domingo, 29 de maio de 2011

Insegurança, proibição de bebidas e futebol maravilhoso.

1. Violência, uma constante na cidade.

A imprensa noticiou mais um caso de violência na cidade. No Comércio da Franca, edição de domingo, na manchete da primeira página, há a informação de que um "bando armado faz tocaia na porta da casa de empresário", para assinalar a audaciosa tentativa, felizmente frustrada, contra mais um francano vítima da violência que domina a cidade. Somada à dezenas de furtos não solucionados pela polícia, a situação já merece uma posição do Prefeito e vereadores cobrando atitudes junto à Secretaria de Segurança Pública do Estado.

2. Proibição de bebidas em rodovias vicinais.

Surge a informação, publicada no jornal Comércio da Franca, edição de domingo, p.A-4 e 5, sobre a existência de projeto de lei municipal visando proibir-se a venda de bebida alcoólica, dirigida aos estabelecimentos comerciais instalados em estradas vicinais da região, bem como a reação dos comerciantes contrários ao mesmo.
Não há a menor dúvida de que o implemento de tal legislação já deveria há muito tempo existir. Aliás, se há lei que proíbe a ingestão de bebida com teor alcoólico aos motoristas, não é crível que ocorra venda em rodovias. Tal medida, se houvesse bom senso e coragem dos vereadores, deveria se estender a dispositivo legal proibitivo de venda de bebidas alcoólicas nos postos de gasolina, também instalados em perímetro urbano. É o que vem ocorrendo na cidade de Araraquara que passa a adotar tal expediente para sanar os problemas criados pelos cidadãos que promovem algazarras nos postos de gasolina de lá, à exemplo do que ocorre em Franca e outras cidades interioranas.
Infelizmente, como é hábito no Brasil, a falha na fiscalização de normas genéricas já existentes força a edição de seguidas leis para casos específicos .

3. Palocci se complica cada vez mais.

Palocci, principal assessor da presidente Dilma, tem sua situação cada vez mais complicada e só conseguirá se safar se houver muito empenho da chefa, Lula e demais companheiros.
A última notícia, publicada no jornal Folha de S.Paulo, edição de domingo, p.A-4, sob o título "Ministro faturou mais às vespéras do novo governo" dá conta que a revista "Veja" informa que Palocci reside em apartamento alugado, em São Paulo, cujo valor de mercado é de R$4 milhões, composto de 4 suítes e três salas, com 640 m² e condomínio de R$ 4.600 mensais. E, o valor da locação médio de apartamento desse porte é R$ 15 mil. A conclusão da mídia é de que, com a soma de aluguel, condomínio e impostos,"as despesas do ministro chegam a 83% de seu salário."
Ou seja, há muita prova aguardando o MPF obrigando Palocci, aquele que conseguiu aumentar vinte vezes o patrimônio e ser considerado, por isso, "gênio das finanças", tornar-se também mágico, para convencer a todos que não agiu com tráfico de influência.

4. De Messi e de como se joga futebol.

A exibição do Barcelona, neste sábado, vencendo o Manchester United, foi uma verdadeira aula de futebol. Realmente, a equipe espanhola, comandada por Xavi, Villa, e Messi, apresenta o futebol de melhor qualidade da atualidade. A exibição contra a forte equipe inglesa não foi a primeira. Anteriormente, perante o Real Madrid, em disputas internas, e contra outras grandes equipes, já havia apresentado futebol de fino trato, com um padrão definido e constante.
Messi, que novamente foi o maestro, demonstrou ser o maior jogador da atualidade, levando a crer que irá manter, pela terceira vez seguida, o merecido título de maior jogador do planeta na premiação anual da Fifa.
O Barcelona tem a base da seleção espanhola, campeã mundial atual. O Brasil, que passa por um momento de transição, após o fracasso na última Copa da África, terá de treinar muito para tentar chegar a formar uma equipe que possa fazer frente aos espanhóis na próxima Copa a ser realizada no Brasil, além de contar com toda a torcida do seu lado. E, ainda, também, ter a dificuldade de enfrentar a Argentina que terá, para fortalecê-la, a figura fora de série de Messi.

domingo, 22 de maio de 2011

Resumo da semana.

1. O inacreditável Palocci.

O episódio Palocci, iniciado pela denúncia dos jornalistas da Folha de S.Paulo, transformou-se, durante toda a semana, no assunto mais comentado e que gerou, à medida em que o Governo procurava blindá-lo, mais informações estarrecedoras. O estilo Palocci, desde seus tempos de prefeito de Ribeirão Preto, passando pelo Ministério da Fazenda, onde protagonizou o escandaloso caso do caseiro Francenildo, seguindo-se denúncias de mensalão, não deveria surpreender mais ninguém. Trata-se de homem chave tanto na eleição de Lula como de Dilma e, diga-se de passagem, altamente poderoso, tanto é que, recentemente, intimidou até José Serra e Aécio, principais nomes da oposição, que preferiram defendê-lo a procurar esclarecer a verdade que, em última análise, ao Brasil todo interessa.
Mas, o que incomoda é que ninguém se atreve a enfrentá-lo e ainda dá-se notícia até de pedidos seus dirigidos ao prefeito Kassab, no sentido de que o mesmo não permitisse que funcionários da prefeitura informassem aos jornalistas, ou interessados, sobre eventuais notas fiscais onde estivesem anotados dados relativos ao ISS de sua firma, impedindo que se chegasse ao faturamento da mesma. Isto tudo para corroborar suas alegações de que a empresa estaria inativa e teria tido escasso lucro, como que a sugerir temor de novas e cruéis revelações. O pior é que Kassab manifestou vontade de atender tal solicitação.
Além disso, há um concerto entre os Ministros de Estado, sob ordem de Dilma, de defendê-lo a qualquer custo e até olvidando obrigações naturais como as do Ministro da Justiça e da Fazenda (onde está afeta a Receita Federal). Por outro lado, já no início das denúncias, houve a informação de que Palocci teria seguido orientações de ninguém menos do que Sepúlveda Pertence (ex-presidente do STF), responsável atualmente pelo órgão de Ética do Governo. Ou seja, tudo a favorecer o inacreditável Palocci.
Parece que todos os membros governamentais, incluído aí Sepúlveda, desconhecem os princípios básicos da administração pública, entre eles os da moralidade e publicidade, além da obrigação que tem todo órgão público de fornecer certidões e explicações quando requeridas por qualquer cidadão. Se provadas as suspeitas, Palocci praticou tráfico de influência, ato sujeito a sanções penais, pelo menos para pessoas normais.
Enquanto isto, em países do primeiro mundo, qualquer sinal de falha humana, como ocorreu no caso do presidente do FMI, o responsável não só é defenestrado do cargo como, de imediato, recebe as sanções legais. Triste Brasil!
Será que, após a língua portuguesa ter adotado o verbo "malufar", irá surgir um novo verbo: "paloçar"?

2. Panfletos e lei falha.

A imprensa noticia que foi aprovada lei municipal, de autoria de um vereador, publicada no dia 19, que determina que panfletos publicitários só poderão ser colocados nas caixas de correio, ainda assim, se os proprietários anuirem. A discordância se manifesta com a inserção de um adesivo vermelho próximo à caixa de correio. Ou seja, ato de difícil fiscalização, tendo em conta que o adesivo pode ser retirado facilmente. O objetivo da lei é diminuir a poluição acarretada pelo acúmulo de papéis em jardins, alpendres, grades, portões, garagens, bem como distribuição nos semáforos, colocação em parabrisas, etc. Melhor seria se houvesse a simples proibição, independente de qualquer outra regra ou permissão. Do jeito como foi elaborada, dificilmente terá resultado eficaz.

3. Clube dos Bagres e polêmica.

Victor de Andrade, atual presidente do Clube dos Bagres, publicou nota em jornal local, comentando sobre a situação das dependências do tradicional clube, a posição da Prefeitura e o impasse criado que, diante das posições antagônicas, pode colocar fim a um patrimônio francano que, aliás, é objeto de tombamento municipal.
Na verdade, há parcial razão tanto da Prefeitura como por parte de Victor.
O município demorou muito tempo para realizar o aproveitamento das dependências do Clube dos Bagres para a criação de um centro destinado ao basquete que, em Franca, é altamente valorizado. Se há o tombamento, há algum tempo, o melhor caminho e a obrigação legal é a de conservar e dar um destino ao patrimônio, independente de opiniões políticas diversas, priorizando-se o interesse público.
Já, da parte do Bagres, há, no caso, um mal crônico no meio esportivo brasileiro: a eternização de uma pessoa no comando do clube, fato que afasta os associados da frequência e apoio.Tanto é verdade que, um outro clube francano, a AEC, teve considerável melhora quando acabou com a prática da eternização.
Assim, para o bem da cidade, seria interessante que o município assumisse totalmente o patrimônio, fazendo as reformas e adaptações necessárias e destinando o local para um centro basquetebolístico que a tradição francana almeja. Não seria nenhum sacrifício, pois, em outras situações (Museu de Regina Duarte e aquisição do "esqueleto" da entrada da cidade), a prefeitura não teve pejo em gastar fortunas para objetivos não prioritários e de discutível legalidade.

4. Basquete em baixa.

E, por falar em basquete, o Vivo Franca, até a redação deste texto, já havia perdido as duas primeiras partidas da NBB, na final contra o time de Brasília. Nada demais. Na verdade, o time, pela qualidade apresentada, já foi longe. O time de Brasília ainda é o melhor do Brasil e, merecidamente, vem conquistando seguidamente título sobre título. Franca precisa, urgente, de uma grande reformulação tanto do plantel como da comissão técnica. Só não vê quem não quer.

5. Poluição novamente ataca.

Neste período do ano, com a estiagem, vegetação seca, Franca padece com as criminosas queimadas em plena cidade. Sábado e domingo, na avenida Alonso Y Alonso, proximo da agência Cofrana, em torno da queda d'água, os moradores da região tiveram de conviver com queimadas que duraram bastante tempo, sem que a prefeitura, responsável pelo local, tomasse qualquer providência para evitá-las. No local, é fato corriqueiro e, como de costume, os responsáveis pelo controle ambiental nada fazem.

domingo, 15 de maio de 2011

Política e futebol em destaque.

1. Ausência de líderes políticos.

O Brasil passa, sem dúvida, pela pior crise política dos últimos tempos. Os dois maiores partidos que vêm administrando o país nestes 16 anos, em alternância, estão num declínio avassalador. O PSDB, agora na posição de oposição, além de perder bisonhamente as últimas eleições, devido à falta de líderes e propostas, vem, paulatinamente, demonstrando divergências internas onde seus principais elementos não conseguem esconder antipatias recíprocas, minando a credibilidade do partido. Além disto, proporcionaram medidas ridículas como as recentes, de responsabilidade de Alckmin, que costurou acordo por cargo com Maluf em troca de apoio eleitoral e, ainda, aquinhoou neta de Montoro em substituição à filha de Quércia (rompendo anterior acordo também eleitoral).
Já o PT, nem bem surgiu o resultado da vitória de Lula, reabilitou os mensaleiros Delúbio, João Cunha, Genoíno (até medalha do Exército ganhou), e tem Lula recebendo polpudas verbas sob a justificativa de realização de "palestras" direcionadas a multinacionais que exerceram atividades durante seu governo, o que, no mínimo, configura situação que atinge a moralidade, um dos pilares constitucionais previstos para a boa administração pública.
O Estado de São Paulo, o maior da União, tem, atualmente, como político de realce, Gilberto Kassab, o qual abandonou seu partido, que era oposição a Dilma e, em seguida, criou novo partido, agora com projeto de apoio a Dilma. E, como bem salientou o colunista Jânio de Freitas, no jornal Folha de S.Paulo, no artigo "Os dois fenômenos", de hoje, p.A19, visivelmente constrangido: "Kassab é mesmo o político mais importante de São Paulo; como é possível que seja ele o relevo do Estado?"
É uma pena. O Brasil precisa, urgentemente, do aparecimento de jovens líderes com ideais honestos e sem comprometimento junto aos donos do país para, a médio prazo, mudar todo o cenário político atual que é, sem dúvida, medonho e sem qualquer perspectiva.

2. Política II.

Comprovando o alegado acima, o jornal Folha de S.Paulo, de hoje, tem manchete de primeira página com o título: "Palocci multiplica seu patrimônio por 20 em 4 anos". Ali há a informação de que o mais influente ministro de Dilma comprou apartamento de luxo nos Jardins, em São Paulo, por R$6,6 milhões, em novembro de 2010, com pagamento de duas parcelas somente. Além disso, no ano anterior, já havia adquirido um escritório na avenida Paulista por R$882 mil. Isto, num período em que, com seus proventos de deputado, somou R$974 mil.
Ora, o mesmo Palocci já esteve envolvido em inúmeros processos relacionados ao período em que foi prefeito de Ribeirão Preto e, ainda, foi alvo do processo contra o caseiro Francenildo, relacionado a violação de sigilo bancário, o que forçou sua saída do Ministério da Fazenda no governo Lula.
A denúncia do jornal vai dar muito o que falar nos próximos dias e demonstra, também, a fragilidade do momento político atual.

3.Futebol. Vitória santista.

A conquista, pelo Santos Futebol Clube, do Campeonato Paulista, acabou por fazer justiça ao melhor time brasileiro da atualidade. Realmente, se o Corinthians tivesse vencido seria uma injustiça e coroaria a atuação daqueles que vivem nos porões do futebol, dos cartolas que estragam a magia que os jogadores apresentam em campo, daqueles que manipulam resultados através da arbitragens facciosas e atitudes suspeitas. Nada melhor, portanto, para a saúde do futebol brasileiro, do que a vitória surgir para aquele que apresenta o melhor dentro do gramado e não fora dele.
Parabéns Neymar, Ganso e Cia.!

domingo, 8 de maio de 2011

Um dia especial.

1. Dia especial.

Hoje é um dia especial para todos. A mulher é, sem dúvida, feliz criação divina. Mas, a maternidade dá à mulher um colorido maravilhoso, lapidando diamante bruto nato. Tive a  bênção de ter pais referenciais. Meu pai, infelizmente falecido, compunha com minha mãe um casal que se completava. O conceito generalizado de que, atrás de um grande homem, sempre há uma grande mulher, no caso, é realmente verdadeiro. Meu pai alçou voos altos aliando intelectualidade a excelente sucesso profissional, deixando exemplos e frutos na cidade que tanto amou. Ao seu lado, constante e presente, minha mãe, soube ser uma pessoa ativa, companheira, estimulante, dando-lhe retaguarda nos momentos de felicidade ou de tristeza. Ali, o amor, chama indelével e necessária, na vela da vida, sempre esteve marcante.
Mulher especial, minha mãe, jovem, casou levando consigo cinco "filhos"(irmãos) que, com meus dois irmãos e comigo, filhos próprios, possibilitou uma vida rodeada de cuidados, carinhos e educação, fato posteriormente prorrogado para os netos. E, sempre, apoiando meu pai, em todas as situações, ficando ao seu lado durante 66 anos de uma feliz união, continuando a pensar todos os dias na família e, em especial, no seu querido Alfredo.
A mim, como filho caçula, sempre dedicou, além dos cuidados naturais, doce atenção. Hoje, portanto, só posso pedir-lhe a bênção e rogar a Deus que a proteja para todo o sempre!
Mãe, como a minha, muito especial, rendo meu tributo e amor a Fernanda, minha esposa, que retrata, também, aquele algo mais que a maternidade confere, possuindo o brilho que distingue pessoas abençoadas.
Para elas, a lembrança de um belo poema de Mário Quintana (Uma alegria para sempre) :

"As coisas que não conseguem ser olvidadas continuam acontecendo.
 Sentimo-las como da primeira vez,
 sentimo-las fora do tempo,
 nesse mundo do sempre
 onde as datas não datam."

2. A decisão do Supremo Tribunal Federal.

Sábado, o jornal O Estado de S.Paulo, em editorial na página A3, sob o título "A decisão exemplar do STF ", exaltou o reconhecimento unânime dos ministros em relação à união estável entre homossexuais, equiparando-a com outras entidades familiares (casamento civil, união estável entre homem e mulher e mãe solteira que vive com os filhos), respondendo a sua competência de equipará-los no âmbito constitucional.
É bom salientar que tal decisão já vinha sendo entendida, aqui e ali, em decisões isoladas de tribunais para casos concretos pleiteados. No entanto, cumpre esclarecer que a decisão histórica desta quinta-feira não permite ainda o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Dentro de nossa legislação atual, fruto de conceitos arraigados e de fundamento lógico, casamento só é entendido quando realizado entre pessoas de sexos opostos. Assim, enquanto não aprovada nova legislação, realizada pelo órgão legalmente autorizado para tal, o Congresso Nacional, e não o Judiciário, as pessoas ligadas pela união estável do mesmo sexo terão de, em juízo, pleitear direitos ligados à pensão, planos de saúde, etc.

3. Um país mal acostumado I.

Pouco afeitos a questões morais, políticos antigos e novos na área, continuam a exercer suas atividades de maneira temerária. Assim, nossos jornais dão notícias de que Ana de Holanda, aquela senhora guindada a ministra da Cultura do país em virtude do apoio dado por seu famoso irmão Chico Buarque à presidente Dilma nas eleições, vem, desde sua posse, recebendo do governo diárias em fins de semana sem compromissos oficiais, no Rio, cidade onde tem casa própria ,conforme informa o jornal Estado de S.Paulo de 08.05.11, p.A10, sob o título "Ministra recebe diárias por fins de semana no Rio". Os assessores defendem a ministra, por considerarem legal tal procedimento. Mas, é claro, quanto à questão moral ninguém se preocupa.

4. Um país mal acostumado II.

No mesmo dia e jornal, temos também outra notícia de causar mal-estar. Segundo consta da nota "MP justifica auxílio-moradia com leis estaduais", na página A6, em alguns Estados, como Mato Grosso do Sul, Amapá, Rondônia, Santa Catarina, lastreados em leis estaduais, membros do Ministério Público recebem auxílio-moradia. Ou seja, pessoas que têm de defender a lisura pública, praticam atos que, se não ilegais, são visivelmente imorais. Bem Brasil.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

EXTRA! Obama acaba com Osama!

A notícia relevante da segunda-feira foi a captura e execução do inimigo público número um dos EUA: Osama Bin Laden, em território do Paquistão, pela tropa de elite dos fuzileiros navais SEAL, em operação que durou apenas 40 minutos, tal a eficiência.
Quem assistiu os noticiários da véspera, onde aparecia um sorridente e confiante Obama rebatendo insinuações feitas pelo bilionário Donald Trump, não poderia imaginar que na cabeça do presidente americano já se desenhava o sucesso da operação estabelecida há tempos pelo governo. Mas, algo transparecia no ar, uma vez que Obama estava muito eloquente e fez ponderações humilhantes ao bilionário Donald Trump, fazendo crer que sua trajetória para a reeleição estava reforçada, tamanha a confiança.
Não foi surpresa, portanto, o comunicado noturno de Obama, sobre a execução efetuada do terrorista mais procurado pelos EUA, questão de honra para os americanos, desde o episódio de 11 de setembro.
Aliás, como bem lembraram os comentaristas americanos, tão logo ocorreu o fatídico ataque dos terroristas em 2001, o então Presidente Bush declarou que: não sabia se hoje, amanhã ou qualquer outro dia, mas que garantia que Obama seria capturado.
Quem conhece o espírito americano sabe muito bem o patriotismo impregnado naquela nação e, sobretudo, a adoração da população pelas Forças Armadas.
Assim, Obama realmente demonstrou ser ele, realmente, "o cara". Deu a volta por cima daqueles que duvidavam de sua capacidade de governar e praticamente garantiu antecipadamente sua reeleição com a reconquista do amor próprio dos cidadãos americanos que, nas ruas, proporcionaram demonstrações torrenciais de satisfação. A manchete dos jornais americanos, como, por exemplo, a do The Washington Examiner, diz tudo: WE GOT HIM !
Que bom seria se o Brasil tivesse tanto amor e luta pelos interesses maiores da Nação assim como hoje se viu pela efusividade dos cidadãos americanos que, quando se trata de patriotismo, colocam suas almas em chamas.

domingo, 1 de maio de 2011

As más e as boas notícias da semana.

1.  "Esqueleto": a vontade do Prefeito prevaleceu.

O jornal "Comércio da Franca", de 29.04.11, p.A-6, sob o título "Prefeitura desapropria 'Esqueleto' por R$1,7 mi", informou que o imóvel abandonado há anos pelos proprietários, ao qual se deu o nome de "Esqueleto"(uma vez que foi abandonado incompleto), foi desapropriado no dia 28 e que, segundo um  secretário, teria sido celebrada desapropriação amigável entre o Município e os proprietários. Aliás, bota "amigável" no acordo: R$1.700.000,00!
Trata-se de um capricho do Prefeito que, por vontade própria, assim decidiu, sem consultar a população e o bom senso. Aliás, não é a primeira vez que situação semelhante acontece. Há pouco tempo, contrariando qualquer interesse público, o Prefeito já havia desapropriado um imóvel na Praça do Cemitério, por valor alto, e sob a alegação de utilizá-lo para homenagear a francana Regina Duarte, veterena atriz e que poucas vezes esteve na cidade ou dela se lembrou.
No caso atual, além do valor absurdo do acordo amigável entre a Prefeitura e os proprietários, pesa o fato de que o imóvel visivelmente arruinado será reformado para ali se instalar a Secretaria da Educação, sem qualquer estudo da viabilidade e, ainda, serão gastos milhões de verba pública.
Fica a pergunta: será que os vereadores, o Tribunal de Contas e o Ministério Público se interessarão por questionar mais esta fanfarronice arbitrada, além de pesquisar sobre quem realmente se beneficiará pelo ato? Não se esqueça que, na cidade, existem outros locais mais interessantes e menos dispendiosos para a instalação da Secretaria da Educação, fato que atenderia melhor ao interesse público.

2. Caos no controle educacional da cidade.

É interessante notar que, no mesmo dia e jornal, onde se noticiou a desapropriação milionária para a nova sede da Secretaria da Educação, há uma notícia que trata da violência registrada pela polícia nas escolas públicas francanas. O título da reportagem "PM registra 1 caso por dia em escolas", p.A-8, da edição de 29.04.11, relata casos de furtos, agressões e porte de drogas como situações cotidianas nas escolas públicas municipais. Não seria o caso de, primeiro, se cuidar da administração eficiente do setor, antes de se preocupar em resolver situação particular e onerar o município? Além disso, a cidade passa por sérios problemas de trânsito, saúde (epidemia de dengue), praças públicas abandonadas, tudo a exigir que não se gaste atabalhoadamente o dinheiro público.

3. Franca: paraíso dos ladrões.

Realmente, Franca tem se tornado o paraíso dos gatunos. O ano inteiro temos presenciado a ocorrência constante de assaltos e furtos em profusão. A primeira onda ocorreu nos furtos coletivos em prédios de apartamentos no Residencial Amazonas. Recentemente, no bairro Paraíso (daí o paraíso dos ladrões), noticiou-se que, na Semana Santa, oito casas foram assaltadas, em verdadeiro "arrastão".
Enquanto isto, não se divulga se a polícia tem realizado alguma providência para sanar o problema que, em Franca, já é crônico.

4. Federação Paulista de Futebol acerta a vida do Corinthians.

Há vários anos o árbitro de futebol Paulo César de Oliveira, sabidamente torcedor corintiano, vem prejudicando o Palmeiras em jogos decisivos, principalmente contra o Corinthians. Todo mundo sabe disso, inclusive os dirigentes da Federação. No entanto, descaradamente, a entidade escalou Paulo César para apitar o jogo Palmeiras X Corinthians. Normalmente, é feito um sorteio. No caso, antes mesmo do sorteio, o "Jornal da Tarde" informou que já sabia que Paulo César iria ser o juiz do jogo. Toda a imprensa protestou, o Palmeiras protestou, mas a Federação resolveu manter Paulo César. E o resultado esperado todos viram. Nem bem começou o jogo viu-se que Paulo César estava decidido a dar a vitória ao Corinthians: não deu um penalti claro em Kleber, expulsou indevidamente um jogador importante do Palmeiras e, em seguida, também expulsou o técnico Luiz Felipe Scolari, sem motivo.
No segundo tempo, Paulo não puniu entradas violentas dos corintianos, segurou o jogo e, ao final, decisão por penaltis, com a sorte favorecendo o Corinthians.
Ou seja, os dirigentes esportivos brasileiros continuam a estragar os espetáculos e decidem o time que querem ver vencedor. Bem Brasil! Agora, o Santos deve se precaver porque, embora tenha time muito melhor, não irá escapar das artimanhas dos dirigentes se eles entenderem que o Corinthians deve ser beneficiado.

5. Comentaristas torcedores.

É incrível como os diretores da Rede Globo e da Bandeirantes prestigiam comentaristas tendenciosos como Casagrande, Osmar de Oliveira e Neto, todos corintianos confessos, que em suas participações deixam a isenção de lado e distorcem fatos sempre na defesa dos interesses do time que torcem. Não menciono Milton Neves porque este é "hors concours", é disparado o mais chato de todos.
Pior que ouvi-los, somente as transmissões feitas, em estúdio, pela Radio Hertz, onde os radialistas também professam a religião corintiana e cansam de dizer asneiras. Haja paciência!

6. A primeira boa notícia.

A primeira boa notíca da semana foi o casamento na família real britânica. William e Kate encheram os olhos e proporcionaram o maior acontecimento da mídia no ano. Para a Inglaterra não poderia haver melhor divulgação. Cerimônia bonita, sem reparos e que ainda vai dar o que falar por muito tempo.

7. A melhor notícia.

A melhor notícia foi, sem dúvida, a beatificação de João Paulo II. Embora muitos tenham comentado sobre a rapidez do processo de beatificação (seis anos e vinte e oito dias), em comparação com outros casos que são mais demorados, não há ninguém que possa contestar o merecimento de tal declaração. Aliás, já deveria ter sido canonizado. Ao falecer João Paulo II, ouviu-se do povo: "Santo súbito". Agora, acontece o mesmo e todos pedem: Santo súbito!
João Paulo II, à semelhança de outro notável João, o XXIII, com sua simples presença, nos lugares onde visitou, arrebatou milhares de fiéis e isto por si só já bastaria para torná-lo santo, independente dos milagres a ele atribuídos.

8. Dia do Trabalho.

O trabalhador está tão relegado pelos atuais líderes que, no dia dele, nenhuma manchete dos grandes jornais se lembrou de dar o devido destaque.
Na verdade, depois de Getúlio Vargas que, bem ou mal, deu os principais direitos aos mesmos e, mais tarde, João Goulart, nenhum outro presidente privilegiou a classe operária. Lula, operário de origem, após eleito, passou para o lado dos grandes investidores e, hoje, vive às custas de palestras patrocinadas por multinacionais que tanto prestigiou em seus mandatos. Também, outros líderes sindicais, como Paulinho da Força, tão logo ascenderam a cargos políticos, esqueceram dos compromissos com as classes trabalhadoras.
Hoje, no Dia do Trabalho, o destaque de notícia foi uma festa protagonizada pelos Centrais Sindicais, onde a maior preocupação estava direcionada às apresentações de artistas e sorteios de veículos possibilitados pelas polpudas verbas que o governo distribui para os pelegos dos sindicatos.
Atualmente, com a inflação batendo às portas, o dia primeiro de maio é apenas simbólico.
A grande movimentação dar-se-á, sem dúvida, em primeiro de setembro, data-base em que metalúrgicos, petroleiros, bancários e outras categorias estarão ávidas em lutar pelos reajustes a que julgam merecer. Aí sim, a classe será lembrada.