domingo, 23 de setembro de 2012

Queda dos maiores partidos bem analisada. Situação crítica da estiagem expõe Sabesp. Últimas pesquisas eleitorais apontam desfecho esperado.

1. Queda dos maiores partidos bem analisada.

No jornal Estadão deste domingo, em editorial da lavra de Gaudêncio Torquato, sob o título: "Não há deuses na política", há interessante comentário abordando a visível queda dos dois maiores partidos políticos da atualidade: PT e PSDB. Com sua habitual experiência em comentários na área política, o jornalista salienta a situação de descrédito dos vermelhos e dos tucanos, concernente, quanto ao primeiro, aos reflexos da exposição do julgamento do mensalão, onde estão sendo comprovadas as denúncias de malversações do dinheiro público pela cúpula petista da era Lula. Já em relação ao segundo, a análise se prende ao fato de o partido viver ainda da época áurea de FHC e, de lá para cá, não ter se reciclado e viver momento crescente de vôo baixo, além de ser o próximo alvo de julgamento, quando a alta Corte julgará o mensalão do PSDB, tão logo termine o atual.
Na verdade, trata-se de fato incontestável. Na capital paulista, Haddad (PT) e José Serra (PSDB) vivem momentos de inferioridade nas pesquisas eleitorais, ficando abaixo do favorito Russomano (PSD). Em Ribeírão Preto, Nogueira (PSDB) e Gandini (PT) estão, também, inferiorizados à candidata do PSD, Dárcy Vera.
Em Franca, Ferreira (PSDB) e Pelizaro (PT) em todas as pesquisas já realizadas perdem pera Graciela Ambrósio (PP).
Ou seja, uma nova era pode estar começando. Os grandes partidos, desacreditados por membros superados ou filiados à ficha suja, começam a naufragar, levando a crer que, se não efetivada uma reforma política, o único caminho a percorrer será o da formação de novas siglas onde as maçãs saudáveis possam se reunir, livrando-se do prejuízo causado pelas podres.


2. Situação crítica da estiagem expõe Sabesp.


A prolongada estiagem proporcionou a situação dramática de falta de água em Franca, mostrando a incapacidade da Sabesp em gerir a concessão do serviço público na cidade.
Na primeira chuva ocorrida, aliada a um vendaval, com a queda da energia em determinados locais, o fornecimento de água piorou, o que demonstra a fragilidade da concessionária que, esperava-se, teria algum gerador ou outro mecanismo que impedisse que suas máquinas parassem de se movimentar e  suspendessem o abastecimento da cidade, já falho, como ocorreu.
Ou seja, curiosamente, Prefeito e vereadores, preocupados em elegerem seus cupinchas ou se reelegerem, não questionam a inércia da Sabesp. Além disso, infelizmente, candidatos da oposição não aproveitam o tema para desenvolverem suas campanhas e, com isso, quem perde é o cidadão, como sempre. O horizonte, portanto, não vislumbra qualquer alteração no futuro, uma vez que saneamento básico, segurança, transportes e educação são temas que não cativam os candidatos, presos ao eterno e insolúvel problema da saúde.


3. Últimas pesquisas eleitorais apontam desfecho esperado.


As últimas pesquisas eleitorais, inclusive a da EPTV/Ibope, indicam favoritismo da candidata Graciela Ambrósio (PP) nas eleições municipais francanas, tendo, surpreendentemente, Ferreira (PSDB) como segundo colocado. Se a primeira alcançou por méritos próprios seu índice, o mesmo não se pode dizer do segundo, uma vez que a campanha gira totalmente como se o candidato fosse o atual prefeito, seu criador e mentor.
Se Ubiali (PSB) e Pelizaro (PT) que teriam, em tese, grandes possibilidades de estarem em segundo lugar, partindo para um segundo turno, não intensificarem suas campanhas, podendo, ambos superar Ferreira, a tendência será a manutenção da atual situação. E, como foi sugerido, sendo verdadeiro o acordo entre Sidnei e Ubiali, não será difícil a união do mesmo ao tucano, caso fique fora do segundo turno. Aí, o resultado final será totalmente imprevisível, apesar da candidata Graciela se apresentar como a opção mais coerente e esperada.

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