domingo, 17 de novembro de 2013

Joaquim Barbosa presenteia brasileiros. Prefeito de Franca e ACIF protagonizam ópera-bufa.

Joaquim Barbosa presenteia brasileiros.

Os brasileiros acostumados à impunidade, acentuada marcantemente a partir dos anos 90, na era Collor, quase conformados com o adiamento da execução penal dos réus do mensalão para 2014, foram surpreendidos pela atuação firme e exemplar do Ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470 que, num dia especial, o da Proclamação da República, determinou a expedição dos mandados de prisões dos principais personagens do processo mais importante da Nação.
Agora, os brasileiros podem respirar aliviados, sabendo que não só pessoas normais são julgadas, condenadas e remetidas a presídios, mas, também, políticos, banqueiros, empresários e pessoas normalmente blindadas pelo montante que possuem nas contas bancárias e pelas bancadas vips de escritórios de advocacia acostumadas a livrar grandes aves de rapina dos rigores da lei.
Embora a mídia tenha destacado as reações de desprezo protagonizadas pelos dois maiores réus: os Zés, Dirceu e Genoíno, com fotos de punhos acirrados em situação de escárnio e posando de vítimas, assim como manifestações estranhas de jornalistas de sempre, alinhados ao PT, como os da Folha de S.Paulo, a grande maioria das pessoas conscientes vibrou com o desenlace parcial do julgamento, com a prisão imediata dos réus.
Aliás, o jornal O Estado de S.Paulo, em seu editorial de hoje, intitulado "Tardou, mas não falhou", sintetizou o pensamento geral de todos :

"O sentimento de alívio e esperança se deve à confirmação de que a Ação Penal 470 pode estar realmente anunciando o início do fim da impunidade dos poderosos. Que a corrupção, mesmo aquela praticada em nome do "bem maior", dá cadeia. E esse sentimento se inspira também no fato tão raro quanto auspicioso de que veio de cima, afinal, um bom exemplo. Um exemplo que todos esperam que se dissemine pelas instâncias inferiores do aparelho Judiciário."

Prefeito de Franca e ACIF protagonizam ópera-bufa.

Franca se vê nos últimos dias como assistente de uma verdadeira ópera-bufa protagonizada pelo Prefeito e pela ACIF numa discussão sem precedentes, onde os grandes prejudicados são os cidadãos, cujos interesses sequer são respeitados.
O Prefeito, na tentativa de resolver alguns problemas crônicos do trânsito na área central da cidade, havia determinado a proibição do estacionamento de veículos em algumas vias.
Insatisfeitos com a determinação, e sob a alegação de prejuízo ao comércio, especialmente às vésperas do Natal e do Ano Novo, os comerciantes liderados pela ACIF forçaram o Prefeito a rever sua decisão em prol de seus negócios, ignorando o bem-estar geral da população em relação ao seu livre trânsito.
Leniente e néscio, o Prefeito recuou e atendeu em parte aos reclamos dos comerciantes e reduziu o horário de proibição de estacionamento dos carros, procurando atender a "gregos e troianos".
Péssima decisão. Os próprios comerciantes já anunciaram não estarem satisfeitos com o obtido e prometem mais pressão a partir de janeiro para reverterem totalmente a proibição.
Ou seja, nada como uma situação digna da Roma antiga: pão e circo para domar os conflitos sociais.

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