1. Steve Jobs.
Nunca a morte de um personagem importante teve tanto destaque quanto a do fundador da Apple. As maiores revistas do país, como Veja, Época, em suas publicações semanais, estamparam edições especiais em alusão ao fato. Antes, os principais jornais deram coberturas especiais. Aliás, foi uma notícia tão especial que, insatisfeita, Suzana Singer, ombudsman da Folha, destinou ácida crítica à cobertura do jornal, sob o título: "Saber dizer adeus", deste domingo, p.A8, onde afirma que "uma pessoa tão inspiradora mereceu, na Folha, um obituário frio, incompleto e aquém da sua importância histórica". É verdade. Na mesma matéria, Singer cita o texto do repórter John Markoff, do New York Times (http://nyti.ms/obituariostevjobs), como "um bom exemplo" da arte de fazer um bom obituário. Isto porque, conforme se vê dos textos, Jobs não foi tão somente o "mago da era digital", foi, mais, um exemplo de cidadão, líder e revolucionário de uma era cultural, deixando exemplo para o mundo.
2. Francanos acordam e sentem o poder do povo.
Os vereadores locais tiveram uma surpresa na última sessão da Câmara dos Vereadores. Reunidos para legislarem em causa própria, para aumento do número de edis e, ainda, do número de dias das suas férias, encontraram, no plenário, cidadãos francanos dispostos a manifestarem repúdio. E, como se viu, ao final, todos eles mudaram seus votos, após a pressão do povo.
Talvez este episódio venha marcar, de forma definitiva, o fato de que, daqui para a frente, as pessoas irão fiscalizar e cobrar seriedade dos seus representantes políticos, como é de se esperar sempre.
Aliás, interessante a matéria publicada no jornal Comércio da Franca deste domingo, sob o título "Após essa votação, a sensação do francano é de alma lavada", p.A-20, de autoria do jornalista Edson Arantes, onde há uma entrevista com a jovem Viviane Araújo, uma das mais entusiastas participantes da memorável manifestação cívica onde, encurralados, oe vereadores deixaram de aprovar os absurdos pretendidos. Quem sabe não seja o embrião de um novo tempo em Franca, em que, a partir de agora, jovens, antes alheios à participação partidária, passem a se interessar mais e formem novas lideranças que venham a substituir os velhos caciques que teimam em resistir ao tempo e à infelicidade dos francanos.
3. Greves e curiosidade.
Todos os anos, nesta época, invariavelmente, temos greves dos bancários e dos Correios. E, todos os anos, o desenrolar se faz da mesma maneira. Ao final, com míseros aumentos, os grevistas voltam ao trabalho, ficando os prejuízos das paralisações apenas com as pessoas mais humildes. As autoridades não se preocupam com as greves, sejam elas de atividades importantes, como saúde, economia, transporte e comunicação, sejam de qualquer outra natureza. Não há regras claras para greves de serviços essenciais e, aí, vemos as situações de sempre, como agora. A curiosidade, a meu ver, é em relação aos líderes sindicais. Uma foto estampada em um jornal local aguçou minha curiosidade: a maioria dos membros que lá estavam, como dirigentes sindicais, parecia um tanto quanto "envelhecida", demonstrando que os maiores líderes são pessoas já aposentadas há muito tempo, dando a impressão de autênticos profissionais e não legítimos representantes. Mas, isto não é novidade. A partir de Lula, os sindicatos passaram a receber polpudas verbas do Estado e, aí, lamentavelmente, muitos passaram a se interessarem mais pelos sindicatos e pouco para os sindicalizados.
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