MINHA MÃE ESTRELA VIVA
Numa noite fria e chuvosa,
Somente uma estrela brilhava,
Eras tu minha mãe iluminada,
Guardada por anjos de luz,
No céu tu brilhavas.
Enquanto teu corpo frio,
Num leito nos aguardavam,
Tu estavas nos braços de Deus
Que com amor te agasalhava.
Um vazio em mim ficava,
Mas sei que tua missão aqui findara.
Descansará teu corpo cansado,
Seu espírito será elevado, abençoado.
Carregaste tua cruz com elegância,
Guerreira e sábia como poucas,
De uma força inexplicável,
Mulher e mãe por excelência.
Desculpe mãe pelo egoísmo,
Mas queria ter você pra sempre comigo.
Obrigado minha mãe, descanse em paz,
Agradeço a Deus por ter sido teu filho.
Numa noite fria e chuvosa,
Somente uma estrela brilhava,
Eras tu minha mãe iluminada,
Guardada por anjos de luz,
No céu tu brilhavas.
Enquanto teu corpo frio,
Num leito nos aguardavam,
Tu estavas nos braços de Deus
Que com amor te agasalhava.
Um vazio em mim ficava,
Mas sei que tua missão aqui findara.
Descansará teu corpo cansado,
Seu espírito será elevado, abençoado.
Carregaste tua cruz com elegância,
Guerreira e sábia como poucas,
De uma força inexplicável,
Mulher e mãe por excelência.
Desculpe mãe pelo egoísmo,
Mas queria ter você pra sempre comigo.
Obrigado minha mãe, descanse em paz,
Agradeço a Deus por ter sido teu filho.
(autor: Luiz Carlos Rodrigues dos Santos).
Nydia da Silva Castro Palermo teve uma história de vida maravilhosa. Jovem, na iminência de seu casamento, perdeu sua mãe Maria Pia e arcou com a obrigação de dividir a criação de seus cinco irmãos com seu pai, Cícero, farmacêutico aposentado e responsável pelo cuidado da antiga Estação de Tratamento de Água da cidade de Franca, em Miramontes.
Sua garra e dedicação foi uma constante durante os primeiros anos de casamento com Alfredo Palermo, jovem professor de português e advogado criminalista especialista em júris, que dividia o magistério em três períodos do dia e ainda encontrava tempo para brilhar no Tribunal do Júri e destacar-se em crônicas no jornal Comércio da Franca.
Além dos cinco irmãos, teve três filhos para cuidar e educar, aliando seus dotes pessoais e cuidadosa no cultivo das amizades com os amigos dos mesmos, que sempre foram recebidos com carinho e esmero no dia a dia, tornando sua vida um exemplo de mãe e esposa exemplar, retaguarda altaneira para o sucesso paulatino do esposo Alfredo que pouco a pouco galgava o brilho duradouro de mais de quarenta anos dedicados ao magistério. Inicialmente na cátedra (como se denominava antigamente) de Português, no IEETC e, concomitantemente nas aulas de Direito Civil e Constitucional (em Franca, na Faculdade Municipal e em Ribeirão Preto, na UNAERP e Barão de Mauá), Estudo de Problemas Brasileiros e Cultura Brasileira na UNESP, além de passagem de docente pela Faculdade de Ciências Econômicas (atual UNI-FACEF) e ter desempenhado a função de diretor de todas as faculdades públicas de Franca. Foi mestre na Pós-Graduação do curso de Direito da UNESP e da UNIFRAN. Ao lado de suas atividades de mestre, Alfredo ainda exerceu por algum tempo o cargo de deputado federal e prestou relevantes serviços como membro do Rotary Club de Franca.
Desde o início de suas atividades laborais, Alfredo colaborou como redator e colaborador do jornal Comércio da Franca, por 66 anos, sob a direção de vários proprietários.
Tornou-se, a meu ver, a principal figura cultural do século XX na cidade de Franca.
Tudo obtido graças ao respaldo da presença de Nydia, que incentivava, apoiava e colaborava para tal, sempre a seu lado, inclusive nas diversas viagens culturais pelo mundo, justificando o ditado antigo e de autoria desconhecida: "Por trás de um grande homem, sempre há uma grande mulher".
Na constante companhia ao esposo, em todos os momentos, alegres ou tristes, Nydia demonstrou ao longo de todos os 66 anos de casamento, um amor inexcedível, incomparável, semelhante à descrição de Fernando Pessoa: "Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?".
Este grande amor, após o falecimento de Alfredo, enfraqueceu suas reservas físicas e provocou seu desenlace no último dia 27 de maio, para a tristeza de todos nós, filhos, noras, genro, netos e bisneto.
Todos nós iremos guardar na lembrança a figura marcante, amorosa, lutadora, que soube como ninguém exercer honrosamente seu papel de grande mulher perante os seus e a cidade que tanto amou.
De minha parte, sempre virá à memória o lindo texto de Carlos Drummond de Andrade que retrata fielmente o sentimento atual:
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
(Carlos Drummond de Andrade).
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