1. Eleições francanas.
Terminado o prazo de registro das candidaturas para o pleito de prefeito e vereadores, situações previstas vêm sendo comprovadas e as disputas passam a ter início com a liberação das propagandas.
No âmbito da eleição para prefeito, após a primeira pesquisa, novos acontecimentos prometem modificar futuras previsões. Assim, segundo se noticiou no decorrer da semana, três vereadores do PSB, entre eles o veterano Dr. Joaquim Ribeiro, anunciaram a desistência de pleitearem recondução a novo mandato, deixando entrever possível prejuízo à candidatura de Ubiali.
Já em relação ao PSDB, há uma entrevista no Comércio da Franca de hoje, onde o deputado Roberto Engler demonstra toda a desunião do partido ao revelar que não está engajado na campanha do candidato devido a rixa com Sidnei Rocha, muito criticado por ele. Além disso, Engler coloca pouca fé no candidato de seu partido.
É justamente em relação à Câmara de Vereadores, onde há quase 300 postulantes, que a situação parece caminhar para grande renovação. Como dois atuais vereadores são candidatos ao cargo de prefeito e vice e três do PSB não são candidatos mais, 40% de renovação da atual Câmara já está garantida. E como durante todo o exercício os vereadores foram muito criticados, há quem aposte em renovação total, o que, para a cidade, seria muito estimulante.
Aliás, há belo artigo de Janio de Freitas, na Folha de S.Paulo deste domingo, intitulado "Valerá a pena?" (p. A-7), em que o articulista, comentando o período de noventa dias de discussões que se inicia, com gastos milionários, e disputas grotescas, após afirmar existir "uma minoria à altura da honra recebida do eleitor", em relação a prefeitos, sobre as Câmaras Municipais tem afirmação que retrata toda a revolta do eleitor brasileiro: "Ali e acolá, uns quantos vereadores têm seriedade e bons propósitos. A realidade, porém, pelo país todo, é de Câmaras Municipais reduzidas a abrigos de negócios ilícitos, quase todos à custa de alguma parte do território ou da vida da cidade". E completa: "Não lhes bastando a baixeza a que foram levadas, as Câmaras Municipais são a fonte da desgraceira política que vai galgando, a partir dali, como trepadeira venenosa, as alturas legislativas - Assembleias Estaduais, Câmara dos Deputados, Senado da República. E destes também para os ramos do governo."
É verdade. A responsabilidade dos eleitores é grande. Importa analisar a vida pregressa dos candidatos e, acima de tudo, ter a certeza de que os mesmos são pessoas honradas que não se dobrarão às artimanhas criadas e não se submeterão como "capachos" aos intentos dos administradores de plantão, como é comum .
2. Secretarias municipais que não funcionam.
Quem já necessitou dos serviços executados pela Prefeitura sabe como é difícil ter pleito justo e legal atendido, obedecidos os trâmites legais. Vários pedidos banais protocolados (mais de uma vez) são constantemente ignorados pela administração e, quando há um fiscal encarregado, é bom esquecer pois não há respeito a obediência hierárquica, com alguns alegando "excesso de serviço" e afirmando que outros pedidos "estão há mais de um ano aguardando", o que, para eles, é fato comum.
Isto, também, irá ter peso na hora da escolha do eleitor. Uma administração só pode ser respeitada quando respeita seus cidadãos.
3. Como acabar com um loteamento promissor.
No seu lançamento, o residencial Amazonas prometia, não só pela empresa lançadora, como pela localização privilegiada, qual seja proximidade de grandes supermercados, shopping, entrada da cidade, etc. No entanto, com o passar do tempo, o loteamento, que teve início com construções de alto padrão, inclinou-se para um crescente aumento de lançamentos de prédios populares, descaracterizando promessas iniciais. Por outro lado, o pior ainda estava por vir: transformou-se a região em local para temporadas circenses, shows sertanejos, palco de reunião para jovens com automóveis portadores de alto-falantes potentes, abertura de bares com música ao vivo sem controle, etc.
A "cereja do bolo" estava ainda por vir. A partir de 2011, uma série de roubos perpetrados por uma quadrilha conhecida da polícia, passou a praticar furtos em série em apartamentos dos condomínios, sempre atuando com uma mesma técnica: entrando nos apartamentos com chaves falsas ou "michas", durante o dia e desafiando a tranquilidade dos moradores, como, novamente, nestes dias foi noticiado. Em todos, uma característica: a polícia nunca consegue prender os meliantes, apesar das semelhanças e coincidências nos atos perpetrados.
Ou seja, há forma mais eficiente do que esta para o fim de um empreendimento que se fazia promissor? Só falta mudarem o nome de residencial Amazonas, para residencial dos furtos!
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