domingo, 24 de julho de 2011

Desprezo pelo consumidor; ausência de regulamentação publicitária; basquete milionário; dinheiro público para estádio privado; terror na Noruega.

1. Desprezo pelo consumidor.

Grandes empresas, pequenas e microempresas, órgãos governamentais, partidos políticos, profissionais liberais, prestadores de serviços, costumam ter sites onde prestam informações de todo o gênero sobre suas atividades, esclarecendo o alvo de seus interesses e dúvidas de quem os acionam. É a praxe. E, de todos, o mínimo que se espera, é justamente não só o clareamento de questões, como a abertura para recebimento e esclarecimento de falhas de suas operações, visando o melhor para todos os lados.
No entanto, não é o que acontece sempre. Temos notado que empresas solicitadas em seus sites institucionais ignoram as comunicações dos usuários que, na maior parte das vezes, querem apenas colaborar para que os mesmos sanem irregularidades banais que estão comprometendo os respectivos funcionamentos e deixando de proporcionar o fim ao qual se propõem.
Recentemente, a título de exemplo, com o ingresso no mercado de uma nova padaria, foram constatadas falhas no atendimento dos funcionários, visivelmente mal treinados, além da ausência de gerenciamento, em determinado dia, e, comunicados os problemas via site, através de ponderações de cliente, foi evidenciado o menosprezo pela ausência de qualquer resposta.
Em outro episódio, fato semelhante ocorreu quando se tentou obter informações no site do Partido PPS para questionar-se sobre a existência ou não de diretório municipal em Franca, além de outras informações. Os emails endereçados, constantes da lista oficial do Diretório Regional, retornam às caixas de entrada com o tradicional indicador de "failure".
Ou seja, com todo o progresso eletrônico à disposição, algumas empresas e órgãos simplesmente ignoram ferramentas tão importantes para o sucesso ou fracasso de seus empreendimentos.
É uma pena.
Felizmente, enquanto isto, órgãos como a ANVISA, quando solicitados, respondem de maneira educada, esclarecedora, pertinente e com português escorreito, demonstrando respeito ao consumidor, além de comprovar que nem tudo está perdido neste país tão judiado pelos petistas.

2. Falta de regulamentação publicitária.

São Paulo modificou muito seu visual com a implantação da Lei Cidade Limpa, onde cartazes, outdoors e panfletagem da mídia foram regulamentados, abolindo-se o excesso que tanto enfeiava a metrópole. Franca, como outras grandes cidades, padece de lei e pulso da Administração Pública, neste item. Não se sabe se por interesses outros, já que a publicidade envolve grandes somas, mas o que acontece é uma verdadeira mixórdia no setor. Tudo é permitido e a multiplicação de grandiosas torres de publicidade, com excessiva quantidade de lâmpadas (que atrapalham os veículos no trânsito, à noite) prolifera, tornando a cidade com péssimo visual.
A ausência de atuação dos vereadores não precisa nem ser lembrada. É uma epidemia há muito tempo. O prefeito manda e desmanda.

3. Basquete milionário.

Se dentro das quadras é apresentado um pífio resultado, fora delas a situação do basquete francano é muito boa. Não bastasse a ajuda milionária dada pela Prefeitura e uma empresa de telefonia, o basquete acaba de ser aquinhoado com mais uma verba polpuda de empresa local. Ou seja, não será por falta de recursos que se atribuirá eventual fracasso na nova temporada que se inicia. Vamos torcer para que tudo dê certo, porque é evidente que, apesar da renovação de parte do elenco, a equipe ainda permanece com equívocos de outras temporadas e a torcida que, por incúria dos dirigentes, ficará sem local para assistir os jogos, fará muita falta.

4. Dinheiro público para estádio privado.

No Brasil acontecem fatos curiosos. De um lado, um clube, o Palmeiras, ergue um novo estádio, com recursos próprios e encara diversas investidas do Ministério Público que almeja a suspensão das obras. De outro, um outro clube, o Corinthians, anuncia a construção de um estádio, o Itaquerão, apadrinhado por Lula, que escolhe pessoalmente a construtora Odebrecht, a qual estabelece seu preço, sem concorrância. O BNDES, empresta R$400 milhões, com juros subsidiados (a grande mãe brasileira), Kassab libera R$420 milhões, Alckmin libera R$70 milhões, com dinheiro dos contribuintes para pagar a conta. Ao lado disso, o MP entra em acordo com o clube, sanando pendências jurídicas. Isto tudo para pleitear participação na Copa, que não parece coincidir com a meta da CBF e da FIFA, as quais já haviam menosprezado a utilização do Morumbi. Fernando de Barros e Silva, colunista da Folha de S.Paulo, em editorial na edição de hoje, p.A2, sob o título "A farra do Itaquerão", analisa com propriedade o assunto, concluindo sobre o tema: "isso é só a cereja do bolo dessa operação de lesa cidadão."

5. Terror na Noruega.

Neste final de semana mais um fato abominável dominou as manchetes dos jornais. Um louco, neonazista, Anders Behnering Breivik, perpetrou ataques planejados em dois lugares na Noruega, atingindo e matando 93 pessoas, sendo 86 através de tiros com projéteis "dum-dum", balas que estillhaçam ao atingir o alvo e causam estragos pavorosos nas vítimas.
E, saliente-se, a Noruega, além de ser um dos mais organizados países tanto política como economicamente, tinha, até então, índices muito baixos de violência.

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