Greve e hipocrisia.
Foi publicado, em jornal local, o "estado de greve" da categoria dos sapateiros francanos. Caso não ocorra um acordo entre as partes, a greve será efetivada nos próximos dias. A classe dos sapateiros pleiteia um reajuste de cerca de 10% e o sindicato patronal acena com cerca de 6%. Ou seja, a diferença entre o pleiteado e o proposto é irrisória.
Ninguém contesta o direito da classe trabalhadora. É a responsável pelo sucesso da elevada produção de calçados de boa qualidade espalhados em todo o Brasil e no exterior.
A hipocrisia fica por conta das notícias anteriores, por ocasião da Francal, época em que, por uma semana, somos entulhados por notícias otimistas sobre o grande faturamento das empresas, fruto do aumento crescente das vendas durante o período. Além disso, semana sim, semana não, representante do sindicato patronal dá entrevistas louvando o sucesso da indústria calçadista.
Lamentavelmente, apenas na hora do reconhecimento do esforço dos trabalhadores, aparece a alegação de que as indústrias não podem atualizar os salários por não terem condições para tal.
Vergonha nacional: Gaviões da Fiel.
Dizem que a torcida corintiana representa mais da metade das conquistas do time, em razão da sua fidelidade e fanatismo. Pode ser. No entanto, ter uma torcida como a Gaviões da Fiel, capaz de invadir estádios sem qualquer respeito às leis vigentes, atuando como marginais, e agredindo torcedores rivais com armas mortais como sinalizadores (objetos criados para protagonizar salvamentos em alto mar) como ocorreu em Oruro, na Bolívia, não traz orgulho para ninguém. Pelo contrário, traz sim, vergonha. O que se espera é que, além da penalidade ao clube, impedindo a entrada de torcedores seus em jogos da Libertadores, aqueles protagonistas da morte do jovem adolescente boliviano sejam severamente punidos pelas leis locais. Isto para que, esta torcida vá, aos poucos, se afastando definitivamente dos espetáculos. Na verdade, a prisão é o único ambiente propício para elementos deste naipe. Aliás, por sorte, anteriormente, não ocorreu conflito no Japão. Mas, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo estão aí, e está na hora certa de se afastar torcedores bandidos dos estádios. Que a lição de Oruro sirva de exemplo para as autoridades para que, assim como foi feito com a torcida inglesa em outra ocasião, sejam os desordeiros banidos do futebol.
Segurança em crise em Franca.
Há muito se comenta sobre a situação crítica da segurança pública em Franca. Não há qualquer movimentação, neste sentido, das autoridades constituídas para resolver o problema que, parece, já se tornou crônico.
No jornal Comércio da Franca, deste domingo, na reportagem de capa, sob o título "Isto é Franca!Pancadão: Drogas, brigas e sexo" que remete a denúncia intitulada "Uma noite do 'pancadão" (p.A-18 -19), há a informação de prática corriqueira na Rua Vicente Richinho, no Distrito Industrial, em que jovens ficam à vontade e "carros com sons potentes se enfileiram e disputam lugares na via tomada pela multidão. A venda de bebidas alcoólicas não é controlada e o consumo de drogas é explícito. As meninas ficam seminuas, há brigas, sons estridentes, menores de idade e vistas grossas da polícia a tudo que se passa ali." Segundo a nota, tais acontecimentos ocorrem nas noites de sexta e sábado. A polícia, informa "estar de mãos atadas", por falta de efetivo suficiente. E mais, um policial argumentou sobre os menores no local: "se eles estão na ruas já é um problema familiar porque (mostra que) pai não controla".
É fácil lavar as maõs, como a polícia faz. Se ela, que foi criada para tal, não se julga apta para controlar a segurança, quem o fará ?
Franca, ultimamente, vem contando, em todos os setores em que deveria haver presença policial (trânsito, vigilância de estabelecimentos como bares, clubes e avenidas) com total omissão.
Já passou da hora de ocorrer uma posição de quem de direito! Aliás, na reportagem comentada, há a informação de que fotos originais dos fatos serão encaminhadas pelo jornal ao Ministério Público, o qual de posse das mesmas e da reportagem terá elementos suficientes para tomar providências.
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