terça-feira, 6 de julho de 2010

A imprensa escrita não irá acabar

Outro dia li algo que me escandalizou. Certa pessoa, que se diz jornalista, escreveu que, no futuro, inapelavelmente a imprensa escrita estará fadada ao extermínio tendo em conta o avanço dos meios eletrônicos de comunicação. Ainda bem que o autor de tal desvario não tem pedigree suficiente para defender com lastro tal afirmação que, a mim, soa como simples ato de falastrão.
Li, certa época, artigo do proprietário do maior jornal existente (New York Times), em que o mesmo comentava o uso daquele órgão dos meios eletrônicos mas, ao mesmo tempo, afirmava categoricamente e, com base, que o jornal, na forma tradicional, sempre iria existir e, ainda, sempre iriam existir interessados neste tipo de meio de comunicação. Fiquei aliviado, na época.
Aquela imagem, do cachorrinho da casa, trazendo o jornal ao dono, tão logo acontecia o arremesso do jornaleiro no quintal das casas, bem como, a figura da leitura matinal do jornal, numa mesa farta de quitutes do café da manhã de uma família tradicional, que sempre me veem à cabeça, não vão acabar nunca.
E, domingo, na Folha de S.Paulo, edição IMPRESSA, li artigo interessante do ótimo Gilberto Dimenstein, jornalista afeito, entre outros assuntos, à educação, a seguinte colocação: "Trabalhando com educação e comunicação em escolas e projetos sociais, aprendi que um dos melhores jeitos de seduzir estudantes é usar a notícia como matéria prima e associá-la ao currículo."
É mais um que, ao contrário de outros "pseudo jornalistas", dá importância à comunicação eletrônica, mas, ao mesmo tempo, não descarta nunca a existência da imprensa escrita.
É isso aí.

Um comentário:

Fernanda disse...

Concordo plenamente com suas palavras. Assim como os livros fazem parte da evolução da humanidade (e sempre farão), a imprensa escrita sempre estará incorporada à própria humanidade.

Seguidora Fernanda