domingo, 17 de junho de 2012

Práticas políticas nocivas e demais destaques da semana.

1. Práticas políticas nocivas.

Não são novas as práticas politicas nocivas no Brasil. Pelo contrário, existem desde os mais antigos tempos. No entanto, recentemente, com a liberação escrachada das coligações, estamos vendo alianças em eleições municipais que desmentem qualquer hipótese de bom senso. A última, na capital paulista, foi a notícia da adesão de Paulo Maluf (PP), notório adversário em termos ideológicos, ao candidato Haddad (PT), em troca de uma secretaria, caso o petista se eleja. O impacto foi tão grande que a candidata a vice (Erundina) não conseguiu esconder seu desagrado à imprensa.
Lamentavelmente, políticos sem qualquer ideologia, vêm sacramentando esta prática odiosa de coligações espúrias, visando unicamente sucesso pessoal em prejuízo dos programas partidários e em frontal desrespeito aos eleitores.
Em todos os lugares estamos vendo tais práticas, inclusive em Franca. Resta saber a reação dos principais interessados: os eleitores. Espera-se que a resposta nas urnas seja contra tais práticas para que, um dia, se entenda que partido político tem um programa e este deve ser respeitado ainda que em detrimento dos interesses pessoais de uma minoria oportunista.

2. Crítica contundente ao STF.

No jornal Folha de S.Paulo deste domingo, no caderno Tendências/Debates, p.A-3, há interessante artigo intitulado "Supremo Tribunal, supremos problemas", de autoria do historiador da Universidade Federal de São Carlos, Marco Antonio Villa, onde há abordagem cáustica sobre a atuação e funcionamento do maior tribunal do país, o STF. Nele, o autor analisa os números estatísticos do Tribunal, suas dificuldades, forma de escolha de seus membros e a curiosa e absurda atuação do presidente do STF. Além disso, dá os números incríveis de funcionários (3.000) que lá trabalham, ao ponto de afirmar que, se todos trabalhassem no mesmo período, não haveria espaço para os mesmos, sendo que, só de recepcionistas contam-se 235 e de seguranças, 403. Tudo isto, levando a União a despender cerca de R$500 milhões por ano.
Com todas as críticas, sobre os polêmicos julgamentos que ultimamente foram objeto do Tribunal, com posicionamentos esdrúxulos de certos membros, o autor conclui que somente uma decisão satisfatória em relação ao caso do "mensalão" poderá resgatar a importância do maior Tribunal do país.

3. Queda mensal de um carro nos córregos de Franca não sensibiliza Prefeito.

Segundo reportagem estampada no jornal Comércio da Franca deste domingo, seção Local, intitulada "Pelo menos 1 carro cai nos córregos por mês" (p.A-12), no período de um ano e meio, 20 veículos cairam nos córregos em Franca, sendo que, em 2012, foram sete com 3 vítimas fatais.
Na nota, há a informação de que a Secretaria Municipal de Urbanismo efetuou estudos para instalar "contenções" em alguns trechos dos córregos, "mas o prefeito Sidnei Rocha (PSDB) descartou qualquer possibilidade de fazer as obras neste ano." E, além de afirmar que será obra para o próximo prefeito, Sidnei declarou ao jornal: "Vejo que o pessoal cobra, mas não tenho dinheiro. Uma mureta só de concreto vai ficar uma fortuna."
É lamentável. Este mesmo Prefeito que, agora, alega não ter dinheiro para uma obra fundamental e não tão dispendiosa, gastou elevadas verbas com um basquete milionário, aquisição de um "esqueleto" a preço exorbitante para uso de uma secretaria, aquisição de imóveis para criação de um museu em homenagem à atriz Regina Duarte e, concentra todas suas energias e verbas polpudas na construção de um viaduto polêmico que levará o nome de sua progenitora, além de licitar obras de novos pronto-socorros de bairros. E, como se sabe, para tais empreendimentos sempre alegou que a prefeitura tinha verbas suficientes.
O mínimo que se espera é que o candidato apoiado pelo Prefeito, em seus planos de governo, inclua como projeto primordial a construção de algum tipo de proteção em torno das avenidas que margeiam os principais córregos da cidade. Caso contrário, a situação tende a piorar e o humor dos eleitores poderá se manifestar no pleito que se avizinha.

4. Grande grupo catarinense se instala em São Carlos e tem planos para Franca.

Segundo notícia do jornal Folha de S.Paulo, deste domingo, caderno de Ribeirão, sob o título "Havan anuncia megaloja em São Carlos" (p.C-3), há a informação de que o grupo catarinense, que possui 40 lojas no Sudeste e no Sul do país, está em expansão no interior de São Paulo, com a inauguração em agosto de uma unidade de 5.000 m² na cidade de São Carlos. A megaloja será um centro de turismo, compras, lazer e serviços, onde "os clientes encontram uma variedade de mais de 100 mil ítens de produtos nacionais e importados."
Na mesma notícia há a infoamação de que o grupo tem planos de expansão que atingirão, sequencialmente, São José do Rio Preto e planos para Limeira, Campinas, São José dos Campos e Bauru. Na região, "estão programadas unidades em Ribeirão Preto e Franca."
É uma ótima notícia para uma cidade que vem perdendo investimento de grandes redes, a exemplo do Carrefour e se sente abafada pelo monopólio de rede local (M. Luiza) e regionais (Savegnago e Makro), situação que inibe os francanos de exercitarem opções diversas sobre produtos diferenciados que aqui quase nunca são oferecidos.
Oxalá houvesse uma secretaria econômica no município, verdadeiramente interessada em trazer investimentos de tal porte para a cidade, para que os francanos pudessem ter melhores escolhas e não dependessem de viagens a outros centros melhor servidos.

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