domingo, 6 de novembro de 2011

A última bravata do Prefeito: ataques a quem o apóia sempre. O caso do médico acusado de abuso sexual. Ministro do Trabalho: a bola da vez.

1. A última bravata do Prefeito: ataques a quem o apóia sempre.

O Prefeito Sidnei Rocha, de Franca, SP, ficou famoso, antes de ser político, por seu programa radiofônico, "Boca no Trombone", onde criticava todo mundo, de forma agressiva, muito ao gosto das pessoas mais simples. Tal postura lhe permitiu ser vereador e, posteriormente, prefeito pela primeira vez, dando início a uma vertiginosa e rápida carreira de empresário das comunicações. Uma passagem desastrosa pela administração da Vasp lhe rendeu um ostracismo político e críticas ácidas de seus adversários políticos com acusações graves. Dois governos municipais do PT, onde a cidade conheceu seus piores dias, permitiram a volta triunfal do político ao pedestal maior da cidade, culminando com o segundo mandato consecutivo e altos índices de popularidade.
Durante este período, frequentemente, o criador do "Boca no Trombone", hoje proprietário de uma rádio local, volta ao microfone e exercita seus dons de fanfarrão contumaz.
O último ato foi quando chamou os vereadores francanos de "asnos", por conta de uma polêmica sobre o uso de semáforos inteligentes e a rejeição de projeto de sua autoria para a construção de um viaduto em uma avenida, viaduto este que, por sinal, levaria o nome de sua progenitora. Os vereadores, bem ou mal, apenas exerceram sua função constitucional, não cabendo a reação ocorrida.
Como se sabe, o significado de asno, nos dicionários, é: "s.m. mamífero da ordem dos ungulados, família dos equídeos, menor que o cavalo e com orelhas compridas; jumento, burro. Fig. Pessoa ignorante, tolo, cabeçudo."
A injúria causou estranheza, ainda mais porque sempre o Prefeito obteve maioria na Câmara, onde quase nunca é contestado, e tem respeito quase servil da maioria dos membros do atual mandato.
Tanto é verdade que, no dia imediato à injúria, teve mais um projeto seu aprovado e ninguém se atreveu a contestá-lo até o momento.
O fato serviu apenas para mostrar aos munícipes o quanto a atual Câmara é fraca e inoperante, servindo de alerta para a sua total renovação no próximo pleito, para que, enfim, represente o seu verdadeiro papel de fiscal da administração pública e não mero expectador e chancelador de atos do alcáide.

2. O caso do médico acusado de abuso sexual.

Durante a semana que passou, a notícia de que um médico filiado a duas instituições de saúde locais, estava sendo acusado de abuso sexual contra pacientes, acabou sendo o destaque da mídia. Embora as notícias sejam vagas e incompletas, dado o sigilo do processo judicial, um fato não explorado, causa interesse jurídico: por que houve demora na comunicação dos fatos graves? Estariam as pessoas e empresas envolvidas na demora na comunicação também sendo questionadas e respondendo por omissão, fato também penalmente passível?

3. Ministro do Trabalho: a bola da vez.

Mais um ministro do governo Dilma é alvo de denúncias sobre corrupção. A bola da vez é o ministro Carlos Lupi, um fanfarrão que adora os holofotes da mídia, aparecendo mais do que seu partido (PDT) nos programas. A revista Veja, sempre ela, que hoje apresenta mais denúncias do que o próprio MP, em reportagem desta semana, informa que assessores do ministério negociariam comissão com ONGs para resolver 'pendências' em contratos de qualificação, como informa o jornal Folha de S.Paulo de hoje, na notícia "Trabalho cobraria propina, diz revista.", p.A.12.
Se verídicas as acusações, mais um ministro, indicado por Lula, poderá cair, juntando-se aos outros seis já defenestrados anteriormente. Pobre Dilma!

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