domingo, 26 de setembro de 2010

Pequenos comentários

AEC

Tenho lido, no decorrer da semana, vários comentários ácidos sobre a venda do prédio central da AEC, clube recreativo francano tradicional, bem como da futura utilização do mesmo.
Primeiramente, tão logo concretizada a referida alienação, e manifestada posição do adquirente de utilizar o imóvel para locação de pequenos espaços destinados a utilização por comerciantes, hoje ocupantes das praças públicas do Banco Itaú e Correios, manifestei total simpatia por tal empreendimento e, na ocasião, postulei apoio da Prefeitura entendendo ser uma ótima oportunidade para que a cidade ficasse livre da péssima visão urbanística causada pelos camelôs.
Por outro lado, embora também tenha passado momentos de minha juventude em bailes e acontecimentos culturais que eram centralizados no prédio da AEC, aliás fruto de esforço do melhor presidente que o clube teve: João Palermo Jr., tenho que reconhecer que o referido imóvel está praticamente abandonado há anos porque, como é fácil de constatar, não se prestava mais aos fins de sua construção. Antes de sua decadência atual, o local já era visto com reservas por todos, principalmente pelos moradores das adjacências que não suportavam a poluição sonora e constantes confusões em bailes já decadentes e sem qualquer semelhança com os que outrora lá aconteciam nos tempos áureos e longínquos.
O clube, já decadente, há anos, ficou endividado pelas seguidas administrações incompetentes, chegando, como de hábito em outros negócios, até a utilizá-lo politicamente. E, conforme recente entrevista de seu presidente, em jornal local, o clube se viu obrigado a vender o prédio para quitar dívidas. Aliás, parece, mais propriedades serão alienadas para completar o montante devedor. Diga-se de passagem, parecem boas as intenções do presidente que, à primeira vista, parece estar recuperando as finanças da entidade. E, isto, me parece, será melhor do que ficar com um prédio superado e correr o risco de extinção do clube, fato que, infelizmente, estamos vendo ocorrer com a gloriosa Francana que vem padecendo de igual mal.
Assim, não acho justo as lamúrias pela venda e modificação das finalidades do mesmo. O local, por outro lado, não se prestaria ao almejado centro cultural dos críticos de plantão. Vários motivos inviabilizariam tal intenção.
Temos opções melhores. Exemplo: utilização do prédio maravilhoso da antiga Caixa Econômica Estadual (atual BB) na Rua Major Claudiano. Sua arquitetura se presta para um belo centro cultural. Basta o Prefeito se movimentar. E, com o apoio do Magazine Luiza, que tem um prédio ao lado, a área ficaria excelente.

Lula/Dilma e a liberdade de imprensa.

As recentes declarações de Lula, atacando virulentamente a imprensa, em razão das denúncias de fraudes e corrupção em seu governo, ensejaram protestos dos defensores da democracia, aí incluidos, OAB, imprensa em geral, juristas e políticos tradicionais. Como Lula chegou a afirmar que alguns órgãos da imprensa estavam optando por determinada candidatura, apareceram posicionamentos, como o de domingo (26.09.2010), da Folha de S.Paulo, que em Editorial, na página principal, estampou o título "Todo poder tem limite". Ao final, temos excelente advertência: "Lula e a candidata oficial têm-se limitado até aqui a vituperar a imprensa, exercendo seu próprio direito à livre expressão, embora em termos incompatíveis com a serenidade requerida no exercício do cargo que pretendem intercambiar. Fiquem ambos advertidos, porém, de que tais bravatas somente redobram a confiança na utilidade pública do jornalismo livre. Fiquem advertidos de que tentativas de controle da imprensa serão repudiadas - e qualquer governo terá de violar cláusulas pétreas da Constituição na aventura temerária de implantá-lo."

Realmente, Lula já passou dos limites. Sua ânsia de aparecer na mídia, sua incontinência verbal, não o autorizam a atacar a imprensa, agindo como Chávez ou Cristina Kirchner, de forma perigosa. O Brasil todo deve reagir a tal intento. Creio, como grande parte dos brasileiros, que se Dilma for eleita, o Brasil terá grandes problemas e, um deles, a ameaça à liberdade de expressão, ainda mais sabendo que nos bastidores temos elementos como Dirceu, Franklin Martins, Palocci, Eduardo Cardoso, Marco Garcia, etc.

Prédios abandonados : Cartões-postais da cidade.

É lamentável o que ocorre na cidade de Franca, em relação a alguns imóveis abandonados e cujas construções foram interrompidas e sem qualquer medida por parte da Prefeitura Municipal.

Foto 1



Temos, na entrada da cidade, imediações do Poliesportivo e restaurante Nono Mio (foto 1), exemplo marcante da incúria administrativa que permite, sem qualquer sanção administrativa, a permanência da situação, em prejuízo da estética visual e segurança. Desde 2001, temos excelente arma legal, caracterizada por determinações existentes no chamado Estatuto das Cidades (Lei 10.257/01 ), que prevê instrumentos (como IPTU progressivo) para imóveis subutilizados ou mal utilizados. Porque a PM não se utiliza dos mesmos para erradicar tal problema ?

Por outro lado, na Rua Maria Martins Araújo temos edifício inacabado (foto 2), que há anos é objeto de polêmicas sobre sua utilização (prédio fiscal, prédio da Justiça Federal, etc.) e nada é feito. Por que será ? Até quando, Catilina?





Foto 2

E mais, bem próximo deste último temos o início de uma favela (foto 3) e outro prédio abandonado (foto 4), o qual era de firma calçadista falida.



Foto 3
Foto 4

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