domingo, 4 de março de 2012

Destaques da semana.

1. A Câmara Municipal de Franca, Febeapá e Macaco Simão.

O jornalismo nacional teve grandes cronistas, especialistas na crítica social. Antigamente, havia Sérgio Porto (cujo pseudônimo era Stanislaw Ponte Preta) autor do Febeapá (Festival de besteiras que assola o país) e, atualmente, temos José Simão, colunista do jornal Folha de S.Paulo (aquele que afirma ser o "Brasil o país da piada pronta"), os quais teriam prazer, através de suas críticas mordazes e senso de humor, de citar as situações absurdas protagonizadas por nossa Câmara Municipal.
A última delas, aconteceu durante a semana que passou. Em sua sessão semanal, discutia-se um projeto incrível de autoria do prefeito, com o objetivo de dar o nome de sua progenitora ao viaduto a ser construído na Avenida Major Nicácio, que, anteriomente, já havia sido objeto de acirradas discussões sobre sua utilidade. Ocorre que, na mesma sessão, os vereadores deveriam se manifestar sobre proposta de uma vereadora, a qual indicava o nome de um empresário falecido para o mesmo viaduto. Além de ser uma discussão estéril, em que, em nenhum momento, se levantou a hipótese de ato em que há contrariedade a princípios constitucionais da administração pública, quais sejam da impessoalidade e moralidade (na sugestão do prefeito), bem como o fato de que vereadores anteriormente contrários à construção, na ocasião batiam-se pelo nome da obra contestada.
Parece que a confusão foi tanta que resolveu-se adiar a decisão e mais uma vez houve desgaste na imagem do Poder Legislativo francano.
Outra ocorrência interessante: a cidade de Franca passa por sua pior fase de insegurança pública, com asssaltos, furtos, proliferação de drogas, etc. Curiosamente, noticiou-se que a Edilidade prestou homenagens a policiais. Não seria correto que os edis pugnassem por mais segurança, ao invés de prestarem homenagens?
Daí se vê que assuntos mais importantes, como segurança, saúde, etc., são olvidados pela Câmara, que não consegue ter personalidade própria e se desvencilhar do peso do Executivo, pautando suas ações sempre à sombra das vontades do alcáide.

2. Perguntas sem respostas.

Além da polêmica sobre o viaduto, que para muitos não será solução e que, ninguém sabe quando terá início, ainda há mais perguntas, sem respostas.
Uma delas: e a construção da Casa da Cultura ou algo que seja similar, relacionada a questionada desapropriação de imóvel central, sob a alegação de serem prestadas homenagens à artista Regina Duarte. A outra: a desapropriação questionada de imóvel conhecido como "Esqueleto", na entrada da cidade, para utilização de futura sede para a Secretaria da Educação.
Há nove meses do final do mandato do prefeito, será que algo será feito?

3. A lamentável situação das obras de Portinari em Batatais.

O jornal Folha de S.Paulo, do último domingo, publicou interessante e preocupante matéria de fato que ocorre na vizinha cidade de Batatais. Tal local, que obteve o título de cidade turística, graças às pinturas de Portinari existentes em sua Catedral, agora é notícia nacional no sentido do abandono que as obras de arte se encontram, no interior da igreja, algumas com manchas de goteiras, outras com perfurações ocasionadas por cupins. Informou-se sobre a inatividade da prefeitura e omissão da Igreja Católica, as quais, alegando falta de verbas, não realizam obras necessárias à proteção artística do patrimônio avaliado em R$132 milhões, além do alto valor cultural. Isto, apesar do governo federal, através do órgão de patrimônio artístico e cultural, ter se disposto a gastar mais de R$300 mil para restaurações necessárias. Cá de longe, ficamos a meditar: verbas para um Carnaval milionário a prefeitura tem, mas para cuidar de patrimônio artístico-cultural não. Bem Brasil!

4. A Fifa extrapola.

O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, passou dos limites. Em entrevista, na Europa, criticou o Brasil e o comando das obras para a Copa-2014, além de voltar a criticar a demora pela aprovação da Lei Geral (onde a Fifa pleiteia liberação total de bebidas nos jogos, contrariando legislação nacional).
No entanto, o tom das críticas foi excessivo, chegando o mandatário a dizer que o país merecia "um chute nos fundilhos". Em resposta, o ministro Aldo Rebelo contestou as críticas e tomou uma decisão: Valcke não será aceito mais como interlocutor da Fifa pelo governo brasileiro.
Por seu turno, o francês mostrou que não se emenda e disse que a reação do ministro era "infantil"!
Agora, resta saber quem vencerá a queda de braço. Se o governo amolecer, a Fifa irá deitar e rolar!
Está na hora de Dilma mostrar a esses "colonizadores" que o país tem soberania e que aqui mandamos nós!

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