Imprensa "tieta" Sidnei.
Ao término de seu mandato, o prefeito Sidnei Rocha não poderia almejar mais: foi "tietado" várias vezes pelo jornal Comércio da Franca (sábado e domingo) e pelo caderno Folha Ribeirão (Folha de S.Paulo) deste domingo, em uma entrevista dada.
Tendo sucedido prefeitos que tiveram fracas administrações, Sidnei aproveitou, no início de seu mandato, o dinheiro da renovação da concesssão da Sabesp, abiscoitou 30 milhões e recapeou a cidade, que apresentava a malha viária como um queijo suiço, mercê dos péssimos governos que lhe antecederam. Isto lhe rendeu a simpatia da população, que olvidou demais necessidades.
Radialista de origem, teve nas rádios apoios incondicionais e da imprensa escrita tratamento diferenciado, o que lhe proporcionou navegar em mar tranquilo, uma vez que o Poder Legislativo sempre esteve em suas mãos, aprovando todos os seus projetos.
Antes de sair, fez seu sucessor, o qual, antes de tomar posse, já manteve o mesmo secretariado, confirmando a proposta de campanha da "continuidade", o que permite prever que a cidade continuará com os mesmos problemas que metade da população questionou, não apoiando o candidato vitorioso.
Para aqueles que entendem que a saúde, o trânsito, a segurança, o transporte, o meio ambiente encontram-se mal geridos, restará o conformismo.
A política francana fica na esperança de que, um dia, novas lideranças apareçam e transformem o cenário político atual que, como tudo na cidade, depende do monopólio de poucos!
Câmara rejeita proposta absurda.
Um dos últimos intentos do prefeito foi, surpreendentemente, rejeitado pela Câmara dos Vereadores, nos estertores do mandato.
O alcáide, astutamente, pretendia aprovar medida que autoriza a Administração ceder funcionários municipais ao Forum, mais especificamente à Vara da Fazenda Estadual. O motivo seria o elevado número de execuções fiscais ajuizadas pelo município e que tornam o processamento mais moroso em razão do reduzido número de funcionários do cartório.
A medida, aparentemente com o intuito de aumentar a recuperação dos créditos municipais, padecia de dupla conduta antiética: funcionários públicos municipais trabalhando em processos de interesse da própria administração; e, possibilidade de se acomodarem funcionários comissionados visando interesses políticos.
Evidentemente que, se aprovada, a medida estaria sujeita à impugnação do Ministério Público, ou de qualquer interessado eventualmente prejudicado.
Texto traduz anseios.
Texto intitulado "2012, o ano que não terminou", do jornalista Gaudêncio Torquato, do Estadão deste domingo, reflete corretamente anseios nacionais, especialmente as considerações finais:
"Espraia-se o sentimento de que o copo da política poluída transborda. Há
visível descompasso entre dois Brasis, o que abre os olhos e o que dorme em
berço esplêndido. De um lado se posta um cidadão exigente, um eleitor crítico,
um consumidor de serviços consciente, ao lado de um grupamento ainda amarrado ao
tronco da secular árvore do patrimonialismo. A esperança é que a força da
racionalidade consiga inundar os pulmões da sociedade com o oxigênio de novos
padrões. E que todos, margens, centro e topo, possam proclamar, a uma só voz, o
brado do profeta Zaratustra: 'Novos caminhos sigo, nova fala me empolga; como
todos os criadores, cansei-me das velhas linguagens. Não quer mais o meu
espírito caminhar com solas gastas.' "
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