domingo, 26 de março de 2017

O desalento pela situação atual.

O desalento pela situação atual.

O país está envolvido num furacão de más notícias, a maioria delas fruto das atuações nefandas dos políticos e uma pequena parte de responsabilidade de membros do Judiciário que atuam escandalosamente em confronto com a legislação e a população. Assim, Gilmar Mendes, na defesa da reforma política e na frequência a encontros palacianos, e a Justiça do Rio, que autorizou a esposa de Sergio Cabral uma prisão domiciliar a que não faz jus, nem moral, nem legalmente, reforçam tais argumentos.
 Ao lado da ótima atuação da Polícia Federal e da Procuradoria na operação Lava Jato e em outras operações como Carne Fraca, assistimos atônitos deputados e senadores articularem  proposta de reforma política indecente que visa proteger os interesses dos congressistas, tendo até colocado a raposa (relator petista Vicente Cândido) para cuidar do galinheiro (temas da reforma), com mudança para lista fechada, beneficiando os caciques dos partidos. E também a proposta de lei de abuso de autoridade para coibir e ameaçar a atuação de promotores e juízes, aumento de impostos, reforma da previdência mal elaborada e muito mais.
Por incrível que possa parecer, os políticos encontraram um defensor para suas ideias: Gilmar Mendes, ocupante do cargo de Presidente do Superior Tribunal Eleitoral e membro do STF, que, alheio à ética e à dignidade do cargo, manifesta sua opinião em concordância com os políticos e, ainda, despudoradamente, frequenta o ambiente palaciano em conchavos suspeitos.
Tudo isto, em pleno momento em que o atual presidente Michel Temer, dando as costas para o povo que o apoiou na substituição das más práticas da impichada Dilma, altera os rumos e passa a atuar de forma igual e perniciosa da política do toma lá dá cá, liberando milhões em verbas parlamentares em troco de apoio para aprovação de medidas que não são do interesse público.
Ora, é evidente que críticas aumentam e, assim como ocorreu em situações anteriores, novas manifestações foram programadas para evidenciar o descontentamento da população.
Lamentavelmente, as manifestações de hoje não refletiram a insatisfação que domina um círculo cada vez maior de brasileiros. O que se viu, infelizmente, foram poucas pessoas em todos os rincões do país, com manifestações chochas e sem vibração. E, não foi somente em nossa cidade de Franca, que reuniu público irrisório de pouco mais de 300 pessoas. Outras cidades do porte de Franca, como São Carlos, 150 pessoas, Araçatuba, 100, Uberaba, 100. Já, Ribeirão Preto, 1000, Brasília, 500, Rio de Janeiro, 2000, sinalizam um fracasso maior ainda. Segundo informou o jornal Folha, Michel Temer já assinalava participação "mediana" nas manifestações e o governo já estava tranquilo.
Como bem disse um leitor do Estadão hoje: "A improbidade institucionalizada pelo petismo conseguiu nivelar por baixo grande parte dos políticos brasileiros" (Sérgio S.de Oliveira de Monte Santo de Minas(MG), Forum dos leitores, p.A3).
Aliada à péssima qualidade do político brasileiro, a inércia da população, que assiste impassível aos desmandos, nos faz prever que dificilmente nos livraremos do mar de lama que predomina no ambiente. Acorda Brasil!