domingo, 21 de julho de 2013

A importância da presença do Papa Francisco. Pensando pequeno.

A importância da presença do Papa Francisco.

A vinda do Papa Francisco, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, que tem início na segunda-feira e término no próximo domingo, irá movimentar todo o mundo católico em torno do Brasil. Aqui, país essencialmente católico, o Papa, além de prestigiar o evento dedicado aos jovens e à consolidação da fé, procurará revigorar o número de adeptos, cujo declínio é mostrado por pesquisa do Datafolha que indica que o número de católicos que era de 64% em 2007, caiu para 57% em 2013, para católicos na faixa dos superiores aos 16 anos.
Ainda assim, é a religião que domina o Brasil. E isto é de fundamental importância para a Igreja.
O Papa Francisco, cujo nome foi adotado em homenagem a um dos santos mais humildes da história, tomou posse e deu mostras que desde o começo iria marcar presença com despojamento e modéstia, adotando comportamento simpático, acolhedor e carismático seja com os demais cardeais, seja com os membros da Guarda Suíça, seja com os fiéis de um modo geral.
Isto lhe angariou forte atenção da mídia, próxima à que outro grande Papa possuía, João Paulo. O fato de ser latino-americano, e de ser esta a sua primeira viagem internacional, torna o evento um marco para os católicos brasileiros que, certamente, irão recepcioná-lo da melhor maneira possível.
Espera-se a presença de cerca de 2 milhões de pessoas em Copacabana quando ele lá estiver.
Sendo um acontecimento dedicado aos jovens, a Igreja espera muitos resultados, tendo em conta um certo afastamento, deste segmento, dos meios religiosos. Também se configura como importante o clima atual que fervilha política entre os jovens brasileiros.
Talvez por isso, o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, em artigo intitulado "Francisco, a juventude e o Brasil", da Folha de S.Paulo deste domingo (Opinião, A-3), tenha salientado: "Embora tenhamos muitos jovens atuantes em nossas comunidades, preocupa-nos o contingente dos que delas se afastaram. Não é que deixaram de acreditar em Deus. A fé continua acesa em seus corações. Porém, já não sentem mais a necessidade da mediação da igreja para vivê-la e testemunhá-la. As palavras do papa, inspiradas no Evangelho de Cristo, haverão de abrir os olhos e os corações dos afastados, a fim de que retornem ao convívio da comunidade de fé. Tampouco passará despercebido ao papa o recente contexto político-social protagonizado de maneira intensa pela juventude brasileira. Ainda ecoa em nossos ouvidos o clamor de centenas de milhares de jovens que, enchendo praças e ruas de nosso país, mostraram indignação com estruturas de poder e ações de governo que ferem a vida e desrespeitam a dignidade humana".
É isto que todos aguardam: a Igreja caminhando juntamente com os jovens brasileiros, em fé e ideal para um Brasil que todos esperam ver em melhor situação. A presença do Papa não poderia ter sido em melhor hora.

Pensando pequeno.

Em comunicado publicado no jornal Comércio da Franca, deste domingo, intitulado "Feiras Itinerantes" (B-8), a ACIF, órgão representativo do comércio e indústria de Franca, volta novamente sua preocupação com as chamadas "feiras itinerantes", reclamando da postura da Prefeitura Municipal e dos órgãos de fiscalização.
Trata-se, na verdade, de pensamento pequeno. Nada disso atrapalha o comércio local. Pelo contrário, estimula a competição, uma vez que os produtos comercializados nas mesmas têm preços menores aos do comércio local, tornando-se um atrativo aos cidadãos que, na maioria das vezes, estão cansados de serem explorados pelos altos custos aqui apresentados, além da baixa qualidade dos produtos.
Franca, não consegue se livrar de sua queda pelos monopólios, pela proteção de poucos em detrimento de muitos, pelo corporativismo danoso...

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