segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Parabéns aos médicos.

Hoje é dia de parabenizar todos os médicos. É o Dia do Médico. Tenho, como todos, particular carinho pela classe, especialmente por aqueles que, anualmente, visito para consultas de praxe. Um abraço, pois, para Dr. Roberto Rached Sobrinho, Waldemar M.Caleiro, Roberto Guimarães, competentes e fraternais amigos.
Aproveito a oportunidade para salientar a excelente entrevista apresentada pela TV Bandeirantes, ontem à noite, tendo como apresentador Joelmir Betting, na qual apareceu como convidado a figura especial de brasileiro e médico: Dr. Adib Jatene.
Na ocasião, respondendo às diversas perguntas dos entrevistadores, Dr. Jatene mostrou toda sua cultura e experiência, adquiridas ao longo de sua brilhante carreira de professor universitário da USP, notável cirurgião cardíaco e ex-ministro da Saúde.
Todos os problemas vivenciados pela sociedade brasileira em relação à situação da saúde e dos médicos em geral, foram, pelo mesmo, dissecados de forma simples e objetiva.
Para o Dr.Jatene, o médico atual está distante do médico de outrora. Este, como se sabe, realizava seus diagnósticos diretamente no exame do paciente. Aquele, infelizmente, solicita inúmeros exames laboratoriais para, em seguida, manifestar opinião, quando o faz. E, não se trata de contestar os avanços da tecnologia que proporcionam a existência de exames sofisticados. Trata-se de salientar que o ensino médico não corresponde mais àquele da época em que Jatene se doutorou.
Como defendeu Dr. Adib, a maioria dos formandos na área, atualmente, não têm vaga para sua residência médica. Formam-se e, não tendo conseguido realizar sua residência, passam a exercer a profissão sem qualquer experiência, em plantões, hospitais particulares, clínicas, deixando os pacientes em risco. Além disso, algumas faculdades de medicina, são autorizadas pelo Ministério da Educação sem a existência de hospitais-escolas, e os alunos passam a exercer seu treinamento em hospitais assistenciais (hospitais normais, diferentes dos hospitais existentes em universidades, como, por exemplo o Hospital das Clínicas da USP) ou seja, algo totalmente inadequado. O resultado é que as pessoas atendidas são prejudicadas porque o profissional não está apto. Trata-se de uma triste realidade.
Para o Dr. Jatene somente uma restrição à criação indiscriminada de cursos médicos que não estejam enquadrados no modelo existente em cursos de excelência poderia reverter a situação. Tal medida deve ser perseguida por todos que querem uma melhoria no setor da saúde.

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