados, facilita o uso e a guarda das mesmas. E, em situações como a noticiada, onde as armas são utilizadas por pessoa desequilibrada, tragédias se repetem.
Não foi a primeira vez, nem será a última, tanto é que, logo em seguida, mais casos episódicos ocorreram, felizmente sem o saldo avassalador de vítimas de Newtown.
Não vai adiantar nada, como já ocorreu anteriormente, o Presidente aparecer em cadeias de televisões para lamentar o ocorrido e desejar sentimentos às famílias enlutadas. Urge uma legislação que cubra todo o país, no sentido da proibição da aquisição de armas por civis, além, é claro, de uma conscientização de toda a população para transformação futura do sentimento bélico inerente ao cidadão americano.

Na reta final, frustração?

O STF, na reta final, após longos meses e dezenas de sessões de julgamento do Mensalão, prestes a definir sobre a perda ou não dos mandatos dos deputados condenados, através de decisão da Corte, faltando apenas o voto do ministro Celso Mello, eis que uma gripe forte obriga a internação do mesmo, causando o adiamento de duas sessões.
Como haverá encerramento dos trabalhos do ano na quinta-feira, dando oportunidade para a realização de apenas mais duas sessões, sem a certeza do retorno do ministro Celso Mello e, ainda, com a viagem do ministro Gilmar Mendes para compromisso agendado anteriormente, a nação corre o risco de ver frustrada sua expectativa sobre o final do julgamento com a ciência das punições merecidas.
Assim, somente em fevereiro de 2013 os trabalhos seriam retomados, adiando a conclusão e possibilitando novas articulações nos bastidores judiciais.
Ou seja, fica um vazio nas esperanças de uma aplicação rápida da lei naqueles que elegeram a corrupção como ideal político.

Lei em causa própria.

Os jornais noticiaram, há poucos dias, sem o devido destaque, decretos do prefeito regularizando alguns condomínios particulares (Morada do Verde e Vila Hípica) e que dependiam há anos de decisão sobre poder ou não limitar o acesso aos mesmos.
Sem discutir o mérito ou não das medidas e também o conteúdo das obrigações nelas contidas, por ser situação muito polêmica, a imprensa deixou de informar que o prefeito reside num deles, deixando de analisar o caráter ético da questão.

Poliesportivo: paraíso dos cães.

Várias reclamações foram efetuadas nos meios de comunicação, em relação ao grande número de cães vadios que campeiam nas dependências do Poliesportivo de Franca.
A situação é antiga, e nenhuma providência foi tomada pelos funcionários daquele órgão municipal e também pelos diretores da Feac, a quem é atribuída a administração do local público.
A situação, a continuar a omissão, tende a ficar insuportável, criando sérios riscos aos que se utilizam do Poliesportivo para praticarem suas atividades esportivas ou lazer.

Lula e Dilma aprovados pelo povo?

O jornal Folha de S.Paulo deste domingo coloca em sua manchete: "Se eleição fosse hoje, Dilma ou Lula venceriam" (citando pesquisa da Datafolha). Para todos que assistiram o julgamento do Mensalão, seguido da Operação Porto Seguro, fica difícil acreditar na cegueira popular. A mesma pesquisa sinaliza que cerca de 20% da população ainda acredita não existir corrupção no país.
Ou seja, vai demorar muito tempo para que haja mudanças radicais na situação da nação.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Carnês de IPTU chancelam último ato de Sidnei. Trapalhadas finais da Câmara. Poluição ambiental sonora não tem fim. A importante decisão do STF. Hotel de rede que constrói em Franca é falho em Ribeirão Preto.

Carnês de IPTU chancelam último ato de Sidnei.

Neste final de semana, a Prefeitura iniciou a entrega dos carnês de IPTU-2013. Ao contrário do anunciado pela secretaria de finanças, houve um aumento considerável nos valores cobrados. Trata-se da última "punhalada" do prefeito Sidnei na população francana. Polêmico, bom para muitos que elegeram seu sucessor, ruim para outros tantos que votaram contra, finalmente chega ao término de seu mandato. Franca necessita de uma "sacudida" em todos os setores, pois as carências são muitas e as "obras" executadas se prestaram mais à vaidade do prefeito do que às necessidades reais da cidade. Com o alto montante do orçamento futuro espera-se que o novo prefeito esqueça a "continuidade" e mostre serviço novo.

Trapalhadas finais da Câmara.

A Câmara Municipal de Franca, que para muitos comentaristas se constituiu na pior de todos os tempos, termina seu mandato com vários projetos polêmicos e muito criticados pela população.
Assim, noticia-se que, na próxima sessão, uma das últimas do ano, haverá votação para outorgar-se o título de cidadão francano ao ex-presidente Lula, proposto por vereador petista que não se reelegeu e, ainda, a construção de um "busto" para homenagear um vereador (Joaquim Ribeiro), por ter sido o mesmo o idealizador e construtor do novo prédio da Câmara. Os dois projetos são considerados inoportunos. O primeiro, tendo em conta as últimas notícias ligando Lula aos mensaleiros e à Operação Porto Seguro, de sua protegida Rose. E, o segundo, por vários motivos: o fato de que seria estranho um "busto" para uma pessoa ainda viva; o prédio novo ter apresentado várias falhas de construção; além do fato de o homenageado ter apresentado recentemente projetos duramente condenados e contra os interesses da população.
Ou seja, assim como os últimos atos do Prefeito são criticados, os atos da Câmara também sofrem do mesmo mal.
Conclusão: ainda bem, para a população, que todos estão em final de mandatos.

Poluição ambiental sonora não tem fim.

Ultimamente, várias pessoas têm engrossado o número de reclamações contra os excessos praticados em relação à poluição ambiental sonora, em nossa cidade.
Na semana passada, o conceituado prof. Everton de Paula, da Unifran, cronista do jornal Comércio da Franca, externou toda sua revolta em relação ao elevado som praticado nas dependências do clube Castelinho, proximidades de sua residência, e que usualmente vem perturbando a tranquilidade e o sossego dos moradores dos bairros confrontantes.
Neste domingo, Valdes Rodrigues, responsável pela coluna "Painel" do jornal Comércio da Franca, também engrossou o número de reclamações, ao comentar o "Som abusivo", constante das aparelhagens instaladas em camionetes e picapes, tendo em conta o "som excessivamente estridente".
Em outras oportunidades, neste blog, também comentei tais abusos. Ontem, por exemplo, a partir das 19 horas, em frente ao bar Barcode, na avenida Alonso Y Alonso, pelos menos seis camionetes portando potentes alto-falantes na parte traseira, afrontavam os moradores dos bairros com som excessivo. E continuaram por bom tempo, como sempre sem serem abordados pelas autoridades. Aliás, ali, nas redondezas do posto Select e de uma agência de automóveis, todos os finais de semana grupos se aglomeram e o som alto campeia até de madrugada, fato que se repete, também, nas proximidades do posto Mário Roberto em outro bar.
Como comentou Valdes: "E a polícia? Não deve estar ouvindo..."

A importante decisão do STF.

O STF deve decidir, nesta semana, sobre a perda dos mandatos dos deputados condenados pelos crimes do mensalão.
Além do presidente da Câmara dos Deputados (que é petista), o ministro Lewandowiski (sempre ele), também defende o direito da Câmara de decidir sobre a questão, alegando até invasão de competência constitucional.
Puro engano. A CF, nos artigos 15, III e 55,VI, autoriza a perda do mandato quando ocorrer "condenação criminal", como é o caso em questão.
É evidente que os defensores dos atos dos mensaleiros irão tentar efetuar uma interpretação favorável aos mesmos, mas se o STF seguir a proposta do relator Joaquim Barbosa, que é a mais coerente e justa, os condenados deverão sim perder seus mandatos. Aliás, o prof. José Afonso da Silva, em sua obra "Curso de Direito Constitucional Positivo" (15. ed. São Paulo: Malheiros, 1998. p.387) afirma que a competência, no caso, "só resta ao Judiciário, único que tem poder para dirimir a questão...".
A Câmara dos Deputados, por sua vez, caso queira partir para a alegação de desrespeito ao equilíbrio dos três Poderes, irá se posicionar contra todo o desejo da população brasileira, o que penso não ser aconselhável, pois novas eleições serão realizadas em dois anos e o povo não esquece quem o confronta.

Hotel de rede que constrói em Franca é falho em Ribeirão Preto.

Pude conhecer, pessoalmente, um hotel da rede Arco Hotel, com várias unidades no Estado de S.Paulo, especificamente o da categoria Express, da cidade de Ribeirão Preto, na avenida Maurílio Biagi, neste final de semana. O mesmo não apresentou boas condições, com defeitos no ar condicionado e pesssoal do atendimento muito fraco, além de outros inconvenientes que descredenciam o estabelecimento.
Como em Franca a rede iniciou a construção de uma unidade da mesma categoria Express, vizinha ao "esqueleto" da rotatória da Avenida Paulo VI, caminho do Poliesportivo, é bom que as pessoas fiquem atentas desde já em relação ao empreendimento.

domingo, 2 de dezembro de 2012

A revolta do prof. Everton. Título a Lula? Tristes revelações do ministro Fux.

1. A revolta do prof. Everton.

O conhecido professor Everton de Paula, figura elogiada nos meios culturais, tendo em conta o fato de ser antigo professor de português em escolas públicas e privadas, membro da Academia Francana de Letras, professor e alto dirigente da Unifran, na qualidade de colaborador do jornal Comércio da Franca especialmente do Caderno Nossas Letras, publicou artigo intitulado "A odiosa e infernal música do Castelinho" (p.6, do dia 1/11/12), onde faz crítica severa à poluição sonora existente nas proximidades de sua residência (Santa Rita), imediações do clube Castelinho.
Mais do que um lamento de um cidadão honesto e prestativo, que almeja tranquilidade após rotina de trabalho semanal, sua crônica trata de um problema que, em Franca, passou a ser endêmico, qual seja da poluição sonora, que diz respeito à contravenção penal da perturbação do sossego público e também ligada aos crimes ambientais, ambas, de responsabilidade da Administração Pública e da Justiça.
Há anos o problema do som excessivo, seja em clubes, seja nas ruas, avenidas e imediações dos postos de gasolina, desafia os poderes públicos. Algumas blitz, esporádicas, são realizadas e produzem resultados, como as dos confrontos na região do Bairro S. Joaquim, com enfrentamentos entre a Polícia e causadores dos distúrbios.
Reclamações às vezes são atendidas pela prefeitura, como as já ocorridas no bar Pier 888, com fechamento parcial do estabelecimento. No entanto, alguns estabelecimentos nas proximidades do Galo Branco, posto Select e Mário Roberto, são privilegiados e não recebem as visitas da fiscalização, embora sejam os que costumeiramente, a partir das quintas-feiras e nos feriados, protagonizem espetáculos com sonoridade elevadíssima, além do péssimo gosto (como salientou o prof. Everton). Além disso, frequentadores dos locais, portadores de veículos com potentes alto-falantes, abusam do direito de incomodar os moradores dos bairros Consolação, Lima, Parque dos Lima, Jardim Veneza, sem que qualquer fiscal da Prefeitura ou policial militar procure tomar qualquer providência.
Se no bairro Santa Rita o prof Everton calcula existirem "5 mil cidadãos que não querem ouvir suas músicas...", imagine-se o número dos atingidos nos bairros Consolação, Lima, Parque dos Lima, Veneza, etc.
Enfim, espero sinceramente que o prof. Everton não tome a decisão drástica citada no término de sua crônica, mas que, a partir de sua manifestação, outros cidadãos se unam para exigir das autoridades responsáveis o cumprimento de suas obrigações constitucionais, para que a cidade de Franca deixe de ser o berço do som criminoso ora dominante.

2. Título à Lula?

O jornal Comércio da Franca, deste domingo, sob o título "Ex-presidente Lula deve virar 'cidadão francano' " (p.A-4), informa sobre homenagem que se pretende aprovar na Câmara Municipal, através de projeto apresentado pelo vereador não reeleito do PT, Silas Cuba.
Tendo em conta os últimos acontecimentos envolvendo a alta cúpula do PT, como mensalão e operação Porto Seguro, onde o nome de Lula é citado por suas relações com os acusados, é totalmente inoportuna a pretensão de se homenagear o ex-presidente. A menos que os vereadores pretendam enaltecer pessoas suspeitas e os atos dos mesmos, entrando em confronto com a opinião dos cidadãos que estão estarrecidos com a corrupção praticada.

3. Tristes revelações do ministro Fux.

No jornal Folha de S.Paulo deste domingo há extensa reportagem e uma entrevista com o Ministro Luiz Fux, do STF (p.A-10, sob o título: "Em campanha para o STF, Fux procurou Dirceu"), onde o mesmo, sem papas na língua, faz um histórico da sua luta pessoal para obter a indicação política do governo para o cargo que hoje ocupa. A reportagem veio a propósito de acusações de petistas inconformados com sua atuação contrária aos interesses dos mensaleiros, especialmente José Dirceu, o qual teria recebido currículo do ministro para indicação presidencial.
Na entrevista, Fux não se faz de rogado, e contou de seus encontros com Vacarezza, João Paulo Cunha, José Eduardo Cardozo, Zé Dirceu, Delfim Neto, Paulo Maluf, Sérgio Cabral, Antônio Palocci, João Paulo Stédile, além de membros da Fiesp, para solicitar apoio à sua candidatura a ministro do STF, em tentativas efetuadas a partir de 2004, sempre que surgia uma vaga, afirmando: "bati na trave três vezes".
Embora durante o julgamento do mensalão a posição de Fux tenha sido correta, sendo até um dos mais enérgicos, apoiando o relator Joaquim Barbosa sempre, pela teor de sua entrevista podemos aquilatar da urgência no sentido de se mudar a escolha dos futuros membros do STF, afastando-se a influência política sobre um cargo de tamanha importância, no sentido de se eliminar qualquer suspeita sobre os membros da Suprema Corte em seus julgamentos.
A propósito, Gaudêncio Torquato, excelente jornalista do jornal O Estado de S.Paulo, em seu artigo deste domingo, intitulado  "O preço da honra", setor Opinião, analisa com propriedade situações relacionadas ao tema, de forma geral e abrangente, especificamente sobre o tráfico de influências.

domingo, 25 de novembro de 2012

Final melancólico de mandato de Sidnei. Abandono do Poliesportivo. Operação Porto Seguro implica PT.

Final melancólico de mandato de Sidnei.

As últimas notícias relacionadas às irregularidades sobre o contrato da prefeitura com a empresa S. José e a desastrosa construção do viaduto imposto, além dos gastos desnecessários em relação ao "esqueleto", colocam o final de mandato de Sidnei em cheque.
Em relação à empresa S. José, a se confirmar as informações apresentadas em manchete deste domingo pelo jornal Comércio da Franca: "São José tem que investir R$17 mi em Franca para cumprir contrato", grandes irregularidades aconteceram por ocasião do contrato de concessão dos transportes públicos locais, além da condescendência das autoridades em prejuízo do erário e da população.
Por outro lado, outras duas matérias do Comércio da Franca, um editorial da Objetiva: "Viaduto mais caro" (p.A-2) e, também, na Gazetilha: "O silêncio" (p-A-3), onde o diretor executivo surge cobrando explicações do prefeito atual e do eleito, parecem aumentar o baixo astral que se afigura no horizonte do alcaide.
Infelizmente, as cobranças hora surgidas apareceram após as eleições. Estampadas antes, o cenário poderia ter sido diferente. Agora, aos francanos só resta torcer para que o governo que se elegeu sob o mote da "continuidade", não prossiga com as trapalhadas do anterior e tenha condições de reparar o mal consumado.

2. Abandono do Poliesportivo.

Entre as inconsistências do governo Sidnei Rocha, uma delas é a má administração do Poliesportivo, um local previsto para práticas esportivas e lazer da população.
Ao contrário das desperdiçadas verbas polpudas destinadas para o time de basquete, nos últimos anos, sem qualquer retorno, vemos as dependências daquele local sendo abandonadas dia a dia, nos seus cuidados mínimos de manutenção e limpeza.
Ultimamente, cães vadios que haviam sido afastados voltaram a circular em grande quantidade, sem que os responsáveis pelo bom funcionamento daquele local tomem quaisquer providências, colocando em risco aqueles que se utilizam do mesmo para caminhadas ou práticas de esportes.
É uma pena. Quem sabe um dia o MP resolva investigar a fundo os valores gastos e mal aplicados, onde o Poliesportivo se insere como mero apêndice.

3. Operação Porto Seguro implica PT.

A última operação realizada pela Polícia Federal, denominada "Porto Seguro", implica novamente o PT, uma vez que a personagem chave do caso é Rosemary Noronha, chefe do escritório da presidência em São Paulo, nomeada por Lula em 2003 e mantida por Dilma. Descobriu-se uma longa teia de lobbies coordenados pela Rose, com indicações de pessoas para cargos públicos e várias propinas utilizadas nas nomeações e indicações.
Dilma foi rápida e demitiu as pessoas acusadas. Resta aguardar o prejuízo político causado ao PT que, após o julgamento do mensalão, ficou muito mal perante a população.

domingo, 18 de novembro de 2012

Notícia sobre o viaduto francano assusta. Extinção da Fundação Santa Casa? Palmeiras caiu de maduro!

Notícia sobre viaduto francano assusta.

O jornal Comércio da Franca, deste domingo, em sua manchete "Falha em projeto provoca atraso e deixa viaduto R$2,3 mi mais caro", informa que "uma falha no projeto vai atrasar em dois meses a entrega do viaduto da avenida Major Nicácio". Pela nota, o projeto ignorou as constantes enchentes no local e, agora, quando o viaduto deveria ser entregue, aparece a constatação de que há necessidade do alargamento do leito do córrego e os responsáveis estudam a complementação necessária.
O viaduto, um capricho do prefeito, que fez submeter a Câmara à aprovação da construção e o gasto elevado, além de impor o nome de sua progenitora, agora corre o risco de onerar mais ainda os cofres já abalados da municipalidade. Prato cheio para investigações do Ministério Público e da própria Câmara Municipal, se quiser livrar sua barra.

Extinção da Fundação Santa Casa?

Outra nota inquietante, também do jornal Comércio da Franca deste domingo, sob o título "Promotoria estuda extinção da Santa Casa" (p.A-12), informa que: "Cansados dos eternos problemas financeiros enfrentados pela Santa Casa de Franca, maior hospital de atendimento público da região, quatro promotores de Justiça estudam a possibilidade de acabar com a Fundação Casa de Misericórdia de Franca, responsável pela administração do complexo hospitalar formado pelo Hospital do Coração, Santa Casa de Franca e Hospital do Câncer de Franca". Ainda na nota, um dos promotores alega que, comprovada a inviabilidade financeira, e para evitar que os hospitais cessem as atividades, colocando em risco a saúde da população, há a pretensão de se promover a extinção da fundação com base no Código Civil, sob a alegação de não se prestar mais aos seus fins.
Realmente, uma das funções do Ministério Público é fiscalizar o funcionamento das fundações e, quando constatadas irregularidades, promover o saneamento necessário.
O que se lamenta é o fato de que tais medidas acontecem numa hora em que, segundo a administração da fundação, os problemas financeiros estavam quase equacionados junto ao governo estadual.

Palmeiras caiu de maduro.

O Palmeiras, que vinha sofrendo com a possibilidade de rebaixamento para a Segunda Divisão do Brasileirão, ao empatar com o Flamengo nesta tarde, praticamente selou seu destino. Dependendo dos resultados da Portuguesa e do Bahia, os quais não poderiam vencer seus jogos, vê, até o momento em que esta nota é escrita, suas chances se esvairem, uma vez que o primeiro, empatou, e o outro venceu.
Assim, o martírio se encerra e, agora, é pensar no futuro, uma vez que uma Libertadores o espera e, também, a luta para a volta à primeira divisão do Brasileiro.
Aos torcedores, como eu, resta o conforto de que, no mês que vem, haverá a oportunidade de torcer para os adversários do Corinthians. Aí o foco será desviado e, quem sabe, de vez.

domingo, 11 de novembro de 2012

Futura Câmara antecipa conchavos. Câmara atual encerra legislatura com votação de projeto pitoresco. Crítica tardia à empresa São José.

Futura Câmara antecipa conchavos.

Quem imaginava que a renovação no quadro de vereadores francanos possibilitaria alguma mudança, com a notícia fornecida pelo jornal Comércio da Franca, de sábado (10/11), sob o titulo: "Valéria abre mão e Jépi será próximo presidente da Câmara" (p.A-3), tem a confirmação de que nada mudará naquele importante órgão de equilíbrio dos Poderes.
Pela nota, dez vereadores de diferentes partidos, mas certamente fiéis ao PSDB, acertaram 50 dias antes da posse a eleição da presidência da Casa e demais composição da Mesa Diretora.
Mais uma vez, o estilo sidneiniano de comando do Legislativo francano prevaleceu, ficando patente que, nos próximos quatro anos, a infiltração de elementos que seguem a cartilha de Sidnei, nos partidos políticos locais, irá determinar os rumos da política municipal, uma vez que é maioria, sempre sob o signo do cabresto e do conchavo. Lamentável, mas esperado.

Câmara atual encerra legislatura com votação de projeto pitoresco.

Por outro lado, a Câmara de Vereadores atual, que protoganizou votação e aprovação de projetos contrários aos interesses públicos, irando a população em diversas ocasiões, e quase nunca realizando sua tarefa originária, qual seja a de fiscalização do Executivo, parece querer encerrar suas atividades com mais um projeto pitoresco. Segundo informou o jornal Comércio da Franca, deste domingo, na nota intitulada "Câmara quer chips em cachorros e gatos" (p. A-9), tramita naquela Casa um projeto que cria o Código de Defesa dos Animais de Franca, aprovado em primeiro turno (dia 6), cujo objetivo seria a defesa contra a violência aos animais, como abandono, exploração, etc. Trata-se de projeto de autoria de vereador do PSB, partido político do deputado Ubiali, o qual, há pouco tempo, também apresentou outro pitoresco projeto, na Câmara Federal, visando tutelar os direitos dos animais domésticos face ao divórcio de um casal, estabelecendo a guarda e o direito de visitas.
No projeto francano há disposições que já figuram em outros dispositivos legais existentes, como é o caso da proibição de rinhas e outras previstas em leis ambientais.
Curiosa é a proibição de "criar pombos nos forros de residência ou galinhas nos porões e no interior de residências", fato que, sinceramente, desconhecia existir, pelo caráter inusitado.
Além disso, chega ao absurdo a disposição que determina que "todos os donos de cães e gatos serão obrigados a matriculá-los na Prefeitura". E, que "os dados da matrícula deverão constar em plaqueta ou chip a ser colocado no animal". E, também: "ninguém poderá ter cães que perturbem o silêncio noturno". E, por aí afora!
Nada mais falta a acontecer nesta Câmara! Duvido que alguma outra a supere em ineficiência!

Crítica tardia à empresa São José.

No jornal Comércio da Franca, deste domingo, há uma manchete: "São José descumpre contrato do ônibus e prefeitura não fiscaliza."
Trata-se de assunto que dominou as críticas dos candidatos a prefeito nas últimas eleições. Além disso, a população sempre sofreu nas mãos da referida concessionária. Curiosamente, o jornal, que deveria ter se posicionado à época, já que trata-se de serviço público, só agora passa a informação  e pede providências.

domingo, 4 de novembro de 2012

Jornal prestigia vaidade do prefeito. Renovação política necessária. Atriz que ganhou museu do prefeito não se lembra de Franca.

Jornal prestigia vaidade do prefeito.


"A modéstia é uma forma de sabedoria. O que todos queremos é o reconhecimento e só o indivíduo modesto pode ser reconhecido e elevado pelos outros". (Betty Milan)


Passada uma semana do período eleitoral, esgotadas as notícias, o jornal Comércio da Franca deste domingo presenteia Sidnei Rocha com uma manchete de meia página sob o título "Daqui pra frente, sai da frente", cuja matéria é encontrada no setor Entrevista de domingo (p. A-12-13).
Na verdade, não se trata de uma entrevista, mas de longo e absurdo autoelogio, onde o entrevistador parece anuir ao invés de inquirir. Aí, Sidnei se mostra e passa a vangloriar-se além de expedir ameaças aos políticos que considera rivais atuais e futuros.
Sendo, talvez, um dos últimos atos públicos do prefeito, melhor se não tivesse sido produzido. Dele não se extrai quase nada a não ser o patente eclipsar de um homem público polêmico, que se pautou mais pelas bravatas do que por realizações úteis.

Renovação política necessária.

As declarações do prefeito francano somente podem ser aproveitadas quando ele defende a renovação de deputados locais. Na verdade, a renovação deve ser geral, assim como ocorreu em parte na Câmara Municipal e na própria prefeitura, nela com a saída do próprio Sidnei, o qual, por sua vez, deveria também dar lugar aos mais novos e não se aventurar nas próxima eleições.
Aliás, há um excelente artigo de Gaudêncio Torquato, no Estadão de hoje, intitulado: "Recados com puxão de orelha", onde há uma análise justamente sobre a necessária renovação e onde o autor termina citando Elias Canetti em frase que retrata tudo: "Se o rei começa a envelhecer, sua força mágica está ameaçada. Pode diminuir ou enfraquecer, transformar-se em seu contrário; por isso, tira-se a vida do rei que envelhece para transferir sua força mágica ao sucessor". E Gaudêncio completa: "Qualquer semelhança com nossos 'velhos reis' não é mera coincidência."


Atriz que ganhou museu do prefeito não se lembra de Franca.


A atriz Regina Duarte, que por um capricho do prefeito francano, vai receber homenagens com a construção de um museu para si, onde se pretende expor objetos de sua carreira, apesar de ter nascido em Franca e das futuras badalações, dificilmente faz menção à cidade. Hoje, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo, vários assuntos são tratados sobre sua carreira e em nenhum momento a atriz cita Franca e a construção de um museu que guardará dados sobre sua trajetória.
Sobre este tipo de ato falho, o loquaz prefeito não se manifesta em suas constantes aparições na mídia francana, que por sua vez, também não se interessa em cobrar, numa cumplicidade humilhante.

domingo, 28 de outubro de 2012

Povo ignora julgamento do mensalão. Resultado final em Franca demonstra mais uma derrota de Graciela do que uma vitória de Alexandre. Privilégio à custa do sossego da população.



Povo ignora julgamento do mensalão.

Embora a maioria dos brasileiros conscientes tenha se mostrado satisfeita com os rumos do julgamento do mensalão, onde grandes caciques do PT foram condenados e execrados, um resultado como o de São Paulo demonstra que a massa que realmente decide uma eleição não se abalou e sufragou candidato indicado por Lula (presidente petista à época dos fatos do mensalão). Isto confirma aquilo que alguns analistas julgam ser projeto de Lula de início de uma nova geração petista que veio para continuar o domínio e substituir os antigos, alguns deles mensaleiros.
Fica, porém, evidente que a grande maioria dos cidadãos brasileiros não faz ponderações na hora da escolha melhor para seus interesses, levando a crer que ignora fatos concretos e criminosos, fartamente ilustrados pela mídia e punidos pelos tribunais.
Assim, pessoas com carisma, como Lula, obtêm sucesso na indicação feita, ainda que o indicado seja pessoa pouco conhecida na política.

Resultado em Franca demonstra mais uma derrota de Graciela do que uma vitória de Alexandre.

O resultado final nas eleições francanas demonstrou, na verdade, que Graciela não soube aproveitar a fragilidade de seu oponente, candidato pela primeira vez, sem experiência, sem currículo e tendo apenas como handicap o apoio do prefeito Sidnei.
A campanha de Graciela, que contou com poucos recursos financeiros, teve orientação fraca, não sabendo explorar as fraquezas do oponente, além de não realizar apresentação convincente em seus programas televisivos, mostrando fragilidade na assessoria.
Embora o apoio do deputado Gilson de Souza tenha sido importante, tendo em conta seu prestígio popular, o grupo de candidatos a vereadores não colaborou eficientemente, tanto é verdade que o resultado das eleições para os mesmos foi aquém do esperado, sem contar que, assim como Alexandre, o vice de Graciela, Gilson Jr., não tem experiência e nem prestígio próprio.
Portanto, ganhar de Alexandre não seria tarefa difícil, ainda que a luta fosse contra Sidnei, sobre quem pouco se explorou com relação a falhas no decorrer da sua administração.
Sidnei fez um jogo de risco e, surpreendentemente, teve sucesso.
Aos francanos, agora, resta esperar que o candidato eleito aprenda a governar governando e não fique, como na campanha, sob o manto protetor de Sidnei. E, ainda que tristemente, aceitar a "continuidade " e  conviver com saúde mal gerenciada, transporte caro com monopólio, prevalência de apadrinhamentos políticos, segurança caótica, maioria de vereadores da situação que inviabiliza qualquer fiscalização, etc.

Privilégio à custa do sossego da população.

Neste final de semana ocorreu mais uma edição de um evento musical, ao lado do Franca Shopping, em local cedido para tal realização, imaginando-se devidamente autorizado pela Prefeitura Municipal. Nele, o bom gosto musical é olvidado, superado por sons que privilegiam o excessivo barulho que reverbera não só no bairro Residencial Amazonas, local do evento, como nos demais mais próximos, causando a perturbação do sossego dos moradores.
Fica a pergunta: quem é que, em sã consciência, irá querer residir num bairro que, no início, se afigurava como bom lugar para investimento e construção de moradia, com ampla avenida, proximidade do shopping e de acesso fácil a rodovia e que, em pouco tempo, está a se prestar para realização de eventos do tipo deste último, onde não há limite para o som, além de, regularmente, ocorrerem temporadas circenses e até festivais de venda de automóveis, onde o som alto também prepondera?
À custa do privilégio de poucos, os donos dos imóveis utilizados para tais eventos, sob a vista grossa das autoridades, estão na realidade inviabilizando o bairro, além de causarem o desassossego dos bairros confrontantes.
Em Franca, parece que as promoções culturais estão presas apenas a shows de qualidade duvidosa, em benefício de poucos, esquecendo-se de eventos realmente proveitosos e educacionais onde a bebida não seja o fim último e a maioria da população realmente seja beneficiada.

domingo, 21 de outubro de 2012

Política rasteira define pesquisa. Ubiali arrisca futuro. Enfim um projeto que atende a população francana. Fusão Unimed Regional esbarra no CADE.

Política rasteira define pesquisa.

As eleições em Franca, no início, demonstravam larga vantagem da candidata Graciela Ambrósio sobre os demais candidatos, ficando o atual líder nas pesquisas, Alexandre, num modesto quarto lugar. Sidnei, criador de Alexandre, de imediato, retirou de seu arsenal político todas as artimanhas que aprendeu em sua longa carreira. Pessoalmente, passou a atacar sistematicamente a pessoa de Graciela, assacando contra a mesma a responsabilidade por dificuldades na aprovação de seus projetos, tendo em conta que Graciela não era submissa aos seus objetivos, alguns, como se sabe,  danosos aos interesses da coletividade. Graciela, como vereadora, nunca se submeteu a Sidnei, realizando belo papel, na visão constitucional de fiscalização das atividades do Executivo, ao contrário daqueles que, vassalos, se submetiam às determinações do suserano.
Sidnei, com sua arrogância, não aceita opiniões divergentes. Tanto é que nos programas partidários da campanha de Alexandre, no segundo turno, fez questão de atacar virulentamente Graciela, usando de artifícios de político dinossáurico, esquecendo propostas e atacando pessoas. E o que é o pior, com inverdades, segundo informa a coluna "Opinião. Bastidores", do jornal "Comércio da Franca", deste domingo, P.2,  sob o subtítulo: "Como assim, Sidão?", segunda a qual Sidnei afirmou no horário eleitoral que Graciela teria votado contra um pacote de projetos no dia 20 de junho de 2010, que era um domingo e não houve reunião da Câmara.
Se o método não é honrado, o objetivo foi alcançado e, segundo pesquisas do Ibope/EPTV, Alexandre passou a ter considerável aumento nos índices de pesquisa eleitoral.
Ainda há uma semana para as eleições, mas somente um desempenho consistente nos últimos embates poderá proporcionar uma reviravolta. A menos que as pesquisas estejam erradas ou que ocorra uma reflexão melhor dos eleitores.

Ubiali arrisca futuro.

Criticado por todos os candidatos no primeiro turno e, de forma mais contundente, por Alexandre, Ubiali preferiu esquecer as ironias assacadas contra sua pessoa, além de olvidar seus ataques anteriores a Alexandre, a quem denominou "marionete" e responsável pelos problemas na saúde, para passar a apoiá-lo no segundo turno.
Demonstrou, mais uma vez, ser político sem qualquer visão e idealismo, preferindo atos oportunistas.
Corre sério risco de, em sendo derrotada Graciela, ter de enfrentá-la nas eleições para a Câmara, reduzindo drasticamente suas chances, ainda mais se tiver outros concorrentes de peso na cidade.
Enfim, só alguma razão muito especial, atrativa a suas ambições, pode justificar a posição assumida. Só o futuro dirá se tinha razão ou se cometeu mais um erro estratégico que poderá encerrar sua curta carreira parlamentar.

Enfim um projeto que atende a população francana.

Segundo informa a coluna "Opinião. Bastidores", do jornal "Comércio da Franca", de 20.10.12, P-4, há um projeto de lei, na Câmara Municipal de Franca, de autoria do vereador pastor Otávio (PTB), do grupo aliado ao PSDB, que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em postos de combustível e lojas de conveniência e imediações dos postos de gasolina, com possibilidade de ser votado, apesar do pedido ter entrado "há um ano". Trata-se de antiga reivindicação dos francanos, especialmente daqueles que residem nas imediações dos postos de gasolina onde se concentram alguns dos frequentadores que lá estacionam seus veículos dotados de possantes autofalantes e tornam insuportável o repouso dos moradores.
Ou seja, enfim um projeto de lei que atende a população. Resta saber se a maioria dos vereadores, alguns já em fim de carreira, irá se sensibilizar e, finalmente, aprovar algo benéfico.

Fusão Unimed / Regional esbarra no CADE.

Segundo informa o jornal "Comércio da Franca" de sábado (20.10), em manchete: "CADE recomenda reprovação da compra do Regional pela Unimed", numa primeira análise, foi rejeitada pela superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a fusão (aquisição) da Unimed e do Hospital Regional, sob a alegação de que "poderá causar prejuízos aos usuários, ao mercado privado de convênios médicos e ao sistema público de saúde da cidade". A decisão final caberá à maioria dos membros do Conselho, em data ainda não estabelecida.
De qualquer forma, fica a lição para um negócio que, parece, não levou em conta a importância da situação inflingida aos contratantes dos dois seguros de saúde dos hospitais que foram unidos, atendendo apenas interesses privados e sem anuência dos usuários, contrariando as normas que regulam a concentração de empresas, gerando monopólio e colocando em risco a qualidade do atendimento.
O que assusta é que, mesmo sem a autorização do CADE, a união já está em andamento, com comunicados na imprensa sobre novos locais de atendimento, e sob forte crítica dos usuários, alguns manifestando-se lesados e insatisfeitos pela medida tomada.

domingo, 14 de outubro de 2012

Eleições: teria Pelé razão? Cotas: mais uma medida demagógica!

Eleições: teria Pelé razão?

Há mais de quarenta anos, em plena ditadura militar, Pelé, manifestando-se sobre o voto no país, disse uma de suas muitas decalarações absurdas: "O povo brasileiro não sabe votar!" Foi, naturalmente, massacrado pela mídia.
Hoje, tal afirmação não parece distante da realidade.
Com o descrédito dos partidos políticos, sobrou para a escolha do eleitor a pessoa física do candidato. E, este, já não mais dependendo do vínculo partidário, muda propostas como um camaleão, pendendo seu discurso para aquilo que mais lhe convém.
O resultado se materializa em resultados inesperados. Na capital paulista, ninguém poderia imaginar um segundo turno em que ficariam Serra e Haddad, tendo em conta o vertiginoso caminho inicial traçado por Russomano. Em Franca, todas as pesquisas indicavam Graciela na frente, tendo Ferreira em segundo lugar. O que se viu, no final do primeiro turno, foi o contrário.
Além disso, o grande número de abstenção, votos brancos e nulos impressiona, mostrando o desprezo ou falta de opção do eleitor.
O segundo turno que se vislumbra mostra candidatos apelando para as mais diversas artimanhas. Em São Paulo, a guerra entre Serra e Haddad, PSDB X PT, já mostra lances medíocres da má política com ataques pessoais violentos, e enorme empenho de Lula e Dilma com a finalidade de encobrirem os efeitos danosos do resultado do julgamento do mensalão em que o PT foi desmistificado, passando a ser sinônimo de partido corrupto.
Em Franca, o início da campanha para o segundo turno mostra, no início, lances degradantes. Se, de um lado, o PT, sempre criticado, mostra coerência e apoia sem exigências a candidatura de Graciela, o PV de Cassiano fica "em cima do muro", optando pela neutralidade. Por seu turno, o PSB, apesar de alguns membros aderirem ao candidato Ferreira, Ubiali, o líder, optou por fazer suspense e definir sua posição mais adiante, embora todos saibam que antes das eleições já havia feito conchavos com Sidnei.
Já no horário eleitoral, Graciela manteve seu posicionamento sóbrio, enquanto Sidnei Rocha fez ataques à mesma definindo-a, pasmem, como "desequilibrada", adjetivo que toda a população francana sabe pertencer mais ao mesmo, como se viu em episódios como o do "chute aos cones", ou à agressão aos funcionários da Cometa no Terminal Rodoviário, amplamente noticiados pela imprensa à época.
Assim, levando-se em conta o fato de que, durante todo o mandato dos atuais vereadores, a população não parou de criticá-los veementemente, e, ao final, ainda foi capaz de reeleger alguns deles, além do resultado parcial para prefeito, constante da supreendente votação do primeiro turno atribuída a Alexandre, muito embora a população tenha sofrido, nos últimos anos com o abandono da saúde, ausência de transportes decentes, falta de segurança pública, falta de investimentos em educação, em saneamento básico (falta d'água em muitos bairros, pela inépcia de cobranças à Sabesp), além de outros problemas como aquisições indevidas de imóveis (esqueleto e Casa de Regina Duarte) e suspeitas em licitações, cabe a pergunta: estaria Pelé com a razão? Se o resultado do segundo turno confirmar o do primeiro, na minha modesta opinião, Pelé, em Franca, estaria coberto de razão!

Cotas: mais uma medida demagógica.

A aplicação de ações afirmativas, no Brasil, sempre foi equivocada, exagerada e demagógica.
Agora, não bastassem as muitas opções no âmbito universitário, Itamarati e outros órgãos públicos, vem a notícia alarmante estampada em manchete da Folha de S.Paulo deste domingo: "Dilma prepara cotas raciais para servidor" .
Na nota há a informação da decisão de Dilma de incluir cotas para negros no funcionalismo federal, preenchendo cargos por concurso e nomeação.
Embora haja quem saia em defesa desta medida, chegará o dia em que, no Brasil, haverá o império da discriminação contra a raça branca, a permanecer a onda dominante.

domingo, 7 de outubro de 2012

Eleições francanas: o suspense continua.

Eleições francanas: o suspense continua.

Franca realizou suas eleições e, diante dos prognósticos das pesquisas, apresentou resultado diverso. Por elas, Graciela teria maioria e Alexandre ficaria em segundo. O resultado mostrou o contrário: Ferreira ficou em primeiro e Graciela ficou em segundo.
O segundo turno se apresenta como uma incógnita. Todos se perguntam como serão as futuras alianças: Ubiali (PSB), terceiro colocado, Pelizaro, quarto e Pimentel, quinto, irão apoiar Ferreira (PSDB) ou Graciela (PP)? Ao final do pleito, Graciela, ouvida pela Rádio Difusora, após reclamar das hostilidades sofridas quanto à destruição de sua propaganda eleitoral e de boatos assacados contra sua pessoa, se mostrou otimista e interessada no apoio dos demais candidatos que não lograram ir para o segundo turno. Já, Ferreira, também ouvido pela rádio, mostrou sua habitual confiança sidneiniana, demonstrando indiferença por eventuais apoios, embora não os tenha rechaçado. Além disso, questionado na sede do GCN sobre o papel fundamental de Sidnei na campanha, Ferreira tergiversou mas concordou ser o atual prefeito o artífice de seu sucesso parcial.
Ou seja, conforme bem salientou o jornalista Corrêa Neves Junior, enquanto se discutir Sidnei Rocha nas eleições, como ocorreu no primeiro turno, poucas modificações podem ocorrer. O que realmente importa é o direcionamento da campanha questionar o potencial real de Alexandre (até o presente ignorado, tendo em conta sua fraca participação no atual governo) e não do de Sidnei, que, embora tenha cometido sérios erros (compra do "esqueleto", construção do viaduto com nome de sua progenitora, construção de um museu para Regina Duarte, contra outras prioridades, licitações sob suspeita, Feac criticada, ausência de medidas contra o caos do transporte, saúde em situação péssima, etc.) tem grande avaliação popular.
Franca, no meu entender, fica em situação de definição. Duas opções se lhe apresentam. O candidato da situação tem como lema principal, além de ausência de projetos, "a continuidade". Já Graciela, a quem caberá somar a oposição, tem propostas que atendem as necessidades francanas, tendo como mote: "Franca não quer continuidade, Franca quer evoluir, melhorar." Ou seja, será que o povo francano quer a "continuidade" de uma saúde mal gerida, transportes em caos, gastos excessivos com compras absurdas como o esqueleto, que só beneficiam interesses privados, compadrios, excesso de comissionamentos de apaniguados, ou entende que se impõe uma administração séria, pautada pelo profissionalismo, sem protecionismos, realmente interessada em solucionar os problemas urgentes que aí estão e que não podem ter "continuidade".
De antemão, com a vitória no primeiro turno, a coligação que apoiou o candidato do PSDB conseguiu eleger grande número de vereadores, o que poderá causar embaraços na administração, caso Graciela reverta a situação e saia vitoriosa no segundo turno. Além disso, infelizmente, ainda não foi desta vez que nossa Câmara teve renovação total de seu quadro. Caciques, com redutos fiéis, conseguiram se manter.
No entanto, resta a esperança que, no segundo turno, os eleitores possam aquilatar a real necessidade de renovação que Franca almeja, sendo afastado o horizonte sombrio que se apresenta, fazendo com que a seriedade e o trabalho vençam a arrogância e o desrespeito aos interesses públicos.

domingo, 30 de setembro de 2012

Debate da Globo mostra diferenças. Demissão de Secretário complica PSDB. Morte da maior personagem da televisão brasileira.


1. Debate da Globo mostra diferenças.

O debate entre os candidatos a prefeito de Franca realizado pela EPTV-Globo, no sábado, mostrou, mais uma vez, as diferenças existentes entre os candidatos. Primeiramente, ficou fácil verificar as dificuldades que Ubiali (PSB) e A. Ferreira (PSDB) têm para se expressarem quando inquiridos sobre assuntos que não dominam. Ubiali, na qualidade de deputado, não deveria demonstrar nervosismo. Ferreira, sem a presença de seu criador, evidentemente apresentou o que realmente é.
Graciela Ambrósio (PP) mostrou o motivo de sua liderança nas pesquisas: segurança e posicionamento adequados. Gilson Pelizaro (PT) aproveitou a oportunidade para mostrar os pontos fracos da gestão tucana, além de destacar o pedido de demissão do secretário das Finanças com a consequente adesão à candidata Graciela. Cassiano Pimentel (PV) teve boa participação tendo em conta sua fluência fácil, mostrando que, futuramente, quando se livrar da herança petista que carrega, poderá obter algo na política.
Antes das eleições há um último debate, a ser realizado pelo grupo GCN-Comércio da Franca, sendo a derradeira oportunidade para a ocorrência de uma transformação nas pesquisas já efetuadas. Cabe, portanto, aos candidatos na liderança cuidados para as ciladas que, certamente, estão sendo preparadas para modificar a situação que, parece, já está consolidada.

2. Demissão de secretário das finanças complica PSDB.

A polêmica escolha do candidato tucano ao pleito deste ano com a influência do prefeito dividiu o partido, deixando o deputado Engler insatisfeito e, principalmente, um dos participantes da convenção, Sebastião Ananias. Agora, há poucos dias da eleição, Ananias protocolou seu pedido de demissão, além de manifestar seu apoio à candidatura de Graciela Ambrósio (PP), conforme anunciado no debate da EPTV-Globo e confirmado em entrevista do mesmo, ao jornal Comércio da Franca, deste domingo, sob o título: "Não gosto de candidato que não é candidato; para  mim isso é estelionato eleitoral" (p.A-20). Na entrevista Ananias salienta que a prefeitura  "tem 18 milhões depositados que podem  ser aplicados em cosntrução de creches e escolas." E, como se sabe, um dos motes dos candidatos é justamente a ausência de creches suficientes na cidade, o que escancara as deficiências do aproveitamento dos recursos públicos por Sidnei, que prefere adquirir prédios como o esqueleto, ou gastar em obras como o museu dedicado a Regina Duarte e construção do viaduto que levará o nome de sua progenitora, contrariando com tais opções a opinião de parcela respeitável da população.
O episódio da saída do secretário e seus efeitos no pleito só poderá ser avaliado quando da próxima pesquisa a ser realizada, mas desde já o clima parece ficar nublado em relação ao candidato tucano, que tem seu alicerce exclusivamente pautado sobre os atos e desempenho de seu criador.

3. Morte da maior personagem da televisão brasileira.

Faleceu, sábado, Hebe Camargo, a maior personagem televisiva brasileira. Hebe faz parte da própria história da televisão brasileira,.Seu programa, com altos índices de audiência com conotações populares, alavancou a carreira de diversos personagens do meio artístico, além de colocar em destaque os canais pelos quais passou, especialmente o SBT.
Sua simpatia e carisma culminaram com um dos mais emocionantes funerais já realizados, com a presença das maiores autoridades do país e companheiros do meio artístico.

domingo, 23 de setembro de 2012

Queda dos maiores partidos bem analisada. Situação crítica da estiagem expõe Sabesp. Últimas pesquisas eleitorais apontam desfecho esperado.

1. Queda dos maiores partidos bem analisada.

No jornal Estadão deste domingo, em editorial da lavra de Gaudêncio Torquato, sob o título: "Não há deuses na política", há interessante comentário abordando a visível queda dos dois maiores partidos políticos da atualidade: PT e PSDB. Com sua habitual experiência em comentários na área política, o jornalista salienta a situação de descrédito dos vermelhos e dos tucanos, concernente, quanto ao primeiro, aos reflexos da exposição do julgamento do mensalão, onde estão sendo comprovadas as denúncias de malversações do dinheiro público pela cúpula petista da era Lula. Já em relação ao segundo, a análise se prende ao fato de o partido viver ainda da época áurea de FHC e, de lá para cá, não ter se reciclado e viver momento crescente de vôo baixo, além de ser o próximo alvo de julgamento, quando a alta Corte julgará o mensalão do PSDB, tão logo termine o atual.
Na verdade, trata-se de fato incontestável. Na capital paulista, Haddad (PT) e José Serra (PSDB) vivem momentos de inferioridade nas pesquisas eleitorais, ficando abaixo do favorito Russomano (PSD). Em Ribeírão Preto, Nogueira (PSDB) e Gandini (PT) estão, também, inferiorizados à candidata do PSD, Dárcy Vera.
Em Franca, Ferreira (PSDB) e Pelizaro (PT) em todas as pesquisas já realizadas perdem pera Graciela Ambrósio (PP).
Ou seja, uma nova era pode estar começando. Os grandes partidos, desacreditados por membros superados ou filiados à ficha suja, começam a naufragar, levando a crer que, se não efetivada uma reforma política, o único caminho a percorrer será o da formação de novas siglas onde as maçãs saudáveis possam se reunir, livrando-se do prejuízo causado pelas podres.


2. Situação crítica da estiagem expõe Sabesp.


A prolongada estiagem proporcionou a situação dramática de falta de água em Franca, mostrando a incapacidade da Sabesp em gerir a concessão do serviço público na cidade.
Na primeira chuva ocorrida, aliada a um vendaval, com a queda da energia em determinados locais, o fornecimento de água piorou, o que demonstra a fragilidade da concessionária que, esperava-se, teria algum gerador ou outro mecanismo que impedisse que suas máquinas parassem de se movimentar e  suspendessem o abastecimento da cidade, já falho, como ocorreu.
Ou seja, curiosamente, Prefeito e vereadores, preocupados em elegerem seus cupinchas ou se reelegerem, não questionam a inércia da Sabesp. Além disso, infelizmente, candidatos da oposição não aproveitam o tema para desenvolverem suas campanhas e, com isso, quem perde é o cidadão, como sempre. O horizonte, portanto, não vislumbra qualquer alteração no futuro, uma vez que saneamento básico, segurança, transportes e educação são temas que não cativam os candidatos, presos ao eterno e insolúvel problema da saúde.


3. Últimas pesquisas eleitorais apontam desfecho esperado.


As últimas pesquisas eleitorais, inclusive a da EPTV/Ibope, indicam favoritismo da candidata Graciela Ambrósio (PP) nas eleições municipais francanas, tendo, surpreendentemente, Ferreira (PSDB) como segundo colocado. Se a primeira alcançou por méritos próprios seu índice, o mesmo não se pode dizer do segundo, uma vez que a campanha gira totalmente como se o candidato fosse o atual prefeito, seu criador e mentor.
Se Ubiali (PSB) e Pelizaro (PT) que teriam, em tese, grandes possibilidades de estarem em segundo lugar, partindo para um segundo turno, não intensificarem suas campanhas, podendo, ambos superar Ferreira, a tendência será a manutenção da atual situação. E, como foi sugerido, sendo verdadeiro o acordo entre Sidnei e Ubiali, não será difícil a união do mesmo ao tucano, caso fique fora do segundo turno. Aí, o resultado final será totalmente imprevisível, apesar da candidata Graciela se apresentar como a opção mais coerente e esperada.

domingo, 16 de setembro de 2012

Caderno eleitoral de jornal ajuda escolhas. Sabesp amedronta população com cortes periódicos. Matéria da Veja sobre Valério repercute.

1. Caderno eleitoral de jornal ajuda escolhas.

Diariamente o jornal Comércio da Franca edita um caderno abordando notícias sobre as eleições, sob o nome "Eleições 2012", que vem contribuindo de maneira efetiva para que o eleitor consciente saiba escolher os candidatos adequados, seja no âmbito do cargo de prefeiro, seja do de vereador.
Exemplo disso foi o exemplar do dia 15 do corrente mês, onde há matérias para serem bem digeridas: "94,1 mil eleitores sequer têm ensino fundamental" (p.2), "Cidade suja - Jépy ignora lei que ele propôs e aprovou" e "Ismael: 'a lei não tem valor' " (ambas, na p.3).
Ou seja, a leitura das matérias instrui corretamente o eleitor na avaliação dos protagonistas do pleito futuro. Comportamentos, atitudes, manifestações dos atores das eleições desnudam caracteres, situações, posições porventura desconhecidas e úteis na escolha final.

2. Sabesp amedronta população com cortes periódicos.

Recentemente, tendo em conta a longa estiagem, a Sabesp iniciou cortes pontuais do fornecimento de água, tornando s situação de muitos bairros aflitiva.
O que se lamenta não é o fato de estar correto ou não o procedimento, mas a falta de previsão e planejamento da concessionária sob o beneplácito do prefeito e da Câmara Municipal, os quais permanecem estáticos sem cobrar providências mais efetivas. Por outro lado, questiona-se se agiu correstamente o prefeito quando renovou o contrato da estatal a troco de 30 milhões e que teriam tido o destino do asfaltamento da cidade. No final da história, o que é melhor para a população: água ou asfalto?

3. Matéria da Veja sobre Valério repercute.

A revista Veja apresentou mais uma reportagem bombástica onde envolve Lula como verdadeiro chefe do mensalão. Outros meio de comunicação, como o jornal Folha de S.Paulo, deste domingo, transcreveram a matéria: "Valério acusa Lula de chefiar mensalão, afirma revista" (manchete, página inicial).
As revelações antecedem a nova fase do julgamento do mensalão, a partir da próxima semana, onde será analisada a paritcipação dos principais acusados, a maioria deles estreitamente ligados a Lula.
Ou seja, mais lenha na fogueira.

domingo, 9 de setembro de 2012

Alexandre derrapa. Nível fraco das divulgações eleitorais na TV. Corte da água em Franca pode influir no pleito.

1. Alexandre derrapa.

O jornal Comércio da Franca realiza "sabatinas" com os candidatos a prefeiro de Franca. Já foram ouvidos os principais entre os com mais intenções de votos nas pesquisas. O candidato Alexandre Ferreira (PSDB), indicado e apadrinhado pelo atual prefeiro Sidnei Rocha, ouvido na última quinta-feira, saiu-se mal, principalmente na matéria em que deveria melhor conhecer, a da saúde, setor que comandou no governo atual por longos anos e que, justamente, é o mais criticado pela população. Suas respostas a perguntas básicas foram incompletas e inconsistentes, conforme noticiou o jornal Comércio da Franca, no caderno "Eleições 2012" de 07/08/setembro, p.1, deixando muito a desejar, conforme o esperado.
Por outro lado, repercutiu muito mal a interferência do prefeito Sidnei, conforme informou o repórter Edson Arantes, autor de "Opinião. Bastidores", na mesma edição, p.2, sob o subtítulo "Candidato Sidnei", mencionando o desespero do padrinho às dificuldades encontradas pelo apadrinhado e, em ato típico de falta de respeito, na platéia, teria gritado: "Vocês só vão falar de saúde?". Acostumado a "chutar cones" e a desrespeitar a democracia, o prefeito, felizmente, recebeu resposta à altura do apresentador Leandro Vaz, o qual respondeu: "Gostaria de pedir a platéia para não se manifestar. Da próxima vez, vamos perguntar ao secretário de Saúde sobre cultivo de orquídeas".
Ou seja, o candidato não se impõe, sendo que deveria aparecer por méritos próprios! O eleitor, como sempre, estará atento ao desenrolar das participações.

2. Nível fraco das divulgações eleitorais na TV.

A qualidade das gravações publicitárias apresentadas nas campanhas dos candidatos às eleições francanas está muito fraca. Forçados a mostrarem suas qualidades na TV Record, reconhecidamente com menor audiência do que a TV Globo Ribeirão, os quadros apresentados sofrem de uma falta de criatividade enorme, aliada à baixa qualidade técnica e textos que pouco informam. As matérias dos candidatos Graciela (PP) e Gilson (PT) se destacam um pouco em relação às dos demais, mas, de maneira geral, todas têm um nível bem inferior às apresentadas pelos candidatos de Ribeirão Preto.
Em Ribeirão Preto, a maçica aparição dos candidatos Dárcy e Gandini, ofusca a dos demais, sendo a que mais decepciona a de Nogueira (PSDB), muito repetitiva e cansativa. A propaganda de Gandini(PT) tem alguns quadros bem fracos e o jingle não poderia ser pior com a adoção do tom caipira.
Já a campanha da atual prefeita Dárcy (PSD), é muito bem feita, profissional ao extremo, podendo fazer a diferença no resultado final das eleições.

3. Corte de água em Franca pode influir no pleito.

Há um certo tempo, tendo em conta o período longo de estiagem, os jornais têm noticiado declarações do gerente local da Sabesp, vereador pelo PSDB, sobre a provável necessidade de cortes temporários do fornecimento de água, em períodos alternados, nos bairros da cidade, em razão do nível baixo dos reservatórios.
Trata-se de notícia pouco explorada pela imprensa, uma vez que o atual prefeito, no início de seu atual mandato e, em período crítico do abastecimento, renovou a concessão da exploração do serviço público à Sabesp, recebendo em troca 30 milhões que serviram para recapear a cidade e deram destaque à administração, sendo uma das bandeiras da campanha. Ora, à época, deveria ter sido feita previsão para que, com a renovação do contrato, a cidade não mais ficasse à mercê das intempéries do clima, como agora se está a verificar. Ou seja, o eleitor irá ponderar que água, como sempre, é muito mais importante do que asfalto e conversa fiada.

domingo, 2 de setembro de 2012

Pesquisa da Globo anima candidatos. Candidatos desrespeitam leis pela falta de fiscalização. Diferença de qualidade da propaganda eleitoral incomoda. STF, por enquanto, cumpre seu papel.

1. Pesquisa da Globo anima candidatos.

Alguns candidatos ao pleito de prefeito ficaram animados com a recente divulgação de intenção de votos realizada pelo Jornal Regional, da Rede Globo. Principalmente, os adeptos da candidatura de Alexandre (PSDB), os quais vinham amargando, desde o início, um sofrível quarto lugar. Agora, atingido o segundo lugar das intenções, ainda que atrás da favorita Graciela Ambrósio (PP), esperam que a campanha cresça para ter condições de disputar o segundo turno, fato que, até então, parecia difícil. Resta saber se o crescimento das intenções deu-se pela maciça aparição de Sidnei Rocha no horário eleitoral, divulgando suas obras, ou se, realmente importante, seria fruto do interesse pelo real candidato e não pelo seu patrono. Por ocasião dos debates entre os candidatos, ter-se-á uma noção sobre como se comportará Alexandre quando confrontado, questionado e quando tiver que mostrar recursos próprios e não emprestados. Por enquanto, a candidata Graciela, quando sabatinada pelo jornal Comércio da Franca, mostrou segurança e propostas estimulantes.

2. Candidatos desrespeitam leis pela falta de fiscalização.

Foi noticiado e todos são testemunhas do constante desrespeito às leis pelos candidatos a prefeito.  Em toda a cidade são distribuídos cabos eleitorais, portando bandeirolas publicitárias de campanha, dando-se preferência às avenidas e rotatórias de grande movimento, e outros locais públicos, de forma proibida, aproveitando-se da inércia da fiscalização municipal. Aliás, infelizmente, também o candidato do partido do prefeito (PSDB) aparece como infrator, com o uso indevido dos bens públicos. Após a notícia veiculada pela imprensa, através da ação do MP, parece que os abusos serão coibidos.

3. Diferença da propaganda eleitoral incomoda.

A excelente divulgação protagonizada pela candidata à reeleição de Ribeirão Preto, na Rede Globo, incomoda candidatos a prefeito de Franca que, segundo dá conta notícia veiculada em jornal local, pretendem retirar a divulgação do sinal, no horário eleitoral para Franca, sob o pretexto de que atrapalharia seus objetivos.
Trata-se de um entendimento errôneo, baseado no ciúme que provoca o fato de que os candidatos locais só podem se valer da divulgação pela Rede Record, notadamente com reduzido poder de divulgação. Devem, sim, se posicionar no sentido de que, no futuro, Franca consiga ter acesso, também, ao horário eleitoral da Rede Globo, em igualdades de condições com a cidade vizinha.

4. STF, por enquanto, cumpre seu papel.

O Supremo Tribunal Federal, ao terminar a primeira parte do julgamento do mensalão, surpreendeu aos mais céticos e desempenhou o papel que lhe incumbe, qual seja da aplicação correta da lei. A atuação da maioria de seus ministros, a exceção de Lewandowski e Dias Tóffoli, trouxe à população a certeza de que influências políticas não atrapalharão os votos esperados, tendo em conta os fatos gravíssimos que ensejaram o maior processo já analisado pelo órgão maior da Justiça nacional.

5. Poluição sonora volta a atacar Franca.

A poluição sonora, tragédia ambiental que ataca o mundo moderno, especialmente em Franca, voltou com força total. Bastou a Polícia Militar afrouxar a fiscalização das avenidas e logradouros públicos, para que indivíduos já conhecidos, voltassem a atacar com seus potentes alto falantes inseridos em seus automóveis, com músicas(?) de péssimo gosto, atormentando o sossego dos cidadãos, principalmente no período noturno e até altas horas, especificamente nos bairros de sempre: Consolação, Lima, Parque dos Lima, Pq. Francal, Paraíso, etc. No sábado, um cidadão infernizou, com incríveis decibéis, toda a região. Até quando?

domingo, 26 de agosto de 2012

Incógnita no futuro do STF. Franca bate recordes de criminalidade. Ausência de educação.

1. Incógnita no futuro do STF.

O julgamento do mensalão, a continuar pelo que vem ocorrendo, tende a marcar a trajetória do maior tribunal do país para um mar de incertezas. Tanto é verdade que, os confrontos entre Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski não se limitam a guerra das vaidades, mas prometem abalar seriamente as colunas do tribunal com o julgamento final que, se absolver os grandes protagonistas dos crimes, irá confirmar a incredulidade do cidadão quanto a certeza da impunidade.
Por outro lado, a iminente aposentadoria compulsória de Cezar Peluso e Ayres Britto, respectivamente, em setembro e novembro, assim como a provável aposentadoria de Celso Mello, por iniciativa própria, com o surgimento de três novas vagas, possibilitará ao governo petista a indicação de novos ministros de sua total confiança, o que, com a situação já existente, tornará o tribunal com maioria absoluta de homens da confiança do partido. O Senado, que poderia impedir tal desfecho em suas sabatinas, não age imparcialmente na atividade que lhe é incumbida pela Constituição, o que aumenta o temor.
Na visão do historiador Marco Antonio Villa (UFSCAR), em artigo publicado no setor Opinião-Espaço Aberto, do Estado de S.Paulo deste domingo, sob o título "O STF corre perigo", se tal possibilidade vier a se confirmar: "Poderemos ter nas duas próximas décadas, independentemente de que partido detenha o Poder Executivo, um controle petista do Estado brasileiro por intermédio do STF, que poderá agir engessando as ações do Presidente da República."
Ou seja, se agora já está um caos, imaginem dentro de pouco tempo.

2. Franca bate recordes de criminalidade.

O jornal local Comércio da Franca, em sua edição de sábado, sob o título "Franca é vice-campeã no índice de criminalidade" (p.A-7), informa sobre as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, confirmando, de maneira oficial, o que os francanos estão cansados de conviver.
Além disso, no ítem "furtos", a cidade é campeã absoluta no Estado. O delegado titular em exercício da Delegacia Seccional de Franca informou ao jornal, por outro lado, "que a população acredita na polícia" através de comunicados das ocorrências, o que aumentaria a estatística. Não poderia existir maior tergiversação que esta!

3. Ausência de educação.

Um dos maiores problemas brasileiros é a ausência de educação.
A educação se molda na família e através de atos do Estado.
No Brasil, família e Estado são omissos e, no dia a dia, sofre toda a população com a influência que tal ausência provoca.
Assim, a falta da educação impede maior controle sobre a saúde, com doenças que poderiam ser evitadas e que existem pela ignorância que prepondera em alguns segmentos.
De outro lado, a falta de educação se reflete nas infrações administrativas ou criminais, seja pela falta de cumprimentos básicos de convivência, seja por atentados ao meio ambiente, trânsito, etc.
Nos locais públicos, a falta de educação se reflete também, nos mínimos comportamentos, como por exemplo em cinemas, onde pessoas não sabem sequer se sentarem corretamente, ou colocar lixo nos locais apropriados, além de manterem silêncio durante a projeção. E, ainda, em igrejas, assiste-se pais que levam filhos de colo sistematicamente e não impedem suas estripulias e choros atrapalhando as celebrações e aos demais que almejam participação tranquila.
Por outro lado, a educação não é meta de nenhum político nacional, pois, como se sabe, quanto mais ignorante for o povo, melhor e maior o tempo no poder, uma vez que sem educação não se forja cidadãos interessados em mudanças.

domingo, 19 de agosto de 2012

Vaidades no STF. Eleições francanas delineiam favoritos. Demais destaques.

1. Vaidades no STF.

Com um cronograma estudado antecipadamente, o STF, no julgamento do mensalão, tende a ter seu desenvolvimento projetado dificultado por confrontos entre ministros.
Como se viu, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski esgrimam por posições antagônicas quanto à forma do julgamento, provocando discussões inócuas e que contam com a ajuda de Marco Aurélio Mello para acentuar as fagulhas.
Para quem está de fora, parece mais uma guerra de egos onde a vaidade dos protagonistas supera o objetivo maior que se espera de um órgão colegiado da estirpe do STF. Aliás, o exagero nas atitudes dos ministros deu margem a excelente artigo da jornalista Eliane Cantanhêde, intitulado "Jardim de infância", da Folha de S.Paulo deste domingo (p.A-2), onde é retratada de forma feliz a situação, inclusive com comentários sobre a escolha e particularidades dos ministros, com a conclusão: "Discordar é preciso, argumentar é fundamental, mas bater boca, fazer birra e rodar a toga parecem coisa de jardim de infância, não da mais alta corte do país decidindo sobre a reputação e o destino de 38 cidadãos."
É verdade. A expectativa popular pela atuação do STF no julgamento que foi chamado "do século", não pode ser frustrada por interesses menores inculcados nas idiossincrasias dos julgadores.

2. Eleições francanas delineiam favoritos.

As eleições deste ano prometem grandes emoções em relação à disputa pela prefeitura. As primeiras notícias sobre o comportamento inicial dos candidatos comprovam os resultados das pesquisas iniciais, bem como o perfil de cada um. Não restam dúvidas de que, no momento, a candidata Graciela (PP) vem correspondendo às expectativas, além de superar seus adversários no primeiro debate ocorrido na TV local. Por outro lado, também confirmando expectativas, o desempenho do candidato indicado pelo prefeito atual é pífio. Ubiali (PSB) e Pelizaro (PT) se constituem nos adversários que têm mais condições de modificarem a situação atual.
As entrevistas a serem realizadas pelo jornal Comércio da Franca a partir da próxima semana poderão confirmar ou alterar o jogo político.

3. Utilização com privilégios no horário político.

Os partidos políticos dão grande importância ao uso do horário de propaganda nos meios de comunicação, sendo tal motivo o empenho realizado na formação das coligações, muitas delas até espúrias, onde partidos com programas totalmente diferenciados se unem e se sujeitam às mesmas.
Neste sentido, situações estranhas ocorrem. Noticiou-se, em coluna política do jornal Comércio da Franca que, em razão da cassação do mandato do vereador Marco Garcia (ex-PP), seu partido atual (PPS) iria conceder ao mesmo maior parte do tempo destinado ao partido para que tentasse se explicar a seus eleitores, em prejuízo dos demais postulantes. Isto sabendo-se que o candidato tem bem menos tempo de filiação que os demais candidatos.
Tal situação, por outro lado, deve ser fiscalizada e combatida em outros partidos pelos postulantes, para que os chamados "caciques" não desfrutem de privilégios semelhantes.
Aliás, a propósito, o jornal Folha de S.Paulo, em seu editorial deste domingo, sob o título "Novo horário eleitoral", faz consistente crítica sobre o tema, reclamando mudanças, mesmo porque o dinheiro que cobre tais inserções é publico e deve obedecer a critérios melhores. Sugere, ainda, que : "passo importante nessa direção é o combate às legendas de aluguel, que transformam o tempo de TV em capital político e o utilizam apenas como moeda de troca."

4. Truculência da guarda civil municipal contra protestos.

Noticiou-se que, nesta semana, manifestantes contrários às novas tarifas impostas pela empresa S.José, detentora da concessão dos tranportes urbanos da cidade, foram rechaçados de maneira violenta e desnecessária pela guarda civil municipal, com a utilização das novas armas denominadas "teasers" que, acionadas, aplicam choques nas pessoas.
O episódio foi lamentável, mostrando a truculência inerente ao atual governo municipal que quase nunca se dispõe a ouvir as reivindicações populares.
Aos reprimidos cabe reclamação à Justiça e ainda aguardar a oportunidade mais democrática que se avizinha, qual seja a de mostrar sua opinião através do voto contrário aos adeptos da utilização de tais medidas e métodos.

domingo, 12 de agosto de 2012

Pais e advogados. Eleições francanas. Demais destaques.

1. Pais e advogados.

Neste final de semana tivemos duas datas comemorativas importantes. Uma, a relacionada ao Dia dos Pais. Este ano, como se viu, os logistas tentaram equiparar a comemoração alusiva aos pais à das mães, onde as vendas se tornam essencialmente lucrativas para os mesmos.
Independente do lado comercial do evento, o que importa é que trata-se de data importante e que deve ser analisada pelo lado essencial. Assim, é de se destacar palavras sábias do texto "A vocação de ser pai", do Cardeal Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno Assis, quando afirma: "Infelizmente, vivemos uma crise na família. Muitas crianças nascem e crescem sem conhecer ou mesmo sem saber quem é o seu pai. A presença do pai é muito importante para o desenvolvimento e amadurecimento afetivo dos filhos e para a formação de sua identidade e de seu caráter. A figura paterna não pode ser substituída, pois cada um - pai e mãe - tem seu papel específico no lar. Tamanha a importância da família constituída entre um homem e uma mulher que Deus, ao enviar seu Filho ao mundo, quis que Ele nascesse no seio de uma família: escolheu para Ele um pai e uma mãe.
A Sagrada Família é modelo da família cristã: a imagem de pai está intimamente ligada a São José, assim como a imagem de mãe está ligada a Maria."
De minha parte, quero, na oportunidade reverenciar a memória de meu pai, Alfredo Palermo, que foi exemplo de pai e cidadão, deixando exemplos inesquecíveis e imensa saudade!
A outra comemoração, foi a do Dia do Advogado, figura especial na Nação e indispensável na democracia.
Aliás, sobre o dia 11 de agosto, Dia do Advogado e da criação dos cursos jurídicos no Brasil, Marcos Costa, atual Presidente da OAB- Seção de São Paulo, em sua mensagem aos 300 mil advogados inscritos, salientou: "Na sua longa trajetória a advocacia brasileira produziu uma rica história de lutas, sempre balizadas pela defesa intransigente da administração, distribuição e disseminação da justiça, condição essencial para o exercício da plena cidadania e construção de um país democrático, equânime e justo."
Parabéns, portanto, à classe dos advogados!

2. Eleições francanas.

As campanhas eleitorais começam a tornar-se mais efetivas, com candidatos se esforçando para divulgarem seus projetos, embora não consigam esconder suas ambições pessoais, fato que o eleitor, sabiamente, não deixa de perceber.
Assim, como não poderia deixar de acontecer, pululam folhetos onde cinicamente seus responsáveis discriminam currículos com realizações falsas, apoios de pessoas ou políticos de destaque, sem se saber se os mesmos autorizaram tais assertivas. E, pasmem, não são somente os candidatos de primeira eleição que se utilizam de artifícios pouco éticos, mas políticos veteranos, conhecidos por suas artimanhas e que não se pejam de utilizarem métodos pouco honestos para viabilizarem, a qualquer preço, suas eleições ou reeleições. Que Deus nos livre da eleição ou reeleição destas figuras nocivas! Que o eleitor pondere sobre o caráter, passado e presente do candidato, bem como de suas adesões aos que detém o poder, no sentido de seu benefício e não do da comunidade, como é comum de se ver. E, que fique atento àqueles que, de repente, passam a cumprimentá-lo, com sorrisos e simpatias dantes nunca existentes!
Também, é necessário atenção para métodos e utilizações não autorizadas pela lei eleitoral, os quais, felizmente, vêm sendo vigilantemente afastados pelo Ministério Público Eleitoral que, desde o início, já vem mostrando sua capacidade de eliminar os excessos cometidos.
Neste sentido, como noticiou o jornal Comércio da Franca, do dia 10 de agosto, p.A-4, na notícia intitulada "Justiça obriga candidato a vereador a recolher adesivos", o promotor Claudemir Oliveira entrou com representação na Justiça com a finalidade de notificar um candidato que se utilizava de adesivos de forma ilegal. Assim, segundo a nota: "Os adesivos utilizados pelo candidato, que é delegado de Polícia Civil, são bastante parecidos com o emblema oficial da Polícia Federal. Segundo  legislação, o "uso na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista constitui crime." Tais adesivos, além do dúbio sentido, apresentavam também certo aspecto intimidatório, podendo criar dúvidas em pessoas mais simples.
O povo, certamente, será o maior fiscal dos excessos porventura perpetrados, devendo, em tais casos, comunicar a Justiça Eleitoral via Ministério Público.

3. Demais destaques.

Futebol decepciona na final da Olimpíada.

Embora tenha sido surpresa para muitos, não foi para alguns, a derrota do Brasil no futebol, para a equipe do México.
O Brasil começou mal, desde o início, sua preparação para a Olimpíada. A escolha do técnico Mano Menezes, imposta por Andres Sanchez, desde o tempo do ex-presidente Teixeira da CBF, foi errada.
Mano, há muito na Seleção principal, mostrou-se um técnico pouco afeito a táticas e muito mais chegado a empresários do futebol, convocando jogadores sem qualquer qualidade para promovê-los ou usando de critérios do compadrio. Falhou como técnico nos jogos do Brasil contra as melhores seleções do mundo, onde sua criatividade, quando exigida, não apareceu.
Em relação ao time para a Olimpíada, não tinha condições de treiná-lo, uma vez que quem melhor conhecia a parte técnica e tática dos jogadores era Nei Franco (atual técnico do São Paulo), por longo tempo treinador dos jovens das equipes de base do Brasil e que foi preterido em razão da má política dos dirigentes da CBF.
Por outro lado, o México tem uma equipe de jovens que vêm atuando juntos há muito tempo, tendo participado e vencido outras grandes competições, com um futebol de esquema organizado e muito bem executado. Deu no que deu!
Vamos torcer para que Mano, pessoalmente, saia da direção técnica, ou que os dirigentes tenham o bom senso de demiti-lo para que o Brasil não colha novos vexames na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, em 2013 e 2014, respectivamente.

Outras decepções na Olimpíada.

O Brasil teve, também, além do futebol masculino, outras decepções nos esportes coletivos, como no futebol feminino, vôlei masculino, handebol feminino.
Coincidência ou não, parece que a manifestação de Dilma no início dos jogos, cobrando melhor atuação dos atletas em disputas individuais, fez piorar a atuação dos esportes coletivos. Ou seja, Dilma, como Lula, é pé frio! Por outro lado, felizmente, atletas em competições individuais tiveram atuações surpreendentes, como o espetacular Arthur Zanetti. Ou seja, quando não há intervenção maléfica, tudo dá certo!

Encerramento bonito da Olimpíada.

Os ingleses coroaram a excelente organização da Olimpíada com um espetacular show, onde houve apresentações primorosas e canções de astros da música inglesa. Vamos aguardar que, no Brasil, Dilma não consiga estragar a festa com sua "escola de samba"!

Excelente comentário de um leitor da Folha sobre as greves dos funcionários públicos.

Este comentário do leitor da Folha de S.Paulo (Paulo Ribeiro de Carvalho Jr. de São Paulo, SP), publicado no Painel do Leitor deste domingo (p.A-5) retrata bem um sentimento geral:
"Na 'República dos Funcionários Públicos', inchada e cevada por Lula, quem paga a conta, para variar, somos nós, os contribuintes, reféns dessa horda de parasitas do dinheiro público."

domingo, 5 de agosto de 2012

Padroeira em Franca. Destaques da política e da semana.

1. Padroeira em Franca.

Franca está feliz e honrada com a chegada, neste sábado, da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida. Em visita à região, a imagem da Padroeira do Brasil chegou às 17h00 deste sábado (04.08.12) e foi recebida com ovações e carreata pelos católicos até a Catedral, onde foi realizada uma celebração com a presença de vários bispos e do Núncio Apostólico D. Giovanni D'Aniello, representante do Papa no Brasil.  Dentro das comemorações atinentes, houve, no Pedrocão, a Festa da Família, às 15h30 deste domingo, com missa celebrada pelo Núncio e onde a imagem também esteve presente.
Durante a segunda-feira a imagem poderá ser visitada em Franca e, posteriormente, irá para outra cidade.

2. Destaques da política e da semana.

Pesquisa eleitoral do GCN.

Nova pesquisa mantém inalterado o quadro nas eleições francanas: Graciela (PP) está na liderança com 29% de intenções, Ubiali (PSB) tem 19,7%, Pelizaro (PT) tem 15,7% e o candidato do prefeito, Alexandre Ferreira (PSDB), tem 10%.
Ou seja, ainda no começo da campanha, aparentemente, o eleitorado está dividido entre Graciela, Ubiali e Pelizaro, mostrando que o prefeito não transferiu sua popularidade para o candidato que impingiu ao partido e que não consegue emplacar.

Pesquisa retrata realidade francana.

Por outro lado, os constantes problemas existentes nas áreas da saúde e segurança que dominam as preocupações dos francanos, sem qualquer movimentação das autoridades a eles ligados, entrelaçados à administração atual e aos candidatos, impedem qualquer manifestação de apoio ao candidato da situação.

Até o secretário se manifesta contra.

Aliás, interessante a entrevista no Comércio da Franca deste domingo, de Sebastião Ananias, secretário do governo atual, membro do PSDB e que salientou as divergências existentes no partido com a escolha de seu candidato. Além disso, mostrou-se inclinado a apoiar Graciela que, assim como Ubiali e Pelizaro, já o teriam convidado para integrar o governo, caso um deles venha a ser eleito.

 Prefeito prepara saída honrosa.

Outro fato interessante ocorreu quando da visita do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que veio a Franca demonstrar apoio a Ubiali. Na ocasião, Sidnei Rocha (PSDB) recebeu o governador, alheio à situação de ato político de apoio a Ubiali. Pode ser um indicativo de que, em havendo segundo turno e ficando fora o candidato do PSDB, Sidnei se bandeie para Ubiali.


Mensalão em sua primeira fase.

Após a fase inicial, com discussões havidas entre o relator e o revisor do processo do mensalão, aconteceu a manifestação do Procurador-Geral, com a acusação relatada em cinco horas. Duras e técnicas as palavras do Procurador-Geral. Na verdade, foram reiterações das acusações da peça inicial, mas claramente destinadas à quadrilha que comandava o primeiro governo petista de Lula, destinando verbas vultosas em troca de apoio politico.
Por outro lado, segundo comentários na imprensa, a segunda parte dos trabalhos, destinada à manifestação dos advogados de todos os acusados, será toda no sentido de desqualificar a acusação do MPF com alegações de que não há provas suficientes para comprovar o teor das acusações. Será, também, uma oportunidade para que os representantes das maiores bancas de advogados do país exercitem suas habilidades de descobrirem as eventuais falhas processuais que inviabilizem condenações, uma vez que os ministros do STF, mais do que ninguém, estão obrigados a respeitar os estritos termos das leis existentes e vigentes, não se deixando levar pelas paixões que dominam processos de tal porte.

Excelente artigo de Ferreira Gullar retrata desilusão brasileira.

O maior poeta vivo do Brasil e excelente articulista Ferreira Gullar, em sua coluna dominical desta semana, no artigo intitulado "A exceção e a regra" (Folha de S.Paulo, 05.08.12, p.E-10), comenta a situação atual do Brasil, com a corrupção dominante e os altos salários dos políticos, servidores federais, etc., em contraste com a penúria do cidadão comum, mostrando sua desilusão com a impossiblidade de mudança no quadro, tendo em conta que são os próprios beneficiários das mordomias que poderiam impedi-las e, assim, não há esperanças. No mesmo comentário, cita a situação oposta que ocorre no Uruguai, onde o atual Presidente e sua esposa, senadora, destinam quase todos seus proventos dos cargos para entidades de caridade, sendo que o presidente tem um fusca e uma pequena propriedade rural como bens, apesar de longa carreira pública.

domingo, 29 de julho de 2012

Em quem não votar. Mensalão e demais destaques.

1. Em quem não votar.

"Por duas razões se persuadem mal os homens a crer algumas cousas, ou por muito dificultosas, ou por muito desejadas: o desejo e a dificuldade fazem as cousas pouco críveis." (Pe. Antônio Vieira,  "Sermão dos bons anos", em "Esssencial Padre Antônio Vieira", Alfredo Bosi, São Paulo: Penguin-Companhia das Letras, 2011. p.281).

Política é algo que interessa e seduz a todos. A sucessão de notícias escabrosas proporcionadas pelos protagonistas da vida política, aos poucos, foi afastando a participação dos brasileiros, de um modo geral. O prejuízo maior, no entanto, é o afastamento dos mais jovens, o que impossibilita renovação de princípios e ideias.
Sou de uma época mais antiga, vivenciando as atividades políticas de meu pai, ex-deputado, de sempre participar da política estudantil, especialmente à época do ensino médio, atuando junto às eleições da UESF (Uniãos do Estudantes Secundários de Franca) e de um jornal que a mesma patrocinava. Foram bons tempos, onde a iniciativa política era moldada e de onde surgiram embriões de políticos bem sucedidos como o atual prefeito Sidnei Rocha, José Chiachiri Filho, Paulo de Tarso, Elias Mota, etc. Posteriormente, a vivência acadêmica em duas faculdades locais também proporcionou momentos de atividades políticas estudantis.
Durante toda minha atividade privada, no entanto, não me seduziu o ingresso na vida partidária. Apesar disto, como a maioria dos brasileiros, de tanto assistir as incompetências vingarem e permanecerem, em determinado momento, qualquer um pensa que, ao invés de criticar, a solução melhor seria tentar participar. Foi o que fiz, e em fins de 2011 acabei filiando-me a um partido, após investigação de que seria um dos poucos não envolvidos em acusações de malversações. A ideia era conhecer o movimento partidário, as propostas, os envolvidos e, caso fosse do agrado, tentar postular uma candidatura.
No entanto, a frustração veio logo e as expectativas não foram as desejadas, uma vez que a estrutura partidária está anos luz atrasada. Não há respeito a qualquer programa partidário. Os filiados mal conhecem o estatuto, não se interessam pelos ideais ali estabelecidos, têm pouca cultura e nenhum conhecimento das necessidades básicas da população. Os objetivos são aqueles que todos estão acostumados a verificar, quais sejam os das acomodações de interesses pessoais, familiares, grupais e um escancarado desejo de obter uma remuneração atraente, fato que os coloca à mercê de conchavos políticos sob lideranças nem sempre talhadas para representá-los. Além disso, há uma absurda interferência de líderes de partidos maiores sobre o funcionamento do partido menor, incluindo correligionários seus infiltrados nas decisões partidárias, o que enfraquece o poder de decisão do nanico.
Daí, me afastei, ciente que o sonho de mudanças se desvanecia.
Assim, hoje, com liberdade, posso dar alguns conselhos a algumas pesssoas que os solicitam, sobre critérios por mim a serem utilizados nas minhas escolhas.
Inicialmente, para qualquer voto, em primeiro lugar, vou investigar sobre a idoneidade moral e intelectual do favorecido. Ausência de ficha suja é imprescíndivel. Além disso, sou frontalmente contrário a qualquer reeleição para cargos do Executivo. Não reelejo ninguém, mesmo porque não tenho conhecimento de nenhum político que tenha se superado no segundo mandato. Pelo contrário.
Sou também contrário a campanhas que tratam da "continuidade da administração", ou da "manutenção das atividades". Desconfio da participação ou apoio dado por grupos empresariais, entidades de serviços, clubes, maçonaria, etc.
Em Franca, particularmente, é fácil, através da leitura dos jornais, verificar o que está incomodando a população e, consequentemente, em quem não votar se o candidato tem algum envolvimento com a situação criticada. Assim, pela simples leitura do jornal "Comércio da Franca" deste domingo, toma-se conhecimento, lendo o local mais democrático do jornal ("Carta dos Leitores", p.A-2), que há insatisfação contra "candidatos e empresários", numa crítica à miscigenação dos interesses privados e públicos; "semáforos", crítica em relação ao controle erroneo do trânsito; "novo pronto socorro", com críticas à administração da saúde em Framca, problema crônico há tempos; "cortumes-mau cheiro dá tréguas", com críticas à leniência da administração em relação aos abusos dos proprietários daquelas empresas nas reiteradas infrações ambientais; "reforma do esqueleto", com comentários sobre a infeliz ideia de aquisição de imóvel abandonado por valores absurdos à revelia da população.
Além disso, a manchete do jornal Comércio da Franca deste domingo, é sintomática: "Número de assaltos em Franca explode e chega a três por dia". Ou seja, quem votará em quem não tiver proposta para acabar com tal atuação e, mais, quem votará em quem é protagonista atualmente da falta de segurança, apesar de ocupar cargo que poderia amenizar tal situação?
Finalmente, há mais: na coluna "Objetiva", do mesmo jornal e dia, sob o título "Asfalto secundário", há crítica aos cuidados de recapeamento de ruas e avenidas do centro e total abandono das ruas de bairros periféricos, o que contraria aqueles que endeusavam o governo atual pela atuação neste sentido, mesmo dispondo da verba suculenta de 30 milhões dada pela Sabesp em troco da manutenção de sua concessão e que, atualmente, como se vê, não foi suficiente para sanar as necessidades.
Finalmente, tendo em conta os inúmeros problemas, falta de projetos, submissão ao Executivo, desprezo às reivindicações populares, dificilmente alguém, em sã consciência, terá vontade de reeleger qualquer um dos atuais ocupantes do nosso Legislativo.
Ou seja, há muita coisa a se ponderar. Infelizmente, os postulantes às eleições vão ter de se esforçar muito para se afastarem da ligação com os problemas citados e incluírem em suas propostas projetos novos e aptos a convencer os eleitores de que não se juntarão à maioria ineficiente que prepondera há muito tempo.
Portanto, fica fácil perceber em quem não votarei.

2. Mensalão.

Vai começar, em poucos dias, o maior julgamento da história do STF. O julgamento do mensalão, crime ocorrido durante o exercício do governo Lula, e maior escândalo de corrupção da história brasileira, promete dominar o noticiário por muito tempo, sendo que todos os principais veículos como Veja, Época, Estadão e Folha já dedicam amplas reportagens e a Folha, deste domingo, fez excelente caderno especial, com todas as informações básicas sobre o julgamento.
O Brasil terá a oportunidade de se livrar de políticos nocivos como José Dirceu, chamado de "chefe da quadrilha" pelo MPF, José Genoíno, Valdemar Costa Neto e outros "peixes menores", como Marcos Valério, Delúbio Soares, Silvio Pereira, etc., num total de 38 acusados.
Por outro lado, a enxurrada de verbas destinadas às maiores bancas de advocacia do país pode acarretar a indicacação de falhas processuais que levem, num processso volumoso, o STF a absolver vários dos implicados, fato que causará uma imensa frustração na população e nos meio jurídicos idôneos.
É bom lembrar que a maioria dos membros do STF foi indicada pelo governo Lula e alguns dos ministros já se envolveram em polêmicas, casos de Gilmar Mendes, e Tóffoli, ex-advogado de José Dirceu, do PT e indicado por Lula ao cargo.
Assim, tudo é possível.

3. Blitz para deter "flanelinhas".

Curiosamente, noticiou-se que, nesta semana, por ordem da Secretaria de Segurança, ocorreu grande "blitz" protagonizada pelas polícias civil e militar no sentido de deter e investigar pessoas que ficam em estabelecimentos comerciais tomando conta de autos, por conta própria, mais conhecidos como "flanelinhas" e que, constantemente, estão envolvidos em reclamações pelos danos que causam aos proprietários de veículos supostamente "guardados" mediante intimidação e não escolha. Em relação ao excesso de som destes mesmos estabelecimentos, que poderia ser objeto da mesma intervenção e que atormenta aqueles que residem nas proximidades dos postos de gasolina situados na Avenida Alonso Y Alonso e adjacências do Galo Branco, nada foi feito.
Por outro lado, os jornais não param de noticiar a escalada de furtos, roubos, assassinatos, comércio de drogas, e não se tem conhecimento de práticas de "blitz" ou outras operações para a redução destes crimes maiores.
Ou seja, a polícia fica a dever à população e ainda corre o risco de ter de enfrentar a ação da Defensoria Pública, quando tomar conhecimento das detenções dos "flanelinhas", o que desmoralizaria todo o trabalho.

domingo, 22 de julho de 2012

Eleições francanas. Demais destaques.

1. Ubiali na disputa.

Decisão da Justiça Eleitoral de Franca livra o candidato Ubiali (PSB) de impugnação à candidatura. A decisão do juiz local foi coerente, uma vez que a infração cometida pelo candidato foi considerada insignificante. Embora vigente, em virtude da luta popular, a Lei da Ficha Limpa ainda não teve acolhida pertinente nos Tribunais e várias brechas foram permitidas. Assim, não seria justo alijar um candidato por uma pequena infração. No caso de Ubiali, a decisão transcende, uma vez que se trata de um dos favoritos ao cargo de prefeito e não seria democrático impedir seus eleitores de manifestarem suas intenções.

2. Atitude antipática e antidemocrática.

No decorrer da semana noticiou-se que um vereador inconformado com críticas sofridas por uma cidadã, diante de protesto em sessão da Câmara, pelo aumento dos proventos dos vereadores, teria ajuizado ação contra a mesma entendendo ter sido ofendido pessoalmente.
Trata-se de verdadeiro "tiro no próprio pé". A repercussão, como não poderia deixar de ser, foi péssima, pelo seu caráter antidemocrático de cerceamento da livre manifestação de pensamento, fato que qualquer político que se preze deveria defender como princípio básico. No caso, não foi a primeira vez. No Brasil, os políticos não estão acostumados às críticas e as consequências aparecem por ocasião dos novos pleitos.

3. Pesquisas em Ribeirão Preto e São Paulo.

Foram divulgadas, nesta semana, pesquisas de intenção de votos nas cidades de Ribeirão Preto e São Paulo. Em Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB) apareceu com ligeira vantagem sobre a atual prefeita e candidata à reeleição, tornando viável o retorno do tucanato à liderança da cidade vizinha, ao contrário do que se prevê em nossa cidade, diante da primeira prévia já realizada e que mostrou a queda tucana. Já em São Paulo, o badalado José Serra (PSDB) sofre com um "empate técnico" com Russomano, candidato nanico, e Haddad (PT) caminha vagarosamente ao lado de Soninha (PPS).
As próximas eleições prometem grandes surpresas e candidatos que se julgavam imbatíveis podem amargar derrotas memoráveis. Quem viver verá!

4. Punição às concessionárias de telecomunicação.

A punição do governo a três concessionárias de telecomunições surpreendeu a todos. Acostumadas a infringirem sistematicamente as leis de consumo, as operadores nadavam num mar de rosas de desrespeito ao Código do Consumidor.
O ramo é o que maior lucro aufere no mercado. E, sempre o Ministério das Comunicações foi aquele mais cobiçado em todos os governos, seja PT ou PSDB. Em todos, as críticas pela inércia em punições foram constantes. Aliás, nem bem foi anunciada a punição, uma delas apresentou nova mídia, ignorando o fato e uma não punida aproveitou para mostrar suas qualidades em detrimento das demais. Espera-se que uma nova era esteja surgindo e estas empresas, verdadeiros abutres da população, recebam punições exemplares daqui em diante, não ficando, as efetuadas, apenas como fogo de palha.

5. Novo atentado nos EUA.

O novo atentado nos EUA, em Aurora, no Colorado, mostra que naquele país, onde a aquisição de armamentos é facilitada, como no caso em que o atirador adquiriu 6.000 balas pela internet e rifles e pistolas nas lojas daquele Estado, massacres em áreas de divertimento, escolas e locais públicos são alvos de desequilibrados e colocam as autoridades impotentes diante da sucessão da atos. Curiosamente, nenhum dos dois candidatos a presidência se aventurou a se posicionar pela criação de mecanismos que impeçam o livre acesso de todos a armamentos, fato que desagradaria à enorme maioria do povo americano que é defensor do porte de armas. Isto leva a crer que a situação não irá se modificar e novas tragédias poderão ocorrer.