domingo, 15 de maio de 2011

Política e futebol em destaque.

1. Ausência de líderes políticos.

O Brasil passa, sem dúvida, pela pior crise política dos últimos tempos. Os dois maiores partidos que vêm administrando o país nestes 16 anos, em alternância, estão num declínio avassalador. O PSDB, agora na posição de oposição, além de perder bisonhamente as últimas eleições, devido à falta de líderes e propostas, vem, paulatinamente, demonstrando divergências internas onde seus principais elementos não conseguem esconder antipatias recíprocas, minando a credibilidade do partido. Além disto, proporcionaram medidas ridículas como as recentes, de responsabilidade de Alckmin, que costurou acordo por cargo com Maluf em troca de apoio eleitoral e, ainda, aquinhoou neta de Montoro em substituição à filha de Quércia (rompendo anterior acordo também eleitoral).
Já o PT, nem bem surgiu o resultado da vitória de Lula, reabilitou os mensaleiros Delúbio, João Cunha, Genoíno (até medalha do Exército ganhou), e tem Lula recebendo polpudas verbas sob a justificativa de realização de "palestras" direcionadas a multinacionais que exerceram atividades durante seu governo, o que, no mínimo, configura situação que atinge a moralidade, um dos pilares constitucionais previstos para a boa administração pública.
O Estado de São Paulo, o maior da União, tem, atualmente, como político de realce, Gilberto Kassab, o qual abandonou seu partido, que era oposição a Dilma e, em seguida, criou novo partido, agora com projeto de apoio a Dilma. E, como bem salientou o colunista Jânio de Freitas, no jornal Folha de S.Paulo, no artigo "Os dois fenômenos", de hoje, p.A19, visivelmente constrangido: "Kassab é mesmo o político mais importante de São Paulo; como é possível que seja ele o relevo do Estado?"
É uma pena. O Brasil precisa, urgentemente, do aparecimento de jovens líderes com ideais honestos e sem comprometimento junto aos donos do país para, a médio prazo, mudar todo o cenário político atual que é, sem dúvida, medonho e sem qualquer perspectiva.

2. Política II.

Comprovando o alegado acima, o jornal Folha de S.Paulo, de hoje, tem manchete de primeira página com o título: "Palocci multiplica seu patrimônio por 20 em 4 anos". Ali há a informação de que o mais influente ministro de Dilma comprou apartamento de luxo nos Jardins, em São Paulo, por R$6,6 milhões, em novembro de 2010, com pagamento de duas parcelas somente. Além disso, no ano anterior, já havia adquirido um escritório na avenida Paulista por R$882 mil. Isto, num período em que, com seus proventos de deputado, somou R$974 mil.
Ora, o mesmo Palocci já esteve envolvido em inúmeros processos relacionados ao período em que foi prefeito de Ribeirão Preto e, ainda, foi alvo do processo contra o caseiro Francenildo, relacionado a violação de sigilo bancário, o que forçou sua saída do Ministério da Fazenda no governo Lula.
A denúncia do jornal vai dar muito o que falar nos próximos dias e demonstra, também, a fragilidade do momento político atual.

3.Futebol. Vitória santista.

A conquista, pelo Santos Futebol Clube, do Campeonato Paulista, acabou por fazer justiça ao melhor time brasileiro da atualidade. Realmente, se o Corinthians tivesse vencido seria uma injustiça e coroaria a atuação daqueles que vivem nos porões do futebol, dos cartolas que estragam a magia que os jogadores apresentam em campo, daqueles que manipulam resultados através da arbitragens facciosas e atitudes suspeitas. Nada melhor, portanto, para a saúde do futebol brasileiro, do que a vitória surgir para aquele que apresenta o melhor dentro do gramado e não fora dele.
Parabéns Neymar, Ganso e Cia.!

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