domingo, 8 de maio de 2011

Um dia especial.

1. Dia especial.

Hoje é um dia especial para todos. A mulher é, sem dúvida, feliz criação divina. Mas, a maternidade dá à mulher um colorido maravilhoso, lapidando diamante bruto nato. Tive a  bênção de ter pais referenciais. Meu pai, infelizmente falecido, compunha com minha mãe um casal que se completava. O conceito generalizado de que, atrás de um grande homem, sempre há uma grande mulher, no caso, é realmente verdadeiro. Meu pai alçou voos altos aliando intelectualidade a excelente sucesso profissional, deixando exemplos e frutos na cidade que tanto amou. Ao seu lado, constante e presente, minha mãe, soube ser uma pessoa ativa, companheira, estimulante, dando-lhe retaguarda nos momentos de felicidade ou de tristeza. Ali, o amor, chama indelével e necessária, na vela da vida, sempre esteve marcante.
Mulher especial, minha mãe, jovem, casou levando consigo cinco "filhos"(irmãos) que, com meus dois irmãos e comigo, filhos próprios, possibilitou uma vida rodeada de cuidados, carinhos e educação, fato posteriormente prorrogado para os netos. E, sempre, apoiando meu pai, em todas as situações, ficando ao seu lado durante 66 anos de uma feliz união, continuando a pensar todos os dias na família e, em especial, no seu querido Alfredo.
A mim, como filho caçula, sempre dedicou, além dos cuidados naturais, doce atenção. Hoje, portanto, só posso pedir-lhe a bênção e rogar a Deus que a proteja para todo o sempre!
Mãe, como a minha, muito especial, rendo meu tributo e amor a Fernanda, minha esposa, que retrata, também, aquele algo mais que a maternidade confere, possuindo o brilho que distingue pessoas abençoadas.
Para elas, a lembrança de um belo poema de Mário Quintana (Uma alegria para sempre) :

"As coisas que não conseguem ser olvidadas continuam acontecendo.
 Sentimo-las como da primeira vez,
 sentimo-las fora do tempo,
 nesse mundo do sempre
 onde as datas não datam."

2. A decisão do Supremo Tribunal Federal.

Sábado, o jornal O Estado de S.Paulo, em editorial na página A3, sob o título "A decisão exemplar do STF ", exaltou o reconhecimento unânime dos ministros em relação à união estável entre homossexuais, equiparando-a com outras entidades familiares (casamento civil, união estável entre homem e mulher e mãe solteira que vive com os filhos), respondendo a sua competência de equipará-los no âmbito constitucional.
É bom salientar que tal decisão já vinha sendo entendida, aqui e ali, em decisões isoladas de tribunais para casos concretos pleiteados. No entanto, cumpre esclarecer que a decisão histórica desta quinta-feira não permite ainda o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Dentro de nossa legislação atual, fruto de conceitos arraigados e de fundamento lógico, casamento só é entendido quando realizado entre pessoas de sexos opostos. Assim, enquanto não aprovada nova legislação, realizada pelo órgão legalmente autorizado para tal, o Congresso Nacional, e não o Judiciário, as pessoas ligadas pela união estável do mesmo sexo terão de, em juízo, pleitear direitos ligados à pensão, planos de saúde, etc.

3. Um país mal acostumado I.

Pouco afeitos a questões morais, políticos antigos e novos na área, continuam a exercer suas atividades de maneira temerária. Assim, nossos jornais dão notícias de que Ana de Holanda, aquela senhora guindada a ministra da Cultura do país em virtude do apoio dado por seu famoso irmão Chico Buarque à presidente Dilma nas eleições, vem, desde sua posse, recebendo do governo diárias em fins de semana sem compromissos oficiais, no Rio, cidade onde tem casa própria ,conforme informa o jornal Estado de S.Paulo de 08.05.11, p.A10, sob o título "Ministra recebe diárias por fins de semana no Rio". Os assessores defendem a ministra, por considerarem legal tal procedimento. Mas, é claro, quanto à questão moral ninguém se preocupa.

4. Um país mal acostumado II.

No mesmo dia e jornal, temos também outra notícia de causar mal-estar. Segundo consta da nota "MP justifica auxílio-moradia com leis estaduais", na página A6, em alguns Estados, como Mato Grosso do Sul, Amapá, Rondônia, Santa Catarina, lastreados em leis estaduais, membros do Ministério Público recebem auxílio-moradia. Ou seja, pessoas que têm de defender a lisura pública, praticam atos que, se não ilegais, são visivelmente imorais. Bem Brasil.

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