É Natal e, como todos os anos, é época de renovação, esquecimento das agruras passadas, comemoração das vitórias alcançadas e momento de agradecimento àqueles que nos honram com suas leituras, augurando-lhes Boas Festas e Feliz Ano Novo!
2. Sufoco.
Necessitando tirar segunda via de CNH e pretendendo escapar da burocracia, lentidão e ineficiência próprios da Ciretran, fiquei mais de 15 dias aguardando a esperada inauguração do Poupatempo local, que, apesar de ter suas instalações prontas há algum tempo, esbarrou na vontade política da necessidade da "inauguração com a presença do governador", em prejuízo, como sempre, das necessidades públicas. E, como a demora da decisão dos políticos tornou-se crônica, optou-se pela saída do funcionamento "em testes", a partir do dia 22 pp. Aí teve início minha epopéia. Como todas a unidades do Poupatempo têm início de funcionamento às 9:00 h., diligentemente estava eu no local cinco minutos antes. Uma fila de cerca de 30 pessoas se antecipava a mim. Todos enfileirados numa calçada acanhada, em local erradamente (mas atendendo a interesses) escolhido: trânsito intenso, rua estreita, calçadas idem, em frente a uma reforma de prédio antigo onde pedreiros levantavam nuvens de pó e caçambas eram colocadas e retiradas a todo momento e, ainda, de quebra, com um vizinho de uma residência efetuando o corte da grama de seu jardim e jogando ao ar e nos componentes da "fila" pedrinhas, pó e pedaços de mato atirados por feroz roçadeira. Pois bem, para culminar, eis que trinta minutos depois funcionários do Poupatempo informam que a abertura da unidade dar-se-ia às 10:00 h. e que, dentro de minutos, as pessoas seriam divididas em outras filas de acordo com o tipo de documento pleiteado.
No momento prometido, já com os interessados cansados, cobertos de pó e grama, a fila que era única, por determinação dos funcionários do Poupatempo, transformou-se em outras duas e fomos nós, qual rebanho para o matadouro, sermos atendidos pelas dezenas de funcionários ali existentes (alguém saberia informar se e quando houve concurso para tal?), num total, segundo a imprensa, de 87 funcionários, ou seja, somente eles já seriam suficientes para lotar as dependências do improvisado prédio.
Já no início (triagem), as primeiras falhas na separação de senhas destinadas a pessoas idosas ou não, com os novos funcionários desconhecendo o início do critério (se 60 ou 65 anos). Eu, que seria a segunda pessoa a ser atendida, fui prejudicado por um engano e, por culpa de senha entregue erradamente, tive o início do processamento de meu pedido obstaculizado no sistema, ficando o funcionário que me atendia dependente de uma chefe a todo o momento para a solução dos mais variados detalhes. A seguir, sou encaminhado a uma jovem funcionária que tinha a missão de colher a digital de meus 10 dedos! Como não poderia deixar de acontecer, apesar dos equipamentos sofisticados e supernovos, tive que repetir aquilo que as pessoas mais temem nas delegacias de polícia, por diversas vezes, até que, finalmente, fui liberado para efetuar na agência bancária o pagamento da taxa respectiva do pedido. E, surpresa: embora seja praxe a entrega de uma CNH em cerca de 4 horas, em Franca, e em virtude do período de "testes" fui informado que deveria voltar na repartição no dia seguinte às 13 h. Voltei, como solicitado, no dia e hora designados. E, nova surpresa: não estava pronta a CNH. Nova promessa: volte no dia seguinte.
No dia determinado, um pequeno susto: não achavam a CNH. Depois, do auxílio de novos funcionários, eis que, finalmente, a boa notícia: carteira entregue, solução final. Alvíssaras!
É isto aí: informação para quem pretende se utilizar do prático Poupatempo, não tão eficiente, mas, seguramente, mais rápido!
3. Sobreposição do ego.
Em matéria intitulada "Desabafo do mestre", o jornal Comércio da Franca, de 24.12.10, p.E-4, faz extensa matéria dedicada ao técnico de basquete Hélio Rubens, para que o mesmo pudesse se justificar dos recentes fracassos do time que dirige, nos últimos torneios. Curiosamente, no primeiro parágrafo, o autor da matéria (não identificado), afirma: "O técnico Hélio Rubens Garcia não está habituado a ter seu trabalho contestado." E a matéria poderia ficar por aí, que já explicaria tudo. Nos vários tópicos em que se dividiu a reportagem, não há qualquer sinal de humildade e justificativa coerentes. Ao contrário, temos muitos autoelogios, grande pitada de arrogância e traços de desprezo pelas opiniões contrárias: "o time vai ganhar e estes críticos vão se arrepender". E ainda criticando torcedores que exerciam seus direitos de crítica: "tudo por conta de alguns torcedores mais exaltados, radicais que acham que somos obrigados a ganhar sempre. Este conceito de que apenas ganhar é o que importa tem que mudar." Curioso, sempre vi torcedores normais aplaudirem bons jogos e vaiarem péssimas apresentações. Como tem acontecido, normalmente, nos jogos de basquete. Isto estaria errado? Finalmente, a sugestão para o futuro substituto, ao término do desabafo-entrevista, é inacreditável, ou melhor, no caso, esperada. Pelo andar da carruagem tudo ficará como está, até que os patrocinadores resolvam intervir.
4. Curiosidades do Natal.
No Natal, época atribulada, de grandes correrias e preparações, acontecem fatos curiosos.
a. Uma panela que só falta falar: a Tramontina 20980, linha Lyon.

b. O sapato salvador.
O Natal, em toda minha vida e de meus familiares, sempre foi especial, enquanto existiu a figura querida de meu pai, pessoa especial e que tinha carinho diferenciado para tal comemoração. Acompanhando os pratos e guloseimas próprias da época, não há como esquecer a degustação dos mais memoráveis vinhos. Pois bem, tinha comigo duas garrafas do excepcional vinho hungaro Pieroth, ganhas de meu pai, uma da safra de 2002 e a outra da de 2004. Este ano, infelizmente, foi o primeiro Natal sem a presença física de meu pai. Assim, nada mais justo do que sorver as duas garrafas dadas, para lembrança e homenagem. E, surpresa: ao abrir a primeira delas, eis que a rolha começou a esfarelar. Meu filho Daniel, de pronto, propôs-se a efetuar a solução. Havia recebido informação via internet de um método, provavelmente criado na França, em que se utiliza um pé de sapato para se sacar a rolha de garrafa de vinho. Pega-se a garrafa com uma mão, a garrafa é encaixada na parte do salto e bate-se seguidamente numa parede. Inacreditavelmente, a rolha vai se soltando progressivamente. Todos salvos, bebida à mesa e, felizmente, o sabor ainda estava intacto e maravilhoso! Um brinde meu pai!
c. "Capeta" recolhendo ofertas para a Igreja!
Não se assustem. "Capeta" é o apelido de um grande e dileto amigo da fase estudantil, o Elison José Fernandes, proprietário de conhecida loja de autopeças na rua Libero Badaró e grande colecionador de fotos antigas, especialmente relacionadas à vida esportiva de Franca e constantemente expostas na festejada coluna de Valdes Rodrigues no jornal Comércio da Franca.
Pois bem, neste Natal, participando da celebração eucarística das 19 h. na Igreja N. S. das Graças, pude ver, com felicidade, o velho amigo recolhendo as ofertas dos fiéis. Ou seja, o "Capeta" recolhendo ofertas para a Igreja.
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