Pronunciamento hipócrita de Dilma.
O Brasil revolucionário de nossos dias gerou reações inusitadas. No entanto, aquela que seria a mais aguardada tornou-se risível diante dos argumentos nela contidos. Partiu da presidente, em cadeia nacional, no dia 21 de junho, onde ela propôs, para solucionar a crise, três eixos de focos: Plano Nacional de Mobilização Urbana, com finalidade de privilegiar o transporte coletivo; destinação de 100% dos recursos do petróleo para a educação e, finalmente, a importação do exterior de médicos para ampliar o atendimento do SUS. Ao lado destas providências acenou com diálogo com as lideranças dos movimentos das manifestações, luta pela "ampla e profunda" reforma política, visando aumentar a participação popular e assinalou ser necessário "muito, mas muito mesmo" de formas mais claras de combate à corrupção. Coroou suas "pérolas" com a afirmação de que não houve gastos do governo nas construções das arenas da Copa de 2014, uma vez que, segundo ela, os financiamentos serão pagos pelas empresas e governos que exploram os estádios. É desprezar demais a inteligência brasileira.
Lamentável.
Muita mentira. Todos estão cansados de saber que o governo petista nunca privilegiou os transportes públicos. Quanto à educação, apesar de Mercadante estar sempre na berlinda ao lado de Dilma, não se vê qualquer investimento, a não ser as constantes trapalhadas nos exames do Enem e as fracassadas tentativas de intercâmbio de estudantes no exterior.
Quanto ao diálogo com as lideranças dos movimentos, todos nós sabemos que diálogo não é o forte dos petistas, que sempre se mostraram adeptos do totalitarismo cubano. Sobre a importação de médicos, mais um equívoco, pois qualidade não é o objetivo da pauta, já que serão cubanos os escolhidos, além de nunca ter existido interesse do governo em melhorar o ensino médico do país que, em exames, pelos órgãos de classe, de profissionais formados, mostraram resultados pífios.
Quanto ao combate à corrupção, Dilma mais uma vez nos deixa aturdidos, pois é justamente o seu partido o alvo dos maiores desmandos no assunto, tendo o julgamento do Mensalão, por fatos ocorridos no governo Lula (PT) sido emblemático, com a condenação à cadeia de vários líderes, que a burocracia judicial ainda não conseguiu colocar nos presídios, irritando o povo.
Mas, uma afirmação da presidente chocou mais: "É a cidadania, e não o poder econômico, quem deve ser ouvido em primeiro lugar". Será que ela se esqueceu facilmente que foi justamente em seu governo que foram feitas as maiores "desonerações fiscais" (automóveis, eletrodomésticos, etc.) de que se tem notícia, justamente para privilegiar os grupos econômicos?
Ou seja, Dilma realmente perdeu o controle da Nação. Resta a ela uma saída digna do governo, não se candidatando à reeleição, mostrando seu real interesse pela cidadania.
A moção descabida da Câmara Municipal de Franca.
Uma das mais absurdas decisões da Câmara Municipal de Franca ocorreu na última sessão: a moção de apoio ao projeto da PEC 37, que restringe o poder do Ministério Público, fortalecendo o poder da Polícia, em detrimento ao combate à corrupção. Isto sem qualquer embasamento ou análise, mas simplesmente para satisfazer situação pessoal de um de seus membros, justamente o que propôs a malfadada moção.
Enquanto isto, toda a Nação se mobiliza em protestos contra, entre outras coisas, a PEC 37.
Ou seja, é muita incompetência, inabilidade e descaso ao eleitor, mostrando que, lamentavelmente, as renovações não surtiram efeito.
Cruzeiro do Sul destaca Unifran na Folha.
O Grupo Cruzeiro do Sul Educacional publicou matéria publicitária, nas páginas 19 e 21, do caderno A da Folha de S. Paulo deste domingo, assumindo oficialmente a aquisição da Unifran. Intitulando-se "o 5º maior grupo de educação do Brasil, segundo o MEC", a Cruzeiro do Sul destaca que "para a Unifran, essa união significa mais investimentos, solidez e projeção nacional. Para a Cruzeiro do Sul Educacional, ainda mais credibilidade, tradição e reconhecimento". Vamos torcer para que as promessas se tornem realidade e Franca consiga realmente ter uma universidade privada de qualidade.
À procura de um líder.
As manifestações populares recentes, além de mostrarem uma falta de pauta nas reivindicações, salientaram a falta de uma liderança necessária em qualquer mudança. Realmente, embora existam valorosos jovens no comando dos grupos que saíram às ruas, a existência de partidos políticos desmoralizados, durante longo período, propiciou uma escassez brutal de novos líderes. Uma das falhas da situação crítica atual, a urgente necessidade de uma reforma política, poderá, caso seja bem direcionada, ensejar o aparecimento de novas lideranças forjadas nos recentes movimentos. Com novos partidos políticos, livres do jugo do Executivo, único dos três Poderes da República que exerce sua ação de forma deletéria sobre os demais, a Nação poderá almejar se tornar realmente uma República nos moldes normais, passível de formar lideranças puras e sem os vícios atuais.
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