domingo, 14 de outubro de 2012

Eleições: teria Pelé razão? Cotas: mais uma medida demagógica!

Eleições: teria Pelé razão?

Há mais de quarenta anos, em plena ditadura militar, Pelé, manifestando-se sobre o voto no país, disse uma de suas muitas decalarações absurdas: "O povo brasileiro não sabe votar!" Foi, naturalmente, massacrado pela mídia.
Hoje, tal afirmação não parece distante da realidade.
Com o descrédito dos partidos políticos, sobrou para a escolha do eleitor a pessoa física do candidato. E, este, já não mais dependendo do vínculo partidário, muda propostas como um camaleão, pendendo seu discurso para aquilo que mais lhe convém.
O resultado se materializa em resultados inesperados. Na capital paulista, ninguém poderia imaginar um segundo turno em que ficariam Serra e Haddad, tendo em conta o vertiginoso caminho inicial traçado por Russomano. Em Franca, todas as pesquisas indicavam Graciela na frente, tendo Ferreira em segundo lugar. O que se viu, no final do primeiro turno, foi o contrário.
Além disso, o grande número de abstenção, votos brancos e nulos impressiona, mostrando o desprezo ou falta de opção do eleitor.
O segundo turno que se vislumbra mostra candidatos apelando para as mais diversas artimanhas. Em São Paulo, a guerra entre Serra e Haddad, PSDB X PT, já mostra lances medíocres da má política com ataques pessoais violentos, e enorme empenho de Lula e Dilma com a finalidade de encobrirem os efeitos danosos do resultado do julgamento do mensalão em que o PT foi desmistificado, passando a ser sinônimo de partido corrupto.
Em Franca, o início da campanha para o segundo turno mostra, no início, lances degradantes. Se, de um lado, o PT, sempre criticado, mostra coerência e apoia sem exigências a candidatura de Graciela, o PV de Cassiano fica "em cima do muro", optando pela neutralidade. Por seu turno, o PSB, apesar de alguns membros aderirem ao candidato Ferreira, Ubiali, o líder, optou por fazer suspense e definir sua posição mais adiante, embora todos saibam que antes das eleições já havia feito conchavos com Sidnei.
Já no horário eleitoral, Graciela manteve seu posicionamento sóbrio, enquanto Sidnei Rocha fez ataques à mesma definindo-a, pasmem, como "desequilibrada", adjetivo que toda a população francana sabe pertencer mais ao mesmo, como se viu em episódios como o do "chute aos cones", ou à agressão aos funcionários da Cometa no Terminal Rodoviário, amplamente noticiados pela imprensa à época.
Assim, levando-se em conta o fato de que, durante todo o mandato dos atuais vereadores, a população não parou de criticá-los veementemente, e, ao final, ainda foi capaz de reeleger alguns deles, além do resultado parcial para prefeito, constante da supreendente votação do primeiro turno atribuída a Alexandre, muito embora a população tenha sofrido, nos últimos anos com o abandono da saúde, ausência de transportes decentes, falta de segurança pública, falta de investimentos em educação, em saneamento básico (falta d'água em muitos bairros, pela inépcia de cobranças à Sabesp), além de outros problemas como aquisições indevidas de imóveis (esqueleto e Casa de Regina Duarte) e suspeitas em licitações, cabe a pergunta: estaria Pelé com a razão? Se o resultado do segundo turno confirmar o do primeiro, na minha modesta opinião, Pelé, em Franca, estaria coberto de razão!

Cotas: mais uma medida demagógica.

A aplicação de ações afirmativas, no Brasil, sempre foi equivocada, exagerada e demagógica.
Agora, não bastassem as muitas opções no âmbito universitário, Itamarati e outros órgãos públicos, vem a notícia alarmante estampada em manchete da Folha de S.Paulo deste domingo: "Dilma prepara cotas raciais para servidor" .
Na nota há a informação da decisão de Dilma de incluir cotas para negros no funcionalismo federal, preenchendo cargos por concurso e nomeação.
Embora haja quem saia em defesa desta medida, chegará o dia em que, no Brasil, haverá o império da discriminação contra a raça branca, a permanecer a onda dominante.

Nenhum comentário: