domingo, 21 de abril de 2013
Por uma Câmara de Vereadores eficiente. Mobilização Democrática: as voltas que a política proporciona.
Por uma Câmara de Vereadores eficiente.
Há muitos anos a população francana vem sofrendo com a escassa produtividade dos membros do Legislativo municipal. Sucedem-se mandatos e a situação continua a mesma. Por outro lado, a esperança permanece, refletida nos votos dos cidadãos que, reiteradamente, procuram substituir ocupantes menos ativos.
Infelizmente, a atual Câmara vem comprovando que não parece tender a modificar o quadro de ineficácia das anteriores.
O último episódio, noticiado nos jornais, retratou a aprovação de projeto visando aumento dos proventos dos funcionários do legislativo, em escalas abusivas e de maneira surpreendente, sem discussão pela população, proporcionando, caso haja promulgação do prefeito, efeito cascata em relação aos demais funcionários públicos do município, o que, a longo prazo, enfraqueceria os cofres públicos. O prefeito, colocado no "olho do furacão", inclina-se em não sancionar o projeto, embora tal posicionamento não impeça que a Câmara aprove por sua presidência, ou por veto derrubado.
Trata-se de situação triste. Em pouco tempo de legislatura, poucos projetos úteis foram aprovados, ficando a maioria por conta de atos demagógicos, e desnecessários como a Lei n.7.823, de 17 de abril de 2013, que institui o "Dia Municipal do Sermão da Montanha", a ser comemorado, anualmente, na Sexta Feira da Paixão, com vigência a partir de sua publicação ocorrida no dia 19.04.13, no jornal Comércio da Franca, p.D-6 (classificados).
Enquanto isto, problemas mais sérios como saúde, segurança, transportes, fiscalização de licitações, etc., são jogados por baixo do tapete.
Mobilização Democrática: as voltas que a política proporciona.
A jornalista Daniela Lima, em reportagem publicada na Folha de S. Paulo deste domingo, intitulada "Um novo Partidão" (p.A-6), faz interessante abordagem sobre um dos mais antigos políticos, Roberto Freire, que assumiu a presidência da recém-criada sigla Mobilização Democrática, uma fusão entre seu PPS e o PMN. Na reportagem, a jornalista aborda a curiosidade sobre a carreira de Freire que, incialmente, comandara o Partido Comunista Brasileiro, tendo posteriormente se aliado aos liberais do DEM, em duas eleições presidenciais. A trajetória de Freire, iniciada no PCB, foi interrompida pela revolução de 64 e, após a volta do exílio, filiou-se ao MDB, como outros do PCB. Posteriormente, com a legalização do PCB novamente, preferiu criar o PPS onde visava aplicar ideias mais modernas que o antigo PCB necessitava. Em 1994 fez campanha para Lula. Em 1998 e 2002 lançou Ciro Gomes candidato, mas apoiou Lula no segundo turno. Eleito Lula em 2004, o PPS rompeu com o PT. Em 2006, contra Lula, subiu ao palanque ao lado do PFL (atual DEM), apoiando Alckmin (PSDB). Em 2010, apoiou Serra (PSDB),contra Dilma.
O PMN, partido que funde com o PPS, tem em seus quadros de deputados a filha do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, Jaqueline Roriz, flagrada recebendo 50 mil quando o chamado mensalão do DEM foi descoberto. Agora, com a fusão, Freire pretende aglutinar forças para Eduardo Campos (PSB), trazer José Serra (PSDB), Marina Silva, que luta para formar a sua Rede, para aquilo que chama de "reorganização das oposições".
Ou seja, analisando a vida de Freire, percebe-se, claramente, como a política dá muitas voltas.
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