domingo, 27 de janeiro de 2013

Comissionados cobrados. Medida tímida de proteção. Tragédia gaúcha assusta. Mistura do público com o privado.

Comissionados cobrados.

Manchete do jornal Comércio da Franca deste domingo informa que "Comissionados da Prefeitura farão 'provinha' e podem ser demitidos", sobre medida tomada pelo prefeito Alexandre Augusto, no sentido de cobrar dos cerca de 270 comissionados empenho e diligência nas suas funções, com avaliações bimestrais, sob pena de exoneração para aqueles que não preencherem condições razoáveis para o desempenho normal das atribuições.
Cabe lembrar que comissionados, via de regra, são funcionários que não prestaram concursos públicos e estão no cargo devido a nomeação de livre escolha do chefe do Executivo. No caso, imagina-se que os comissionados pressionados sejam herança recebida do prefeito anterior Sidnei. Assim, o aviso soa como que um prenúncio de futuras substituições por elementos do grupo do atual alcáide, fato previsível.
Trata-se de um costume nacional que não deveria existir, cabendo o preenchimento de cargos públicos a pessoas que realmente tenham capacidade e tenham prestado concurso público.

Medida tímida de proteção.

A anunciada medida de colocação de defensas de proteção junto à avenida Hélio Palermo, no córrego dos Bagres, num trecho de 1 km (2 se contados os dois lados), aparece como decisão tímida da Prefeitura, uma vez que a extensão das marginais é muito maior do que o que estará sendo providenciado.
Assim, embora já seja um começo, é urgente que haja um empenho para que toda a extensão seja abrangida, uma vez que inevitavelmente novos acidentes poderão ocorrer, caso a providência seja parcial.

Tragédia gaúcha assusta.

O incêndio ocorrido na cidade gaúcha de Santa Maria, em uma boate, assusta o país e causa tristeza pela constatação de negligência nos cuidados básicos de funcionamento de casas de show.
Pelas notícias, a casa estaria com alvará vencido, não possuia saídas de segurança, nem pessoal treinado para controlar casos de tumultos. E o que é o pior, a lotação era superior à capacidade do estabelecimento. Além disso, por ser um acontecimento costumeiro, com participação de Universidades, foram olvidadas diversas medidas de segurança.
A imprudência de membros do conjunto musical, que teriam utilizado sinalizador para provocar efeitos especiais, foi a gota d'água no mar de imprevidências e que possibilitou a segunda maior tragédia com vítimas no Brasil.
Agora, as medidas anunciadas para encontrar e punir os responsáveis figuram apenas como algo paliativo, não devolvendo os mortos às suas famílias.
Espera-se que, como o ocorrido na Argentina, há pouco tempo, em fato semelhante, sejam tomadas providências rigorosas em todo o país e em todos os locais onde haja aglomeração de pessoas, ficando o setor público atento para coibir estabelecimentos e promoções que não possuam condições mínimas de proteção aos participantes de eventos.

Mistura do público com o privado.

Nesta semana tomou-se conhecimento de mais um absurdo ocorrido no Ceará, onde em evento promovido pelo governador Cid Gomes (PSB), para a festividade de inauguração de um hospital em Sobral, Ivete Sangalo recebeu um cachê de 650 mil reais.
As críticas são procedentes e o Ministério Público de lá já acionou o governador para que devolva os valores gastos, ainda mais sabendo-se que o setor de saúde do Estado está carente de verbas e em péssima situação.
Cid, aquele que é irmão do Ciro Gomes, retrucou e disse que o procurador é jovem e quer aparecer e que o povo merece diversão além de hospital.
Em outras ocasiões Cid já havia gasto dinheiro público: na inauguração do Centro de Eventos do Ceará pagou 3 milhões para o tenor Plácido Domingo, e no reveillon pagou cachê de 500 mil reais para Luan Santana e 500 mil reais para Zezé de Camargo e Luciano.
Todo este dinheiro público serve para melhorar a imagem pessoal de Cid Gomes, ou seja, a mistura do público com o privado.

Nenhum comentário: