Presidiários privilegiados.
O Brasil assistiu aturdido à longa novela do julgamento da Ação Penal 470, que tratava das malversações sobre o erário público cometidas pelos líderes do Partido dos Trabalhadores, para ajuda nas campanhas. Qual luta de boxe, entre Ministros do STF e advogados bem remunerados, além da substituição de alguns ministros por outros indicados por simpatizantes do PT, poucos acreditavam que, ao final, os 40 acusados (apelidados de "quarenta ladrões") seriam condenados e, a partir do dia 15 de novembro de 2013, vários deles seriam presos e encaminhados ao presídio.
Mas, por obra e graça do festejado Ministro Relator Joaquim Barbosa, os mandados de prisão foram expedidos e os primeiros réus foram recolhidos ao Presídio da Papuda, no Distrito Federal.
Iludiram-se aqueles que achavam que o desfecho da novela tinha chegado ao seu final. Desde o primeiro momento, os condenados, principalmente José Dirceu e José Genoíno, os principais do grupo, visando claramente tumultuar, iniciaram protestos e queixas incomuns em casos de prisões.
Contaram com o apoio do PT e de vários políticos da "velha guarda" que se dispuseram a visitá-los em grupos, além de familiares e apaniguados de sempre.
Divulgou-se possível infarto de José Genoíno, que, por isso, obteve do Min. Joaquim autorização para atendimento hospitalar e perícia por junta médica para avaliação da situação.
Criou-se um clima de julgamento injusto, de tonalidade política e os aliados dos presos passaram a criticar as prisões.
O caos estava pronto. Ninguém mais respeitava a disciplina necessária na execução penal e, desde então, visitas às pencas se sucedem.
Felizmente, mais uma vez, e sempre ele, Ministro Joaquim Barbosa, decidiu pela substituição do juiz das execuções penais encarregado de disciplinar o cumprimento das penas da Papuda.
Vamos aguardar que o princípio da isonomia, na execução penal, volte a vigorar, acabando com os privilégios dos presidiários petistas que, até agora, como sempre, se julgam senhores da situação e pretendem ter privilégios que os demais condenados nunca obtiveram.
Apesar disso, é preocupante o que os jornais noticiaram. Segundo a mídia, José Dirceu, antes da prisão, exercia suas funções num escritório de 500 m² na Av. República do Líbano, em São Paulo, avaliado em cinco milhões, chegando a ter 15 assessores. Agora, pretende ter uma representação "mais modesta" em Brasília, local do presídio, com "apenas" cerca de quatro assessores.
Ou seja, parece que nem a prisão conseguirá impedir que o povo brasileiro se livre deste tipo de político.
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