1. A polêmica da aplicação das multas de trânsito.
Discute-se sobre a recente decisão da Câmara Municipal que aprovou projeto de lei que não autoriza a Guarda Civil Municipal a aplicar multas de trânsito, conforme pretendia o Prefeito. Para tal, apareceram acirradas críticas à decisão legislativa. Embora não costume acertar, a Câmara, no episódio, nada mais fez do que seguir ditames constitucionais que atribuem competência privativa à União para legislar sobre a matéria trânsito (art.22, XI, da CF). É bem verdade que, em relação à competência do Município (art.30), os incisos I e II tratam de competência suplementar para legislar sobre "assuntos de interesse local", e "suplementar a legislação federal e estadual no que couber", motivos que dariam azo ao entendimento sobre legislação de trânsito atinente ao Município.
Tal discussão é insossa. Sabe-se que, em Franca, o trânsito é um caos e para melhor cuidar de sua organização e disciplina a melhor instituição é sem dúvida a Polícia Militar Estadual que, sabidamente, é melhor treinada e com maiores recursos. Recursos estes que, também, são fornecidos pelo Município.
Assim, melhor seria se se cuidasse de ampliar o convênio com a PM, no sentido de se atacar os problemas do trânsito, deixando à Guarda Civil Municipal o encargo de cuidar do patrimônio público municipal que, por sinal, está muito mal, como se viu pelas notícias das constantes irregularidades cometidas no Cemitério Municipal onde ocorrem furtos e atentados à moral e bons costumes. Outros bens públicos também estão à mercê de vândalos, como as praças e demais logradouros, em virtude da fragilidade da Guarda Civil Municipal .
O grande problema relacionado ao trânsito continua, como se sabe, inerente à péssima educação do cidadão que, sabedor dos comezinhos fundamentos, insiste em dirigir em alta velocidade, com celular ao volante, com utilização de auto-falantes com excessivo volume, ausência de sinalização nas conversões, estacionamento em lugares não permitidos, etc. São problemas estruturais, ligados à formação pessoal, aliados ao fraco desempenho das auto-escolas que orientam muito mal seus alunos, os quais são aprovados nos exames de habilitação pouco rigorosos.
2. A multiplicação de furtos na cidade de Franca.
Como se vê pelas notícias estampadas nos jornais locais, aumentam progressivamente as ocorrências de furtos na cidade. Há situações críticas, onde a insegurança vem obrigando comerciantes a dormirem em seus estabelecimentos que por diversas vezes foram assaltados.
O que preocupa é que, na proporção em que aumentam as infrações penais, diminuem as informações sobre a atuação dos órgãos de segurança. Enquanto isto, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não demonstram qualquer sinal de movimentação no sentido de coibir o avassalador aumento da criminalidade na cidade.
3. Dilma e a corrupção.
Dilma foi eleita pelo povo, mas através da popularidade e apoio de Lula. Todos sabiam que, dificilmente, teria poder de comando. Sua personalidade autoritária não basta para o perfil de um Presidente. Daí que, no início do mandato, já temos inúmeros casos de Ministérios envolvidos em denúncia de corrupção. Desde Palocci, passando pelo dos Tranportes, e, agora, pelo da Agricultura, os episódios vêm manchando o governo. A demissão de Nelson Jobim foi a excessão. O motivo não foi corrupção, mas opinião diversa da Presidente. Ou seja, demissão por falta de respeito à liberdade de opinião de um ministro que ousou criticar colegas e manifestar seu voto pessoal.
Além da pésima reação de Dilma, a escolha de Celso Amorim, um dos piores ministros da era Lula, veio acentuar a falta de preparo da Presidente. O Brasil está muito mal servido de políticos, na atualidade.
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